SóProvas


ID
2523853
Banca
FCC
Órgão
ARTESP
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

      Carros autônomos com diferentes tecnologias já estão circulando em várias partes do planeta, em ruas de grandes cidades e estradas no campo. Um caminhão autônomo já rodou cerca de 200 km nos Estados Unidos para fazer a entrega de uma grande carga de cerveja. Embora muito recentes, veículos sem motoristas são uma realidade crescente. E, no entanto, os países ainda não discutiram leis para reger seu trânsito.

      No início do século 20, quando os primeiros automóveis se popularizaram, as cidades tiveram o desafio de criar uma legislação para eles, pois as vias públicas tinham sido concebidas para pedestres, cavalos e veículos puxados por animais. Cem anos depois, vivemos um momento semelhante diante da iminência de uma "nova revolução industrial", como define o secretário de Transportes paulistano, Sérgio Avelleda. Ele cita o exemplo das empresas de seguros: "Hoje o risco incide sobre pessoas, donos dos carros e motoristas. No futuro, passará a empresas que produzem o carro, porque os humanos viram passageiros apenas".

(Adaptado de: SERVA, Leão. Cidades discutem regras para carros autônomos, que já chegam com tudo. Disponível em: www.folha.uol.com.br

Um caminhão autônomo já rodou cerca de 200 km nos Estados Unidos para fazer a entrega de uma grande carga de cerveja. (1° parágrafo)


O acréscimo das vírgulas, embora altere o sentido, preserva a correção gramatical na seguinte reescrita da frase:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: B

     

  • A) ERRADO, não se usa vírgula para separar sujeito do verbo (um caminhão autônomo já rodou), nem nome de adjunto ou de complemento nominal (entrega de uma grande carga)

    B) CERTO.

    Poderia ser reescrita da seguinte forma: "Para fazer a entrega de uma grande carga de cerveja, um caminhão, autônomo, já rodou cerca de 200km nos Estados Unidos."

    As vírgulas que isolam "autônomo" poderiam ser suprimidas? SIM.

    As vírgulas que isolam "autônomo" poderiam ser substituídas por parênteses? SIM.

    As vírgulas que isolam "autônomo" poderiam ser substituídas por travessões? SIM.

    C) ERRADO, não se usa vírgula para separar sujeito do verbo, nem verbo do(s) seu(s) complemento(s) (para fazer a entrega...)

    D) ERRADO, não se usa vírgula para separar sujeito do verbo.

    E) ERRADO, não se usa vírgula para separar verbo do(s) seu(s) complemento(s) (para fazer a entrega...), nem nome de adjunto ou de complemento nominal (entrega de uma grande carga).

     

    Espero ter ajudado!!

  • Na letra B, dada como correta, não foi separado o adjunto adnominal do substantivo? Não é um erro?

     

    Um caminhão, autônomo, já rodou cerca de 200 km nos Estados Unidos, para fazer a entrega de uma grande carga, de cerveja

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    Adjunto adnominal é uma palavra que vem junto (adjunto) a um nome (adnominal) para qualificá-lo, caracterizá-lo ou simplesmente determiná-lo. Pode ser representado por adjetivos, artigos, pronomes, numerais e até mesmo locuções adjetivas.

    Como o adjunto adnominal diz respeito diretamente ao nome ao qual se refere, esses termos não devem ser separados por vírgula.

     

    -----


    Obs.: peguei essa explicação de um site.

  • Qual a mudança de sentido que foi feita?

  • Para acrescentar.

    Marquei a B) mas também tive a mesma dúvida da Laura, acho que pode não ter nenhuma correta.

    b) Um caminhão, autônomo, já rodou cerca de 200 km nos Estados Unidos, para fazer a entrega de uma grande carga, de cerveja.

