- ID
- 2776057
- Banca
- SELECON
- Órgão
- SECITEC - MT
- Ano
- 2018
- Provas
- Disciplina
- Português
- Assuntos
Ficar grudado no smartphone é antissocial
ou hipersocial?
Muitos estudiosos têm chamado atenção para as
consequências do uso excessivo dos smartphones. Mas
pesquisadores canadenses fizeram uma análise de diversos
trabalhos publicados sobre o tema e concluíram que
o fenômeno é simplesmente um reflexo do desejo profundo
de se conectar com outras pessoas. Em outras palavras,
eles sugerem que esse tipo de comportamento não
é antissocial, e sim hipersocial.
Em artigo publicado em uma revista científica, Samuel
Veissière e Moriah Stendel, da Universidade McGill, tentam
mostrar que existe um lado positivo nessa mania das
pessoas. Para eles, é preciso ter em mente que o que
vicia não é o aparelho, e sim a conexão que ele proporciona.
Os autores observam que os humanos evoluíram como
espécies exclusivamente sociais, que precisam do retorno
constante dos outros para se guiar e saber o que é
culturalmente apropriado. A interação social traz significado,
objetivos e senso de identidade para as pessoas.
O problema é que essa sede por conexões, que é
absolutamente normal e até saudável, muitas vezes se
transform a num com portam ento insalubre - a
hiperconectividade faz o sistema de recompensa no cérebro
funcionar em ritmo exagerado e surge uma compulsão
que pode trazer diversas consequências à saúde e aos
próprios relacionamentos.
Eles também reforçam que é preciso fazer um esforço
para não cair na cilada de se comparar com os outros, já
que a realidade apresentada nas mídias sociais é
distorcida. Ter isso sempre em mente é uma forma de
evitar as consequências negativas das tecnologias móveis.
A outra dica é guardar o aparelho durante os encontros
reais - já que eles são poucos, que sejam aproveitados
ao máximo.
Jairo Bauer
(https://doutorjairo.blogosfera.uol.com.br/2018/03/07/ficargrudado-no-smartphone-e-antissocial-ou-hipersocial/)
Em “já que eles são poucos, que sejam aproveitados
ao máximo”, a expressão sublinhada estabelece uma
relação, no trecho, de: