SóProvas


ID
2501539
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2017
Provas
Disciplina
História
Assuntos

      No século XIX existiu na Europa um dinamismo que excedia tudo o que se conhecia até então. O poder da Europa vibrava como nunca: poder técnico, poder econômico, poder cultural, poder intercontinental. De fato, os europeus foram levados a se sentir não só poderosos, mas também superiores. Impressionaram-se infinitamente com as invulgares ‘forças’ que os circundavam. Viam novas forças físicas, desde a corrente elétrica à dinamite; novas forças demográficas que acompanhavam um aumento populacional sem precedentes; novas forças sociais que trouxeram ‘as massas’ para o centro do interesse público; novas forças comerciais e industriais que resultaram de uma expansão sem paralelo dos mercados e da tecnologia.

Norman Davies. Europe – a history. London: Pimlico, 1997, p. 759 (traduzido e adaptado).

Tendo o fragmento de texto acima como referência inicial, julgue (C ou E) o item a seguir.


Ao final do século XIX, quase a totalidade do território africano estava sujeita ao controle de países europeus como a Grã-Bretanha, a França, a Alemanha e Portugal.

Alternativas
Comentários
  • Vale dar uma olhada:

    https://pt.wikipedia.org/wiki/Lista_de_ex-col%C3%B4nias_europeias_na_%C3%81frica

  • Certa!

     

    Só a Etiópia e a Libéria não foram colonizadas por países europeus. A Etiópia sofreu várias tentativas de colonização por parte da Itália, mas venceu todas e, por isso, foi escolhida no século XXI como sede da União Africana. Já a Libéria foi durante muito tempo um protetorado dos EUA, para onde foram enviados alguns escravos que conseguiam sua liberdade no país americano. 

     

  • Alternativa CERTA!  

    "Quando estiver na posse do concurso, EU VOU ESTAR LÁ"

  • Julius! As melhores citações. kkkk

     

  • A pegadinha é a Alemanha... mas ela possuía territórios na África, as atuais Namíbias e Tanzânia.

  • A África entre 1885-1919 com a Divisão Política atual

     

    Colônias africanas por potência colonizadora

    Alemanha

    África Ocidental Alemã

    Camarões Alemões (atual Camarões)

    Togolândia (atual Togo)

    África Oriental Alemã (atual Tanzânia)

    África do Sudoeste Alemão (atual Namíbia)

     

    Bélgica

    Estado Livre do Congo e o Congo Belga (atuais estados de Ruanda, Burundi e República Democrática do Congo)

    Espanha

    Río de oro (atual Saara Ocidental)

    Província de Ifni

    Marrocos Espanhol

    Guiné Espanhola (atual Guiné Equatorial)

    França

    Argélia

    Tunísia

    Marrocos

    África Ocidental Francesa

    Mauritânia

    Senegal

    Camarões

    Sudão Francês (atual Mali)

    Guiné

    Costa do Marfim

    Níger

    Alto Volta (atual Burkina Faso)

    Daomé (atual Benin)

    África Equatorial Francesa

    Gabão

    Congo-Brazzaville (atual República do Congo)

    Ubangui-Chari (atual República Centro-Africana)

    Chade

    Somália Francesa (atual Djibouti)

    Madagáscar

    Comores

    Itália

    África do Norte Italiana (atual Líbia)

    Eritreia

    Somália Italiana (atual Somália)

    Portugal

    África Ocidental Portuguesa (posteriormente Angola)

    África Oriental Portuguesa (posteriormente Moçambique)

    Cabo Verde

    Guiné Portuguesa (atual Guiné-Bissau)

    São Tomé e Príncipe

    São João Baptista de Ajudá

    Reino Unido

    Egito

    Sudão Anglo-Egípcio (atual Sudão)

    África Oriental Britânica

    Quénia

    Uganda

    Somalilândia Britânica

    Rodésia do Sul (atual Zimbabwe)

    Rodésia do Norte (atual Zâmbia)

    Bechuanalândia (atual Botswana)

    Estado Livre de Orange

    Trasnvaal

    União Sul-Africana

    Gâmbia

    Serra Leoa

    Nigéria

    Camarões (províncias ocidentais)

    Costa do Ouro Britânica (atual Gana)

    Niassalândia (atual Malawi)

    Estados Independentes

    Libéria; fundada pela Sociedade Americana de Colonização dos Estados Unidos em 1821. Declarou independência em 1847.

    Império Etíope (Abissínia); teve as suas fronteiras redefinidas com as Somálias Italiana, Britânica e Francesa (moderno Djibouti) (ver: Primeira Guerra Ítalo-Etíope e Batalha de Adwa), fugazmente ocupada pela Itália entre 1936 e 1941 durante a Crise da Abissínia na Segunda Guerra Mundial.

  • A Alemanha, França, Portugal e Grã Bretanha foram as potências europeias que mais ocuparam regiões do continente africano. Os alemães possuíam cerca de seis territórios; os portugueses dois. Já os franceses dominaram áreas tão extensas que agruparam os territórios em África Ocidental Francesa e África Equatorial Francesa, além dos territórios de Madagascar e Comores. As colônias inglesas atravessavam todo o continente e ocupavam terras do norte do Egito até a África do Sul.

    A quantidade de territórios demonstra a importâncias das potências destacadas no item a ser julgado não só no aspecto social e político, como também nos aspectos econômicos e tecnológicos. Por este motivo a afirmativa está correta.

    A explicação para esta ocupação se deu na grande motivação das potências econômicas do século XIX da Europa para a Partilha da África que estava diretamente relacionada com a Segunda Revolução Industrial. A tecnologia se desenvolveu e assim ampliou-se a necessidade de mais matérias primas, mais transportes para o escoamento da produção e mais mercado consumidor. Ou seja, para a manutenção do status econômico e tecnológico alcançado era preciso expandir as fronteiras do território e ampliar as relações comerciais e produtivas.

    As nações europeias voltaram, em virtude dessa necessidade, o olhar imperialista para o território do continente africano. Para que não ocorressem desacordos diplomáticos, em razão da ocupação desordenada, foi convocada, pelo chanceler alemão Otto Von Bismarck, a Conferência de Berlim. Neste evento foram decididas as regras da partilha da África e como esta deveria ser ocupada pelos imperialistas europeus. 

    Os colonialistas europeus, em Berlim, justificavam sua presença como benéfica, pois levaram os aspectos positivos da civilização ocidental para a África. Isso mascarava a sua real intenção que era decidir as bases do colonialismo e oficializar a exploração econômica da África. 

    Gabarito do Professor:  CERTO.
  • CERTO, MOTIVO: QUANDO SE FALAR EM SUBMISSÃO DOS AFRICANOS, 99% DAS VEZES PODE MARCAR CERTO. "Uma nação sem visão, está fadada ao fracasso" Alexandre, O GRANDE.