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Questões de Vocativo e Termos Acessórios da Oração: Adjunto Adnominal, Diferença entre Adjunto Adnominal e Complemento Nominal, Adjunto Adverbial e Aposto


ID
3982
Banca
FCC
Órgão
TRT - 20ª REGIÃO (SE)
Ano
2006
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Atenção: As questões de números 1 a 8 baseiam-se no texto
apresentado abaixo.

A safra atual de cana está prevista em 414 milhões de
toneladas e, para 2010/2011, há previsão de chegar a 560 milhões.
O grande crescimento do setor sucroalcooleiro no Brasil
se dará, inicialmente, por causa do mercado interno. Os carros
bicombustíveis ou flex
- que podem rodar tanto com gasolina
quanto com álcool
- serão os principais responsáveis pela
necessidade de expansão dos canaviais, pelo menos nos
próximos cinco anos.
Quanto ao mercado externo de álcool combustível, um
dos diretores do setor destaca que a curto prazo não há
expectativa muito grande, embora se fale muito do potencial do
Brasil. As expectativas são conservadoras, porque o mercado
externo é ainda muito incerto. "Nenhum país muda sua matriz
energética dependendo apenas de um fornecedor, no caso, o
Brasil", diz. Para que isso aconteça, é necessário que outros
países entrem forte na produção canavieira e na produção de
álcool.
Quanto ao açúcar, calcula-se um crescimento na demanda
interna de 2% ao ano, historicamente vinculado ao
aumento da população, e de 3% no mercado externo, em
países para os quais o Brasil já exporta. De qualquer maneira,
ancorado por projeções otimistas, principalmente em relação ao
mercado interno, o setor vem investindo pesado na instalação
de novas unidades produtoras, no oeste paulista e nos cerrados
mineiro, goiano e sul-matogrossense. Há 90 usinas em
processo de montagem ou que deverão ser montadas nos
próximos anos e que vão se juntar às 330 usinas já em
operação no País. Até 2010 deverão estar todas funcionando.

(Adaptado de Novo Mapa do Brasil. O Estado de S.Paulo, H26,
19 de março de 2006)

- que podem rodar tanto com gasolina quanto com álcool - (1o parágrafo) Os travessões isolam

Alternativas
Comentários
  • Os carros
    bicombustíveis ou flex - que podem rodar tanto com gasolina
    quanto com álcool - (...)  

    INTRODUZ UMA EXPLICAÇAO

    GABARITO:D

  • Sem os travessões daria ideia de restrição. Diferença muito cobrada nos concursos do Brasil todo.

  • Sintaticamente:

    Aposto - Explicativo: Traduz, ou seja, dá significado a uma frase, geralmente entre vírgulas, dois pontos ou parênteses. 

     

  • Sintaticamente é adjunto adnominal!

    É uma oração adjetiva a qual é iniciada pelo pronome relativo: (que = a qual)

    e podem ser classificadas em:

    > RESTRITIVAS: Sem vírgula.

    > EXPLICATIVAS: Com vírgulas ou travessões (caso da questão)

  • [GABARITO: LETRA D]

    O grande crescimento do setor sucroalcooleiro no Brasil se dará, inicialmente, por causa do mercado interno. Os carros bicombustíveis ou flex - que podem rodar tanto com gasolina quanto com álcool - serão os principais responsáveis pela necessidade de expansão dos canaviais, pelo menos nos próximos cinco anos.

    Travessão

    1 - Indica a fala de um personagem no discurso direto.

    Cíntia disse:

    - Amigo, preciso pedir-lhe algo.

    2 - Isola um comentário no texto (sentença interferente).

    Aquela pessoa eu já havia falado isso acabou de mostrar que tem péssimo caráter.

    3 - Isola um aposto na sentença.

    Minha irmã a dona da loja ligou para você.

    4 - Reforçar a parte final de um enunciado:

    Para passar no concurso você deve estudar muito muito mesmo!

    5 - Para indicar a mudança de interlocutor.

    Já é hora de irmos?

    Vamos esperar mais um pouco...

    6 - Para isolar, num contexto, palavras ou frases de natureza explicativa. Neste caso, em que desempenha uma função análoga à dos parênteses, ou das vírgulas, usa-se geralmente o travessão duplo.

    A primavera estação das flores é a mais bela.

    FONTE: RESUMO DAS AULAS DO QC E PROF. PABLO JAMILK.

  • isolam uma oração subordinada adjetiva explicativa. (explicação) Não é aposto, pois a base não é nominal.

