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GABARITO LETRA D
"Embora seja um estudo perspicaz, algumas afirmações me parecem discutíveis. (...) Mas as visitas de multidões a grandes museus e monumentos históricos não representam um interesse genuíno pela “alta cultura” (assim a chamam), visto que isso faz parte da obrigação do turista. Em vez de despertar seu interesse pelo passado e pela arte, exonera-o de conhecê-los a fundo."
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Já deu Camilla!! além do mais, dá pra saber a classificação.
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a) estabelece uma distinção entre produtos culturais bem e malsucedidos, sendo que estes são provenientes da produção industrial em massa. Errada:
“Para essa nova cultura são essenciais a produção industrial maciça e o sucesso comercial. A distinção entre preço e valor se apagou. É bom o que tem sucesso; mau o que não conquista o público. O único valor existente é agora o fixado pelo mercado.”
b) critica o apagamento das fronteiras culturais, uma vez que não leva em conta as diferenças simbólicas entre as culturas de sociedades diversas. Errada:
“Em um trabalho de Gilles Lipovetsky e Jean Serroy, defende-se a ideia de que em nossos dias há o enaltecimento de uma cultura global, a cultura-mundo, que, apoiando-se no apagamento das fronteiras, cria denominadores culturais dos quais participam sociedades e indivíduos, apesar das diferentes tradições, crenças e línguas que lhes são próprias.”
c) atualiza o conceito de “cultura-mundo”, argumentando que a cultura do passado perdurou, chegando até o presente por meio de museus que a consagram. Errada:
“Um estudo recente do sociólogo Frédéric Martel mostra que tal “cultura-mundo” de que falavam Lipovetsky e Serroy já ficou para trás, defasada pela voragem de nosso tempo.”
d) questiona a ideia de que as visitas de turistas a museus e monumentos históricos resultem em conhecimento aprofundado e interesse verdadeiro por eles. Gabarito, já respondido pelo colega.
e) enaltece o caráter efêmero dos produtos culturais de hoje, mas ressalta que, apesar disso, a cultura é disseminada de forma mais democrática na atualidade. Errada:
“A maioria das pessoas não consome hoje outra forma de cultura que não seja aquela que, antes, era considerada passatempo, sem parentesco com as atividades intelectuais e artísticas que constituíam a cultura.
(...)
A diferença essencial entre a cultura do passado e o entretenimento de hoje é que os produtos daquela pretendiam transcender o tempo presente, ao passo que os produtos deste são fabricados para serem consumidos no momento e desaparecer.”
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Que trecho interessante!
A diferença essencial entre a cultura do passado e o entretenimento de hoje é que os produtos daquela pretendiam transcender o tempo presente, ao passo que os produtos deste são fabricados para serem consumidos no momento e desaparecer.
Para essa nova cultura são essenciais a produção industrial maciça e o sucesso comercial. A distinção entre preço e valor se apagou. É bom o que tem sucesso; mau o que não conquista o público. O único valor existente é agora o fixado pelo mercado.
(Adaptado de: LLOSA, Mario Vargas. A civilização do espetáculo: Uma radiografia do nosso tempo e da nossa cultura. Rio de Janeiro: Objetiva, 2012. Edição digital)
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A letra E até encontra fundamento no texto na parte: ''A maioria das pessoas não consome hoje outra forma de cultura que não seja aquela que, antes, era considerada passatempo, sem parentesco com as atividades intelectuais e artísticas que constituíam a cultura. O autor vê com simpatia essa transformação, porque, graças a ela, a cultura do grande público arrebatou a vida cultural à pequena minoria, que antes a monopolizava.'', porém essa é uma opinião de Martel e não Vargas Llosa como pede o enunciado...
Já a fundamentação da Letra D está no segundo parágrafo,, que mostra uma opinião do própro Vargas Llosa...
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GABARITO D
O questionamento sobre a visita dos turistas a museus serem verdadeiros interesses deles pode ser extraída do período:
"Essas visitas dos turistas “em busca de distrações” desnaturam o significado real desses museus e monumentos."
Fica claro que o autor do texto acredita que as visitas dos turistas sejam mais distração do que o real interesse no significado dos museus e monumentos.
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#Estudemos!
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Texto interessante...
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Concordo com o texto, isto porque quando viajamos a Paris (É SEM CRASE, PORQUE VOLTO DE PARIS), tenho que ir ao LOUVRE, porque é um museu top, e não porque quero efetivamente conhecer o passado das coisas e coisas do tipo.
Muito interessante esse texto, que pode ser cobrado em discursiva aberta dissertativa-argumentativa.
Embora seja um estudo perspicaz, algumas afirmações me parecem discutíveis. Uma que se diria pouco procedente consiste em supor-se que, em vista de milhões de turistas visitarem locais como a Acrópole e os anfiteatros gregos da Sicília, a cultura não perdeu valor em nosso tempo. Mas as visitas de multidões a grandes museus e monumentos históricos não representam um interesse genuíno pela “alta cultura” (assim a chamam), visto que isso faz parte da obrigação do turista. Em vez de despertar seu interesse pelo passado e pela arte, exonera-o de conhecê-los a fundo. Essas visitas dos turistas “em busca de distrações” desnaturam o significado real desses museus e monumentos.
Muito filosófico este texto. Gostei muito.
bons estudos. so nao passa aquele que desiste.
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