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ID
2761168
Banca
FCC
Órgão
TRT - 15ª Região (SP)
Ano
2018
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

Processo diagnóstico é a forma resultante de determinada organização e estruturação dos elementos de um estudo de caso, realizado segundo uma certa concepção diagnóstica, que ocorre em uma sequência de passos, para a consecução dos objetivos diagnósticos, orientados em função de determinados embasamentos teóricos e práticos, sendo classificado de conformidade com os tipos existentes. No processo compreensivo busca-se

Alternativas
Comentários
  • O modelo compreensivo

    O processo diagnóstico do tipo compreensivo, desenvolvido por Trinca (1984a), é outro modelo muito difundido entre os profissionais brasileiros, que trabalham com avaliação psicológica na abordagem psicanalítica. Ele também busca uma visão totalizadora e integradora da personalidade, por meio de uma compreensão abrangente das dinâmicas psíquicas, intrafamiliares e socioculturais. Para isso, utiliza referenciais múltiplos – além da psicanálise, a análise é complementada com outros referenciais teóricos (teorias do desenvolvimento e maturação e da família). Tem ainda, como características importantes, a valorização do pensamento clínico e uma maior flexibilidade, na estruturação do processo.

    O modelo compreensivo se estrutura de acordo com o contexto. O uso ou não de testes psicológicos ou de outros procedimentos clínicos de investigação da personalidade fica na dependência do pensamento clínico empregado (TRINCA, 1983). Na interpretação dos dados, o pensamento clínico funciona como um princípio organizador, define critérios, procedimentos e esquemas de raciocínio, para integração dos dados e análise. Ele é influenciado não só pela teoria, mas, também, pela experiência clínica do profissional, pelo contexto e pelas personalidades do cliente e do psicólogo. Para Trinca (1984b, p. 32):

    http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-36872007000200008

  • O modelo fenomenológico

    O psicodiagnóstico fenomenológico (ANCONA-LOPEZ, 1995; CUPERTINO, 1995; YEHIA, 1995) introduz algumas mudanças significativas no modelo proposto por Ocampo et al. (2005) e Arzeno (2003). Dentre suas inovações, destacam-se quatro características principais: 1. considera o processo psicodiagnóstico uma prática interventiva: diagnóstico e intervenção são processos simultâneos e complementares; 2. propõe que a devolução seja feita durante o processo e não ao final; 3. enfatiza o sentido da experiência dos envolvidos no processo; e 4. redefine a relação paciente-psicólogo em termos de poder, papéis e realização de tarefas.

    http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-36872007000200008

  • Segundo Cunha (2007),

     

    "O objetivo de avaliação compreensiva considera o caso numa perspectiva mais global, determinando o nível de funcionamento da personalidade, examinando funções do ego, em especial quanto a insight, para indicação terapêutica ou, ainda, para estimativa de progressos ou resultados de tratamento" (p. 28);

     

    Justificando o erro da assertiva C que a colega Mônica ficou em dúvida, temos, segundo Cunha (2007) que:

     

    "A avaliação compreensiva utiliza pressupostos psicanalíticos. Mas são possíveis outras abordagens, inclusive da psicologia comportamental ou cognitiva, por exemplo" (p. 119);

     

    Quem escolheu a busca não pode recusar a travessia - Guimarães Rosa

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    Gabarito: D

  • Processo Diagnóstico Compreensivo

    --> desenvolvido por Trinca (1984a)

    --> visão totalizadora e integradora da personalidade

    compreensão abrangente das dinâmicas psíquicas, intrafamiliares e socioculturais

    --> referenciais múltiplos – além da psicanálise, a análise é complementada com outros referenciais teóricos (teorias do desenvolvimento e maturação e da família)

    --> valorização do pensamento clínico e uma maior flexibilidade, na estruturação do processo.

    se estrutura de acordo com o contexto

    Vide: psicodiagnóstico interventivo - Trinca

    "Num processo interventivo busca-se encontrar um sentido para o conjunto das informações disponíveis, tomar aquilo que é relevante e significativo na personalidade, entrar empaticamente em contato emocional e, também, conhecer os motivos profundos da vida emocional de alguém"

  • A)   Erros:

    1.     Observação objetiva NÃO é prioritária.

    2.     Em hipótese nenhuma há exclusão do mundo interno, pelo contrário o foco do psicodiagnóstico são os processos intrapsiquicos,

    3.     Processo extraído NÂO SOMENTE da Psicologia da Aprendizagem, surge da psicanálise, podem ser utilizados outras correntes da psicologia.

    4.     NÂO enfatiza programas da Psicologia Experimental.  

    B)   Erro:

    1.     NÂO é uma transposição, para o diagnóstico psicológico, de noções advindas do diagnóstico clínico em medicina. Para entender o sintoma no psicodagnóstico deve levar em conta conhecimento da vida biológica, psíquica e social, não sendo possível substituir um pelo outro. Um complementa o outro.

    C)   Erros:

    1.     Incompleto dizer que antecipa/antevisão fenômenos da prática; sim, deve conter o proagnóstico, mas é mais que isso.

    2.     Não apenas psicanálise, outros modelos podem ser utilizados.

    D)   Correto:

    Referencia do Livro: Ludodiagnóstico Investigação Clínica através do brinquedo. Org. Rosa Maria/2012.

    “Ao fazer psicodiagnóstico, busca-se conhecer alguém, compreender, ou seja tem-se como objetivo a compreensão da personalidade como um todo (Trinca, 1984). Segundo Trinca (1984), o psicodiagnóstico de tipo compreensivo busca encontrar um sentido para o conjunto das informações disponíveis, tomar aquilo que é relevante e significativo na personalidade, entrar empaticamente em contato emocional com alguém e conhecer os motivos profundos da vida emocional dessa pessoa”. Página 182.

    E)   Erros:

    1.     O psicólogo não é um simples aplicador e avaliador de testes.

    2.     A finalidade é diagnóstico, proagnóstico e intervenção do psicólogo.

    3.     O psicólogo entra em contato com aspectos “TOTAIS” da personalidade, não sendo possível excluir aspectos.

    4.     De modo objetivo fica incompleto, pois tem como instrumento a entrevista, o ludodiagnóstico, outros e são além da objetividade.