SóProvas


ID
2597593
Banca
CONSULPLAN
Órgão
Câmara de Nova Friburgo - RJ
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                Internet e fraude


      Alguém duvida que a internet tenha mudado a vida das pessoas? Não, ninguém pode duvidar disso. A internet não é apenas um meio de comunicação ou de informação; é um jeito de viver, um novo jeito de viver, e a história do mundo vai se dividir em duas fases: AI (antes da Internet) e DI (depois da Internet).

      E ai do AI! A internet subverteu totalmente a milenar ideia de que os mais velhos detêm o conhecimento. Agora, são eles que têm de aprender com os jovens, e não o contrário. Um aprendizado que, aliás, funciona: num projeto conduzido nos Estados Unidos, adolescentes, orientados por professores de informática, prontificaram-se a dar aulas sobre computador e internet para pessoas de idade. Ficaram, os veteranos, melindrados com a situação? Nada disso. Antes do treinamento, só 5% sentiam-se à vontade com internet. Depois do treinamento, essa porcentagem subiu para 80%. O vovô pode, sim, aprender com os netos. Vale para computador, vale para celular, vale até para controle remoto.

      Mas há um lugar em que a internet está causando problemas: a sala de aula.

      No passado, era muito comum os professores pedirem aos alunos que preparassem, em casa, trabalhos sobre temas diversos. As pesquisas para isso eram feitas em bibliotecas ou em enciclopédias. No mínimo, os jovens tinham de copiar os textos. Agora eles simplesmente podem baixá-los da internet. E podem contar também com o auxílio de empresas especializadas, que elaboram até teses de mestrado e de doutorado. A frequência com que isso está acontecendo é muito grande; nos Estados Unidos, 50% dos alunos admitem que já recorreram a esse tipo de fraude. Por causa disso, surgiu uma nova especialidade, a detecção de fraudes, um método que conta até com um programa de computador, o Turnitin, capaz de identificar a cópia.

      Pergunta: será que isso vale a pena? Transformar os professores em êmulos da Polícia Federal será a solução do problema? Ou seria melhor pensar sobre as causas desse fenômeno?

      Em primeiro lugar, precisamos nos dar conta de que, como foi dito, copiar os alunos sempre copiaram, só que antes faziam isto à mão. Alguém alegará que dessa forma aprendiam alguma coisa, mas trata-se de uma afirmação questionável: copiar pode ser simplesmente uma coisa mecânica. O melhor é perguntar: qual deve, afinal, ser a característica de um trabalho de aluno? A mim a resposta parece óbvia. O trabalho do aluno, como o trabalho de qualquer pessoa – como este texto que vocês estão lendo –, deve refletir seu pensamento e suas emoções. Ou seja: o trabalho deve ser eminentemente pessoal. Deixem-me dar um exemplo tirado do ensino de medicina. Podemos pedir a um aluno que escreva sobre as relações médico-paciente, e aí, sem dúvida, ele encontrará na internet montes de textos copiáveis. Ou podemos pedir que descreva um episódio de sua própria vida: uma doença que teve e o papel que o médico desempenhou então, com sua avaliação a respeito. Aí não tem como colar. Só a autenticidade resolve. E essa autenticidade será extremamente educativa para o aluno.

      Ou seja: a internet nos ensina coisas, sim. Até quando temos de pensar a respeito das armadilhas da internet e de como evitá-las.

(SCLIAR, Moacyr. Do jeito que nós vivemos – Belo Horizonte: Editora Leitura, 2007.)

Observando as palavras


I. sub-ver-ter.

II. a-do-les-cen-tes.

III. ób-vi-o.


verifica-se que a separação das sílabas está correta apenas em

Alternativas
Comentários
  • LETRA D

     

     

    I. sub-ver-ter.

    II. a-do-les-cen-tes.

    III. ób-vio.

     

  • Palavras terminadas em 2 vogais e a última é A, E, ou O, devem ser separadas observando a seguinte regra:

    --> Se a sílaba anterior tem acento, as 2 vogais ficam juntas na última sílaba. Ex:
    prê - mio;
    á - agua;
    tê - nue;
    si - lên - cio;
    in - dús - tria;
    pre - cá - rios;

