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ID
2755072
Banca
FCC
Órgão
TRT - 2ª REGIÃO (SP)
Ano
2018
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

A definição de Burnout mais aceita atualmente fundamenta-se na perspectiva

Alternativas
Comentários
  • A definição mais aceita atualmente sobre a síndrome de Burnout fundamenta-se na perspectiva social-psicológica, ou psicossocial, que a considera como uma reação à tensão emocional crônica causada por se lidar excessivamente com pessoas. De acordo com essa perspectiva há três dimensões independentes porém relacionadas que contribuem para o desenvolvimento da doença: a exaustão emocional, caracterizada pela falta ou carência de energia e entusiasmo e sentimento de esgotamento de recursos, podendo vir acompanhada de sentimentos de frustração e tensão; a despersonalização, podendo até desenvolver certa insensibilidade emocional; e a baixa realização pessoal no trabalho, com um declínio do sentimento de competência e êxito, bem como de sua capacidade de interagir com os outros.

    GABARITO: C
  • Gil-Monte e Peiró (1997), por sua vez, distinguem os estudos segundo duas perspectivas de conceituação e abrangência do fenômeno: a clínica e a psicossocial. A primeira, seguindo a linha de compreensão iniciada por Freudenberg (1974), define a síndrome de burnout como um estado relacionado com experiências de esgotamento, decepção e perda do interesse pela atividade de trabalho que surge em profissionais que trabalham em contato direto com pessoas na prestação de serviços como uma conseqüência deste contato diário no trabalho. Tal estado de esgotamento resultaria da persistência de um conjunto de expectativas inalcançáveis. Nestes termos, a etiologia da síndrome teria como causas principais aspectos individuais. Esta perspectiva de abordagem predominou na fase que Cadiz e colaboradores (1997) designaram como pioneira.

    A segunda perspectiva entende a síndrome de burnout como um processo que se desenvolve na interação de características do ambiente de trabalho e características pessoais. Nesta perspectiva, toma-se como referência o conceito adotado por Maslach e Jackson (Maslach, 1994), segundo os quais é um problema que atinge profissionais de serviço, principalmente aqueles voltados para atividades de cuidado com outros, no qual a oferta do cuidado ou serviço freqüentemente ocorre em situações de mudanças emocionais. Ajudar outras pessoas sempre foi reconhecido como objetivo nobre, mas apenas recentemente tem sido dada atenção para os custos emocionais da realização do objetivo. O exercício destas profissões implica uma relação com o cliente permeada de ambigüidades, como conviver com a tênue distinção entre envolver-se profissional e não pessoalmente na ajuda ao outro. Os mesmos autores assumem uma concepção multidimensional da síndrome, cuja manifestação se caracteriza por esgotamento emocional, redução da realização pessoal no trabalho e despersonalização do outro.