    * Uso das vírgulas.
    - autônomo está como termo adjetivo explicativo, seria o mesmo que : Um caminhão, que é autônomo; o qual é autônomo... Assim, usa-se a vírgula para separar termos adjetivos explicativos.
    - as vírgulas que isolam para fazer a entrega... estão aí porque temos um perído composto por subordinação, e este para introduiz uma oração subordinada adverbial Final e a vírgula é usada neste caso.
    - já o último caso, sei não em.... Carga, é um substantivo feminino, portanto um nome. O de cerveja é seu complemento nominal, e nós sabemos que não se usa vírgula para separar o nome do seu adjunto adnominal ou complemento nominal...
    MAS no seu livro, Fernando Pestana diz o seguinte: um adjunto adnominal, que às vezes pode ser na verdade um aposto implícito, pode vir separador enfaticamente por vírgulas. Se for este caso, ficaria assim...

    b) Um caminhão, autônomo, já rodou cerca de 200 km nos Estados Unidos, para fazer a entrega de uma grande carga, uma carga de cerveja.

    Se errei, corrijam-me. Espero ter contribuído.
     

  • Laura, acho que na alternativa B "de cerveja" tornou-se um aposto explicativo de "grande carga".

  • É a unica alternativa que não separa incorretamente o sujeito do verbo e o enunciado já deu a pista dizendo "embora altere o significado" ou seja, tirou o sentido restritivo do caminhão pra um sentido explicativo.

  • Isso mesmo, de cerveja é aposto especificativo. É comum cair esse tipo de questão na FCC. Eu aprendi da seguinte forma diferenciar o aposto do adj. adnom.

    a) O clima de Fortaleza é quente. - nesse caso note que de Fortaleza não é específico do clima, pois o clima é quente, frio. - nesse caso há adj. adnominal.

    b) A cidade de Fortaleza é quente. - nesse caso note que Fortaleza é uma cidade, pois está especificando, por isso é um aposto especificativo.

    Bons estudos.

    Grupo TRTeiros QConcursos, em breve começam as nomeações.

     

  •                Um caminhão autônomo* já rodou cerca de 200 km nos Estados Unidos para fazer a entrega de uma grande carga de cerveja.

    OBS. Aqui, o adjetivo 'autônomo' é classificado sintaticamente de adjunto adnominal. Semanticamente, equivale dizer que é uma característica inerente/ permanente do caminhão, isto é,   o caminhão é sempre autônomo.

    ____________________________________________________________

                  b) Um caminhão, autônomo, já rodou cerca de 200 km nos Estados Unidos, para fazer a entrega de uma grande carga, de cerveja.

    OBS.:  Aqui, o adjetivo 'autônomo' é classificado sintaticamente como predicativo do sujeito. Semanticamente, significa dizer que é uma característica transitória do caminhão, ou seja, o caminhão não é sempre autônomo.

     

  • GABARITO ALTERNATIVA "B"

     

    Vamos analisar a questão:

     

    A) Um caminhão autônomo , já rodou cerca de 200 km nos Estados Unidos, para fazer a entrega , de uma grande carga de cerveja. ( Não se separa objeto indireto do seu verbo transitivo indireto, pois quem faz a entrega, faz a entrega de algo, o outro erro é que não se separa sujeito do seu verbo) ERRADA

     

    B) Um caminhão, autônomo, já rodou cerca de 200 km nos Estados Unidos, para fazer a entrega de uma grande carga, de cerveja. ( Não entendi o porquê da vírgula após carga, mas por eliminação dá para matar a questão). CORRETA 

     

    C) Um caminhão autônomo , já rodou, cerca de 200 km nos Estados Unidos para fazer , a entrega de uma grande carga de cerveja. (Não se separa sujeito do seu verbo e também não se separa por vírgula verbo trasitivo indireto do seu objeto indireto). ERRADA

     

    D) Um caminhão autônomo , já rodou cerca de 200 km, nos Estados Unidos para fazer a entrega de uma grande carga, de cerveja. (Não se separa sujeito do seu verbo). ERRADA

     

    E) Um caminhão, autônomo, já rodou cerca de 200 km nos Estados Unidos para fazer , a entrega, de uma grande carga de cerveja. (O erro consiste no fato de ocorrer a separação do verbo transitivo direto  de seu objeto direto). ERRADA

  • Gabarito: B.

