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A letra D dá pra identificar perfeitamente o personagem falando com Capitu. Por que então o gabarito e a letra E?
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Os tipos de discurso tratam da participação, da fala da personagem dentro da narração. Isso acontece de três maneiras: o narrador apresenta a fala da personagem pela própria personagem (discurso direto), reproduz com sua voz a fala da personagem (discurso indireto) e apresenta o pensamento da personagem no meio da narração (discurso indireto livre).
No discurso direto, há a presença de alguns elementos básicos (normalmente todos aparecem): verbo elocutivo (antecipando a fala da personagem), dois-pontos, aspas ou travessão marcando a própria fala.
No discurso indireto, a fala da personagem por meio do narrador aparece dentro de uma oração subordinada substantiva (normalmente objetiva direta ou subjetiva).
No discurso indireto livre, a fala da personagem se insere no meio do discurso do narrador, dando a impressão de que se trata do pensamento do narrador, mas na verdade se trata do pensamento da personagem; neste caso, não há marcas linguísticas claras indicando a fala dela. O bom é que, na maioria das provas, o discurso indireto livre vem pontuado por ponto de exclamação ou interrogação.
– O professor pediu aos alunos: “Fiquem quietos”. (discurso direto)
– O professor pediu-lhes que ficassem quietos. (discurso indireto)
– Eu, como professor, estava incomodado com um aluno desde o início do ano. Olhava, com raiva e irritado, para esse estudante todos os dias. Quando ele vai parar de me perseguir? O aluno se levantou e pediu para ir ao banheiro. (discurso indireto livre)
Prof. Fernando Pestana
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Nunca li o livro que a questão usou de referência, mas entendo o discurso indireto livre como aquele em que a história está sendo narrada e, de repente, o narrador começa a pensar consigo mesmo, geralmente através de uma pergunta ou conclusão.
Nas letras A e B a pergunta feita pelo narrador para si é clara.
Na letra C a narrativa é quebrada pelo pensamento: "deviam tê-lo impedido de sair; a morte era certa”.
Na letra D a narrativa é quebrada pelo pensamento: "Sogras eram todas assim; já vinha um dia e mudavam”. ESSE NÃO É O CONSELHO QUE CAPITÚ DEU A ELE, o conselho era apenas para esperar!
Na letra E, gabarito, não há quebra da narrativa. O trecho "a borboleta fazia esquecer a crisálida” é uma tentativa de explicação do trecho anterior, com outras palavras. Não se trata de um pensamento do narrador consigo mesmo.
Crisálida é uma espécie de casulo. Assim, a borboleta (moça finamente elegante) fez esquecer a crisálida (origem mediana da moça).
Espero ter ajudado =)
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A prova é de 2017. Estamos no final de 2019 e ninguém tem capacidade de explicar essa questão convincentemente. Essa prova foi punk!!!!!
Em tempo: o gabarito é a letra "e"
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Gabarito Letra E
Entendi dessa forma:
Discurso Direto - transição exata da fala do personagem, sem a participação do narrador. ( PERSONAGEM )
Discurso Indireto - intervenção do narrador, utiliza suas próprias palavras para reproduzir a fala do personagem, sempre na 3ª pessoa. ( NARRADOR )
Exemplo
E) “ Ninguém adivinharia nas maneiras finamente elegantes daquela moça ( 3ª pessoa singula ) , a origem mediana que ela tivera; a borboleta fazia esquecer a crisálida”. ( Narrador apenas ). *****GABARITO *****
Discurso Indireto Livre - Aderência do narrador ao personagem, isto é, alem de dizer as falas de outra pessoa, também toma o lugar dela para relatar seus sentimentos e desejos. - ( NARRADOR + PERSONAGEM )
Exemplos:
A) “Viu o imenso espaço que aquele amor lhe tomara na vida, e a terrível influência que poderia exercer nela, caso não achasse forças para resistir à separação.( Narrador ) Qual seria o meio de escapar a esse desenlace, pior que tudo?” ( Personagem )
B) ”Estácio viu Helena a ler atentamente um papel. Era uma carta, longa de suas quatro laudas escritas ( narrador). Seria alguma mensagem amorosa?” ( personagem)
C) Quando o médico voltou, ficou espantado da temeridade do doente ( narrador) ; deviam tê-lo impedido de sair; a morte era certa”.( personagem )
D) ” Quando voltamos, à noite, viemos por ali a pé, falando das minhas dúvidas.( personagem ) Capitu novamente aconselhou que esperássemos. Sogras eram todas assim; já vinha um dia e mudavam”.( narrador )
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No discurso indireto livre o narrador não faz separações claras para que o leitor entenda o que é dele (narrador) e o que é dos personagens (falas, pensamentos).
-> o que estiver "em negrito" é do personagem. Fala ou pensamento.
-> o que estiver sublinhado é do narrador.
a) "Viu o imenso espaço que aquele amor lhe tomara na vida, e a terrível influência que poderia exercer nela, caso não achasse forças para resistir à separação. Qual seria o meio de escapar a esse desenlace, pior que tudo?
b) Estácio viu Helena a ler atentamento um papel. Era uma carta, longa de suas quatro laudas escritas. Seria alguma mensagem amorosa? (pensamento do Estácio).
c) Quando o médico voltou, ficou espantado da temeridade do doente; deviam tê-lo impedido de sair; a morte era certa. (o médico diz que não deveria tê-lo deixado sair e que a pessoa morrerá.
d) Quando voltamos, à noite, viemos por ali a pé, falando das minhas dúvidas. Capitu, novamente aconselhou que esperássemos. Sogras eram todas assim; já vinha um dia e mudavam. (Não lembro se Capitu foi narrado pelo Bentinho ou se era um terceiro narrador. Então, marquei de colorido as falas de pessoas diferentes).
e) Ninguém adivinharia nas maneiras finamente elegantes daquela moça, a origem mediana que ela tivera; a borboleta fazia esquecer a crisálida. (crisalida está ligado à formação de uma borboleta: larva, casulo e a borboleta em si. É uma observação só do narrador.)
