SóProvas


ID
2668864
Banca
FCC
Órgão
TRT - 6ª Região (PE)
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Atenção: Para responder a questão abaixo, considere o texto abaixo.


    O jornalismo pode ser qualificado, embora com certo exagero, como um mal necessário. É um mal porque todo relato jornalístico tende ao provisório. Mesmo quando estamos preparados para abordar os assuntos sobre os quais escrevemos, é próprio do jornalismo apreender os fatos às pressas. A chance de erro, sobretudo de imprecisões, é grande.

    O próprio instrumento utilizado é suspeito. Diferente da notação matemática, que é neutra e exata, a linguagem se presta a vieses de todo tipo, na maior parte inconscientes, que refletem visões de mundo de quem escreve. Eles interagem com os vieses de quem lê, de forma que, se são incomuns textos de fato isentos, mais raro ainda que sejam reconhecidos como tais.

    Pertenço a uma geração que não se conformava com as debilidades do relato jornalístico. O objetivo daquela geração, realizado apenas em parte, era estabelecer que o jornalismo, apesar de suas severas limitações, é uma forma legítima de conhecimento sobre o nível mais imediato da realidade.

    O que nos remete à questão do início; sendo um mal, por que necessário? Por dois motivos. Ao disseminar notícias e opiniões, a prática jornalística municia seus leitores de ferramentas para um exercício mais consciente da cidadania. Thomas Jefferson pretendia que o bom jornalismo fosse a escola na qual os eleitores haveriam de aprender a exercer a democracia.

    O outro motivo é que os veículos, desde que comprometidos com o debate dos problemas públicos, servem como arena de ideias e soluções. O livre funcionamento das várias formas de imprensa, mesmo as sectárias e as de má qualidade, corresponde em seu conjunto à respiração mental da sociedade.

    Entretanto, o jornalismo dito de qualidade sempre foi objeto de uma minoria. A maioria das pessoas está de tal maneira consumida por seus dramas e divertimentos pessoais que sobra pouca atenção para o que é público. Desde quando os tabloides eram o principal veículo de massas, passando pela televisão e pela internet, vastas porções de jornalismo recreativo vêm sendo servidas à maioria.

    O jornalismo de verdade, que apura, investiga e debate, é sempre elitista. Está voltado não a uma elite econômica, mas a uma aristocracia do espírito. São líderes comunitários, professores, empresários, políticos, sindicalistas, cientistas, artistas. Pessoas voltadas ao coletivo.

    A influência desse tipo de jornalismo sempre foi, assim, mediada. Desde que se tornou hegemônico, nos anos 1960-70, o jornalismo televisivo se faz pautar pela imprensa. Algo parecido ocorre agora com as redes sociais.

    A imprensa, que vive de cobrir crises, sempre esteve em crise. O paradoxo deste período é que, no mesmo passo em que as bases materiais do jornalismo profissional deslizam, sua capacidade de atingir mais leitores se multiplica na internet, conforme se torna visível a perspectiva de universalizar o ensino superior.


(Adaptado de: FILHO, Otavio Frias. Disponível em: www.folha.uol.com.br)

No contexto, os elementos sublinhados que apresentam a mesma função sintática se encontram em:

Alternativas
Comentários
  • Letra (e)

     

    Nesses tipos de questões deve-se encontrar o sujeito, e, se houver o objeto direto e o indireto. Uma outra forma é colocar na forma direta.

  •  Alternativa e)

    conforme se torna visível a perspectiva de universalizar o ensino superior // A imprensa, que vive de cobrir crises, sempre esteve em crise.

                                               SUJEITO                                                                  SUJEITO

     

  •  a)o jornalismo televisivo (SUJEITO) se faz pautar pela imprensa // os eleitores haveriam de aprender a exercer a democracia. (OBJETO DIRETO).

     

     

     b)A chance de erro, sobretudo de imprecisões, é grande (PREDICATIVO DO SUJEITO) // sua capacidade de atingir mais leitores se multiplica na internet. (ADVERBIO).

     

     

     c)O jornalismo de verdade (...) é sempre (PREDICATIVO DO SUJEITOelitista // os veículos (...) servem como arena de ideias e soluções. (OBJETO INDIRETO).

     

     

     d)O que nos (Obj. Dir.) remete à questão do início // a prática jornalística (SUJEITOmunicia seus leitores de ferramentas.

     

     

     e)conforme se torna visível a perspectiva (SUJEITOde universalizar o ensino superior // A imprensa (SUJEITO), que vive de cobrir crises, sempre esteve em crise.

  • alguem sabe qual a classificação de "nos" letra d?

