SóProvas


ID
256258
Banca
VUNESP
Órgão
TJ-SP
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

WikiLeaks contra o Império


A diplomacia americana levará tempo para se recuperar
da pancada que levou da WikiLeaks. Tudo indica que 250 mil
documentos secretos foram copiados por um jovem soldado em
um CD enquanto fingia ouvir Lady Gaga. Um vexame para um
país que gasta US$ 75 bilhões anuais com sistema de segurança
que agrupa repartições e emprega mais de 1 milhão de pessoas,
das quais 854 mil têm acesso a informações sigilosas.
A WikiLeaks não obteve documentos que circulam nas
camadas mais secretas da máquina, mas produziu aquilo que
o historiador e jornalista Timothy Garton Ash considerou
"sonho dos pesquisadores, pesadelo para os diplomatas". As
mensagens mostram que mesmo coisas conhecidas têm aspectos
escandalosos.
A conexão corrupta e narcotraficante do governo do Afeganistão
já é antiga, mas ninguém imaginaria que o presidente
Karzai chegasse a Washington com um assessor carregando
US$ 52 milhões na bagagem. A falta de modos dos homens da
Casa de Windsor é proverbial, mas o príncipe Edward dizendo
bobagens para estranhos no Quirguistão incomodou a embaixadora
americana.
O trabalho da WikiLeaks teve virtudes. Expôs a dimensão
do perigo representado pelos estoques de urânio enriquecido
nas mãos de governos e governantes instáveis. Se aos 68 anos o
líbio Muammar Gaddafi faz-se escoltar por uma "voluptuosa"
ucraniana, parabéns. O perigo está na quantidade de material
nuclear que ele guarda consigo. Os telegramas relacionados com
o Brasil revelaram a boa qualidade dos relatórios dos diplomatas
americanos. O embaixador Clifford Sobel narrou a inconfidência
do ministro Nelson Jobim a respeito de um tumor na cabeça do
presidente boliviano Evo Morales. Seu papel era comunicar. O
de Jobim era não contar.
A vergonha americana pede que se relembre o trabalho de
10 mil ingleses, entre eles alguns dos maiores matemáticos do
século, que trabalharam em Bletchley Park durante a Segunda
Guerra, quebrando os códigos alemães. O serviço dessa turma
influenciou a ocasião do desembarque na Normandia e permitiu
o êxito dos soviéticos na batalha de Kursk.
Terminada a guerra, Winston Churchill mandou apagar
todos os vestígios da operação, mantendo o episódio sob um
manto de segredo. Ele só foi quebrado, oficialmente, nos anos
70. Com a palavra Catherine Caughey, que tinha 20 anos quando
trabalhou em Bletchley Park: "Minha grande tristeza foi ver
que meu amado marido morreu em 1975 sem saber o que eu fiz
durante a guerra". Alan Turing, um dos matemáticos do parque,
matou-se em 1954. Mesmo condenado pela Justiça por conta de
sua homossexualidade, nunca falou do caso. (Ele comeu uma
maçã envenenada. Conta a lenda que, em sua homenagem, esse
é o símbolo da Apple.)


(Elio Gaspari, WikiLeaks contra o Império. Folha de S.Paulo. Adaptado)

Ao se passar para o discurso indireto, sem alteração de sentido, o trecho - Com a palavra Catherine Caughey, que tinha 20 anos quando trabalhou em Bletchley Park: "Minha grande tristeza foi ver que meu amado marido morreu em 1975 sem saber o que eu fiz durante a guerra." (6.º parágrafo) - obtém-se:

Alternativas
Comentários
  • Macete: Quando for para passar para o discurso indireto aumenta sempre um verbo.

    frase: Com a palavra Catherine Caughey, que tinha 20 anos quando trabalhou em Bletchley Park: "Minha grande tristeza foi ver que meu amado marido morreu em 1975 sem saber o que eu fiz durante a guerra." 
    a) Catherine Caughey, que tinha 20 anos quando trabalhou em Bletchley Park, disse que sua grande tristeza havia sido ver que seu amado marido morrera em 1975 sem saber o que ela tinha feito durante a guerra.

    Nas demais opções não ocorre isso.

    Só acertei com esse macete após reler o início da questão: 
    Ao se passar para o discurso indireto...
  • amigos,ddesculpe a pergunta boba mas:
    discurso indireto é a msma coisa que voz passiva?

