SóProvas


ID
2684245
Banca
SUGEP - UFRPE
Órgão
UFRPE
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO 1

O desperdício nosso de cada dia

Em recente pesquisa feita pelo Instituto Akatu, foi constatado que uma família brasileira joga fora, em média, R$ 180 por mês em alimentos. Isso equivale a dizer que para cada R$ 100 em compras, quase R$ 30 são jogados fora. No Brasil, onde mais de 7 milhões de pessoas passam fome, cheguei a sentir um embrulho no estômago com tamanho desperdício. Para se ter uma ideia, se esse valor perdido fosse colocado em um investimento tradicional todo mês, ao final de 30 anos, se teria próximo de R$ 120 mil, já descontada a inflação.
A compra sem planejamento, de alimentos e de outros produtos, como remédios, por exemplo, evidencia a nossa quase sempre falta de controle. Recentemente, fui à farmácia comprar um xarope e a balconista me apresentou a versão de 100ml do produto. Pergunto sempre se é o menor volume comercializado. Ela me disse que não, que existia o mesmo xarope no volume de 60ml (mas ora, por que não me disse antes?). Minha pergunta me fez trocar o xarope de 100ml de R$ 50 pelo de 60ml, que me custou R$ 30 (tive uma economia de 40%). E, antes que me perguntem, o xarope de 60ml tem volume suficiente para curar duas gripes iguais à que eu enfrentava naquele momento. Provoco o leitor a visitar a farmacinha que tem em casa e a refletir sobre quais medicamentos são desperdiçados por falta de uso. E, se seguiu meu conselho, estimulo-o também a olhar suas roupas e a confirmar que, algumas delas, foram adquiridas por impulso e apenas enfeitam o seu guarda-roupa.
O desperdício vai além... Se, por exemplo, alguém tem uma casa de quatro quartos e mora somente com seu companheiro(a), estes podem estar desperdiçando espaço e dinheiro. Se gasta em média 5Gb de internet no celular e paga um plano de 20Gb, também desperdiça. E a pessoa continua desperdiçando dinheiro quando:
- paga juros altos em financiamentos, por falta de um planejamento financeiro; paga tarifas bancárias, quando existe um pacote gratuito de tarifas exigido pelo Banco Central, que os bancos não divulgam; não inclui o CPF nas notas fiscais de serviços, para ter desconto no IPTU; não aproveita o desconto da taxa de condomínio ao pagá-la até o vencimento (a maioria oferece esse benefício); não utiliza o regime de coparticipação dos planos de saúde, que reduz a mensalidade em troca de pagamento percentual a mais apenas quando usá-lo; não pergunta se o pagamento à vista oferece algum desconto na compra; e também quando não divide o pagamento sem juros, caso não tenha tal desconto (lembrei que certa vez comprei uma vela de aniversário para meu irmão, de R$ 3, em 10 vezes).
Enfim, são inúmeras oportunidades de usar seus recursos com mais inteligência e sem desperdícios. Pequenos exemplos como esses farão enorme diferença no futuro. O orçamento é um acordo que você faz com seu dinheiro, definindo previamente para onde ele vai no decorrer do mês. Sugiro que liste todas as suas despesas e busque identificar oportunidades de otimizá-las, evitando assim o desperdício nosso de cada dia.

Benjamin Rodrigues da Costa Miranda. Disponível em: http://www.diariodepernambuco.com.br/app/noticia/opiniao/46,97,4 3,74/2018/04/11/interna_opiniao,185999/o-desperdicio-nosso-decada-dia.shtml. Acesso em 15/04/2018. Adaptado.

Considerando alguns aspectos formais da língua portuguesa e as regras ortográficas vigentes, analise as proposições abaixo.

1) Estão grafadas segundo as regras vigentes de ortografia, as palavras desperdiçar e economizar.
2) Assim como em desperdício, também são acentuados os substantivos subsídio e subterfúgio.
3) No trecho: “O desperdício vai além...” (3º parágrafo), as reticências cumprem a função de sinalizar a completude do enunciado.
4) No trecho: “Recentemente, fui à farmácia comprar um xarope” (2º parágrafo), o sinal indicativo de crase é facultativo, já que a regência do verbo “ir” é flexível.

Estão corretas:

Alternativas
Comentários
  • GAB D - As reticências acredito que exprimem continuidade e o verbo IR é VTI exigindo preposição.

  • GABARITO D

     

    O item 4 está errado, pois, não se trata de facultatividade do uso da crase. Quem vai, vai a algum lugar, logo, exige preposição. Portanto,o sinal de crase é orbigatório. Verbo transitivo indireto.

  • Se eu vou e volta DA crase há...

    Se eu vou e volto DE crase por que??