  • "função sintática" - função sinstática de próclise? hu3

  • d) O que nos (Obj. Dir.) remete à questão do início // a prática jornalística (Sujeito) municia seus leitores de ferramentas

      

    = Aquilo (função de sujeito) que (PR retoma sujeito) nos = nós ou nós somos (OD) remete (verbo que pede ODI) à questão do início (Obj. Ind)

      

    Se estiver errado, avisem-me.

  • Achei que o NOS era sujeito :o

  • complicado ....to achando que é objeto indireto

  • Galera, a meu ver o SUJEITINHO da frase é o pronome relativo  QUE.

    Poderia ficar assim: A imprensa, a qual vive de cobrir crises, sempre esteve em crise.

     

    Me corrijam se estiver equivocado.

  • Na letra d, o nos é Objeto direto!

    Caso de pronome demonstrativo. Aquilo que nos remete à questão de ínicio.

    Gente, sem criticas ok?

    Comentário com intuito de ajudar, a letra d não tem nada a ver com próclise ok?

     

  • Gabarito E:

    Sobre a D, é necessário se fazer o seguinte questionamento:

    O verbo remeter nesta situação é TRANSITIVO DIRETO E INDIRETO, pois remete algo/ alguém a alguma coisa, certo?

    "O que nos remete à questão do início"

    Remete quem? NÓS = OBJETO DIRETO.

    Remete a o quê? À questão do início = OBJETO INDIRETO (reparem a preposição).

    Bons estudos!

  • O comentário mais votado classifica sintaticamente o ''nos'' (letra d) como próclise e ''na internet (letra b) como advérbio, totalmente errado, advérbio e próclise não são funções sintáticas. Para quem está iniciando nos estudos isso é uma maldade

  • Na  D o que pegou foi a transitividade do verbo remeter

    Ver o comentário de Erika Fernandes

  • alguem comenta a letra C?

  • Concordo  com a sua posição Rhuan Ferreira , na minha opiniao o site deveria filtrar certos comentários !

  • NA QUESTÃO É A REGRA ESTA CERTA??? POIS EU PENSEI QUE SUJEITO NÃO ERA SEPARADO POR VIRGULA ???

     

  • Errei na prova, porém acertei aqui. É errando que se aprende !!!

    Foco no objeitivo

  • Dois sujeitos

  • Coryne Lima, no item E não há uma separação do sujeito e seu verbo . O que ocorre é que esta frase que está entre virgulas é uma oração adjetiva explicativa e por isso deve estar entre virgulas .

    O sujeito estaria sendo separado do verbo caso houvesse apenas uma virgula, então nesse caso incorreria em incorreção gramatical .

    Espero que tenha ajudado .

  • Só corrigindo o colega RAFA TRT, na alternativa B "na internet" tem função sintática de adjunto adverbial, já na alternativa D o "nos" tem função sintática de objeto direto.

  • Todo mundo falando sobre o erro do colega RAFA TRT mas ninguém comentou de maneira decente o porquê da letra "e" ser a correta (apenas indicaram que era sujeito). Neste caso, temos um exemplo de sujeito ORACIONAL, pois " a perspectiva de universalizar o ensino superior" é uma oração inteira que funciona como sujeito. Pergunte ao verbo, torna visível o que? A persepectiva... Ela (a perspectiva de...) não completa o sentido do verbo, mas funciona como o próprio sujeito da oração.

     

     

     

    Abraço e bons estudos.

  • Pessoal, pelo jeito estamos todos perdidos nesta questão. Vamos indicar para comentário do professor!

     

  • Pessoal, pelo jeito estamos todos perdidos nesta questão. Vamos indicar para comentário do professor!

     

  • Devido ao fato do comentário mais curtido apresnetar PRÓCLISE como função sintática, vou colocar minhas observações dessa questão para esclarecer as dúvidas.

     

    Vamos ao que segue:

     

    A (ERRADA) -  o jornalismo televisivo se faz pautar pela imprensa // os eleitores haveriam de aprender a exercer a democracia

     "o jornalismo televisivo" é SUJEITO.

     " Demoracia" é OBJETO DIRETO

     

    B- (ERRADA)  A chance de erro, sobretudo de imprecisões, é grande // sua capacidade de atingir mais leitores se multiplica na internet

    "É GRANDE" é PREDICATIVO DO SUJEITO

    "NA INTERNET" é ADJUNTO ADVERBIAL DE LUGAR

     

    C (ERRADA) - O jornalismo de verdade (...) é sempre elitista // os veículos (...) servem como arena de ideias e soluções

    'É SEMPRE' é PREDICADO DO SUJEITO

    "COMO ARENA DE IDEIAS E SOLUÇÕES" é OBJETO INDIRETO 

     

    D - (ERRADA) O que nos remete à questão do início // a prática jornalística municia seus leitores de ferramentas

    "NOS" é OBJETO DIRETO de "remete"

    "A PRÁTICA JORNALÍSTICA" é SUJEITO

     

    E - (CERTO) -  conforme se torna visível a perspectiva de universalizar o ensino superior // A imprensa, que vive de cobrir crises, sempre esteve em crise.