    Obrigado
  • Guilherme Wolff ,
    A sua pergunta não é boba não. Ademais, estamos aqui para ajudarmo-nos uns aos outros.
    Vou começar tentando explicar VOZ PASSIVA, comparando-a com a VOZ ATIVA.

    VOZ ATIVA....................................................VOZ PASSIVA
    Roubaram o meu relógio..................... .....O meu relógio foi roubado.
    O diretor promoveu Pedro a gerente...........Pedro foi promovido a gerente pelo diretor.
    Cabral descobriu o Brasil..........................O Brasil foi descoberto por Cabral.

    Na voz ATIVA o sujeito age, pratica a ação, é agente, é ATIVO.
    Na voz PASSIVA o sujeito sofre ou recebe a ação. O sujeito é PASSIVO. (Para maiores esclarecimentos pergunte a algum gay seu conhecido se ele é ativo ou passivo, ou seja, se ele recebe a "ação" ou se ele faz alguém receber a "ação" dele. É a mesma coisa na gramática).

    DISCURSO DIRETO X DISCURSO DIRETO:
    DISCURSO DIRETO:
    Dona Abigail: "Sonhei que vai faltar [ou faltará] feijão".
    DISCURSO INDIRETO:
    "Dona Abigail sentou-se na cama, sobressaltada, acordou o marido e disse que havia sonhado que iria faltar feijão." (NOVAES, Carlos Eduardo. O sonho do feijão)
    No discurso DIRETO o próprio personagem fala. No INDIRETO, alguém conta o que a pessoa falou.
    Espero ter esclarecido. Bons estudos!
  • O discurso indireto é definido como o registro da fala da personagem sob influência por parte do narrador. Nesse tipo de discurso, os tempos verbais são modificados para que haja entendimento quanto à pessoa que fala. Além disso, costuma-se citar o nome de quem proferiu a fala ou fazer algum tipo de referência. Neste tipo de discurso narrativo o narrador interfere na fala da personagem. Este conta aos leitores o que a personagem disse, no entanto o faz na 3ª pessoa. As palavras da personagem não são reproduzidas, e sim "traduzidas" na linguagem do narrador. Também é sem travessão. No fundo são apenas a junção dos dois modos verbais. A pessoa não pergunta de verdade, é o narrador que faz a pergunta com o nome do personagem.


    Fonte:  Wikipedia

  • Estava em dúvida em a "A" e a "E" mas reparei que na "E" está ..."sem saber o que ELE havia feito na guerra" ao invés de ELA

  • No texto original, "foi ver que morreu" está em modos verbal igual. Estao ambos no preterito perfeito.
    Pode-se concluir que ela viu de fato que ele morreu, ou seja, na mesma hora.

    Entao a ordem do contexto foi: ela viu que ele morreu, na mesma epoca, e depois ela fez algo na guerra, que ele nao viu.

    a)Catherine Caughey, que tinha 20 anos quando trabalhou em Bletchley Park, disse que sua grande tristeza HAVIA SIDO ver que seu amado marido MORRERA em 1975 sem saber o que ela tinha feito durante a guerra.

    CORRETA - Catherine viu que o marido morreu, "havia sido" e "morrera" esta no mesmo modo verbal. Portanto, coerente.

    b) Catherine Caughey, que tinha 20 anos quando trabalhou em Bletchley Park, disse que sua grande tristeza FOI VER que seu amado marido MORRERIA em 1975 sem saber o que ela faria durante a guerra.

    ERRADA - Nesse caso, o sentido muda, pois "foi ver" esta no preterito perfeito e "morreria" no futuro do preterito, o que indica uma situacao que ocorreu depois. Ela viu que ele iria morrer e nao que estava morto, nesse caso.

    c) Catherine Caughey, que tinha 20 anos quando trabalhou em Bletchley Park, diz que sua grande tristeza FOI VER o seu amado marido morrer em 1975 sabendo o que ela HAVIA FEITO durante a guerra.

    ERRADA - Muda o sentido tambem, pois nesse caso ela teria feito algo antes dele morrer, pois "havia feito" esta no preterito mais que perfeito. 

    d) Catherine Caughey, que tinha 20 anos quando trabalhou em Bletchley Park, disse que sua grande tristeza FOI VER que seu amado marido MORRER em 1975 sem saber o que ela faria durante a guerra.

