Leia o texto para responder a questão.
Automação vai mudar a carreira de 16 milhões de brasileiros até 2030
A elite política e econômica global está preocupada com
o futuro do trabalho.
Além das já conhecidas ameaças geopolíticas e ambientais,
as transformações do mercado de trabalho também
ganharam lugar de destaque. Só no Brasil, 15,7 milhões de
trabalhadores serão afetados pela automação até 2030, segundo
estimativa da consultoria McKinsey.
No mundo, no período entre 2015 e 2020, o Fórum Econômico
Mundial prevê a perda de 7,1 milhões de empregos,
principalmente aqueles relacionados a funções administrativas
e industriais.
A avaliação de especialistas da área é que o mercado de
trabalho passa por uma grande reestruturação, semelhante à
revolução industrial. A diferença é que agora tudo acontece
muito mais rápido: desde 2010, o número de robôs industriais
cresce a uma taxa de 9% ao ano, segundo a Organização
Internacional do Trabalho (OIT).
A mudança é positiva na medida em que libera profissionais
de tarefas monótonas, que, por sua vez, podem ser
feitas com maior rapidez e eficiência quando automatizadas.
“A boa notícia é que fica claro que os trabalhos para humanos
terão que envolver qualidades humanas, como criatividade”,
afirma José Manuel Salazar-Xirinachs, diretor regional
da OIT para a América Latina e Caribe. “Isso soa muito
legal, mas a questão é: quantos trabalhos para pessoas criativas
serão gerados?”, questiona.
Nesse cenário de grande extinção de trabalhos que exigem
pouca qualificação e de criação de um número menor
dos que exigem muita, a tendência é de aumento da desigualdade,
alerta a OIT.
O fim de funções hoje exercidas pela população de baixa
e média renda vai gerar desemprego e pressionar para baixo
o salário das que restarem, diante da massa de pessoas
buscando trabalho.
“Há uma forte preocupação com os trabalhadores de menor
qualificação, em termos do impacto da tecnologia. Essas
pessoas não são realmente alfabetizadas digitais, e não terão
oportunidade para aprender habilidades específicas. Eles
serão deixados para trás e terão uma empregabilidade muito
pequena”, diz Salazar-Xirinachs.
(Fernanda Perrin. Folha de S.Paulo. http://www1.folha.uol.com.
br/mercado/2018/01/1951904-16-milhoes-de-brasileiros-sofrerao
-com-automacao-na-proxima-decada.shtml. 21.01.2018. Adaptado)
Os dois-pontos na frase “A diferença é que agora tudo
acontece muito mais rápido: desde 2010, o número de
robôs industriais cresce a uma taxa de 9% ao ano” introduzem
uma