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Lendo os comentarios, incluindo o ultimo, atualizo o post da coleca Cristina:
"A prova é de 2017. Estamos quase em meados de 2020 e ninguém tem capacidade de explicar essa questão convincentemente".
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Discurso Direto
Então o Pedro disse:
– Eu vou jogar Fortinite hoje.
Dircurso Indireto
O Pedro disse que vai jogar Fortinite hoje.
Discurso Indireto Livre (é uma mistura dos discursos direto e indireto)
Então Pedro ligou o computador e entrou no jogo. Hoje vou ficar entre os 20 melhores no Fortinite. Ele conseguiu uma boa classificação.
Fonte: Professor Laércio Ferreira
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Colegas, a fundamentação para a questão está no livro COMUNICAÇÃO EM PROSA MODERNA, do OTHAN M. GARCIA, não no de Pestana. E adivinham de qual editora o livro do Othan é? FGV. Ele não é nada menos do que o livro de português consagrado na bibliografia oficiosa de estudos para o instituto Rio Branco! Nossos irmãos Diplomatas! Seguinte, vou fazer uma explanação teórica e depois analisamos cada alternativa, blz? Simbora.
DISCURSO INDIRETO LIVRE OU SEMI-INDIRETO (tirei da 17º Edição. Pág. 129)
(...)
"No indireto puro, o processo sintático é o da dependência por conectivo integrante; no direto, é o da justaposição, como verbo dicendi claro ou oculto; NO INDIRETO LIVRE, as orações da fala são, de regra, independentes, sem verbos dicendi, mas com transposições do tempo do verbo (pretérito imperfeito - pret. Imp.) e dos pronomes (terceira pessoa)". (...)
PRIMEIRO PONTO: Gente, atentem que no discurso indireto livre há a mudança do tempo verbal e no pronome. Isso porque algum mecanismo linguístico precisa ser utilizado, para que se perceba a troca das falas do narrador para a do personagem característica do discurso indireto livre. Ora, o que nos faz perceber essa troca é a quebra do paralelismo entre um trecho e outro. Graciliano Ramos, por exemplo, usou muito isso em vidas secas, em S. Bernardo (1934), em Angústia (1936) até alcançar a sua plenitude na história dramática de Fabiano e Sinhá Vitória (Vidas Secas - 1938); e muitos outros autores.
Tentem perceber a quebra do paralelismo causada pela mudança do tempo verbal e pela mudança do pronome nesse exemplo de José Lins do Rego, ipsis litteris: "Os trabalhadores passavam para os partidos, conversando alto. Quando me viram sem chapéu, de pijama, por aqueles lugares, deram-me bons-dias desconfiados. Talvez pensassem que estivesse doid0. Como poderia andar um homem àquela hora, sem fazer nada, de cabeça no tempo, um branco de pés no chão como eles? Só sendo doid0 mesmo."
Agora, em análise:
Os trabalhadores passavam (pret. Perf.) para os partidos, conversando alto. Quando me (1ºp) viram (pret. Perf.)sem chapéu, de pijama, por aqueles lugares, deram-me (pret. Perf) (1ºp) bons-dias desconfiados. Talvez pensassem (eles) que estivesse (eu - ainda na 1ºp) doid0. Como poderia(transposição para pret. Imp.) andar um homem (3ºp) àquela hora, sem fazer nada, de cabeça no tempo, um branco de pés no chão como eles? Só sendo doid0 (ele - 3ºp)mesmo. (perceba que nessa última frase não é mais a 1ºp quem fala. Nela é como se fosse uma 3º pessoa apontando para o narrador - que antes era o falante no discurso).
-> Como poderia ( transposição para o fut. Pret. do Indicativo)
-> Como poderia ele ( um homem - 3ºp, portanto) andar àquela hora?
continua...
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A questão quer a opção que não se trata de discurso indireto livre, todas tem um discurso indireto livre com exceção do item "E", o qual não tem discurso nenhum!
O fragmento textual abaixo, de Machado de Assis, que NÃO exemplifica o discurso indireto livre, é:
A
“Viu o imenso espaço que aquele amor lhe tomara na vida, e a terrível influência que poderia exercer nela, caso não achasse forças para resistir à separação. Qual seria o meio de escapar a esse desenlace, pior que tudo?”
B
“Estácio viu Helena a ler atentamente um papel. Era uma carta, longa de suas quatro laudas escritas. Seria alguma mensagem amorosa?”
C
“Quando o médico voltou, ficou espantado da temeridade do doente; deviam tê-lo impedido de sair; a morte era certa”.
D
“Quando voltamos, à noite, viemos por ali a pé, falando das minhas dúvidas. Capitu novamente aconselhou que esperássemos. Sogras eram todas assim; já vinha um dia e mudavam”.
E
“Ninguém adivinharia nas maneiras finamente elegantes daquela moça, a origem mediana que ela tivera; a borboleta fazia esquecer a crisálida”. (Não tem discurso)
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É necessário Compreender o que a questão está pedindo:
NÃO exemplifica o discurso indireto livre
Quer dizer que oque for D.D ou D.I vai ser a resposta.