SóProvas


ID
2604400
Banca
FCC
Órgão
DPE-AM
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                Conversa ao vivo


      Estão multiplicando-se os bares e os restaurantes que oferecem, como irresistível atração, “música ao vivo”. Temo que eles alcancem, mais do que uma hegemonia, uma unanimidade. Temo que chegue o dia em que nada mais se converse à mesa, por conta desse discutibilíssimo privilégio de se ouvir música alta enquanto se bebe e se come. Para uma conversa, sempre restará, é verdade, o recurso da leitura labial – mas não farão falta o timbre e a entonação da voz da pessoa amiga?

      Vejo esse hábito de “animar” com muitos decibéis de música imposta os lugares em princípio concebidos para o lazer e a sociabilidade como uma dessas extravagâncias que acabam se fazendo naturais. Enormes receptores de TV se associam, por vezes, ao show de estímulos que nos distraem da nossa companhia, do que temos a pensar, a dizer e a ouvir. Uma espécie de confusa obrigação de festa e alegria ruidosa vai-se impondo aos passivos frequentadores, que acabam se esquecendo da boa recompensa que pode haver numa estimulante “conversa ao vivo”, na qual as palavras mesmas, as nossas e as alheias, constituem a música e o sentido de estarmos juntos.

                                                                     (TENÓRIO, Adalberto. inédito

Está plenamente adequado o emprego de ambos os elementos sublinhados na frase:

Alternativas
Comentários
  • A) A atração da qual (As quais) os donos de bares e restaurantes pretendem oferecer aos clientes é considerada
    um martírio a que (do qual) deveríamos ser poupados.
    b) Quanto aos televisores, o autor julga-lhes (julga-os) um acréscimo dos tormentos já representados pela música
    alta nos bares e restaurantes.
    c) A música ruidosa, cujo principal efeito é impossibilitar uma conversa, é um tormento do qual está
    cada vez mais difícil esquivar-se.
    d) Há pessoas que querem conversar, mas não as assiste sequer o direito de alguns intervalos
    silenciosos, que lhes (as) poupariam por algum tempo.
    e) Aos passivos frequentadores, de cuja (cuja) paciência parece não haver limite, impõem-se os decibéis em
    que
     (aos quais) os pobres ouvidos acabam se acostumando.

  • B- Neste contexto o verbo julgar é transitivo direto, ou seja, não cabe o pronome ''lhe''...

  • Entendi foi nada '-'

  • Letra (c)

     

    A música ruidosa, cujo (a qual) principal efeito é impossibilitar uma conversa, é um tormento do qual (que-pronome relativo) está cada vez mais difícil esquivar-se.

  • Os termos não estão aparecendo sublinhados no meu celular.
  • Gab. C

     

    Em:

    "A música ruidosacujo principal efeito é impossibilitar uma conversa, é um tormento do qual está cada vez mais difícil esquivar-se."

    Lembrar que:

    1) o uso do pronome CUJO se dá devido a relação de posse que existe entre os elementos envolvidos: o termo "principal efeito" com o termo "música ruidosa". - posse

     

    2) Esquivar, nesse contexto, é verbo pronominal transitivo indireto, necessecitando de preposição (ESQUIVAR-SE DE...) 

    #avante

     

  • Luíza, é " a atração da qual" sim. E não "a atração das quais os donos dos bares..."

  • Atenção!

    Uso do verbo assistir

     

    Quatro significados:

     

    prestar ajuda, é transitivo direto. Exs.:

    a) “A enfermeira assiste o doente”;

    b) “A enfermeira assiste-o.

     

    presenciar, ver, é transitivo indireto, pede a preposição a, e não admite lhe como complemento. Exs.:

    a) “O estagiário assiste a vários debates e audiências”;

    b) “O estagiário assiste a eles”.

     Isso ocorre também com os demais verbos  aspirar (desejar), recorrer (pedir auxílio), que, recusando a forma lhe, têm os seus objetos indiretos expressos pela forma a ele

    Assistir-lhe (errado) 

    Aspirar-lhe (errado) 

    Recorrer-lhe (errado)

     

    pertencer, caber, é transitivo indireto e admite lhe como complemento. Exs.:

    a) “Este direito assiste ao vencedor”;

    b) “Este direito lhe assiste”.