ID
166366
Banca
PUC-PR
Órgão
COPEL
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O QUE FALTA PARA SERMOS LÍDERES

Apesar das conquistas, o país enfrenta
obstáculos na infraestrutura, na educação e no papel do
Estado.

Paulo Moreira Leite

Para uma nação que, desde 1500, é descrita
como aquela "onde se plantando tudo dá", nas palavras
do escrivão Pero Vaz de Caminha, a visão de país do
futuro já é motivo de desconfiança, ironia e até irritação.
A verdade é que, entre observadores de prestígio e
analistas conceituados, cresce a convicção de que o
Brasil é um país que pode sair bem da crise atual do
capitalismo - e chegar mais à frente numa condição
melhor do que exibia no início, num processo semelhante
ao que viveu nos anos 30, após o colapso da Bolsa de
1929.
Arquiteto e engenheiro da prosperidade do
"milagre econômico", o ex-ministro Antonio Delfim Netto
está convencido de que "o Brasil tem pela frente uma
possibilidade de crescimento seguro, sem risco, por pelo
menos uma geração". Para o empresário e economista
Luiz Carlos Mendonça de Barros, ministro das
Comunicações no governo de Fernando Henrique
Cardoso, insuspeito de simpatias pelo governo Lula, "não
há dúvida de que o mundo vai oferecer muitas
oportunidades estratégicas ao Brasil, nos próximos anos.
A única dúvida é saber se saberemos aproveitá-las".
Hoje, apenas 7,6% da humanidade pode ser
enquadrada numa categoria social vagamente definida
como "classe média". Para as próximas décadas, essa
condição pode atingir 16% da população mundial, ou 1,2
bilhão de pessoas. No século XVIII, quando a Europa
aquecia os fornos a carvão da Revolução Industrial, que
moldaria a civilização mundial de hoje, a China produzia
perto de 30% da riqueza do planeta, e a Índia 15%. Após
dois séculos de declínio, esses povos retomam seu lugar
- e é esse processo em curso, nos próximos anos, que
definirá oportunidades e necessidades de todo o planeta,
inclusive no Brasil.
"O Brasil tem tudo para ser protagonista do
século XXI", diz Delfim Netto, numa frase que tem lá seu
parentesco com o otimismo do escrivão Caminha. Mas
há algum sentido. A urbanização acelerada do planeta
elevará em até 50% a demanda por alimentos importados
- num mercado garantido para o crescimento das
exportações brasileiras. No terreno da energia, os
laboratórios de todo o mundo buscam uma alternativa ao
petróleo e aos demais combustíveis fósseis. Até agora,
nenhuma opção deixou a fase do experimentalismo e não
se sabe quando isso vai ocorrer. Mesmo o etanol, que
funciona tão bem no Brasil, não é uma saída definitiva no
plano mundial, pois exigiria canaviais para mover
indústrias, armamentos, computadores, foguetes, navios
- além de carros de passeio.
Como ninguém deixará de acender a luz nem de
andar de automóvel até que se chegue a uma nova
matriz energética, por várias décadas a humanidade
seguirá movendo-se a petróleo - abundante nas costas
brasileiras do pré-sal, a ponto de já colocar o país na
condição de exportador mundial.
Para realizar o futuro prometido, o Brasil terá de
reformar o Estado. "Vamos ter de modernizar o governo",
diz Delfim Netto. Esse trabalho inclui rever as diferenças
de renda, segurança e estabilidade entre funcionários
públicos e privados, além de uma reforma na
Previdência. Hoje, por causa de distorções como essas,
o Estado brasileiro custa caro, funciona mal e trabalha na
direção errada. Sem uma intervenção rápida e decisiva
por parte dos governantes, o país do futuro talvez
demore outros 509 anos a chegar.

Adaptado da revista Época, n° 575.

Assinale a alternativa CORRETA:

Alternativas
Comentários
  • Peço ajuda para os universitários
    "Arquiteto e engenheiro da prosperidade do "milagre econômico", o ex-ministro Antonio Delfim Netto está convencido (...)"; o trecho sublinhado é um exemplo de aposto.
     
  •  Aposto

    Primeiramente, vejamos o que é aposto. Observe a frase a seguir:

    Manoel, português casado com minha prima, é um ótimo engenheiro.

    Veja que o trecho “português casado com minha prima” está explicando quem é o sujeito da oração “Manoel”. Esse trecho é o aposto da oração.

    Observe a próxima:

    Foram eles, os meninos, que jogaram a bola no seu quintal ontem.

