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ID
2704177
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
EBSERH
Ano
2018
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

Com relação a psicodiagnóstico e psicoterapia, julgue o item subsequente.


A classificação das características psicológicas e o devido enquadramento do indivíduo nas taxonomias de psicodiagnóstico permitem a explicação do comportamento humano sob aspectos gerais, relacionado ao agir social, e específicos, que diz respeito ao agir privado.

Alternativas
Comentários
  • O que estaria errado nessa?

  • Tbm não consegui achar o erro

  • Passei um bom tempo lendo essa questão, e me convenci que ela estaria errada por o fato de não podermos nos basear apenas no enquadramento (diagnóstico...), mas sim, que devemos valorizar também os outros aspectos que contextualizam a vida da pessoa diagnosticada (sendo assim, somente isso não permite explicar o comportamento...). Enfim, esse é o meu raciocínio, e concordo que essa questão é confusa.

  • A classificação das características psicológicas e o devido enquadramento do indivíduo nas taxonomias de psicodiagnóstico permitem a explicação do comportamento humano sob aspectos gerais, relacionado ao agir social, e específicos, que diz respeito ao agir privado. Errado. Não permite exatamente.

  • Gente, questão fácil! Classificar uma pessoa em aspectos psicológicos e taxonomia por si só não permite explicar o comportamento dos seres humanos, a questão está explorando o olhar de complexidade do ser humano. Já imaginou se o CID de uma pessoa explicasse todos os comportamentos dela, não estaríamos falando de pessoas e sim de máquinas.

  • A meu sentir estaria correta a questao - dado as aulas dos professores sobre avaliacao e psicodiagnostico - a questão fala em aspectos gerais - ora nao é isso a que o teste serve? ou talvez se invertesse os gerais e especificos. Enfim banca cespe quem define o gabarito é arbitrariedade - haja vista que se pode argumentar p todos os lados - e advinha qual é o correto?

  • A questão tem embasamento no artigo de Ari Pedro Balieiro Junior, “Psicodiagnóstico e psicoterapia dimensões e paradoxos", no qual o autor discorre profundamente sobre duas dimensões não completamente coincidentes que determinam a prática psicoterápica e de psicodiagnóstico: de um lado, um serviço profissional prestado por uma pessoa ocupando o papel de terapeuta a uma (ou mais de uma) pessoa ocupando o papel de cliente, ou seja, uma prática social reconhecida e regulamentada, o que configura uma dimensão pública com particularidades e determinações específicas oriundas das condições sociohistórico-políticas em que essa prestação de serviço ocorre; e de outro lado, o estabelecimento de um certo tipo de relação entre as pessoas que ocupam aqueles papéis, o que configura uma dimensão privada com particularidades e determinações de ordem interpessoal e intrapessoal, ou individual.

    Segundo o autor, as implicações do psicodiagnóstico agrupam-se em torno de dois eixos: o classificatório e o terapêutico. No discurso classificatório o objeto é a população como um todo, nível em que o sujeito é uma entidade abstrata, não realizada em nenhum indivíduo específico; enquanto no discurso terapêutico voltamos ao objeto como sujeitos específicos, sofrendo de problemas específicos e precisando de um tratamento específico.

    Assim sendo, podemos afirmar que a classificação das características psicológicas e o devido enquadramento do indivíduo nas taxonomias busca explicar o comportamento humano em aspectos mais gerais, descrevendo um agir social relativo à parâmetros construídos e comparados socialmente.

    Para uma compreensão mais aprofundada recomendo a leitura do artigo, disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-98932005000200005


    GABARITO: ERRADO
  • Pra mim tá certa. A CESPE é louca.

  • A classificação das características psicológicas e o devido enquadramento do indivíduo nas taxonomias busca explicar o comportamento humano apenas em aspectos mais gerais, descrevendo um agir social relativo à parâmetros construídos e comparados socialmente. Isso significa que os indivíduos classificados em uma mesma categoria taxonômica apresentam características semelhantes que possibilitam tal classificação. Contudo, essa classificação abrange apenas aspectos gerais, pois não podemos afirmar que todos os indivíduos pertencentes a uma mesma classificação são iguais. Apesar das semelhanças que permitem a classificação, existem, também, muitas peculiaridades, estas sim, vistas de um ponto de vista específico e privado. Em suma: as características gerais igualam e as características específicas diferenciam.

     

    Quem escolheu a busca não pode recusar a travessia - Guimarães Rosa

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    Gabarito: Errado

  • Comentário do professor :

    A questão tem embasamento no artigo de Ari Pedro Balieiro Junior, “Psicodiagnóstico e psicoterapia dimensões e paradoxos", no qual o autor discorre profundamente sobre duas dimensões não completamente coincidentes que determinam a prática psicoterápica e de psicodiagnóstico: de um lado, um serviço profissional prestado por uma pessoa ocupando o papel de terapeuta a uma (ou mais de uma) pessoa ocupando o papel de cliente, ou seja, uma prática social reconhecida e regulamentada, o que configura uma dimensão pública com particularidades e determinações específicas oriundas das condições sociohistórico-políticas em que essa prestação de serviço ocorre; e de outro lado, o estabelecimento de um certo tipo de relação entre as pessoas que ocupam aqueles papéis, o que configura uma dimensão privada com particularidades e determinações de ordem interpessoal e intrapessoal, ou individual.

    Segundo o autor, as implicações do psicodiagnóstico agrupam-se em torno de dois eixos: o classificatório e o terapêutico. No discurso classificatório o objeto é a população como um todo, nível em que o sujeito é uma entidade abstrata, não realizada em nenhum indivíduo específico; enquanto no discurso terapêutico voltamos ao objeto como sujeitos específicos, sofrendo de problemas específicos e precisando de um tratamento específico.

    Assim sendo, podemos afirmar que a classificação das características psicológicas e o devido enquadramento do indivíduo nas taxonomias busca explicar o comportamento humano em aspectos mais gerais, descrevendo um agir social relativo à parâmetros construídos e comparados socialmente.

    Para uma compreensão mais aprofundada recomendo a leitura do artigo, disponível em: