SóProvas


ID
2605696
Banca
FCC
Órgão
DPE-AM
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

      As crianças gostam de brincadeiras que sejam imitativas e repetitivas, mas, ao mesmo tempo, inovadoras. Firmam-se no que lhes é conhecido e seguro, e exploram o que é novo e nunca foi experimentado.

      O termo “arremedo” pode implicar algum grau de intenção, mas imitar, ecoar ou reproduzir são propensões psicológicas (e até fisiológicas) universais que vemos em todo ser humano e em muitos animais.

      Merlin Donald, em Origens do pensamento moderno, faz uma distinção entre arremedo, imitação e mimese: o arremedo é literal, uma tentativa de produzir uma duplicata o mais exata possível. A imitação não é tão literal quanto o arremedo. A mimese adiciona uma dimensão representativa à imitação. Em geral, incorpora o arremedo e a imitação a um fim superior, o de reencenar e representar um evento ou relação. O arremedo, segundo Donald, é visto em muitos animais; a imitação, em macacos e grandes primatas não humanos; a mimese, apenas no ser humano.

      A imitação, que tem um papel fundamental nas artes cênicas, onde a prática, a repetição e o ensaio incessantes são imprescindíveis, também é importante na pintura e na composição musical e escrita. Todos os artistas jovens buscam modelos durante os anos de aprendizado. Nesse sentido, toda arte começa como “derivada”: é fortemente influenciada pelos modelos admirados e emulados, ou até diretamente imitados ou parafraseados.

      Mas por que, de cada cem jovens músicos talentosos ou de cada cem jovens cientistas brilhantes, apenas um punhado irá produzir composições musicais memoráveis ou fazer descobertas científicas fundamentais? Será que a maioria desses jovens, apesar de seus dons, carece de alguma centelha criativa adicional? Será que lhes faltam características que talvez sejam essenciais para a realização criativa, por exemplo, audácia, confiança, pensamento independente?

      A criatividade envolve não só anos de preparação e treinamento conscientes, mas também de preparação inconsciente. Esse período de incubação é essencial para permitir que o subconsciente assimile e incorpore influências, que as reorganize em algo pessoal. Na abertura de Rienzi, de Wagner, quase podemos identificar todo esse processo. Há ecos, imitações, paráfrases de Rossini, Schumann e outros − as influências musicais de seu aprendizado. E então, de súbito, ouvimos a voz de Wagner: potente, extraordinária (ainda que horrível, na minha opinião), uma voz genial, sem precedentes.

      Todos nós, em algum grau, fazemos empréstimos de terceiros, da cultura à nossa volta. As ideias estão no ar, e nos apropriamos, muitas vezes sem perceber, de frases e da linguagem da época. A própria língua é emprestada: não a inventamos. Nós a descobrimos, ainda que possamos usá-la e interpretá-la de modos muito individuais. O que está em questão não é “emprestar” ou “imitar”, ser “derivado”, ser “influenciado”, e sim o que se faz com aquilo que é tomado de empréstimo.

(Adaptado de: SACKS, Oliver. O rio da consciência. Trad. Laura Teixeira Motta. São Paulo: Cia. das Letras, 2017, ed. digital) 

E então, de súbito, ouvimos a voz de Wagner


Transformando-se o segmento sublinhado acima em sujeito da frase, a forma verbal resultante será:

Alternativas
Comentários
  • Letra (c)

     

    O sujeito agente vira agente da passiva. O verbo transitivo direto vai para a forma passiva com verbo + particípio do verbo ser.

     

    Outras questões que ajudam a responder:

     

    Q764147, Q763280, Q738929, Q853669, Q868128, Q869046, Q778074 (Todas FCC)

  • Pediu implicitamente para passar a frase p voz passivaverbo ser + particípio

    Como Fica: 

    E entao, de súbito, a voz de Wagner é ouvida

  • Esquematizando:

     

     

    Voz ativa      ---->    Voz passiva Analítica

     

     

    Obj.direto    ---->   Sujeito

     

    Sujeito        ---->   Agente da passiva

     

    Verbo          ---->  Verbo vai p/ particípio + acréscimo vb ''ser''

     

     

     

    Análise da frase: 

     

    -E então, de súbito,   (VTD)ouvimos    a voz de Wagner(OD)

     

     

    -E então, de súbito,  A voz de Wagner(SUJ)     é ouvida(VB NO PARTICÍPIO + ACRÉSCIMO VB 'SER')

     

     

     

    OBS: Veja que na passagem para a voz passiva , a locução ''é ouvida'' concorda com '''voz'', núcleo do sujeito na frase.