    "A PERSPECTIVA" é SUJEITO. Colocando na ordem direta ficaria assim: A perspectiva de universalizar o ensino superior se torna visível conforme ...

    "A IMPRENSA" é SUJEITO

     

    Espero ter ajudado e explicado melhor...

     

    Abraço

  • Procurem primeiro o verbo, depois que o encontrarem, perguntem a ele e ele te entregará o sujeito.

     

    O que se torna visível? ====>  A perspectiva.

    Que sempre esteve em crises? ===> A imprensa.

     

    Gab. E

  •  a partícula "se" em vtd torna o que era objeto em sujeito...  

  • Simples

     

    VTD + SE = não tem objeto direto...o que parece ser objeto direto na verdade é sujeito. (chaves que me ensinou....kkk)

     

    FCC sempre pergunta isso!!!

  • O "se" da alternativa A me enganou...

  • Galera, o meu comentário já foi corrigido.

  • Tem pessoas ensinando errado algumas questões 

    c) o predicativo do sujeito é ELITISTA e não SEMPRE (adj. adv. de tempo)

  • Muita gente colocando explicações erradas. Sugestão: se não tiver certeza quanto à  justificativa da resposta, melhor não comentar.

  • Melhor comentário é do Fabrício Acunha. Só leia o dele e esqueça o resto. O povo está escrevendo muita besteira por aqui. 

  • Na alternativa C, a função sintática da palavra "sempre" é adjunto adverbial de tempo e não predicativo como o Fábio Cunha observou no comentário.

    No mais, o comentário dele sobre as demais funções sintáticas das palavras grifadas é o mais completo.

  •  d)O que nos remete à questão do início // a prática jornalística municia seus leitores de ferramentas

    Confesso  que nesta questão  a minha  maior dificuldade foi identificar  o sujeito  na primeira oração. O 

    QUE, nesta oração está exencendo a função sintatica de PRONOME RELATIVO

     

    GABARITO:  E

  • Aula da professora do Q.


    a) sujeito / objeto direto

    b)predicativo do sujeito / adjunto adverbial

    c)adjunto adverbial de tempo / objeto indireto

    d) complemento verbal / sujeito

    e) sujeito / sujeito


    Correta letra e.

  • A professora se bananou toda pra explicar a letra E

  • Alguém por favor me explique o pq do NOS ser objeto direto

  • Rafa Saldanha: obrigado irmão. O valor de um ser humano não é determinado por um único erro ou por um sucesso isolado. A vida é mais do que isso. Abraços. 

  • Nesse tipo de questão primeira coisa que faço é caçar sujeitos! O mais difícil é saber por onde começar, pq aí poderia ser casos de diversas análises...

  • O "nos" é objeto direto, pq é um pronome oblíquo (ME - TE - SE - NOS- VOS, além do o, lo, no.

  • Letra A – ERRADA – O termo “o jornalismo” funciona sintaticamente como sujeito da forma verbal “se faz.” Já o termo “a democracia”, como objeto direto da forma verbal “exercer”.

    Letra B – ERRADA – O termo “grande” funciona sintaticamente como predicativo do sujeito. Já o termo “na internet”, como adjunto adverbial de lugar.

    Letra C – ERRADA – O termo “sempre” funciona sintaticamente como adjunto adverbial de tempo. Já o termo “como arena de ideias e soluções”, como objeto indireto da forma verbal “servir”.

    Observação: o verbo servir, no sentido de “ter utilidade de”, pede objeto indireto introduzido pela preposição “de” ou pelo advérbio “como”.

    Letra D – ERRADA – O termo “nos” funciona sintaticamente como objeto direto do verbo bitransitivo “remeter” (remeter alguém a algo). Já o termo “a prática jornalística” atua como sujeito de “municia”.

    Letra E – CERTA – O termo “a perspectiva ... ” funciona sintaticamente como sujeito da forma verbal “se torna”. Note que a primeira pergunta que se deve fazer ao verbo é qual o seu sujeito. Quando perguntamos “O que se torna?”, a resposta é “a perspectiva ...”. Já o termo “A imprensa” funciona como sujeito da forma verbal “esteve”.

  • Boa tarde a todos. Alguém poderia me dizer o porquê do primeiro contexto da letra C não ser um predicativo do sujeito? Afinal tem um verbo de ligação "é". obrigada desde já.