SóProvas


ID
2759386
Banca
FCC
Órgão
TRT - 15ª Região (SP)
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Atenção: Leia o texto a seguir para responder a questão.


1. A neurocientista Suzana Herculano-Houzel é autora da coletânea de textos O cérebro nosso de cada dia, que tratam de curiosidades como o mito de que usamos apenas 10% do cérebro, por que bocejo contagia, se café vicia, o endereço do senso de humor, os efeitos dos antidepressivos. A escrita é acessível e descontraída e os exemplos são tirados do cotidiano. Mesmo assim, Suzana descreve o processo de realização de cada pesquisa e discute as questões mais complexas, como a relação entre herança e ambiente, as origens fisiológicas de determinados comportamentos e o conceito de consciência. Leia a entrevista abaixo.


2. Muitos se queixam da ausência de uma “teoria da mente” satisfatória e dizem que a consciência humana é um mistério que não se poderia resolver – mesmo porque caberia à própria consciência humana resolvê-lo. O que acha? Acho que, na ciência, mais difícil do que encontrar respostas é formular perguntas boas. A ciência precisa de hipóteses testáveis, e somente agora, quando a neurociência chega perto dos 150 anos de vida, começam a aparecer hipóteses testáveis sobre os mecanismos da consciência. Mas “teorias da mente” bem construídas e perfeitamente testáveis já existem. A própria alegação de que deve ser impossível à mente humana desvendar a si mesma, aliás, não passa de uma hipótese esperando ser posta por terra. É uma afirmação desafiadora, e com um apelo intuitivo muito forte. Mas não tem fundamento. De qualquer forma, a neurociência conta hoje com um leque de ferramentas que permite ao pesquisador, se ele assim desejar, investigar por exemplo a ativação em seu cérebro enquanto ele mesmo pensa, lembra, faz contas, adormece e, em seguida, acorda. O fato de que o objeto de estudo está situado dentro da cabeça do próprio pesquisador não é necessariamente um empecilho.


3. Há várias pesquisas descritas em seu livro sobre a influência da fisiologia no comportamento. Você concorda com Edward O. Wilson que “a natureza humana é um conjunto de predisposições genéticas”? Acredito que predisposições genéticas existem, mas, na grande maioria dos casos, não passam de exatamente isso: predisposições. Exceto em alguns casos especiais, genética não é destino. A meu ver, fatores genéticos, temperados por acontecimentos ao acaso ao longo do desenvolvimento, fornecem apenas uma base de trabalho, a matéria bruta a partir da qual cérebro e comportamento serão esculpidos. Somadas a isso influências do ambiente e da própria experiência de vida de cada um, é possível transcender as potencialidades de apenas 30 mil genes – a estimativa atual do número de genes necessários para “montar” um cérebro humano – para montar os trilhões e trilhões de conexões entre as células nervosas, criando o arco-íris de possibilidades da natureza humana.


4. Uma dessas influências diz respeito às diferenças entre homens e mulheres, que seu livro menciona. Como evitar que isso se torne motivação de preconceitos ou de generalizações vulgares, como no fato de as mulheres terem menos neurônios? Se diferenças entre homens e mulheres são evidentes pelo lado de fora, é natural que elas também existam no cérebro. Na parte externa do cérebro, o córtex, homens possuem em média uns quatro bilhões de neurônios a mais. Mas o simples número de neurônios em si não é sinônimo de maior ou menor habilidade. A não ser quando concentrado em estruturas pequenas com função bastante precisa. Em média, a região do cérebro que produz a fala tende a ser maior em mulheres do que em homens, enquanto neles a região responsável por operações espaciais, como julgar o tamanho de um objeto, é maior do que nelas. Essa diferença casa bem com observações da psicologia: elas costumam falar melhor (e não mais!), eles costumam fazer operações espaciais com mais facilidade. O realmente importante é reconhecer que essas diferenças não são limitações, e sim pontos de partida, sobre os quais o aprendizado e a experiência podem agir.