    Mais uma vez temos um trecho (aposto) “os meninos” explicando um termo anterior: Foram eles... Eles quem? Os meninos.

    Podemos concluir que o aposto é uma palavra ou expressão que explica ou que se relaciona com um termo anterior com a finalidade de esclarecer, explicar ou detalhar melhor esse termo.

    Há alguns tipos de apostos:

    • Explicativo: usado para explicar o termo anterior: Gregório de Matos, autor do movimento barroco, é considerado o primeiro poeta brasileiro.

    • Especificador: individualiza, coloca à parte um substantivo de sentido genérico: Cláudio Manuel da Costa nasceu nas proximidades de Mariana, situada no estado de Minas Gerais.

    • Enumerador: sequência de termos usados para desenvolver ou especificar um termo anterior: O aluno dever ir à escola munido de todo material escolar:borracha, lápis, caderno, cola, tesoura, apontador e régua.

    • Resumidor: resume termos anteriores: Funcionários da limpeza, auxiliares, coordenadores, professores, todos devem comparecer à reunião. 

  • Tanto "Arquiteto e engenheiro da prosperidade do milagre econômico" quanto "Antônio Delfin Neto" são apostos; respectivamente, explicativo e especificativo.

ID
236431
Banca
FCC
Órgão
TRT - 8ª Região (PA e AP)
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Quando eu me encontrava preso 

Na cela de uma cadeia 

Foi que vi pela primeira vez 

As tais fotografias 

Em que apareces inteira

Porém lá não estavas nua

E sim coberta de nuvens... 


Terra! Terra!

Por mais distante

O errante navegante 

Quem jamais te esqueceria?... 

        Caetano Veloso

        (fragmento de “Terra” – http://letras.terra.com/caetano-veloso/44780/)

Considere as afirmativas abaixo.

I. Ao transpor-se para a voz passiva o período constituído pelos versos Foi que vi pela primeira vez / As tais fotografias, a forma verbal resultante é foram vistas.

II. Caso o verbo esquecer em Quem jamais te esqueceria?... tivesse sido empregado em sua forma pronominal (esquecer-se), a regência verbal teria permanecido inalterada.

III. Na frase que constitui a segunda estrofe do fragmento transcrito, o verso Por mais distante exerce a função sintática de adjunto adverbial.

Está correto o que se afirma APENAS em:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito letra D.

    V.Ativa: Foi EU que vi pela primeira vez / As tais fotografias

    V.Passiva As tais fotografias foram vistas por mim pela primeira vez...

    OBJETO DIRETO da voz ativa = SUJEITO da voz passiva

    O errante navegante, Por mais distante, Quem jamais te esqueceria?

    Por mais distante exerce a função sintática de adjunto adverbial.

  • complementando...

    II) lembrar-se e esquecer-se quando pronominais são vti, por isso a II está errada.

  • SOBRE O VERBO ESQUECER:

    1) Se o verbo for empregado como não-pronominal ("esquecer"), ele não pode ser seguido pela preposição "de". Ex: ele esqueceu as (das) instruções recebidas.

    2) Se o verbo for empregado como pronominal ("esquecer-se"), ele, obrigatoriamente, deve vir seguido da preposição "de". Ex: Todos se esqueceram DE tudo que lhes foi ensinado.

    Fonte: http://recantodasletras.uol.com.br/teorialiteraria/788625

  • Na III, adjunto adverbial é o termo que exprime uma circunstância (de tempo, lugar, modo, etc.) ou, em outras palavras, que modifica o sentido de um verbo, adjetivo ou advérbio. (Cegalla, 2008, p. 275.).

  • Só complementando o comentário da Vanessa:

    Quando o complemento indireto de "esquecer-se" está na forma ORACIONAL é possível a elipse (omissão) da preposição.

    Ex: Não se esqueça que a construção do autoritarismo configurou o sistema político... [Disso]
    ou Não se esqueça de que construção...

  • II. Caso o verbo esquecer em Quem jamais te esqueceria?... tivesse sido empregado em sua forma pronominal (esquecer-se), a regência verbal teria permanecido inalterada. ERRADO. (de VTD passa para VTI)
    Cuidado com os verbos LEMBRAR, ESQUECER, RECORDAR, ADMIRAR!!!

    São VTD, mas quando acrescidos do "-SE" transformam-se em VTI.
    Ex: O senador esqueceu (VTD) os telefonemas realizados (OD)
    Ex: O  senador esqueceu-se (VTI) dos telefonemas realizados (OI) Neste caso, o "-se" é parte integrante do verbo.