  • Sobre a proposição 3:

    As reticências são usadas nos seguintes casos: 

    1. Para interromper um pensamento de forma que o leitor subentenda o que seria enunciado ou imagine.

    2. Para indicar hesitações comuns na oralidade.

    3. Em trechos suprimidos de um texto

    4. Para transmitir mais emoção e subjetividade para quem lê

    Sobre a proposição 4:

    a dica é trocar o verbo ir pelo verbo voltar. Se você VOLTAR DA, haverá crase. Se você VOLTAR DE, não haverá. 

    Eu volto DE Goiás > Eu vou A Goiás.

    Eu volto DA Bahia > Eu vou À Bahia.

    Fonte:https://portugues.dicaseexercicios.com.br

  • mas nao voltou DA farmacia???

  • José Júnior, 

    DA farmácia -> Crase OBRIGATÓRIA, o enunciado fala em crase FACULTATIVA.

  • Gabarito D.

    Se você soubesse os três casos em que a crase é facultativa, veria que nenhum deles se encaixa no ítem 4, logo ao eliminar o ítem 4, acertaria a questão.

     

  • GAB: D

    1) As palavras estão grafadas corretamente.


    2)  Paroxítonas terminadas em ditongos
              des-per--cio ,  sub--dio  e sub-ter--gio

    3) Reticências marcam a supração de uma frase, são empregadas para indicar continuidade de uma ação ou fato.
                   https://www.soportugues.com.br/secoes/fono/fono33.php 


    4) O sinal indicativo de crase após o verbo ir não é facultativo.
               Quem vai, vai à algum lugar

  • Bizu:

    Troca o ir a farmacia por um correspondente, tipo ''ir ao Hospital''

    se da pra colocar o ''ao'' e manter a concordancia da frase é porque tem crase ou seja, aqui ocorre (a+o) prep + artigo

    então ocorre a+a( prep + artigo) no feminimo tbm

    abs

  • Considerando alguns aspectos formais da língua portuguesa e as regras ortográficas vigentes, analise as proposições abaixo.

     

    1) Estão grafadas segundo as regras vigentes de ortografia, as palavras desperdiçar e economizar.

    Correto. Em relação a Ortografia, o melhor é conhecer o máximo de palavras e se habituar com a escrita delas. As Bancas cobram as que praticamente não se encaixam em nenhuma regra.  

     

    2) Assim como em desperdício, também são acentuados os substantivos subsídio e subterfúgio.

    Correto. São todos paroxítonas terminadas em em ditongo oral crescente.

     

    3) No trecho: “O desperdício vai além...” (3º parágrafo), as reticências cumprem a função de sinalizar a completude do enunciado.

    Errado. As reticências indicam continuidade de uma informação. Ex: Hoje, fui à feira e comprei batata, alface, colve - flor, pepino...

     

    4) No trecho: “Recentemente, fui à farmácia comprar um xarope” (2º parágrafo), o sinal indicativo de crase é facultativo, já que a regência do verbo “ir” é flexível.

    Errado. O verbo ir é INTRANSITIVO, esse complemento preposionado que o acompanha não é complemento verbal. fosse assim ele seria verbo transitivo indireto e o complemento objeto indireto. Esse complemento é um ADVÉRBIO DE LUGAR. Sendo assim, a preposição é obrigatória e a ocorrência de crase é inevitável. Por fim, os gramaticos afirmam que trata-se de um verbo com regência, devido a necessidade de preposição; sem complemento verbal e com complemento circunstancial (um advérbio). 

     

    GABARITO .D - ASSERTIVAS 1 e 2.

  • 2) obs.: Ditongos terminados em "ia, ie e io" aceitam duas separações. Nesse caso tanto Paroxítona quanto Proparóxitona estão corretas.

    Des-per-dí-ci-o / Sub-sí-di-o / Sub-ter-fú-gi-o = Proparóxitonas

    Des-per-dí-cio / Sub-sí-dio / Sub-ter-fú-gio = Paróxitona terminadas em ditongo.

    Se tiver algum equívoco, por gentileza me informar via mensagem. Não costumo acompanhar comentários... 

     

  • 1) C
    2) C - todas são paroxítonas terminadas em ditongo
    3) E - indicam continuidade
    4) E - quem vai, vai a algum lugar = VTI exigindo a preposição 'a'.  Temos também o artigo feminino acompanhando o termo 'farmácia'. Preposição 'a' + artigo feminino 'a' = 'à'.Logo a crase não é facultativa
    GABARITO: D

  • 3) No trecho: “O desperdício vai além...” (3º parágrafo), as reticências cumprem a função de sinalizar a completude do enunciado. (E)

    -> As reticências servem, basicamente, para indicar que uma frase foi interrompida antes de seu término. São muitas as razões pelas quais ocorre essa interrupção.

     

  • alternativa 1 e 2 estão corretas, Apesar de serem ditongos levam acentos porque não são ditongos crescentes como diz a nova regra.

    Ditongos crescentes são: EI, OI.

     A combinação de ditongo crescente + paroxítonas NÃO LEVAM ACENTO.

