SóProvas


ID
2642893
Banca
FEPESE
Órgão
CELESC
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O lado bom de não saber


Uma das coisas mais inteligentes que um homem e uma mulher podem saber é saber que não sabem. Aliás, só é possível caminhar em direção à excelência se você souber que não sabe algumas coisas. Pior do que não saber é fingir que sabe. Quando você finge que sabe, impede um planejamento adequado, uma ação coletiva eficaz. Por isso, a expressão “não sei” é um sinal de inteligência. Gente que não tem dúvida não é capaz de inovar, de reinventar, não é capaz de fazer de outro modo; só é capaz de repetir. Claro, você não pode ser alguém que só tem dúvidas, mas não tê-las é sinal de tolice. “Será que estou fazendo do melhor modo? Da maneira mais correta? Será que estou fazendo aquilo que deve e pode ser feito?”

      Só seres que arriscam erram. Não confunda erro com negligência, desatenção e descuido. Ser capaz de arriscar é uma das coisas mais inteligentes para mudar. Quem inventou a lâmpada elétrica de corrente contí- nua foi Thomas Edison, sabemos. O que nem sempre se tem ideia é que ele fez 1.430 experiências antes de chegar à lâmpada que deram errado. Ele inclusive registrou: inventei 1.430 modos de não fazer a lâmpada. Porque é muito importante também saber o que não fazer. Ele aprendeu que o fracasso não acontece quando se erra, mas quando se desiste face ao erro.

      Num mundo competitivo, para caminhar para a excelência é preciso fazer o melhor, no lugar de, vez ou outra, contentar-se com o possível. E isso exige humildade e exige que coloquemos em dúvida as práticas que já tínhamos. Só quem acha que já sabe acaba caindo na armadilha perigosa que é não dar passos adiante.

      Qual o contrário de humildade? Arrogância. Gente arrogante é gente que acha que já sabe, que não precisa aprender, que costuma dizer: “Há dois modos de fazer as coisas, o meu ou o errado. Escolha você”. Arrogância é um perigo porque ela altera inclusive a nossa capacidade de aprender com o outro, de entrar em sintonia. Bons músicos não fazem uma boa orquestra a menos que eles tenham sintonia. E essa sintonia vem quando as pessoas respeitam a atividade que o outro faz e querem atuar de forma integrada. Se há uma coisa que liquida uma orquestra é arrogância.

      Por que com empresa seria diferente?

CORTELLA, M. S. Qual é a tua obra? Inquietações propositivas sobre gestão, liderança e ética. 11. ed. p. 28-31. Petrópolis, RJ: Vozes, 2010. Adaptado.

Identifique abaixo as afirmativas verdadeiras ( V ) e as falsas ( F ), com base no texto.


( ) Na primeira frase do texto, a forma verbal “é” pode ser substituída por “são”, em concordância verbal com o sujeito composto, de acordo com a norma culta da língua.

( ) As palavras “excelência”, “possível” e “contínua” seguem a mesma regra de acentuação gráfica: são paroxítonas terminadas em ditongo crescente.

( ) As palavras “dúvida”, “lâmpada”, “elétrica” e “tínhamos” seguem a mesma regra de acentuação gráfica: são proparoxítonas.

( ) A construção “mas não tê-las é sinal de tolice” (1° parágrafo) pode ser reescrita, em conformidade com a norma culta da língua, como “mas não as ter é sinal de tolice”.

( ) Em “Será que estou fazendo aquilo que deve e pode ser feito?” (1° parágrafo), as formas verbais “deve” e “pode” significam, respectivamente, possibilidade e obrigatoriedade.


Assinale a alternativa que indica a sequência correta, de cima para baixo.

Alternativas
Comentários
  • Para os que são do direito seguirá a mesma regra: Deve(obrigatório), pode(discricionário). Pra quem não é.. segue essa regrinha que dá certo.
    Avante Guerreiros.

  • (F) Na primeira frase do texto, a forma verbal “é” pode ser substituída por “são”, em concordância verbal com o sujeito composto, de acordo com a norma culta da língua.
    errado, uma vez que o sujeito do verbo ser é simples:
    Uma das coisas mais inteligentes que um homem e uma mulher podem saber é saber que não sabem.

