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A) “por todos os lados” não tem ideia de conseqüência, apenas de “direção”.
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B) Perfeita. O verbo “chamar”, com sentido de “designar, nomear”, aceita regência com ou sem preposição A:
Chamou o/Ao menino de burro
Chamaremos de Estado os/ Aos agentes…
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C) “Assim” e “por conseguinte” são sim conectivos conclusivos. Contudo, “porém” é adversativo e tem sentido de “oposição”, ao passo que “ainda assim” tem sentido de “concessão”. Não é possível fazer a troca direta.
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D) O sujeito é singular (“Estado”): o Estado é um grupo. Não é possível levar o verbo para o plural, ou teríamos “o Estado são”…
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Gabarito preliminar letra C.
A banca ignorou a dupla possibilidade de regência do verbo “chamar” e não aceitou a regência como objeto indireto. O gabarito deveria ser a letra B.
A letra C, considerada como gabarito, diz basicamente que “ainda assim” e “porém” são equivalentes, o que não é verdade.
Veja os exemplos na própria gramática de Evanildo Bechara:
“Chamar românicas essas línguas
Chamar românicas a essas línguas”
Observem que o complemento pode ser preposicionado ou não, ambas as formas estão corretas.
(BECHARA, E. Moderna gramática da língua portuguesa. 37. ed. Rio de Janeiro, Lucerna, 2003.)
Agora vejamos o tratamento desse verbo por Celso Cunha:
“CHAMAR
3) No sentido de ‘qualificar”, “apelidar”, “dar nome”, contrói-se:
a) com objeto direto + predicativo
a) com objeto INdireto + predicativo
Chama-lhe amizade, se preferires
Chamava-lhe sempre de miúdo.”
Veja então que se admite objeto indireto, a preposição seria adequada em ‘chamava Aos agentes de Estado”
A alternativa “B”(prova verde -tipo 2) está correta!!
Pede-se mudança de gabarito.
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FONTE : PREOFESSOR FELIPE LUCCAS
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CHAMAR
1) Chamar é transitivo direto no sentido de convocar, solicitar a atenção ou a presença de.
Por exemplo:
Por gentileza, vá chamar sua prima. / Por favor, vá chamá-la.
Chamei você várias vezes. / Chamei-o várias vezes.
2) Chamar no sentido de denominar, apelidar pode apresentar objeto direto e indireto, ao qual se refere predicativo preposicionado ou não.
Exemplos:
A torcida chamou o jogador mercenário.
A torcida chamou ao jogador mercenário.
A torcida chamou o jogador de mercenário.
A torcida chamou ao jogador de mercenário.
CUSTAR
1) Custar é intransitivo no sentido de ter determinado valor ou preço, sendo acompanhado de adjunto adverbial.
Por exemplo:
Frutas e verduras não deveriam custar muito.
2) No sentido de ser difícil, penoso pode ser intransitivo ou transitivo indireto.
Por exemplo:
Muito
custa viver tão longe da família.
Verbo Oração Subordinada Substantiva Subjetiva
Intransitivo Reduzida de Infinitivo
Custa-me (a mim) crer que tomou realmente aquela atitude.
Objeto Oração Subordinada Substantiva Subjetiva
Indireto Reduzida de Infinitivo
Obs.: a Gramática Normativa condena as construções que atribuem ao verbo "custar" um sujeito representado por pessoa. Observe o exemplo abaixo:
Custei para entender o problema.
Forma correta: Custou-me entender o problema.
IMPLICAR
1) Como transitivo direto, esse verbo tem dois sentidos:
a) Dar a entender, fazer supor, pressupor
Por exemplo:
Suas atitudes implicavam um firme propósito.
b) Ter como consequência, trazer como consequência, acarretar, provocar
Por exemplo:
Liberdade de escolha implica amadurecimento político de um povo.
2) Como transitivo direto e indireto, significa comprometer, envolver
Por exemplo:
Implicaram aquele jornalista em questões econômicas.
Obs.: no sentido de antipatizar, ter implicância, é transitivo indireto e rege com preposição "com".
Por Exemplo:
Implicava com quem não trabalhasse arduamente.
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Não acho que o gabarito poderia ser a letra B. Concordo que o verbo chamar aceita a preposição, porém no texto já se observa esta: "chamaremos mais especialmente de Estado os agentes. Se aceitarmos a troca de "o" por "ao" ficaria 2 preposições "chamaremos mais especialmente de Estado aos agentes" (chamaremos quem de Estado? os agentes; se tirássemos a preposição "de" estaria correta "chamaremos mais especialmente Estado aos agentes")
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A Daniela falou tudo. No texto, não caberia o verbo chamar como objeto indireto, haja vista a preposição "de" antes de Estado.
Ficaria: quem chama, chama alguém (os agentes) "DE" alguma coisa (Estado).
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Não enxergo erro algum na B.
"de Estado" é predicativo, não objeto indireto. Com a preposição é predicativo do objeto indireto, sem preposição é predicativo do objeto direto.
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Justificativa da Consulplan para anular a questão:
"Recurso Procedente. Questão Anulada.
A alternativa “B) No trecho “de Estado os agentes da autoridade soberana” (1º§), o acréscimo da preposição “a” antecedendo e unindo-se ao termo “os” manteria a correção do trecho. ” É considerada correta, pois, em “Porém, como é bom que haja termos especiais para realidades tão diferentes quanto a sociedade e um de seus órgãos, chamaremos mais especialmente de Estado os agentes da autoridade soberana, e de sociedade política o grupo complexo de que o Estado é o órgão eminente. ” para que fosse acrescentada a preposição “a” na posição indicada, seria necessário que o termo regente a exigisse.
O verbo chamar aceita a regência sugerida, ou seja, um objeto indireto + predicativo precedido da preposição de. Essa possibilidade é aceita pela norma culta.
Segundo Bechara, “Chamar no sentido de “dar nome”, “apelidar” pede objeto direto ou complemento preposicionado e predicativo do objeto, com ou sem preposição” e traz como exemplo: Chamavam-lhe tolo / Chamavam-lhe de tolo.
A alternativa “C) As relações de sentido estabelecidas pelo uso de “assim” e “porém”, no 1º§, seriam mantidas caso tais termos fossem substituídos, respectivamente, por “por conseguinte” e “ainda assim”. ” foi considerada também correta.
Em “Assim, fala-se em Estados europeus, diz-se que a França é um Estado. Porém, como é bom que haja termos especiais para realidades tão diferentes quanto a sociedade e um de seus órgãos, ” temos na primeira indicação de substituição duas conjunções coordenativas conclusivas por conseguinte e assim (com valor de conclusão), mantendo a relação de sentido.
Porém, contudo, entretanto, no entanto, todavia são palavras tradicionalmente classificadas como conjunções, mas têm características que as assemelham a advérbios e comportam-se como verdadeiros equivalentes de “ainda assim”, “infelizmente”, “pelo contrário”, “apesar disso”, etc."
Fonte: https://d3du0p87blxrg0.cloudfront.net/concursos/482/117_2830313.pdf
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CÉSAR TRT o professor Pestana, profundo estudioso do Bechara (referÊncia da CONSULPLAN) e concluindo PHD em Portugal, coloca "ainda assim" como conj. coord. ADVERSATIVA (Pestana 2015, fl. 529)
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Aula sobre Predicativo do Objeto
https://www.youtube.com/watch?v=Mtgpxe4KgJk