    --> Se a sílaba anterior não tem acento, as 2 vogais ficam em sílabas separadas. Ex:
    e - co - no - mi - a
    ge - o - gra - fi - a
    fi - o
     

  • QUESTÃO PASSÍVEL DE ANULAÇÃO

    ÓB-VIO

    ÓB- VI - O

    Como vimos no capítulo de Fonologia, palavras paroxítonas terminadas em ditongo
    crescente
    podem ser analisadas como proparoxítonas aparentes, eventuais, relativas ou
    acidentais
    . Isso já foi questão de concurso em 2012 (veja depois nas questões
    comentadas deste capítulo). Portanto, palavras como paciência, miséria,
    colégio, série, que normalmente são interpretadas como paroxítonas
    terminadas em ditongo crescente
    , podem ser tomadas como proparoxítonas.
    Logo, se cair na prova uma questão dizendo que tais palavras são acentuadas
    por serem paroxítonas terminadas em ditongo crescente ou por serem
    proparoxítonas (eventuais, relativas ou acidentais), não titubeie, pois está
    correto! Entretanto, a banca Cespe/UnB (STM – Técnico Judiciário – 2011)
    foi mais taxativa ao dizer que “aeroportuários” (paroxítona ou proparoxítona
    acidental) não segue a mesma regra de acentuação de “meteorológica”
    (proparoxítona). É bom saber como as bancas pensam!

  • Tem alguma regra que esqueci para a separacao de adolescentes?

  • Óbvio é uma paroxítona terminada em ditongo. Ou seja, não se separa as últimas vogais.

    Correto: Ób-vio

    GABARITO LETRA D

  • REGRA DA PROF. FLÁVIA RITA:

     

    Acento no vizinho final juntinho!!

     

     ób-vio

    fa-mí-lia 

    in - dús - tria
    pre - cá - rios

    in-con-tá-veis

     

    GAB- D

     

    ''Lute com determinação, abrace a vida com paixão, perca com classe e vença com ousadia, porque o mundo pertence a quem se atreve e a vida é muito para ser insignificante.''

     

    Augusto Branco

     

     

  •  d)

    I e II.

  • Melhor canal de concurso do mundo, agora sim eu consigo realizar os meus sonhos.

  • Agora estou na dúvida,pois o VOLP separa assim: ó-bi-vi-o.Como contestar o Volp?

  • Aparentemente, está banca segue a parte da doutrina que não considera a existência de proparoxítonas eventuais?

  • Se tem acento no vizinho , o irmão fica juntinho rsrsrsr

  • ób-vio

  • https://www.priberam.pt/dlpo/%C3%B3bvio

    As três estao corretas. E agora josé ?

  • ób-vio

  • .DEVERIA SER ANULADA, POIS PODE SER TANTO ÓB-VI-O COMO ÓB-VIO.


    CADA BANCA SEGUE O SEU GRAMÁTICO NÉ??


  • I. sub-ver-ter. ---> Certo

    II. a-do-les-cen-tes. --> Certo

    III. ób-vi-o. --> Errado

    R: Quando há presença de acento na sílaba anterior (penúltima), "geralmente" ocorre ditongo na próxima sílaba (ex.: Bíblia, Dicionário), e de acordo com as regras de separação, ditongo não separa! Forma correta: ÓB-VIO

    Estão corretas apenas, I e II.


    Alternativa "D"

  • A PALAVRA ÓBVIO ESTÁ SEPARADA DE FORMA INCORRETA.

    A SEPARAÇÃO CORRETA É ÓB-VIO, UMA VEZ QUE O TEM SOM DE U, CONSTITUINDO ASSIM UMA SEMIVOGAL, QUE POR FIM SÃO CARACTERIZADAS COMO DITONGOS, E DITONGOS NÃO SE SEPARAM.

  • Gabarito: D

  • Ób-vio.

    Não se separa o IO pois se trata de um ditongo e a palavra é paroxítona.

  • MACETE:

    ACENTUOU: DITONGO=NÃO SEPARA

    NÃO ACENTUOU: HIATO= SEPARA

    EXEMPLO 1:

    ÓB-VIO, SE-CRE-TÁ-RIA

    EXEMPLO 2:

    SE-CRE-TA-RI-A

  • O CORRETO : ÓB-VIO

    GAB D!

