SóProvas


ID
2779669
Banca
INAZ do Pará
Órgão
CORE-MS
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                         Perseguição online


Maiores alvos de assédio e violência na internet, mulheres ganham amparo com nova lei que atribui investigações à Polícia Federal.

                Em dois anos, número de casos cresceu 26.000%


      Faz um ano que a dona de casa Alessandra Cristiane de Castro Fuzinaka, 44 anos, abre sua conta do Facebook com medo. Desde que checou suas mensagens e viu que um desconhecido havia lhe escrito, elogiando a roupa que ela usava no caminho para a academia, passou a se sentir ameaçada. “Não tem coisa melhor do que acordar e dar de cara com você”, ele disse certa vez, entre outras coisas que mostravam que ele a perseguia. “Ficou amedrontador, cheguei ao ponto de não sair mais sozinha de casa”, afirma Alessandra. Foi à delegacia, onde minimizaram sua situação e sugeriram que procurasse a Defensoria Pública. Foi a uma Delegacia da Mulher, mas estavam sem sistema. A epopeia enfrentada por mulheres que, como Alessandra, são assediadas pela internet, é resultado da dificuldade de acesso à Justiça para se investigar autores dos assédios virtuais e puni-los. Com isso, a prática deixa de ser coibida, e é natural que o número de casos cresça vertiginosamente.

      Segundo levantamento do Instituto Avon, situações de assédio online aumentaram 26.000% entre 2015 e 2017. E esse é apenas um dos tipos de problema enfrentados. O espectro da violência abrange agressões verbais, ameaças diretas, exposição de dados e fotos e disseminação de discursos de ódio — que podem incluir, além das ofensas de gênero, racismo e homofobia. De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), 95% de todos os comportamentos agressivos e difamadores em ambientes virtuais têm mulheres como alvo. Uma nova legislação promulgada em abril pode mudar o cenário. Agora, uma denúncia de misoginia na internet, termo que significa ódio a mulheres, é investigada pela Polícia Federal, que tem mais estrutura para apurar os casos.

      A nova lei já surtiu efeito. Na quinta-feira 10, a PF executou a operação Bravata, expedindo oito mandados de prisão contra pessoas acusadas de propagar ódio na internet, principalmente contra mulheres. Um dos presos, Marcelo Valle Silveira Mello, detido em Curitiba, já havia sido indiciado em 2009 por crime de racismo na internet — foi, inclusive, a primeira pessoa a responder por isso no Brasil — mas liberado alegando insanidade. Voltou a ser condenado em 2012, durante a operação Intolerância, também da PF, e cumpriu um ano de pena. Desta vez, foi detido por incitar a violência contra diversos grupos sociais, inclusive com registro de disseminação de conteúdo pedófilo, em um fórum anônimo na internet. Está em prisão preventiva. Para a professora Lola Aronovich, da Universidade Federal do Ceará (UFC), é uma vitória. Lola acusa Mello de ameaçá-la de morte e de ter criado, em 2015, um site em nome dela em que se vendiam remédios abortivos e se dizia que ela havia realizado um aborto em sala da aula. A legislação, inclusive, leva seu nome: Lei Lola. Blogueira feminista que publica denúncias de violência contra mulheres em seu site desde 2011, começou a ser perseguida em 2012 e, desde então, fez 11 boletins de ocorrência.

      Conseguir fazer uma denúncia, portanto, é difícil, seja porque as autoridades ainda não estão preparadas ou porque há muita descrença em relação a esse tipo de crime, o virtual. Em relatório enviado à Organização das Nações Unidas (ONU) sobre violências de gênero na internet brasileira, as organizações Coding Rights e InternetLab mostraram que a falta de credibilidade dada às vítimas é um dos motivos que levam ao aumento de casos. “A banalização de manifestações de violência online sob a crença de que elas começam e terminam no meio digital é a primeira forma de diminuir a gravidade desse problema”, aponta o documento. “As mulheres são subestimadas em suas denúncias e, quando há respostas da Justiça, não são eficientes”, afirma Juliana Cunha, diretora de projetos especiais da ONG Safernet. Na semana passada surgiu uma iniciativa para auxiliar as vítimas: o Facebook e a ONG brasileira Think Olga lançaram a plataforma Conexões que Salvam, com orientações sobre o que fazer em situações de perseguição e ameaças virtuais.

Disponível em: https://istoe.com.br/perseguicao-on-line/. Adaptado. Acesso em: 19/05/2018.

Não é possível verificar a presença de aposto em:

Alternativas
Comentários
  • APOSTO:

    é um termo que se junta a outro de valor substantivo ou pronominal para explicá-lo ou especificá-lo melhor. Vem separado dos demais termos da oração por vírgula, dois-pontos ou travessão.

     

    (B)

     

    https://www.soportugues.com.br/secoes/sint/sint22.php


  • A

    Faz um ano que a dona de casa Alessandra Cristiane de Castro Fuzinaka, 44 anos, abre sua conta do Facebook com medo

    B

    B

    Desde que checou suas mensagens e viu que um desconhecido havia lhe escrito.


    C

    Na quinta-feira 10, a PF executou a operação Bravata. 


    D

    Um dos presos, Marcelo Valle Silveira Mello, detido em Curitiba.

  • a)Faz um ano que a dona de casa Alessandra Cristiane de Castro Fuzinaka, 44 anos, abre sua conta do Facebook com medo.

    (Aposto restritivo)

     

     

     b)Desde que checou suas mensagens e viu que um desconhecido havia lhe escrito.

    (Não há aposto.)

     

     

     c)Na quinta-feira 10, a PF executou a operação Bravata. 

    (Aposto restritivo)

     

     

     d)Um dos presos, Marcelo Valle Silveira Mello, detido em Curitiba.

