SóProvas


ID
2494612
Banca
FCM
Órgão
IF Baiano
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

      No Brasil, o discurso em favor da educação popular é antigo: precedeu mesmo a Proclamação da República. Já em 1822, Rui Barbosa, baseado em exaustivo diagnóstico da realidade brasileira da época, denunciava a vergonhosa precariedade do ensino e apresentava propostas de multiplicação de escolas e de melhoria qualitativa.

      Desde então, e até hoje, diagnósticos, denúncias e propostas de educação popular têm estado sempre presentes no discurso político sobre a educação no Brasil. E também desde então, e até hoje, esse discurso vem sempre inspirado nos ideais democrático-liberais: o objetivo é a igualdade social, e a democratização do ensino é vista como instrumento essencial para a conquista desse objetivo.

      Assim, as expressões “igualdade de oportunidades educacionais” e “educação como direito de todos” tornaram-se lugares-comuns, num repetido discurso em favor da democratização do ensino.

      Ao longo do tempo, esse discurso ora toma uma direção quantitativa, em defesa da ampliação de ofertas educacionais — aumento do número de escolas para as classes populares, obrigatoriedade e gratuidade do ensino elementar —, ora se volta para a melhoria qualitativa do ensino — reformas educacionais, reformulações da organização escolar, introdução de novas metodologias, aperfeiçoamento de professores.

      Na verdade, o discurso oficial pela democratização da escola, seja na direção quantitativa, seja na direção qualitativa, procura responder à demanda popular por educação, por acesso à instrução e ao saber. A escola pública não é, como erroneamente se pretende que seja, uma doação do Estado ao povo; ao contrário, ela é uma progressiva e lenta conquista das camadas populares em sua luta pela democratização do saber, através da democratização da escola.

(SOARES, Magda. Linguagem e escola: uma perspectiva social. São Paulo: Ática, 1989. Adaptado).

“[...] o discurso em favor da educação popular é antigo: precedeu mesmo a Proclamação da República.” (1º parágrafo)


Em qual reestruturação do período acima a norma-padrão foi atendida?

Alternativas
Comentários
  • Gabarito está A.

     

    Essa ênclise com o verbo no futuro do pretérito está correta?

     

    Marquei C.

     

    Atualizado 12/09/17

     

    QC alterou o gabarito para C.

  • O GABARITO É A ALTERNATIVA C E NÃO A ALTERNATIVA A

  • Vamos ao que segue....

     

    A -  O discurso em favor da educação popular é antigo, pois sucederia-lhe a Proclamação da República. 

    ERRADO- verbo no futuro exige MESÓCLISE. Ficando assim: sucede-lhe-ia.

     

    B -  À Proclamação da República, ocorrida em 1889, precedeu o discurso em favor da educação popular.

    ERRADO. Não inicia frase com crase... OBS: existem casos que a frase está invertida, podendo apresentar crase no início da frase. Porém, nesse caso, a frase está na ordem direta.

     

    C - O discurso em favor da educação popular é antigo, já que a Proclamação da República foi-lhe sucedida.

    CORRETO

     

    D - O discurso à favor da educação popular é antigo, visto que precedeu mesmo a Proclamação da República.

    ERRADO - faltou crase antes  de "Proclamação da República". Visto que o verbo "precedeu" exige a preposição "a" (quem precede, precede a algo)

     

    E - A Proclamação da República ocorreu em 1889, logo, o discurso a favor da educação popular não sobreveio-lhe.

    ERRADO - O "não" é palavra atrativa que atrai o pronome. Deveria ser assim:"... não lhe sobreveio."

     

    Espero ter ajudado...

     

    Abraço

  • C- O discurso em favor da educação popular é antigo, já que a Proclamação da República foi-lhe sucedida.

  • A locução a favor de é mais usada como sinônimo de favorável a.

    A locução em favor de é mais usada como sinônimo de em prol de.

  • COntrariando outros comentários aqui.

    "Preceder" é VTD. Daí o erro da "b".