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GABARITO "D"
A administração pública no Brasil foi marcada por três momentos distintos: patrimonialismo, burocratização e gerencialismo.
Administração Pública Patrimonialista : verifica-se a “confusão” patrimonial, na qual, todo o aparelho do Estado é utilizado em benefício do próprio governante e de terceiros por ele favorecidos. Assim, há o favorecimento de poucos em detrimento dos interesses de toda uma sociedade.
Administração Pública Burocrática : evidencia-se nesta fase a necessidade de diferenciação e segregação do patrimônio público daquele privado, a fim de proteger os interesses coletivos e a “res” pública contra a corrupção, clientelismo e interesses particulares.O modelo burocrático, em face de seu formalismo exagerado e preocupação excessiva com controles, torna a administração pública rígida, engessada e pouco eficiente.
Administração Pública Gerencial : A eficiência da administração pública - a necessidade de reduzir custos e aumentar a qualidade dos serviços, tendo o cidadão como beneficiário torna-se então essencial. A reforma do aparelho do Estado passa a ser orientada predominantemente pelos valores da eficiência e qualidade na prestação de serviços públicos e pelo desenvolvimento de uma cultura gerencial nas organizações”.
A reforma gerencial de 1995, que finalmente conseguiu instaurar um novo modelo de administração à máquina estatal, que se propunha a promover o aumento da qualidade e da eficiência dos serviços oferecidos pelo Poder Público aos cidadãos. A nova reforma, ao contrário da anterior mal sucedida, não deixou de lado a burocratização, se valendo desta para manter o controle e evitar os abusos e a corrupção.
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Sobre a letra E: uma das características da Administração Burocrática, segundo consta no livro do Augustinho Paludo, é ser autorreferente, ou seja, refere-se apenas à administração, esquecendo-se do cidadão.
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a) Características do patrimonialismo
b) Características da burocracia
c) Max Weber não idealizou o gerencialísmo e sim o modelo burocrático, que buscava combater o nepotismo e clientelísmo do Estado.
d) Certo
e) Verdade, o modelo burocrático se confunde com o gerencial, porém, apenas o gerencial traz a ideia de participação do cidadão na política pública, accountability, descentralização e transparência. A descentralização; apesar de ser implantada no Brasil na era vargas, período de implantação do modelo burocrático, o decreto-lei 200/1967 que a implantou foi ao mesmo tempo o que trouxe a ideia de descentralização e também é considerado o marco inicial do gerencialismo no Brasil.
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Romário Santos, permita-me discordar um pouco de você. É que, segundo A. Paludo, foi durante o governo Collor (1990 - 1992) que, ainda que meio cambaleante, foi inaugurada a Administração Gerencial no Brasil. Sendo assim, como pode, então o DL 200/1967 ter sido o marco inicial do gerencialismo no Brasil? Que a descentralização foi uma das principais mudanças que ele trouxe, não resta dúvida, descentralização essa que teria de ser refreada, mais tarde, pelo Pdrae, durante a Reforma Administrativa, no governo de FHC (1995), contudo, quanto a ser o DL 200 o marco inicial do Gerencialismo... Alguém gostaria de acrescentar algum comentário sobre o assunto?
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Ildebrando,
Acredito que seja apenas questão de interpretação, pois realmente o marco histórico da Administração Gerencial foi o DL 200/67. Não é que ele tenha sido efetivamente implantado nesse momento, mas ele trouxe algumas das bases, a exemplo da descentralização administrativa, que posteriormente viriam a ser implantadas de verdade. Se cair na prova, pode marcar sem sombra de dúvida que o primeiro momento do gerencialismo foi o DL 200/67.
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Romario Santos,
Acredito que tem um erro na sua informação quando você diz: "A descentralização; apesar de ser implantada no Brasil na era vargas, período de implantação do modelo burocrático...". A Era Vargas realmente foi o período de implantação do modelo burocrático, porém ele esse modelo é marcado pela centralização e não descentralização como dito acima.