     

     

     

     

    GABARITO LETRA C

  • GABARITO: C

     

     

    "E então, de súbito, ouvimos a voz de Wagner "

    Voz de Wagner está exercento a função de OBJETO DIRETO

     

    Quando o objeto direto vira SUJEITO é porque temos a transposição para a voz PASSIVA ANALÍTICA

    Para isso devemos acrescentar o verbo SER e modificar o verbo principal para o PARTICÍPIO

    A voz de Wagner é ouvida.

  • O certo nao seria FOI  ouvida, n entendi pq é ouvida

  • Não Larissa!!

     

    O verbo ouvimos está no presente do indicativo.

    Logo, é preciso seguir o tempo e o modo - é ouvida.

     

  • Larisse, a princípio eu tbm pensei que fosse "foi ouvida". Mas o verbo "ouvir" tem a mesma conjugação na 1ª pessoa do plural "ouvimos", tanto no presente do indicativo quanto do pretérito perfeito do indicativo. 

  • Vendem-se carros -> voz passiva Sintética

    Carros são vendidos -> voz passiva Analítica.

     

    VOZ PASSIVA SÓ É ADMISSÍVEL EM CASO DE VERBO TRANSITIVO DIRETO E VERBO TRANSITIVO DIRETO E INDIRETO.  

    AS DEMAIS OPÇÕES DIZEM RESPEITO À VERBO INTRANSITIVO, TRANSITIVO INDIRETO E VERBO DE LIGAÇÃO, OS QUAIS INADIMITEM A TRANSPOSIÇÃO

     

    EU COMPREI ESTE CARRO. (VERBO TRANSITIVO DIRETO) = ESTE CARRO FOI COMPRADO POR MIM

    ----------------------------------------------------

     

    DECORA ISSO KARAI:

    VOZ ATIVA - > VOZ PASSIVA: os verbos tem que ser VTD ou VTDI.

    #Só com essa dica vc acerta MUITAS questões de vozes na FCC.

     

    _____________________________

     

    VOCES TEM QUE SABER A DIFERENÇA ENTRE VOZ PASSIVA ANALÍTICA DE VOZ PASSIVA SINTÉTICA. A FCC AMA ISSO.

     

    voz passiva sintética = Verbo flexionado na 3°pessoa (plural ou singular) + pronome apassivador.

    Esperam-se os ipês com igual ansiedade

     

    Resumão

     

    Eu compro o resumo do Bruno-> voz ativa

    Compram-se os resumos do bruno -> Voz passiva sintética

    Os resumos do bruno são comprados -> Voz passiva analítica

  • E então, de súbito, a voz de Wagner é ouvida (voz passiva analítica)

  • E então, de súbito, a voz de Wagner é ouvida por nós. Voz Passiva Analítica.

  • O verbo deve concordar com o sujeito sempre!

     

    Se na voz ativa o verbo estava no plural (ouvimos) é porque concorda com o sujeito (nós) implícito.

     

    Quando passamos para a voz passiva, o que era sujeito vira agente da passiva e o objeto direto vira o sujeito, por sua vez, o verbo torna-se analítico com acréscimo do 'ser' no mesmo tempo/modo/número deste novo sujeito:

    ... ouvimos a voz de Wagner (voz ativa)

    (nós) Ouvimos - VTD 3ª pes. do presente do indicatico → A voz de Wagner É ouvida (verbo SER auxiliar na 1ª pes. do presente do indicativo concordando com o sujeito da passiva 'a voz de Wagner' + verbo principal ouvir no particípio).

     

     

  • Mandou bem nos exemplos, Brunao rsrsrs

  • essa foi pra ver se o candidato estava respirando

  • Questionável.

    Alguns colegas comentaram que o verbo "ouvir" tem a mesma conjugação na 1ª pessoa do plural "ouvimos", tanto no presente do indicativo, quanto no pretérito perfeito do indicativo.

    Porém, no contexto da frase só tem sentido ouvimos no passado:

    E então, INESPERADAMENTE, ouvimos a voz de Wagner.