     

    acepção pouco usada de morar, residir, é intransitivo e pede por complemento um adjunto adverbial de lugar. Ex.:

    Os rapazes assistem em humilde pensão.

     

    Fonte:http://www.migalhas.com.br/Gramatigalhas/10,MI5893,21048-Assistir 

  • Tem gente comentando errado, e pior, o comentário com mais curtidas. Pronome relativo é uma classe de pronomes que substituem um termo da oração anterior e estabelece relação entre duas orações.

    Nós conhecemos o professor. O professor morreu.

    Nós conhecemos o professor que morreu.

    Como se pode perceber, o que, nessa frase, está substituindo o termo professor e está relacionando a segunda oração com a primeira.

     

    A) A atração da qual (As quais) os donos de bares e restaurantes pretendem oferecer aos clientes é considerada
    um martírio a que (do qual) deveríamos ser poupados. Errado, o pronome relativo deve fazer a concordância em número também com o termo anterior. O certo é: A atração da qual a qual os donos de bares e restaurantes pretendem oferecer aos clientes é considerada.

     

     

  • Complementando..

     

     

    Questão que exige conhecimento de REGÊNCIA..

     

     

     

    Assertiva:

     

     c) A música ruidosacujo principal efeito é impossibilitar uma conversa, é um tormento do qual está cada vez mais difícil esquivar-se.

     

     

     

     

    Fundamento:

     

     

    (1) Cujo é um pronome relativo que geralmente é usado entre substantivos, indicando relação de posse.

     

    >> Veja que a questão estabelece relação de posse entre MÚSICA e EFEITO.

     

     

     

    (2) Esquivar é um verbo que rege a preposição ''DE''. Ora meu amigo, quem esquiva, esquiva de ALGO, ou de ALGUÉM.

     

    >> Veja que a questão aloca o termo ''DO''  para suprir a regência de esquivar. ( DO QUAL = DE  + O + QUAL)

     

     

     

     

    Erros:

     

     

    (a) A atração da qual os donos de bares e restaurantes pretendem oferecer aos clientes é considerada um martírio a que deveríamos ser poupados.

     

    >> Não há termos que exigem a regência da preposição ''DE'' no primeiro grifo. No segundo, o verbo ''poupar'' rege a preposição ''DE'', ficando ''DO QUAL''.

     

     

     

    (b) Quanto aos televisores, o autor julga-lhes um acréscimo dos tormentos já representados pela música alta nos bares e restaurantes. 

     

    >> Julgar é VTD, logo o correto seria julga-los.

     

     

     

    (d) Há pessoas que querem conversar, mas não as assiste sequer o direito de alguns intervalos silenciosos, que lhes poupariam por algum tempo.

     

    >> Assitir no caso em tela é VTI (sentio de caber), logo o correto seria: lhes assiste.

     

     

     

    (e) Aos passivos frequentadores, de cuja paciência parece não haver limite, impõem-se os decibéis em que os pobres ouvidos acabam se acostumando.

     

    >> Não há termos que exigem a regência da preposição ''DE'' / ''EM''.

     

     

     

     

     

    GABARITO LETRA C

  • Gente, cuidado!! Muitos comentários  estão bem equivocados, inclusive o comentário mais curtido!!!

    O colega Oliver Queen explicou as alternativas de forma perfeita!

     

  • Qccc ! !! Não aparece o sublinhado no app!!!! Nem opção de indicar para comentário! ! Já mandei email e nada, abençoados
  • Dúvida: quanto a alternativa "b)", me ajudem, por favor :  Quanto aos televisores, o autor "julga-los ou julga-os" um acréscimo dos tormentos já representados pela música alta nos bares e restaurante

     

  • SUBLINHADO? Administrador, sane esse problema por favor....

  • Mariana Carvalho, acredito que seja assim a forma dos pronomes:

     

    Verbos terminados e -r -s -z     >    Adiciona L aos pronomes átonos.

    Fiz os exercícios. > Fi-los

    Gostaria de fazer os exercícios? > Gostaria de fazê-los?