(Adaptado de: PIZA, Daniel. Perfis & Entrevistas. São Paulo, Contexto, 2004)

Em O fato de que o objeto de estudo está situado dentro da cabeça do próprio pesquisador não é necessariamente um empecilho, caso se substitua o segmento sublinhado por “A possibilidade”, as formais verbais deverão ser alteradas, respectivamente, para:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: B


    Fazendo a substituição por "A possibilidade", estaremos diante de uma situação de algo que pode acontecer ou não (hipótese), motivo pelo qual devemos conjugar o verbo no pretérito imperfeito do subjuntivo ("estivesse situado"). Em relação à correlação verbal, devemos seguir a regra de que verbo no pretérito imperfeito é combinado com verbo no futuro do pretérito ("seria").

    Lembrar da frase "Se esta rua fosse minha, eu mandaria ladrilhar" para ajudar a guardar esta regra.

  • Gabarito B

     

    b) estivesse situado − seria

     

     

    O fato de que                 o objeto de estudo está situado dentro da cabeça do próprio pesquisador         não é necessariamente um empecilho

     

    A possibilidade de que     o objeto de estudo estivesse situado dentro da cabeça do próprio pesquisador não seria necessariamente um empecilho

  • Letra (b)

     

    -> O verbo no futuro do pretérito do indicativo (terminação RIA) combia com o pretérito imperfeito do subjuntivo (terminação SSE)

     

    -> Verbo (VTD / VTDI) + SER ou ESTAR no PARTICÍPIO

     

    -> SER / ESTAR -> particípio irregular

     

    -> TER / HAVER -> Particípio regular (ado, edo, ido).

     

    -> Algumas questões que ajudam a responder:

     

    Q882492, Q897846, Q897841, Q919851, Q897227, Q764147, Q763280, Q738929, Q853669, Q886268, Q897082, Q889555, Q868128, Q869046, Q868563, Q868193, Q855903,Q889478, Q888177, Q904415

     

  • #BIZU

     

    Observe que estamos atrás de dois pares, veja as frases abaixo, observando as terminações:

     

    1) Se você viesse eu faria. O primeiro termo indica Pretérito do subjuntivo, já o segundo futuro do pretérito do indicativo.

     

    Para encontrar a resposta é só usar as mesmas terminações na frase do exemplo. Observe novamente:

     

    Em O fato de que o objeto de estudo está situado dentro da cabeça do próprio pesquisador não é necessariamente um empecilho.

     

    Substituindo o segmento sublinhado por “A possibilidade” e usando as terminações destacadas ficará:

     

    Em A possibilidade de que o objeto de estudo estivesse situado dentro da cabeça do próprio pesquisador não seria necessariamente um empecilho, caso se substitua o segmento sublinhado por “A possibilidade”

     

    Letra B.

     

     

     

     

     

     

  • demorei para entender a questão pq ela não aparece sublinhada pra mim

  • Para os colegas que não veem os sublinhados: utilizem o Google Chrome.

  • Quando uso o tablet não aparece o sublinhado.

  • Possibilidade = suposição, probabilidade. Usando a conjunção SE, fica mais fácil. 

    Não fazendo esse uso, a letra A também estaria aparentemente certa!

  • alguém sabe explicar o motivo de a letra A estar errada se esteja também é subjuntivo?

     

     

  • esteja situado - será

    Tb pode ser correta

  • resolvi assim>

    Na substituição pela palavra possibilidade, tenho que levar em conta que os verbos terão de estar no futuro. Uma boa dica foi que não poderia ser o futuro do presente, pois este exprime certeza, e na frase quero exprimir possibilidade. Então futuro do pretérito: LETRA B ( seria)

  • FCC adora essa correlação verbal

  • Quem não consegue enxergar o sublinhado, use o operamini. Eu uso o de 20 ou 30mb

  • A forma modo temporal mais recorrente é o PRETÉRITO IMPERFEITO DO INDICATIVO! Aprenda esse bizu:

    AR > TERMINAÇÃO VA

    ER > TERMINAÇÃO IA

    IR > TERMINAÇÃO IA

    Verbos irregulares :

    POR, TER, VIR E DEMAIS DERIVAÇOES > TERMINAÇÃO NHA

                                    SER > TERMINAÇÃO ERA

  • TERMINAÇÕES: SSE (pretérito imperfeito do subjuntivo) > IA (Futuro do pretérito)

    Por exemplo: Se eu tiveSSE passado no concurso, eu sairIA do meu emprego atual.