    ERRADA. Aqui ela reparou que ele morreu, depois que ele morreu, bem depois. 

    e) Catherine Caughey, que tinha 20 anos quando trabalhou em Bletchey Park, disse que sua grande tristeza fora ver que seu amado marido morreu em 1975 sem saber o que ele havia feito durante a guerra.

    ERRADA. Quem fez algo durante a guerra foi ela e nao ele.

  • Matou a pau a letra E....notem que está escrito "ele"....e eu preocupado com a regência....kkk

    Correta A

  • Gabarito A

    .

    "Minha grande tristeza foi ver que ...... [discurso direto]

    foi -->> Pretérito Perfeito

    .

    .------>>> o verbo foi vai para o particípio.---->> sido

    .

    .

    .

    .

    ..... disse que sua grande tristeza HAVIA sido ver que [discurso indireto]

    .

    ( acréscimo do verbo HAVER )

    HAVIA --->> Pretérito Imperfeito

  • Assertiva A

    Catherine Caughey, que tinha 20 anos quando trabalhou em Bletchley Park, disse que sua grande tristeza havia sido ver que seu amado marido morrera em 1975 sem saber o que ela tinha feito durante a guerra.

  • indireto: fofoca

  • discurso indireto é definido como o registro da fala da personagem sob influência por parte do narrador. Nesse tipo de discurso, os tempos verbais são modificados para que haja entendimento quanto à pessoa que fala.

    https://mundoeducacao.uol.com.br/redacao/discurso.htm#:~:text=O%20discurso%20indireto%20%C3%A9%20definido,quanto%20%C3%A0%20pessoa%20que%20fala.

  • Ao se passar para o discurso indireto, sem alteração de sentido, o trecho - Com a palavra Catherine Caughey, que tinha 20 anos quando trabalhou em Bletchley Park: "Minha grande tristeza foi ver que meu amado marido morreu em 1975 sem saber o que eu fiz durante a guerra." (6.º parágrafo) - obtém-se:

    Compilação:

    A) Catherine Caughey, que tinha 20 anos quando trabalhou em Bletchley Park, disse que sua grande tristeza HAVIA SIDO ver que seu amado marido MORRERA em 1975 sem saber o que ela tinha feito durante a guerra. [Gabarito]

    HAVIA (Pretérito Imperfeito) SIDO (Particípio do Verbo Ser)

    MORRERA (Pretérito mais que perfeito)

    -------------------------------------

    B) Catherine Caughey, que tinha 20 anos quando trabalhou em Bletchley Park, disse que sua grande tristeza FOI VER que seu amado marido MORRERIA em 1975 sem saber o que ela faria durante a guerra.

    Nesse caso, o sentido muda, pois "foi ver" esta no pretérito perfeito e "morreria" no futuro do pretérito, o que indica uma situação que ocorreu depois. Ela viu que ele iria morrer e nao que estava morto, nesse caso.

    -------------------------------------

    C) Catherine Caughey, que tinha 20 anos quando trabalhou em Bletchley Park, diz que sua grande tristeza FOI VER o seu amado marido morrer em 1975 sabendo o que ela HAVIA FEITO durante a guerra.

    Nesse caso, o sentido muda, pois "foi ver" esta no pretérito perfeito e "havia feito" esta no pretérito mais que perfeito.

    Muda o sentido também, pois nesse caso ela teria feito algo antes dele morrer.

    -------------------------------------

     

    D) Catherine Caughey, que tinha 20 anos quando trabalhou em Bletchley Park, disse que sua grande tristeza FOI VER que seu amado marido MORRERA em 1975 sem saber o que ela faria durante a guerra.

    Nesse caso, o sentido muda, pois "foi ver" esta no pretérito perfeito e "morrera" esta no pretérito mais que perfeito.

    Aqui ela reparou que ele morreu, depois que ele morreu, bem depois. 

    -------------------------------------

    E) Catherine Caughey, que tinha 20 anos quando trabalhou em Bletchey Park, disse que sua grande tristeza fora ver que seu amado marido morreu em 1975 sem saber o que ele havia feito durante a guerra.

    Nesse caso, o sentido muda, pois "fora" esta no pretérito mais que perfeito e "morreu" esta no pretérito perfeito.

    Quem fez algo durante a guerra foi ela e nao ele.

    By: Bruno Henrique Guedes