Pensando O horizonte da emancipação humana implica numa ação local mas pensada como parte de um movimento muito amplo com objetivo de transforma a causa e não apenas o efeito da miséria em que vive grande parte dos seres humanos. A emancipação política nos leva a conquistas parciais de grupos específicos, já a emancipação humana nos leva a busca das raízes do sofrimento imposto a grandes segmentos sociais. No interior da categoria dos/as assistentes sociais esse é um divisor, um conflito interno que gera uma luta constante no sentido de que se abandone os fundamentos religiosos, positivistas e conservadores, para se trabalhar não como reprodutor do problema que se ataca, mas como ação consciente que objetiva o reconhecimento da liberdade como valor ético central e das demandas políticas a ela inerentes – autonomia, emancipação e plena expansão dos indivíduos sociais
Ainda que a prática profissional do(a) assistente social não se constitua como práxis produtiva, efetivando‐se no conjunto das relações sociais, nela se imprime uma determinada direção social por meio das diversas ações profissionais – através das quais, como foi dito, incide‐se sobre o comportamento e a ação dos homens –, balizadas pelo projeto profissional que a norteia. Esse projeto profissional por sua vez conecta‐se a um determinado projeto societário cujo eixo central vincula‐se aos rumos da sociedade como um todo – é a disputa entre projetos societários que determina, em última instância, a transformação ou a perpetuação de uma dada ordem social.
práxis. No desenvolvimento histórico do ser social, conhecemos duas formas de práxis: aquelas “voltadas para o controle e a exploração da natureza e [aquelas] voltadas para influir no comportamento e na ação dos homens”, que é o que peculiariza a práxis profissional. http://www.abepss.org.br/arquivos/anexos/teixeira-joaquina-barata_-braz-marcelo
A práxis é entendida como a atividade de transformação das circunstâncias, as quais nos determinam a formar ideias, desejos, vontades, teorias, que, por sua vez, simultaneamente, nos determinam a criar na prática novas circunstâncias e assim por diante, de modo que nem a teoria se cristaliza como um dogma e nem a prática se cristaliza numa alienação. Max
Sobre a emancipação humana, segue trecho da publicação "Subsidios para a atuação de Assistentes Sociais na Política de Educação" que julguei importante destacar:
Os princípios contidos no Codigo de Ética "devem orientar a atuação profissional e não podem ser apropriados, internalizados, analisados de forma isolada e tampouco desconectados da direção histórica e ontológica que os fundamentam. No entanto, estes princípios não apresentam a mesma natureza e é importante ressaltar que a emancipação é o valor de caráter humano-genérico mais central do CEP, indicando sua finalidade ético-política mais genérica. Os demais princípios (valores) essenciais: a liberdade, a justiça social, a equidade e a democracia são simultaneamente valores e formas de viabilização da emancipação humana". ( CFESS, pag. 31)
http://www.cfess.org.br/arquivos/BROCHURACFESS_SUBSIDIOS-AS-EDUCACAO.pdf
Bons estudos!