    Consideramos difíceis estas questões. > Consideramo-las difíceis.

     

    Um verbo termina com som nasal, adiciona-se N

    Responderam a questão corretamente. > Responderam-na corretamente.

     

     

    O autor julga os televisores um acréscimo dos tormentos já representados pela música alta nos bares e restaurantes. 

    O autor julga-os um acréscimo dos tormentos já representados pela música alta nos bares e restaurantes.

  • Letra C.

    Está cada vez mais difícil esquivar-se DO tormento. / Quem se esquiva, esquiva-se de alguma coisa.

  • SOH FERA AQUI, MORMENTE O OLIVER QUEEN

  • parabéns para essas pessoas que conseguem analisar uma oração assim, tem 5 anos que estudo essa merda de gramatica e não consigo fazer os exercicios.

  •  a) A atração a qual os donos de bares e restaurantes pretendem oferecer aos clientes é considerada um martírio de que deveríamos ser poupados.

    b) Quanto aos televisores, o autor os julga um acréscimo dos tormentos já representados pela música alta nos bares e restaurantes. 

    c) A música ruidosa, cujo principal efeito é impossibilitar uma conversa, é um tormento do qual está cada vez mais difícil esquivar-se. Certo!

     d) Há pessoas que querem conversar, mas não lhes assiste sequer o direito de alguns intervalos silenciosos, que as poupariam por algum tempo.

     e) Aos passivos frequentadores, para cuja paciência parece não haver limite, impõem-se os decibéis com que os pobres ouvidos acabam se acostumando.

  • Renato Costa, faço das tuas, as minhas palavras, pois foi ela; quem me separou da PC.

     

  • Nossa senhora!!!!!

    Cuidado com o primeiro comentário, a menina errou tudo. 

  • Caramba! Essa Laíza Pomposo comentou tudo errado e a galera ainda curte! Jesus!

    Geral seguindo comentários equivocados. Cuidado!

    Já é difícil aprender. Aprender errado então....quando atraso!

  • a) ERRADO. A atração da qual (que / a qual) os donos de bares e restaurantes pretendem oferecer aos clientes é considerada um martírio a que (de que / do qual) deveríamos ser poupados.

    – Oferecer é VTDI, o que é objeto direto.
    Poupar significando eximir-se de algo penoso é VTDI, pede preposição de.

    b) ERRADO. Quanto aos televisores, o autor julga-lhes (julga-os) um acréscimo dos (aos) tormentos já representados pela música alta nos bares e restaurantes.

    Julgar é um verbo transobjetivo, pede um objeto direto (os) e um predicativo desse objeto direto (acréscimo).
    Acréscimo pede preposição a.

    c) GABARITO. A música ruidosa, cujo principal efeito é impossibilitar uma conversa, é um tormento de que está cada vez mais difícil esquivar-se.

    – Reescritura da primeira oração adjetiva: O principal efeito da música ruidosa é impossibilitar uma conversa.
    – Reescritura da segunda oração adjetiva: Esquivar-se de um tormento está cada vez mais díficil.

    d) ERRADO. Há pessoas que querem conversar, mas não as (lhe) assiste sequer o direito de alguns intervalos silenciosos, que lhes poupariam por algum tempo.

    Assisitir significando ser da competência ou atribuição de alguém; competircaber; é VTI.
    Poupar é VTD, ao significar economizar. O que seria objeto direto de poupariam.

    e) ERRADO. Aos passivos frequentadores, de cuja (cuja) paciência parece não haver limite, impõem-se os decibéis em que (com que) os (seus) pobres ouvidos acabam se acostumando.

    Reescritura da primeira oração adjetiva: A paciência dos frequentadores parece não haver limite.

    – Acostumar significando habituar(-se) é VTI, pede preposição com.
    Reescritura da segunda oração adjetiva: Os pobres ouvidos dos frequentadores acabam se acostumando com os decibéis.

  • Laíza, quem se acostuma, se acostuma "em" ou "com" alguma coisa?
    Não preste um desserviço!

  • Para o pessoal que não aparece as questões sublinhadas, sugiro que mudem de servidor. Para mim tb não aparecia, mudei para o Google Chrome e tudo certo!