     

     

  • Testei cada alternativa: 

    * Vozes verbais é presente em qualquer prova da FCC

     a) é ouvido. 

    a voz de Wagner É OUVIDO

     

     

    b) se ouvem. 

    a voz de Wagner SE OUVEM

     

    d) fomos ouvidos. 

    a voz de Wagner FOMOS OUVIDOS

     

     

     e) foram ouvidas. 

    a voz de Wagner FORAM OUVIDAS

     

     

     

    LETRA C

     

  • Para não perder tempo nesse tipo de questão, basta saber em que tempo e modo o verbo está conjugado, no exemplo o verbo está na terceira pessoa do plural do indicativo = Nós Ouvimos), então o verbo auxiliar também tem de estar conjugado no presente do indicativo, só que terá de concordar com o objeto direto, que no nosso caso é "a voz de Wagner" e transformá-lo em sujeito paciente.

    A voz de Wagner É ouvida.

    Gabarito: C

     

    Dividir para somar sempre!

  • Gab: C

     

    A voz de Wagner é ouvida.

  • ALTERNATIVA A: Alternativa incorreta. Para que se mantivesse adequada a frase com “a voz de Wagner” como sujeito, teríamos que passar o trecho para a voz passiva. Sendo assim, “a voz de Wagner” forçaria o emprego da forma “ouvido”. Note que alternativa A não promove a concordância de gênero adequada, já que “ouvido” não concordaria com “voz”.

    ALTERNATIVA B: Alternativa incorreta. Também incorreta, pois assim não teríamos a flexão correta em número, já que “a voz de Wagner” é singular.

    ALTERNATIVA C: Alternativa correta. “E então, a voz de Wagner é, de súbito, ouvida” é a forma adequada de transformar o termo grifado em sujeito.

    ALTERNATIVA D: Alternativa incorreta, já que o sujeito, com a construção proposta, seria “nós”, e não “a Voz de Wagner”.

    ALTERNATIVA E: Mais uma incorreta. Neste caso, temos incorreção tanto em número (plural em “foram ouvidas”) quanto temporalmente, já que se mudaria o tempo para o pretérito perfeito.

    Resposta: C

  • P/ voz passiva ...

    Ser = particípio:

    E então, de súbito, ouvimos a voz de Wagner

    E então, de súbito, a voz de Wagner é ouvida.

  • Esta foi fácil! hahaha

  • GABARITO: LETRA C

    COMPLEMENTANDO:

    Voz Passiva Analítica

    Constrói-se da seguinte maneira: Verbo SER + particípio do verbo principal. Por exemplo:

    A escola será pintada.

    O trabalho é feito por ele.

    Obs. : o agente da passiva geralmente é acompanhado da preposição por, mas pode ocorrer a construção com a preposição de. Por exemplo:

    A casa ficou cercada de soldados.

    - Pode acontecer ainda que o agente da passiva não esteja explícito na frase. Por exemplo:

    A exposição será aberta amanhã.

    Voz Passiva Sintética

    A voz passiva sintética ou pronominal constrói-se com o verbo na 3ª pessoa, seguido do pronome apassivador SE. Por exemplo:

    Abriram-se as inscrições para o concurso.

    Destruiu-se o velho prédio da escola.

    Obs.: o agente não costuma vir expresso na voz passiva sintética.

    FONTE: WWW.SÓPORTUGUÊS.COM.BR

  • José Maria | Direção Concursos

    07/11/2019 às 11:35

    ALTERNATIVA A: Alternativa incorreta. Para que se mantivesse adequada a frase com “a voz de Wagner” como sujeito, teríamos que passar o trecho para a voz passiva. Sendo assim, “a voz de Wagner” forçaria o emprego da forma “ouvido”. Note que alternativa A não promove a concordância de gênero adequada, já que “ouvido” não concordaria com “voz”.

    ALTERNATIVA B: Alternativa incorreta. Também incorreta, pois assim não teríamos a flexão correta em número, já que “a voz de Wagner” é singular.

    ALTERNATIVA C: Alternativa correta. “E então, a voz de Wagner é, de súbito, ouvida” é a forma adequada de transformar o termo grifado em sujeito.

    ALTERNATIVA D: Alternativa incorreta, já que o sujeito, com a construção proposta, seria “nós”, e não “a Voz de Wagner”.

    ALTERNATIVA E: Mais uma incorreta. Neste caso, temos incorreção tanto em número (plural em “foram ouvidas”) quanto temporalmente, já que se mudaria o tempo para o pretérito perfeito.

    Resposta: C