    ** NÃO PODE SEPARAR OS DITONGOS

  • Prova: 

    Marque abaixo o item onde todas as palavras estão silabicamente separadas de forma CORRETA:

    Pela lógica de U-TI-LI-TÁ-RI-O OU U-TI-LI-TÁ-RIO, ENTÃO DEVERIA SER "ÓB-VI-O" OU "ÓB-VIO".

    Cuidado!

  • ób-vi-o - ditongos não podem ficar separados.

  • ób-vi-o - ditongos não podem ficar separados.

  • A questão é sobre divisão silábica e quer que identifiquemos a alternativa correta. Vejamos:

     . 

    I. sub-ver-ter.

    Certo. Soletramos "sub-ver-ter" (lembrando que o "b" não poderia ficar sozinho, já que toda sílaba precisa ter uma vogal).

     . 

    II. a-do-les-cen-tes.

    Certo. Soletramos "a-do-les-cen-tes" (lembrando que "sc" é um encontro consonantal separável).

     . 

    III. ób-vi-o.

    Errado. Soletramos "ób-vio" (lembrando que não devemos separar o ditongo "io". E uma dica: se tiver um acento no "vizinho", o final fica juntinho! (acento no "ób", final junto "vio").

     . 

    Para complementar:

     . 

    Divisão silábica

     . 

    A divisão silábica faz-se pela silabação (soletração), isto é, pronunciando as palavras por sílabas. Na escrita, separam-se as sílabas por meio do hífen: te-sou-ro, di-nhei-ro, con-te-ú-do, ad-mi-tir, guai-ta-cá, sub-le-var.

    Regra geral:

    • Na escrita, não se separam letras representativas da mesma sílaba.

    Regras práticas:

    Não se separam letras que representam:

    • a)   ditongos: cau-le, trei-no, ân-sia, ré-guas, so-cie-da-de, gai-o-la, ba-lei-a, des-mai-a-do, im-bui-a, etc.
    • b)   tritongos: Pa-ra-guai, quais-quer, sa-guão, sa-guões, a-ve-ri-guou, de-lin-quiu, ra-diou-vin-te, U-ru-guai-a-na, etc.
    • c)    os dígrafos ch, lh, nh, gu e qu: fa-cha-da, co-lhei-ta, fro-nha, pe-guei, quei-jo, etc.
    • d)   encontros consonantais inseparáveis: re-cla-mar, re-ple-to, pa-trão, gno-mo, mne-mô-ni-co, a-mné-sia, pneu-mo-ni-a, pseu-dô-ni-mo, psi-có-lo-go, bí-ceps, etc.

    Separam-se as letras que representam os hiatos: sa-ú-de, Sa-a-ra, sa-í-da, ca-o-lho, fe-é-ri-co, pre-en-cher, te-a-tro, co-e-lho, zo-o-ló-gi-co, du-e-lo, ví-a-mos, etc.

    Contrariamente à regra geral, separam-se, por tradição, na escrita, as letras dos dígrafos rr, ss, sc, sç e xc: guer-ra, sos-se-go, pis-ci-na, des-çam, cres-ço, ex-ce-ção, etc.

    Separam-se, obviamente, os encontros consonantais separáveis, obedecendo-se ao princípio da silabação: ab-do-me, ad-je-ti-vo, de-cep-ção, Is-ra-el, sub-ma-ri-no, ad-mi-rar, ap-ti-dão, felds-pa-to, sub-lin-gual, af-ta, e-clip-se, trans-tor-no...

    Na divisão silábica, não se levam em conta os elementos mórficos das palavras (prefixos, radicais, sufixos): de-sa-ten-to, di-sen-te-ri-a, tran-sa-tlân-ti-co, su-ben-ten-di-do, su-bes-ti-mar, in-te-rur-ba-no, su-bur-ba-no, bi-sa-vó, hi-dre-lé-tri-ca, etc.

     . 

    Referência: CEGALLA, Domingos Pascoal. Novíssima Gramática da Língua Portuguesa, 48.ª edição, São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2008, página 36.

     . 

    Gabarito: Letra D