http://portal.iphan.gov.br/uploads/ckfinder/arquivos/Carta%20de%20Veneza%201964.pdf
Carta de Veneza
Restauração
Art 12º – Os elementos destinados a substituir as partes faltantes devem integrar-se harmoniosamente ao conjunto, distinguindo-se, todavia, das partes originais a fim de que a restauração não falsifique o documento de arte e de história.
(A) Errada. As intervenções para utilização de edificações sob proteção nada tem a ver com inserções de materiais, acréscimos ou próteses no edifício, sendo essas práticas não recomendadas.
(B) Art 11º – Devem ser respeitadas as contribuições válidas de todos os períodos feitas ao edifício ou monumento, uma vez que o objetivo do restauro não é a unidade de estilo. Quando um edifício inclui obras sobrepostas de diferentes períodos, a revelação do estado subjacente só pode ser justificada em circunstâncias excepcionais e quando o que for removido tiver pouco interesse e o material que for posto a descoberto for de grande valor histórico, arqueológico ou estético, e o seu estado de preservação suficientemente bom para justificar esta ação. A avaliação da importância dos elementos envolvidos e a decisão sobre o que pode ser destruído não pode ser apenas da competência do indivíduo responsável pela obra. (ICOMOS, 1964)
(C) Correta.
(D) A adoção de novos usos para aqueles edifícios de valor cultural é factível sempre que exista reconhecimento apriorístico do edifício e diagnóstico preciso de quais intervenções que ele aceita e suporta. Em todos os casos, é fundamental a qualidade da intervenção, e que os novos elementos a serem introduzidos sejam de caráter reversível e se harmonizem com o conjunto. (Cone Sul, 1995)
(E) A PORTARIA Nº 420, DE 22 DE DEZEMBRO DE 2010 dispõe sobre os procedimentos a serem observados para a concessão de autorização para realização de intervenções em bens edificados tombados e nas respectivas áreas de entorno. Abaixo, seguem os documentos necessários para se requerer a autorização de intervenção para restauração.
(Fonte: https://www.estrategiaconcursos.com.br/blog/prova-comentada-fgv-camara-municipal-salvador-2018-cargo-arquiteto/)
a) Errada. Princípio da utilização está relacionado à utilização funcional do bem.
b) Errada. Todas as partes e acréscimos do monumento devem ser respeitadas. A busca pela "unidade estilística original" está relacionada com o restauro estilístico protagonizado por Viollet-Le-Duc e não é defendida na Carta de Veneza.
c) Correta.
d) As intervenções sempre devem ser reversíveis.
e) O diagnóstico, a análise e estudo do objeto é fundamental para qualquer intervenção de restauro.