SóProvas


ID
2716918
Banca
IBFC
Órgão
CBM-SE
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto I


                                    Após a guerra

                                                            (Lima Barreto)


      Decididamente, os homens não tomam juízo e mesmo a Morte, que deve ser a soberana de todos nós, é impotente para nos pôr na cachola um pouco de bom senso elementar.

      Há um ano que as hostilidades entre povos de diversos feitios e estágios de civilização foram suspensas, após uma carnificina nunca vista nos anais da história escrita.

      As mais cruéis campanhas da antiguidade, com os seus massacres subsequentes, nada são comparadas com essa guerra que se desdobrou por todo o antigo continente.

      Cidades, aldeias, monumentos insubstituíveis do passado foram destruídos, sem dó nem piedade, à bala de canhões descomunais e pelo fogo implacável.

      Aquela região da Europa que, depois da Itália, é das mais interessantes sob o ponto de vista artístico, além de outros, foi calcada aos pés pelos exércitos alemães, arrasada, queimada. Quero falar da Flandres, tanto a belga como a francesa.

      O espetáculo após a guerra é de uma tristeza sem limites. Não é daquela grandiosa tristeza do Oceano que nos leva a grandes pensamentos; é o de uma tristeza que nos arrasta a pensar na imensa maldade da espécie humana.

      Não se sente isso só no que se vê ou se tem notícia por aqueles que viram; mas também na fome, na miséria que lavra nas populações dos países vencidos e vencedores.

      Coisas mais invisíveis ainda enchem-nos dessa tristeza inqualificável que nos faz maldizer a espécie humana, a sua inteligência, a sua capacidade de aproveitar as forças naturais, de aprender um pouco do mistério das coisas, para fazer tanto mal.

      Os nascimentos, se não diminuíram aqui e ali, a mortalidade infantil aumentou e as crianças defeituosas ou sem peso normal surgiram à luz em número maior que nos transatos anos de paz.

      A atividade intelectual toda ela se orientou para os malefícios da guerra; e foi um nunca acabar de inventar engenhos mortíferos ou aumentar o poder dos já existentes. Os químicos, os maiores, trataram de combinar nos seus laboratórios corpos de modo a obter gases que fossem portadores da morte e misturas incendiárias que o mesmo fizessem. [...] 

Na oração “Há um ano” (2°§), nota-se que a flexão de número e pessoa do verbo que a constitui deve-se:

Alternativas
Comentários
  • “Há um ano” é uma Oração sem sujeito. E oração sem sujeito o verbo fica no SINGULAR. 

    O verbo está no sentido de tempo transcorrido. 

     

    gabarito: D

  • Verbo HAVER

    - sentido existencial OU de tempo decorrido = IMPESSOAL, SEM SUJEITO, SINGULAR

  • GAB. D

    #PMBA

  • Sujeito inexistente ou oração sem sujeito: ocorre quando há um verbo impessoal. Ex.: Já cheguei dois dias/ No inverno, anoitece mais cedo.

  • haver = verbo impessoal

  • O haver está no sentido de FAZ, portanto é impessoal e fica no singular.

    GABARITO. D

  • Verbo HAVER no sentido de EXISTIR ou de tempo decorrido é IMPESSOAL, SEM SUJEITO e fica sempre no SINGULAR.

    PS; Na mesma característica se enquadra o verbo FAZER.

    #FéNaMissão!

  • PMBA, faca na caveira ! Letra D

  • Verbo (Haver) no sentido de existir = não varia.

    EX: Há ratos na casa = Existem ratos na casa. (há no sentido de existir).

    Verbo Haver no sentido de fazer, faz = fica impessoal, não varia.

    Há um ano = Faz um ano (verbo impessoal de tempo).

    Ambos NÃO variam, porém há diferença na regra.

  • Verbo HAVER

    - sentido existencial OU de tempo decorrido = IMPESSOAL, SEM SUJEITO, SINGULAR

    PMBA

  • Verbo" Haver'' no sentido de "existir ou ocorrer'' o verbo fica na 3° pessoa do singular e não há sujeito, é uma verbo impessoal pois ele não varia então a oração não tem sujeito (sujeito inexistente ou oração sem sujeito) o que vier depois dele será objeto direto.

  • O VERBO ( HAVER ) E IMPESSOAL NO SENTIDO DE ''  sentido existencial OU de tempo decorrido