SóProvas


ID
2716462
Banca
FUMARC
Órgão
COPASA
Ano
2018
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

O assédio moral nas organizações não é algo novo, ele existe desde o início das relações trabalhistas. Porém, nas últimas décadas, vem ganhando novas formas e características, em função do novo modelo organizacional das empresas que acaba por induzir a pressão sobre os empregados diante das metas e dos objetivos estratégicos traçados pela empresa.


Com relação ao assédio moral, é CORRETO afirmar:

Alternativas
Comentários
  • O assedio moral não ocorre só no trabalho, ele pode estar presente em diversos tipos de relações interpessoais. O assedio está diretamente ligado à ideia de humilhação, desprezo, que tem por objetivo criar uma situação insustentável para a vitima.

    O assedio moral ocorre desestabilizando a vitima, causando danos psicológicos e dependendo do grau do assedio podendo causar até mesmo danos mais graves. Esta situação constitui um risco invisível à saúde física e psicológica do assediado, uma violência sutil e perversa que leva ao adoecimento e em algumas situações até mesmo ao suicídio da vitima.

    Apesar de invisível, é concreto o risco à integridade, à saúde e até mesmo à vida do trabalhador, porque a humilhação prolongada pode decorrer desde o comprometimento da sua dignidade e seu relacionamento afetivo e social, como evoluir para a sua perturbação mental, incapacidade laborativa, depressão e até mesmo a morte.

    http://controller-rnc.com.br/os-impactos-do-assedio-moral-para-as-organizacoes-e-suas-ferramentas-de-controle/

  • Assédio moral envolve qualquer conduta abusiva (gesto, palavra, comportamento, atitude, etc) que atente contra a dignidade ou integridade psíquica e física de um pessoa, ameaçando seu emprego e degradando o clima de trabalho. Acontece de forma contínua e sistematizada, o que torna a sensação de humilhação e constrangimento ainda mais intensa, deixando a vítima progressivamente mais fragilizada psicologicamente, de forma que sua autodefesa e até a capacidade de pedir ajuda se esvaem. Gritos, agressões verbais, insultos, deboches, humilhações, tudo isso pode compor o repertório do assediador, porém, muitas vezes, tal agressão pode se dar uma forma difícil de ser detectada, através de uma postura de silêncio, exclusão e isolamento do assediado. Também incluem-se exigências para além das atribuições profissionais que sobrecarregam os profissionais; ameaças para o cumprimento de metas; e muitas outras formas que podem até mesmo serem julgadas como naturais do ambiente corporativo.

    O assédio moral é um dos principais responsáveis pelo adoecimento psicológico relacionado ao trabalho, sendo precursor de quadros de ansiedade e depressão, principalmente. Ainda que estratégias de cooping pessoais possam promover adaptação melhor de alguns indivíduos, é inegável a relação desse como agente causador de doenças relacionadas ao trabalho, sendo o nexo causal facilmente estabelecido pelos profissionais ligados à saúde do trabalhador.

    Mais frequentemente observado numa direção descendente ou assimétrica (de superiores para subordinados), o assédio moral pode se manifestar em relações horizontais ou simétricas (entre colegas de mesmo nível hierárquico), ou ainda, em casos raros em direções ascendentes (do subordinado ou grupo de subordinados para o hierarquicamente superior), além de poder ser visto em direções mistas, conjugando conduta abusiva do superior e da equipe de trabalho, por exemplo.

    Dessa forma o assédio sempre se dá de entre um agressor e um alvo, personalizado; quando ocorre de maneira institucionalizada, com práticas abusivas instituídas organizacionalmente por meio de formulações e da execução de procedimentos, políticas e mecanismos de gestão que se baseiam em violência e hostilização contra a maioria ou toda a equipe de trabalho, sem um alvo definido, esse é identificado como assédio organizacional.

    Por fim, assédio moral e assédio sexual são tipologias de uma forma maior de problema organizacional identificado como abuso de poder, e não necessariamente se manifestam conjuntamente.

    GABARITO: C

  • "como o fenômeno no qual uma pessoa ou grupo de pessoas exerce violência psicológica extrema, de forma sistemática e recorrente e durante um tempo prolongado – por mais de seis meses e que os ataques se repitam numa freqüência média de duas vezes na semana – sobre outra pessoa no local de trabalho, com a finalidade de destruir as redes de comunicação da vítima ou vítimas, destruir sua reputação, perturbar a execução de seu trabalho e conseguir finalmente que essa pessoa ou pessoas acabe abandonando o local de trabalho" (Leymann, 1990, p. 121).