  • Hygor Machado, apenas dois adendos um para o verbo "assistir" que não se usa o pronome "lhe" e o outro para o verbo julgar quando o verbo termina em R,S,Z usa-se "la, lo, los, las". Ademais seu comentário está ótimo, obrigada!

  • só não entendi a letra c, o pronome cujo não tem que estar entre dois substantivos, ruidosa e principal não seriam dois adjetivos, se alguem puder ajudar eu agradeço! obrigado a todos e bons estudos.

  • essa foi boa

  • Acertei, mas não entendo a razão

  • LETRA C


    (A) está errada, pois a oração subordinada adjetiva "da qual os donos de bares e restaurantes pretendem oferecer aos clientes" apresenta a locução verbal transitiva direta e indireta "pretendem oferecer", "aos clientes" é o objeto indireto e o objeto direto deve ser o 
    pronome relativo "a qual". Assim, ele não pode ser precedido de preposição. Além disso, a oração adjetiva "a que deveriamos ser poupados" apresenta a locução verbal da voz passiva "deveriamos ser poupados", a qual é transitiva direta e indireta, e o sujeito paciente subentende o 
    pronome "nós". Ademais, o objeto indireto deve ser precedido da preposição "de". 


    A atração a qual os donos de bares e restaurantes pretendem oferecer aos clientes é considerada um martírio de que deveriamos ser poupados.

     


    (B) está errada, pois o verbo "julga" é transitivo direto, o objeto direto deve ser empregado com o pronome "os" e "um acréscimo dos tormentos" é o predicativo do objeto direto. O substantivo "acréscimo" admite a preposição "de". 


    Quanto aos televisores, o autor julga-os um acréscimo dos tormentos já representados pela música alta nos bares e restaurantes.

     


    (C) é a correta, pois "cujo principal efeito" é o sujeito em relação ao verbo de ligação "é". Além disso, o verbo "esquivar-se" rege a preposição "de", por isso o pronome relativo "do qual" está correto. 


    A música ruidosa, cujo principal efeito é impossibilitar uma conversa, é um tormento do qual está cada vez mais difícil esquivar-se.

     


    (D) está errada, pois o verbo "assiste", neste contexto, é transitivo indireto, o sujeito é "o direito de alguns intervalos silenciosos" e o objeto indireto deve ser empregado com o pronome "lhes". Além disso, o verbo "poupariam" é transitivo direto e não admite "lhes", mas 
    "as". 


    Há pessoas que querem conversar, mas não lhes assiste sequer o direito de alguns intervalos silenciosos, que as poupariam por algum tempo.

     


    (E) está errada, pois "limite" rege a preposição "para" ou "de". Neste contexto, é viável a preposição "para". Além disso, o verbo "acostumando" rege a preposição "com", e não "em". 
    Aos passivos frequentadores, para cuja paciência parece não haver limite, impõem-se os decibéis com que os pobres ouvidos acabam se acostumando.
     

    Prof. Décio Terror

  • Adjetivo após cujo, pode isso?

  • Sara, onde vc viu após? Não pode, mas antes pode ter preposição ou artigo sim

  • A música ruidosa, cujo (a qual) principal efeito é impossibilitar uma conversa, é um tormento do qual (que-pronome relativo) está cada vez mais difícil esquivar-se.

    Eu jurava que seria: A música ruidosa, de cujo principal efeito é impossibilitar uma conversa

    Eu botei na ordem direta e ficou: o principal efeito Da música é impossibilidade uma conversa

  • FISCAL2020:

    O uso das preposições tem a ver com a regência e você tem que analisar se o VERBO ou o NOME da oração  (subordinada adjetiva) estão exigindo!

    No caso do pronome CUJO, ele equivale  à preposição DE + ANTECEDENTE, pois indica posse.

    Não adianta colocar na ordem direta/indireta pra ver a preposição que antecede CUJO. A melhor forma e a mais correta é perguntar para o verbo/ nome.

    Pra quem não estudou Regência ainda, o melhor é começar pela análise sintática, estudar também análise sintática dos pronomes relativos e aí sim Regência.