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Existe uma incipiente confusãozinha entre "centralizaçao/descentralização administrativa" e centralização/descentralização política" nessa matéria.
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Segundo Bresser-Pereira (p. 87):
Os escritos dele apontam o DL nº 200/1967 como o primeiro momento da administração gerencial no Brasil.
Segundo Frederico Lustosa da Costa (p. 93):
"...não obstante os equívocos políticos, conceituais e operacionais e a desastrada estratégia que adotou, a reforma gerencial começou no governo Collor, quando se tentou introduzir, ainda que de forma intuitiva e vacilante, os princípios da new public management".
Segundo A. Paludo (p. 93):
"O texto do Pdrae diz que Collor "deu passos rumo à reforma" e Frederico Lustosa diz que a reforma "começou" no Governo Collor. No entanto, a marca oficial da reforma gerencial é o Pdrae de 1995"
Gente, então, para Bresser Pereira, o nosso Gerencialismo começa com o DL 200, portanto, em 1967; para Frederico Lustosa, O Gerencialismo começa durante o Governo Collor (1990 - 1992) e, finalmente, para A. Paludo, a marca (ou o marco, Rrsrs..) oficial é o Pdrae, ano de 1995.
Então, tem pra todo gosto! Eu fico com a indicação do Paludo e o velho Pdrae do Min. Bresser, durante o governo do FHC, em 1995.
(tudo bem que há diferenças entre as expressões "o primeiro momento" e "a marca oficial")
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Gerontocracia
O mesmo que governo dos mais velhos, dos senadores. De acordo com a perspectiva weberiana, é uma forma de tradicionalismo, sem qualquer espécie de direção administrativa. Baseia-se na crença de que os mais velhos conhecem melhor a tradição sagrada. A gerontocracia é uma forma de poder oligárquico em que uma organização é governada por líderes que são significativamente mais velhos do que a maior parte da população adulta. Por vezes, aqueles que detêm o poder não ocupam formalmente as posições de liderança, mas dominam quem as ocupa. A força da gerontocracia é a estabilidade, apropriada para organizações baseadas em princípios que não variam com o tempo. Nas organizações que têm de lidar com mudanças rápidas, a gerontocracia pode, contudo, representar um entrave para uma liderança eficaz.
FONTE: https://educalingo.com/pt/dic-pt/gerontocracia
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A administração gerencial não surgiu para reafirmar os pilares da burocracia, muito menos para "incorporar o princípio da eficiência", que já era a preocupação do modelo burocrático (ênfase nos meios)...
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Gabarito D
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Discordo, em parte, da questão pois, segundo A. Paludo:
"Nas organizações burocráticas, a divisão do trabalho é horizontal e feita de forma racional, com vistas a assegurar a eficiência e o alcance dos objetivos; cada componente tem atuação restrita às tarefas vinculadas ao seu cargo, que, por sua vez, encontram-se descritas de forma clara, precisa e exaustiva"
Sendo assim, como se vê, o princípio da Eficiência também estava presente na Burocracia. Como, então, a Administração Gerencial teria surgido para incorporar também o princípio da Eficiência à Burocracia? Opiniões, por favor! Rsrs..
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Gabarito''D".
Nas últimas décadas a Administração Pública, em termos mundiais, tem passado por diferentes fases. Podemos classificar estas fases em três: patrimonialista, burocrática e gerencial.
Este modelo é caracterizado pela não distinção entre o que é patrimônio público e o que é patrimônio privado. Em outros termos, a res publica (coisa do povo) se confundia com a res principis(coisa do príncipe).
Patrimonialista
Como o modelo burocrático possui foco nos procedimentos, a missão básica de servir a sociedade acabou sendo perdida. Com o aparecimento das disfunções da burocracia, surgiu a necessidade de um novo modelo para ser utilizado na Administração Pública. Dessa forma, o gerencialismo emergiu com o foco do controle voltado para os resultados, isto é, a posteriori.