    (B)

  • O que mudou e ditou tudo aí foi a palavra "Possibilidades", pois equivale a "SE" ou "CASO"  aí já leva o verbo ao futuro do pretérito.

  • Possibilidade traz uma incerteza, logo o modo tem que ser o subjuntivo!
  • so raciocinei os verbos de ligacao, para nao haver um confronto de ideias apos a troca, nem precisei ver o tempo verbal.

  • os verbos estão no passado 

     

  • Gostei da resposta da VANESSA LOBACK!
     

    "Possibilidade = suposição, probabilidade. Usando a conjunção SE, fica mais fácil. 

    Não fazendo esse uso, a letra A também estaria aparentemente certa!"

  • Eu acertei, mas achei um pouco confusa, mal elaborada.

  • Modo Subjuntivo:  o falante não tem certeza da atitude; o fato é duvidoso, incerto.

    Há uma possibilidade de que aconteça.

    Ex: Pode ser que eu estude hoje.
    Se eu fosse você, estudaria

  • SS +RIA = você acertou a questão 

  • Juro a vocês que fiquei 53:00 minutos tentando entender essa questão!!!

     

    Sobre a (A) eu usei a mesma lógica da (b)

     

    A) esteja (presente do subjuntivo) -  seja (presente do subjuntivo), porém aqui deveria ser "será" (futuro do presente).

    B) estivesse (pretérito imperfeito do subjuntivo) − seria (futuro do pretérito)   --> GABARITO

  • MACETE: RIASSE

  • Não entendi nem a P* da questão... kkkkk

  • Trata-se de uma das correlações verbais típicas da FCC, no modo subjuntivo:

    Substituindo a certeza por hipótese ("a possibilidade") é possível o emprego do pretérito imperfeito do subjuntivo (SE... estivesse situado => no caso da locução, o verbo auxiliar ESTAR é o que se flexiona no tempo e modo indicados, e o principal SITUAR fica no particípio), que vai ter como combinação possível o futuro do pretérito do indicativo (seria), que transmite a ideia de HIPÓTESE;

    Obs.: o pretérito imperfeito do modo subjuntivo também admite correlação com o pretérito imperfeito do indicativo (era);

    *Erro: sinalize no pvt, por favor! :)

  • me parece que as alternativas podem ser analisadas independentemente de ser "o fato" ou " a Possibilidade"

  • Guarda isso no seu coração, prometo que um dia irá de ajudar!!

    Se eu TIVESSE eu DARIA! Ora, se tiver, darei! Junte-se a mim!

    Se nós TIVESSEMOS nós DARIAMOS,

    Sempre caí!

    Gabarito letra B

  • Pretérito imperfeito do subjuntivo + Futuro do pretérito do indicativo.

  • Errei por tentar raciocinar ao invés de usar minha intuição. Raciocinei achando que se os verbos estavam no PRESENTE, do indicativo, passaria para o PRESENTE do subjuntivo, mesmo achando a forma "seja" inadequada.

  • ALTERNATIVA A: A condição hipotética proposta por “esteja situado” não coaduna com outra condição hipotética em mesmo tempo, necessitando de um tempo posterior para manter a processualidade da ação. Assim, em vez de “seja”, a frase ficaria correta com “será”.

    ALTERNATIVA B: Item correto com a relação queridinha da FCC: Pretérito imperfeito do subjuntivo com futuro do pretérito do indicativo.

    ALTERNATIVA C: Item incorreto pela mesma situação do item A, pois uma condição hipotética não coaduna com outra condição hipotética em mesmo tempo.

    ALTERNATIVA D: O pretérito imperfeito do subjuntivo só pode interligar-se com o pretérito perfeito do indicativo ou com o futuro do pretérito do indicativo, não sendo possível sua ligação com o presente do subjuntivo.

    ALTERNATIVA E: O pretérito imperfeito do subjuntivo, como dito anteriormente, não pode ligar-se com o presente do subjuntivo. Portanto, “se situe” (presente do subjuntivo) não tem ligação adequada com “fosse” (pretérito imperfeito do subjuntivo).

    Resposta: B

  • Essa foi a primeira questão fácil.