SóProvas


ID
2751217
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
INB
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

INSTRUÇÃO: Leia o texto a seguir para responder à questão.


As anatomias do belo


Ainda polêmico, o corpo livre sempre foi um dos elementos centrais para a produção artística, seja a serviço de padrões de beleza, seja para quebrá-los radicalmente


O corpo sempre esteve presente na arte, durante muito tempo por meio de representações que dizem bastante sobre a cultura de cada época e, também, sobre a maneira como enxergamos cada uma delas. Nas pinturas rupestres, por exemplo, as imagens ilustravam basicamente homens em lutas com animais. Eram quase dicas de sobrevivência. Naquela época, não existiam pretensões estéticas, mas hoje somos capazes de ver equilíbrio nos traços duros de uma realidade crua. Também aprendemos a apreciar as figuras humanas angulosas da Grécia antiga, reflexos de uma sociedade otimista, voltada para uma revolução filosófica e, aí sim, em busca de ideais de beleza.

Entre a violência de um e a harmonia de outro, a história da arte foi construindo o que seria a percepção da beleza através do corpo humano. Trata-se de um conceito largo mesmo, que trafega entre a barbárie e a civilização com uma facilidade enganosa: variações entre esses dois extremos estão no centro da discussão, atualíssima, de como o corpo pode expressar – ou não – o belo na arte.

Ato 1: No dia 19 de novembro de 1971, o artista norte-americano Chris Burden entrou na pequena galeria F Space, em Santa Ana, Califórnia, e se posicionou em frente a uma parede. A uma distância de cerca de quatro metros, seu assistente empunhou um rifle calibre 22 e disparou em sua direção. O plano era que o tiro pegasse de raspão o seu braço esquerdo, fazendo escorrer uma única gota de sangue. Um vermelho singelo e poético. Belo. Mas a bala acabou entrando na pele. No registro da performance, filmada em Super 8, vemos um Chris Burden assustado sair de cena.

Shoot era uma crítica aos tiroteios a que os norte-americanos assistiam diariamente na TV durante a Guerra do Vietnã. Mas foi além e garantiu ao artista um lugar de destaque entre aqueles que exploram os limites entre a arte e a vida, e questionam a repulsa ou a atração que situações extremas causam nas pessoas. Os espectadores podiam interromper o atirador a qualquer momento. Mas, como viria a acontecer outras vezes na arte, testemunharam tudo em silêncio. A possibilidade do sangue derramado se impôs como outro tipo de estética – a de uma beleza que nasce do terrível.


KATO, Gisele. Bravo. Disponível em: <http://bravo.vc/seasons/ s03e02/>. Acesso em: 28 nov. 2017 (Adaptação).

Analise os excertos a seguir.

I. “[...] uma sociedade otimista [...]”
II. “[...] uma revolução filosófica [...]”
III. “Nas pinturas rupestres [...]”

São adjetivos considerados de relação os que aparecem nos excertos:

Alternativas
Comentários
  • Por definição, um adjetivo de relação é aquele que

    a) tem valor semântico objetivo, ou seja, não expressa subjetividade ou ponto de vista;

    b) é derivado por sufixação de um substantivo;

    c) vem colocado após o substantivo;

    d) não varia em grau superlativo, ou seja, não pode ser intensificado.


    Para a FGV, o que mais costuma pesar em questões assim é a sua capacidade de interpretar se um adjetivo tem valor semântico objetivo (adjetivo de relação/classificador) ou subjetivo (adjetivo qualificador/modalizador).


    http://materiais.portuguescompestana.com.br/voce-sabe-o-que-e-um-adjetivo-de-relacao/

  • Qual é o substantivo que dá origem à palavra "rupestre"? Rupes???

  • Outras classificações para Adjetivos:

    Simples # Compostos: Visão social # Visão socioeconômica

    Primitivo # Derivado: sorriso amarelo # sorriso amarelado

    Restrito # Explicativo: carro azul (poderia ser outra cor, expressa sentido não inerente) # O homem, mortal, age como se fosse imortal (obrigatório uso de vírgula, pois informa característica inerente, própria do ser. Do contrário seria: O homem mortal age ... (dá a entender que existe outro homem, o não mortal). 

