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ID
2494627
Banca
FCM
Órgão
IF Baiano
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O jornal e suas metamorfoses

Um senhor pega um bonde após comprar um jornal e pô-lo debaixo do braço. Meia hora depois, desce com o mesmo jornal debaixo do mesmo braço.

Mas já não é o mesmo jornal, agora é um monte de folhas impressas que o senhor abandona no banco da praça.

Mal fica sozinho na praça, o monte de folhas impressas se transforma outra vez em jornal quando um rapaz o descobre, o lê e o deixa transformado num monte de folhas impressas.

Mal fica sozinho no banco, o monte de folhas impressas se transforma outra vez em jornal quando uma velha o encontra, o lê e o deixa transformado num monte de folhas impressas. A seguir, leva-o para casa e no caminho aproveita-o para embrulhar um molho de acelga, que é para o que servem os jornais após essas excitantes metamorfoses.

(CORTÁZAR, Julio. Histórias de cronópios e de famas. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2011. Adaptado).


Conforme a visão que se constrói nesse conto, para que o monte de folhas impressas converta-se no jornal, é preciso que ocorra

Alternativas
Comentários
  • Gabarito letra B.

    No texto a expressão "monte de folhas impressas" leva o leitor a concluir que não existiu uma interação entre os personagens e o jornal impresso. Assim, não houve transmissão de notícias.

  • Gabarito B: quando ocorre a interação entre o leitor e as informações do jornal.

    "Mal fica sozinho na praça, o monte o monte de folhas impressas se transforma outra vez em jornal QUANDO um rapaz, o descobre, O LÊ e o deixa transformado num monte de folhas impressas. "

    Erro da B: a pessoa que pega o jornal para fins diversos da leitura (ex: embrulhar acelga), o vê como um monte de folhas impressas, não como um jornal de fato. Logo, a mera passagem da edição de uma pessoa para outra não faz a conversão de folhas impressas em jornal.

    Erro da C: similar à justificativa da B. A pessoa que no toca/pega no jornal sem o intuito de lê, não o vê como jornal, mas como um conjunto de folhas impressas. Logo, o contato sensorial (no caso, o tato) não é o gabarito da questão.