Esta forma de administração pública predominou no período pré-capitalismo, quando o monarca exercia o domínio sobre os bens públicos e particulares, sem qualquer necessidade de prestar contas à sociedade.
Burocrática
A teoria da burocracia teve como expoente Max Weber e começou a fazer parte da administração empresarial e pública mundial em torno da década de 1940. A burocracia surgiu para coibir os excessos do patrimonialismo.
Apesar de hoje o termo burocracia ser utilizado como sinônimo de muitos papéis, formulários, normas excessivas e exaustivas, no seu surgimento o objetivo era de melhorar a eficiência das organizações
Gerencial
Como o modelo burocrático possui foco nos procedimentos, a missão básica de servir a sociedade acabou sendo perdida. Com o aparecimento das disfunções da burocracia, surgiu a necessidade de um novo modelo para ser utilizado na Administração Pública. Dessa forma, o gerencialismo emergiu com o foco do controle voltado para os resultados, isto é, a posteriori.
Estudar é o caminho para o sucesso.
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Reafirmar? Palhaçada essa questão.
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Adm Pública Gerencial ----> Apoiada na Burocrática; Conserva alguns princípios (admissão pelo mérito, carreiras, avaliação constante de desempenho, treinamento sistemático)
Considerado essencial ---> busca de eficiência, redução de custos, aumento da qualidade
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Diferença fundamental (entre Gerencial e Burocrática): está na forma de CONTROLE --> deslocar a ênfase dos processos (meios) para os resultados (fins)
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D
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A Administração Pública gerencial constitui um avanço, e, até certo ponto, um rompimento com a Administração Pública burocrática. Isso não significa, entretanto, que negue todos os seus princípios. Pelo contrário, a Administração Pública gerencial está apoiada na anterior, da qual conserva alguns de seus princípios fundamentais, como a admissão segundo rígidos critérios de mérito, a existência de um sistema estruturado e universal de remuneração, as carreiras, a avaliação constante de desempenho, o treinamento sistemático. A diferença fundamental está na forma de controle, que deixa de basear-se nos processos para concentrar-se nos resultados.
AUGUSTINHO PALUDO ("Administração Pública", 4ª edição, 2015, pág. 82)
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F São três os principais elementos do modelo burocrático: gerontocracia, fisiologismo e clientelismo.
As principais características do modelo burocrático são: Caráter legal das normas (uniformidade), caráter racional e divisão do trabalho, impessoalidade nas relações e hierarquia da autoridade)
F O excesso de impessoalidade nas atividades, o formalismo e o profissionalismo são características do modelo patrimonialista.
No patrimonialismo havia excesso de PESSOALIDADE, INFORMALIDADE E FALTA DE PROFISSIONALISMO. Para os cargos, o soberano adotava o critério de confiança dele, então, escolhia amigos e parentes de sua confiança, independente da parte técnica destes, ou seja, qualquer pessoa poderia usufruir de qualquer cargo)
F O modelo gerencial, idealizado por Max Weber, teve como prerrogativa combater as práticas de nepotismo e corrupção do modelo burocrático.
Afirmação correta seria: O MODELO BUROCRÁTICO, idealizado por Max Weber, teve como prerrogativa combater as práticas de nepotismo e corrupção do MODELO PATRIMONIALISTA.
V A administração gerencial surgiu para reafirmar os pilares do modelo burocrático e incorporar os princípios da eficiência e flexibilidade nos serviços públicos.
F O modelo burocrático se confunde com o gerencial em alguns aspectos, pois ambos preconizam possibilidade de participação do cidadão na política pública, accountability, descentralização e transparência
Apesar do Modelo Gerencial manter as características positivas do Modelo Burocrático e retirar de vista as características negativas, isto é, as disfunções burocráticas. Não há esta confusão referida no texto, pois tais aspectos supracitados, são singulares do Modelo Gerencial.
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Reafirmar os pilares do modelo Burocrático, já está força demais.
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não levem isso pra vcs "reafirmar flexibilidade na burocracia"