    (Aposto explicativo)

     

     

    Calma, calma! Eu estou aqui!

  • APOSTO é um termo que se junta a outro de valor substantivo ou pronominal para explicá-lo ou especificá-lo melhor.

    Vem separado dos demais termos da oração por vírgula, dois-pontos ou travessão.

     

    GABARITO

    b) Desde que checou suas mensagens e viu que um desconhecido havia lhe escrito.

    Não há nenhuma virgula, nem explicação... 

  • Gabarito B

     

    Complementando:

    na assertiva C "operação Bravata" é aposto especificativo: nome próprio (aquele entre os aposto, o único que não pode ser separado por vírgulas)

     

    Ex: A Cidade de Paris sediará... /// O rio Tietê está passando por um...

     

    Fonte: Anotações das aulas da Adriana Figueiredo

  • Aposto é um termo que se junta a outro de valor substantivo ou pronominal para explicá-lo ou especificá-lo melhor. Vem separado dos demais termos da oração por vírgula, dois-pontos ou travessão.

    Classificação do aposto

    De acordo com a relação que estabelece com o termo a que se refere, o aposto pode ser classificado em:

    a) Explicativo: A Ecologia, ciência que investiga as relações dos seres vivos entre si e com o meio em que vivem, adquiriu grande destaque no mundo atual.

    b) Enumerativo: A vida humana se compõe de muitas coisas: amor, trabalho, ação.

    c) Resumidor ou Recapitulativo: Vida digna, cidadania plena, igualdade de oportunidades, tudo isso está na base de um país melhor.

    d) Comparativo: Seus olhos, indagadores holofotes, fixaram-se por muito tempo na baía anoitecida.

    e) Distributivo: Drummond e Guimarães Rosa são dois grandes escritores, aquele na poesia e este na prosa.

    f) Aposto de Oração: Ela correu durante uma hora, sinal de preparo físico.

    Além desses, há o aposto especificativo, que difere dos demais por não ser marcado por sinais de pontuação (vírgula ou dois-pontos). O aposto especificativo individualiza um substantivo de sentido genérico, prendendo-se a ele diretamente ou por meio de uma preposição, sem que haja pausa na entonação da frase:

    Por Exemplo:

    poeta Manuel Bandeira criou obra de expressão simples e temática profunda. 
    rua Augusta está muito longe do rio São Francisco.

  • A C não é adjunto adverbial?
  • Letra B é a certa.


    Aposto é um termo que se junta a outro de valor substantivo ou pronominal para explicá-lo ou especificá-lo melhor. Vem separado dos demais termos da oração por vírgula, dois-pontos ou travessão.

    Por Exemplo:

    Ontem, segunda-feira, passei o dia com dor de cabeça.

    Segunda-feira é aposto do adjunto adverbial de tempo ontem.


    Fonte: https://www.soportugues.com.br/secoes/sint/sint22.php

  • Evellin Silva, concordo, a alternativa C foi mal elaborada. Está claro que é um adjunto adverbial, e a presença de vírgula se explica pelo fato de ser de maior extensão. Não há uma delimitação explícita a respeito do comprimento do advérbio, mas muitas gramáticas consideram longo o que possui mais de três termos.

  • GABARITO: B

    Onde está o aposto?

    a) Faz um ano que a dona de casa Alessandra Cristiane de Castro Fuzinaka , 44 anos, abre sua conta do Facebook com medo.

    b) Desde que checou suas mensagens e viu que um desconhecido havia lhe escrito.

    c) A PF executou a operação Bravata, na quinta feira 10. >>>Passei pra ordem direta

    d) Um dos presos, Marcelo Valle Silveira Mello, detido em Curitiba.

  • Além de ruim de análise, sou ruim de memória rs:

    Em 30/09/19 às 13:31, você respondeu a opção C. !Você errou!

    Em 26/09/19 às 00:28, você respondeu a opção C.!Você errou!

    Em 25/09/19 às 15:37, você respondeu a opção C.!Você errou!

  • GABARITO: LETRA B

    Classificação do aposto:

    De acordo com a relação que estabelece com o termo a que se refere, o aposto pode ser classificado em:

    a) Explicativo: A Ecologia, ciência que investiga as relações dos seres vivos entre si e com o meio em que vivem, adquiriu grande destaque no mundo atual.

    b) Enumerativo: A vida humana se compõe de muitas coisas: amor, trabalho, ação.

    c) Resumidor ou Recapitulativo: Vida digna, cidadania plena, igualdade de oportunidades, tudo isso está na base de um país melhor.

    d) Comparativo: Seus olhos, indagadores holofotes, fixaram-se por muito tempo na baía anoitecida.

    e) Distributivo: Drummond e Guimarães Rosa são dois grandes escritores, aquele na poesia e este na prosa.

    f) Aposto de Oração: Ela correu durante uma hora, sinal de preparo físico.

    Além desses, há o aposto especificativo, que difere dos demais por não ser marcado por sinais de pontuação (vírgula ou dois-pontos). O aposto especificativo individualiza um substantivo de sentido genérico, prendendo-se a ele diretamente ou por meio de uma preposição, sem que haja pausa na entonação da frase:

    Por Exemplo:

    poeta Manuel Bandeira criou obra de expressão simples e temática profunda.

    rua Augusta está muito longe do rio São Francisco.

    FONTE: WWW.SÓPORTUGUÊS.COM.BR

  • Gabarito: B

    Aposto -

    É um termo usado para especificar ou explicar. Vem separado por vírgulas, dois-pontos ou travessão.

  • Gabarito: B

    Aposto -

    É um termo usado para especificar ou explicar. Vem separado por vírgulas, dois-pontos ou travessão.