Animais, plantas e seres humanos, nada resta sobre a face da Terra quando a seca resolve dar o ar da desgraça. Ela traz a morte lenta, demorada e sofrida. [1], por onde passa, deixa seus rastros: carcaças de animais, o chão ressecado, o mormaço e a infertilidade do solo. Graças a diques, açudes e caixas-d'água, podemos ficar um período sem chuva em qualquer local da Terra, [2], se esse tempo se prolongar demais, os estragos decorrentes da seca começam a tomar forma.
Apesar de ser mais comum em países tropicais, ela pode surgir em qualquer parte do planeta. [3], não há como negar que a África é pródiga em produzir catástrofes associadas à seca. Em 1982 a Tanzânia perdia mais de 150 crianças por conta da falta de alimentos e água. Dois anos mais tarde, uma série de secas ocasionou a morte de mais de um milhão de pessoas na Etiópia. O mesmo número de habitantes passou fome no Quênia por causa de uma estiagem, 20 anos depois.
No Brasil, a seca já é velha conhecida da região Nordeste. Relatos apontam suas tragédias por aqui já em 1583. [4], quando foram registradas duas grandes secas, a coisa piorou muito no século 18.
Galileu. Ed. Especial, nº 8, p. 52.
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