     

    (F) As palavras “excelência”, “possível” e “contínua” seguem a mesma regra de acentuação gráfica: são paroxítonas terminadas em ditongo crescente.
    possívEu -> ditongo decrescente

     

    (V) As palavras “dúvida”, “lâmpada”, “elétrica” e “tínhamos” seguem a mesma regra de acentuação gráfica: são proparoxítonas.

     

    (V) A construção “mas não tê-las é sinal de tolice” (1°  parágrafo) pode ser reescrita, em conformidade com a norma culta da língua, como “mas não as ter é sinal de tolice”.
    Correto. O 'não' é atrativo.

     

    (F) Em “Será que estou fazendo aquilo que deve e pode ser feito?” (1° parágrafo), as formas verbais “deve” e “pode” significam, respectivamente, possibilidade e obrigatoriedade.
    deve - obrigatoriedade
    pode - possibilidade

  • pos - sí - vel -> Paroxítona terminada em "L"

  • Nem consegui fazer, poderia pôr a linha do verbo que se refere ou ao menos pôr o trecho que ela quer que analisemos.
  • "possívEu -> ditongo decrescente"

    que doideira é essa cara?

    A palavra é possível

  • Facilitando nossa vida: gabarito letra D

  • Matheus Moreira, possível se escreve com "L" no final, mas também pode ser considerado um ditongo decrescente ORAL, exatamente como o nosso colega Kaio Pacheco descreveu. O "L", nesse caso, tem som de U; é por isso que a palavra possível é uma paroxítona que termina em L ou em ditongo decrescente ORAL (o som do E, na palavra, é mais forte que o U).

  • (F) A construção “mas não tê-las é sinal de tolice” (1°  parágrafo) pode ser reescrita, em conformidade com a norma culta da língua, como “mas não as ter é sinal de tolice”.

    (V) Em “Será que estou fazendo aquilo que deve e pode ser feito?” (1° parágrafo), as formas verbais “deve” e “pode” significam, respectivamente, possibilidade e obrigatoriedade.

     

    Achei que a primeira era falsa pelo fato da frase "mas não as ter é sinal de tolice" seria errada.
    E a segunda, achei que seria verdadeira, pelo fato das palavras "deve" e "pode" podem ter possibilidade e obrigatoriedade.

  • pos - sí - vel -> Paroxítona terminada em "L"

  • Ditongo encontro de duas vogais.... L não é vogal

  • GABARITO: LETRA D

    ACRESCENTANDO:

    Regra de Acentuação para Monossílabas Tônicas:

    Acentuam-se as terminadas em -a(s), -e(s), -o(s).

    Ex.: má(s), trás, pé(s), mês, só(s), pôs…

    Regra de Acentuação para Oxítonas:

    Acentuam-se as terminadas em -a(s), -e(s), -o(s), -em(-ens).

    Ex.: sofá(s), axé(s), bongô(s), vintém(éns)...

     Regra de Acentuação para Paroxítonas:

    Acentuam-se as terminadas em ditongo crescente ou decrescente (seguido ou não de s), -ão(s) e -ã(s), tritongo e qualquer outra terminação (l, n, um, r, ns, x, i, is, us, ps), exceto as terminadas em -a(s), -e(s), -o(s), -em(-ens).

    Ex.: história, cáries, jóquei(s); órgão(s), órfã, ímãs; águam; fácil, glúten, fórum, caráter, prótons, tórax, júri, lápis, vírus, fórceps.

     Regra de Acentuação para Proparoxítonas:

    Todas são acentuadas .Ex.: álcool, réquiem, máscara, zênite, álibi, plêiade, náufrago, duúnviro, seriíssimo...

    Regra de Acentuação para os Hiatos Tônicos (I e U):

    Acentuam-se com acento agudo as vogais I e U tônicas (segunda vogal do hiato!), isoladas ou seguidas de S na mesma sílaba, quando formam hiatos.

    Ex.: sa-ú-de, sa-í-da, ba-la-ús-tre, fa-ís-ca, ba-ú(s), a-ça-í(s)...

    FONTE: A GRAMÁTICA PARA CONCURSOS PÚBLICOS 3ª EDIÇÃO FERNANDO PESTANA.