     

    COMENTÁRIO DO PROFESSOR FERNANDO PESTANA:

     

    O ADJUNTO ADNOMINAL E A VÍRGULA

    Existe um único caso de adjunto adnominal contemplado pela gramática normativa (segundo Bechara) que pode vir separado do nome por vírgula(s); isso ocorre quando a(s) vírgula(s) separa(m) um autor de sua obra: 

    - Dom Quixote, *de Cervantes*, é um clássico. 

    A lógica das vírgulas está em evidenciar que, pelo nosso conhecimento de mundo, não existe outro Dom Quixote senão o de Cervantes. 

    Esse adjunto adnominal entre vírgulas PODERIA (mas não é) chamar-se "adjunto adnominal explicativo", devido ao seu propósito discursivo de apresentar uma informação "óbvia", como um adendo. 

    Outro exemplo lógico da obrigatoriedade dessas vírgulas é este (com adjetivo de valor semântico explicativo): "O homem, mortal, vive em guerra". Note que essa frase jamais poderia ser escrita sem vírgulas ("O homem mortal vive em guerra"); ela seria absurda, pois todo homem é mortal. Entende a lógica das vírgulas para esse tipo de adjunto adnominal ("explicativo")?

    Pois bem... Venho encontrando, cada vez mais, semelhantes exemplos com a mesma estrutura, em jornais e revistas, principalmente. Veja:

    - A Família Schürmann, *de navegadores brasileiros*, chegou ao ponto mais distante da Expedição Oriente. (Pelo nosso conhecimento de mundo, não existe outra família de navegadores brasileiros senão a Família Schürmann.)

    - Convidaram Neymar, *do PSG*, a dar entrevistas no Brasil. (Pelo nosso conhecimento de mundo, não existe outro Neymar senão o do PSG.)

    - O presidente Trump, *dos EUA*, tem sido alvo de severas críticas da grande mídia. (Pelo nosso conhecimento de mundo, não existe outro presidente Trump senão o dos EUA.)

    Agora... para a coisa ficar quente...
    Tudo o que eu falei acima é diferente de... 

    - As estatísticas presidenciais, *do ano 2016*, não surpreenderam alguns cientistas políticos. (Deseja-se enfatizar/realçar que são as estatísticas presidenciais do ano 2016, e não as de outro ano, por isso se usam as vírgulas.)

    Nesse caso, o adjunto adnominal entre vírgulas não está entre vírgulas por ser adjunto adnominal explicativo, e sim por ser adjunto adnominal do núcleo implícito do aposto explicativo, que tem como referente "estatísticas". Nesse caso, pôr o adjunto adnominal entre vírgulas seria, mais do que outra coisa, uma forma de enfatizá-lo; mas as vírgulas não estariam postas por causa dele, e sim pelo aposto explicativo (com núcleo implícito). Veja:

    - As estatísticas presidenciais, *(estatísticas) do ano 2016*, não surpreenderam alguns cientistas políticos.

    Detalhe: essas últimas vírgulas (cada vez mais usadas na literatura atual) são estilísticas; até onde sei, não são mencionadas pela gramática normativa, pois a frase acima comunica essencialmente a mesma ideia presente em "As estatísticas presidenciais do ano 2016 não surpreenderam alguns cientistas políticos".
     

  • Professor Fernando Pestana sempre arrasando na explicação.
  • ENTENDI DA SEGUINTE FORMA

     

    a) Um caminhão autônomo, já rodou cerca ... A VIRGULA DA IDEIA DE UM CAMINHAO AUTONOMO QUALQUER

     b) Um caminhão, autônomo, já rodou cerca ... A VIRGULA DA IDEIA DE QUE UM DETERMINADO CAMINHAO, QUE ERA AUTONOMO, ou seja ela altera o sentido da frase

  • Embora seja confusa, a lógica da questão é um tanto simples. Só há uma única possibilidade de a vírgula ficar entre o sujeito e o verbo: isolando a palavra "autônomo". Sendo assim, as únicas opções são as letras "B" e "E". Na letra "E" existe uma vírgula, horrorosa, entre o verbo e seu complemento.

  • b-

    as outras opcoes separam sujeito do verbo, o que nao pode.

  • Não se separa o sujeito do verbo ou predicado ( Dica)