SóProvas


ID
2660245
Banca
VUNESP
Órgão
PC-BA
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                             Algoritmos e desigualdade


    Virginia Eubanks, professora de ciências políticas de Nova York, é autora de Automating Inequality (Automatizando a Desigualdade), um livro que explora a maneira como os computadores estão mudando a prestação de serviços sociais nos Estados Unidos. Seu foco é o setor de serviços públicos, e não o sistema de saúde privado, mas a mensagem é a mesma: com as instituições dependendo cada vez mais de algoritmos preditivos para tomar decisões, resultados peculiares – e frequentemente injustos – estão sendo produzidos.

      Virginia Eubanks afirma que já acreditou na inovação digital. De fato, seu livro tem exemplos de onde ela está funcionando: em Los Angeles, moradores de rua que se beneficiaram dos algoritmos para obter acesso rápido a abrigos. Em alguns lugares, como Allegheny, houve casos em que “dados preditivos” detectaram crianças vulneráveis e as afastaram do perigo.

      Mas, para cada exemplo positivo, há exemplos aflitivos de fracassos. Pessoas de uma mesma família de Allegheny foram perseguidas por engano porque um algoritmo as classificou como propensas a praticar abuso infantil. E em Indiana há histórias lastimáveis de famílias que tiveram assistência de saúde negada por causa de computadores com defeito.Alguns desses casos resultaram em mortes.

     Alguns especialistas em tecnologia podem alegar que esses são casos extremos, mas um padrão similar é descrito pela matemática Cathy O’Neill em seu livro Weapons of Math Destruction. “Modelos matemáticos mal concebidos agora controlam os mínimos detalhes da economia, da propaganda às prisões”, escreve ela.

    Existe alguma solução? Cathy O’Neill e Virginia Eubanks sugerem que uma opção seria exigir que os tecnólogos façam algo parecido com o julgamento de Hipócrates: “em primeiro lugar, fazer o bem”. Uma segunda ideia – mais custosa – seria forçar as instituições a usar algoritmos para contratar muitos assistentes sociais humanos para complementar as tomadas de decisões digitais. Uma terceira ideia seria assegurar que as pessoas que estão criando e rodando programas de computador sejam forçadas a pensar na cultura, em seu sentido mais amplo.

     Isso pode parecer óbvio, mas até agora os nerds digitais das universidades pouco contato tiveram com os nerds das ciências sociais – e vice-versa. A computação há muito é percebida como uma zona livre de cultura e isso precisa mudar.

                                    (Gillian Tett. www.valor.com.br. 23.02.2018. Adaptado)

Na passagem do segundo parágrafo “Virginia Eubanks afirma que já acreditou na inovação digital.”, a forma verbal acreditou estará corretamente substituída, sem que se alterem o sentido e o restante da estrutura da frase, por:

Alternativas
Comentários
  • Gab: (B) 

     

    tive dúvida com a alternativa (A) mas pelo contexto achei a (B) mais coerente. 

  • Letra B

    Por eliminação retira-se as letras c, de. Restam as letras a e b, onde: 

    “Virginia Eubanks afirma que já acreditou na inovação digital.” ---> quem acreditou... acreditou em(preposição).

    a) atribuiu crédito ---> Atribuiu crédito a.

    b) depositou confiança--->  Depositou confiança em.

     

     

     

  • Não adianta procurar chifre em cavalo mesmo...Melhor ir pelo simples, pensei muito e acabei errando.

    Acreditou não significa atribuir crédito, significa aceitar, crer, etc...

    Correta alternativa B

     

  • Gabarito letra B

     

    Problema da opção A é o seguinte:

     

    o enunciado diz "sem que se alterem o sentido e o restante da estrutura da frase"

     

    observe a regência do verbo atribuir: quem atribui, atribui algo (OD) a alguma coisa (OI)

     

    logo, ficaria: “Virginia Eubanks afirma que já atribui crédito à inovação digital.”

     

  • regência.

  • irresoluta -> sem solução.
    entusiasta -> admirador/devoto/apreciador.

    Fonte: Dicionário informal.

    GABARITO -> [B]

  • Poxa, Errei Feio!

  • nem vi o significado, acertei pela regência.

  • primeiro: p manter a estrutura do resto da frase o novo verbo substituto tem que manter o sentido e ser VTI ou VTDI (por isso exclui c, d e e)

    assim sobram:

     a)atribuiu crédito: crédito é atribuido A alguma coisa. 

    então nao serve porque o "na" da frase original teria q ser substituido por à

     b)depositou confiança: ... em alguma coisa

    o "em" já esta na frase original, pois em + a = na .... esse encaixa pq tem transitividade certa, mantem o sentido e a preposição que gera (em) é comum a da frase

  • Pessoal, acho esses textos muito apagados, caso concordem comigo me ajude a pedir essa alteração porque já fiz duas vezes e não fui atendido.

  • Pessoal, me perdoem, mas discordo - com respeito - de alguns comentários:

    .

    Em primeiro lugar, tanto a alternativa "a", quanto a alternativa "b", possuem verbos VTDI. Portanto não é esse parâmetro que as tornam corretas ou erradas.

    .

    Percebam que se usássemos o mesmo verbo (atribuir) tanto para "crédito" e "confiança", ainda assim a alternativa correta seria a letra "b".

    .

    Por que?

    .

    Atribuir "confiança" é algo subjetivo (inerente à pessoa), assim como "acreditar".

    .

    Já atribuir "crédito" é algo muito mais "objetivo", pois se baseia na verificação prévia de dados ou uma análise mais profunda.

    .

    Ex: Atribuir crédito a um projeto. (Verifiquei diversos indicadores e externei minha opinião. Esse profeto merece crédito)

    Atribuir confiança a um projeto. (Confio, através do meu "feeling", que esse projeto irá ser bem sucedido.)

    .

    Portanto, atribuir ou depositar confiança é sinônimo de "acreditar" (lembrando que se refere ao sentido aplicado NO TEXTO)
    Já atribuir ou depositar crédito, apesar de também ser sinônimo de "acreditar" (não tem a mesma relação com esta, observado o sentido do texto).

    .

    Desculpem me extender, mas foi assim que percebi.

  • Qualquer um que já confiou em quem não devia acertará esta questão. Letra b).

  • Quem acredita, confia.

  • regência

  • Questão pura de regência.

  • Verbo acreditou no pretérito perfeito do modo indicativo. Verbo depositou pretérito perfeito do modo indicativo.

  • EAI CONCURSEIRO!!!

    Para você que vai fazer a prova para escrevente do TJSP e está em busca de questões inéditas, o PROJETO META 90 é uma apostila contendo 1410 questões INÉDITAS E COMENTADAS de toda a parte específica (disciplinas de Direito) cobradas no concurso de Escrevente Técnico Judiciário do Tribunal de Justiça de São Paulo. Estou usando e está me ajudando muito, questões novas trabalham melhor a memoria. Fica minha indicação, pois a VUNESP e traiçoeira HAHAHA.

    Link do site: https://go.hotmart.com/U57661177A

  • acreditou no pretérito perfeito do modo indicativo