  • Troca a palavra feminina por uma masculina. Se no lugar do à puder se ao, a crase estará 99% das vezes certa.
    Fui à farmácia 
    Fui ao boteco 


    Prof: Fabrício Dutra

  • O verbo "ir" exige preposição "a", pois "quem vai, vai a algum lugar". Dessarte, a preposiçao exigida pelo verbo junta-se com o artigo femino "a", que antecede o substantivo feminino "farmácia", ocasionando no fenômeno do acento grave indicador de crase.

    Ir a + a farmácia = Ir à farmácia.

  • Justamente, José Junior, vou A volto DA acento há, vou A volto DE acento pra quê ?

    bons estudos.

  • Crase facultativa> depois de até e antes de nomes própios femininos ou pronome possessivo feminino.

  • Só  o fato de vc descobrir que o item quatro está  incorreto, já  te possibilita assertar está  questão.

  • A crase é facultativa quando:

    - Diante de nomes próprios femininos:

                *Entreguei o cartão a Paula.
                *Entreguei o cartão
     à Paula.

    - Diante de pronome possessivo feminino:

                *Diga a sua irmã que estou esperando por ela.
                *Diga 
    à sua irmã que estou esperando por ela.

    - Depois da preposição até:

                *Fui até a praia.
                *Fui até 
    à praia.

     

     

    Estão corretas: 

     a) 1, 2, 3 e 4.

     b) 1 e 4, apenas

     c) 3 e 4, apenas.

     d) 1 e 2, apenas.

     e) 1, 3 e 4, apenas

  • Essa banca cheira fraude, todas questões só elimando uma tem as outras corretas..

  • Completude: qualidade, estado ou propriedade do que é completo, perfeito, acabado.

    *Matei a 3 assim...

  •  fui à farmácia comprar um xarope” (2º parágrafo), o sinal indicativo de crase é facultativo, ( Crase Obrigátoria )

     

    Sertão Brasil !

  • que banca horrorosa

  • Nunca ouvi falar na palavra SUBTERFÚGIO

  • COMPLETUDE?

    FACULTATIVO?

  • Reticências quer dizer continuidade e não sentido completo.

  • Sabendo que a assertiva de número 4. está errada, vc acerta a questão! Essa foi tranquila.

  • Só sabendo que 4 não é caso de crase facultativo já dava para acertar questão por eliminação.

  • GABARITO: D

    1 e 2 apenas.

  • o que tem haver o comentário de fraude, um monte de banca faz isso, se você não sabe as demais, mas elimina uma ótimo, e que nem não soubesse a 4 e ficasse em duvida,a chance de errar seria monstra, galera ta paranoica 

  • O desperdício vai além... Se, por exemplo, alguém tem uma casa de quatro quartos(...)

    Deverá ser usada letra minúscula se a ideia expressa antes das reticências não tiver concluída, sendo retomada na continuação da frase, como é o caso do período acima.

  • GABARITO: LETRA D

    ACRESCENTANDO:

    Regra de Acentuação para Monossílabas Tônicas:

    Acentuam-se as terminadas em -a(s), -e(s), -o(s).

    Ex.: má(s), trás, pé(s), mês, só(s), pôs…

    Regra de Acentuação para Oxítonas:

    Acentuam-se as terminadas em -a(s), -e(s), -o(s), -em(-ens).

    Ex.: sofá(s), axé(s), bongô(s), vintém(éns)...

     

    Regra de Acentuação para Paroxítonas:

    Acentuam-se as terminadas em ditongo crescente ou decrescente (seguido ou não de s), -ão(s) e -ã(s), tritongo e qualquer outra terminação (l, n, um, r, ns, x, i, is, us, ps), exceto as terminadas em -a(s), -e(s), -o(s), -em(-ens).

    Ex.: história, cáries, jóquei(s); órgão(s), órfã, ímãs; águam; fácil, glúten, fórum, caráter, prótons, tórax, júri, lápis, vírus, fórceps.

     

    Regra de Acentuação para Proparoxítonas:

    Todas são acentuadas .Ex.: álcool, réquiem, máscara, zênite, álibi, plêiade, náufrago, duúnviro, seriíssimo...


    Regra de Acentuação para os Hiatos Tônicos (I e U):

    Acentuam-se com acento agudo as vogais I e U tônicas (segunda vogal do hiato!), isoladas ou seguidas de S na mesma sílaba, quando formam hiatos.

    Ex.: sa-ú-de, sa-í-da, ba-la-ús-tre, fa-ís-ca, ba-ú(s), a-ça-í(s)...

    FONTE: A GRAMÁTICA PARA CONCURSOS PÚBLICOS 3ª EDIÇÃO FERNANDO PESTANA.

  • BIZU CRASE:

    Vou a, volto da = crase há

    Vou a, volto de = crase pra que?

    Vou a Portugal e volto DE Portugal (não tem crase)

    Vou a Argentina e volto DA Argentina (tem crase)

    OBS: Funciona quase sempre.