    Pátrio/Gentílico: polaco, latino-americano (nome menor na frente), anglo-francês (mesmo tamanho, então ordem alfabética)

    Relacional: é aquele que é derivado de um substantivo por derivação sufixal, tem valor semântico objetivo, vem normalmente depois de um substantivo e não varia em grau. "O vinho chileno (subst.: do Chile) é ótimo "A plataforma petrolífera (subst.: de petróleo)  foi fechada.

     

    Fonte: A Gramática (Pestana)

  • uma sociedade otimista , como assim não é adjetivo ?/?

    otimista não está caracterizando a sociedade ?

  • A banca FGV tem adotado esse tipo de classificação em suas provas recentes.

    Cuidado.

  • Nayanne Guterres, é um adjetivo, mas não de relação. Adjetivo de relação não cabe subjetividade. "Otimista" é uma interpretação do autor.

  • Mas "otimista" não caracteriza "sociedade"? Não é uma sociedade qq. É uma "otimista".

  • rupestre=rocha

  • Adjetivo de relação: valor semântico objetivo, derivado por sufixação de um substantivo, colocado após substantivos, não pode ser intensificado.

    I. “[...] uma sociedade muito otimista [...]” = pode ser intensificado

    II. “[...] uma revolução muito filosófica [...]” =  não pode ser intensificado

    III. “Nas pinturas muito rupestres [...]”= não pode ser intensificado 

  • Ótimo, após substantivo, aspecto subjetivo

    filosófica, após substantivo, derivação sufixal

    rupestre, após substantivo, aspecto objetivo


    Explicação - Adjetivo de relação:


    - aspecto objetivo, não há marca de subjetividade, não há juízo de valor;

    - colocado após o substantivo, nunca será colocado antes do substantivo;

    - é derivado de um substantivo, derivação por sufixação;

    - não admite variação de grau, não se pode por exemplo colocar o "íssimo".


    Exemplos:


    1 - presidente americano (vem do substantivo america), presidente americaníssimo?????????????  

    2 - casa paterna (vem do substantivo pai), casa paterníssima??????????????

    3 - plataforma pretolífera (vem de petróleo), petroliferíssima???????

    4 - recurso mundial (vem de mundo), mundialíssimo????????


    https://www.youtube.com/watch?v=Vz8LJPUOVvE

  • O Adjetivo Relacional (ou de relação) é aquele que:

    a) é derivado de um substantivo por derivação sufixal;

    b) tem valor semântico objetivo;

    c) vem normalmente depois de um substantivo

    c) não varia em grau (intensidade)

    Obs: Rupestre tem origem na palavra "rocha".

  • Iria morrer sem saber essa miséria.

  • Gabarito: C

  • ADJETIVO

    I- QUALIDADE: Adjetivo com valor SUBJETIVO Isto é, indica uma OPINIÃO . Suco gostoso Sujeito desprezível

     

    II- CARACTERÍSTICA: Adjetivo com valor OBJETIVO Isto é, indica um FATO Povo brasileiro Indicadores sociais Problemas gástricos Pintura antiga Parede descascada Pele manchada

    III- RELAÇÃO I- Tem aspecto objetivo, ou seja, não é opinativo Futebol brasileiro, Projeto mundial, Leite materno II- Vem após o substantivo III- Deriva (sufixal) de um substantivo IV- Ñ admite variação de grau BIZU PRA RESOLVER QUESTÕES DESSE TIPO: Colocar "muito" na frase, se ñ couber então é de RELAÇÃO Artista famoso Artista "muito" famoso Coube, Roupa importada Roupa "muito" importada Ñ coube

    IV- ORIGEM: Indica de onde veio Presunto francês

    V- UNIFORME: NÃO muda de forma p/ indicar gêneros diferentes Inteligente Elegante Simples 

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  • Atenção ao seguinte ponto: UM ADJETIVO DE RELAÇÃO NÃO EXPRESSA SUBJETIVIDADE.

    "Juntos vamos mais longe!"