    Fonte: Professor Fernando Moura


  • a III, adjunto adverbial é o termo que exprime uma circunstância (de tempo, lugar, modo, etc.) ou, em outras palavras, que modifica o sentido de um verbo, adjetivo ou advérbio. (Cegalla, 2008, p. 275.).

    Não entendi qual é o Verbo, adjetivo ou advérbio ao qual "Por mais distante" se refere

    A circunstância de lugar está OK

    Mas quem está distante? não seria os Navegadores ou A terra?

    Portanto, substantivos?

  • Bruno, marquei essa como certa meio que no chute, porque fique com a mesma dúvida...


ID
280246
Banca
COPEVE-UFAL
Órgão
Prefeitura de Penedo - AL
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

No período “Poucas horas depois dos ataques no metrô de Moscou, o presidente americano Barack Obama ligou para o seu colega russo Dimitri Medvedev e ofereceu ajuda para caçar os culpados.”, qual a função sintática das expressões em negrito?

Alternativas
Comentários

  • “Poucas horas depois dos ataques no metrô de Moscou, o presidente americano Barack Obama ligou para o seu colega russo Dimitri Medvedev e ofereceu ajuda para caçar os culpados.”

    Metrô de Moscou - adj adv de lugar
    Barack Obama  - aposto especificativo
    Para caçar os culpados - complemento nominal do substantivo ajuda
  • Olá pessoal, 

    A alternativa certa é a letra A, eu explico...

    Todos devem ter noção do que é adjunto adverbial, aposto e complemento nominal, mas com o intuito de fixar, lá vai...

    "... no Metrô de Moscou,..." -> É adjunto adverbial! Já sabemos o seguinte: Adjunto adverbial é o termo da oração que indica uma circunstância, seja ela de lugar (nosso caso), de modo, de causa, dando uma ideia de tempo, e por aí vai...
    Aqui, nós temos um adjunto adverbial de lugar. Vejam só: "Poucas horas depois dos ataques no Metrô de Moscou...." -> "Metrô de Moscou" está modificando, indicando o lugar onde ocorreu os "ataques". Ok?

    "...o presidente americano Barack Obama..." ->
    ATENÇÃO! Não dá para confundir com vocativo, mas para quem confundiu, o erro é o seguinte, reparem que antes de "Barack Obama" tem o substantivo "presidente", certo? O que faz o termo em destaque ser aposto, é justamente a palavra "presidente". Eu explico. O vocativo é uma forma de chamar a atenção, não tem propriamente uma função sintática, podemos chamá-lo de "termo alheio". Se na frase estivesse assim:"Barack Obama, ligue para seu colega russo...", seria um vocativo. Mas a frase diz: "... o presidente (quem é presidente?) Barack Obama...", então, Barack Obama é aposto, não qualquer aposto, mas "aposto especificativo", pois especificou o substantivo genérico "presidente".  Moleza né? Ah, outra coisa, o aposto especificativo, difere-se dos demais por não ser marcado por sinais de pontuação.

    "... para caçar culpados." -> Minha dica é o seguinte, tente sempre fixar uma ideia contrária de algo que você já sabe, na memória, como eu fiz para fixar a ideia de Complemento Nominal. Eu tenho muita facilidade em Complemento Verbal, e eu fixei uma ideia  
    Complemento Nominal x Complemento Verbal. O Complemento Verbal tem suas regras como: objeto direto, objeto indireto, objeto direto preposicionado... e o complemento nominal segue uma ideia parecida, assim eu consigo fixar uma ideia concreta de CN. Vale ressaltar o seguinte: Tanto o CN como o CV, apenas se relacionam com nomes e verbos, respectivamente, que transitam! É muito IMPORTANTE ter isso em mente. O CN é como se fosse (lembrando que não existe isso em CN!!) os "objetos INDIRETOS (porque eles são regidos por preposição OBRIGATÓRIA!)" de um nome (substantivo, adjetivo ou advérbio), ao contrário do CV, que é o termo que completa o sentido de um verbo. "... para (preposição) caçar os culpados." -> Complemento Nominal: "... ofereceu ajuda (para quê?) para caçar os culpados", completando o sentido de um nome: ajuda. 

    Espero ter ajudado e bons estudos! Desculpem-me pelo testamento! ;)
  • Eu acertei por eliminação, mas fiquei com dúvida:

    O adjunto adverbial se liga a VERBO, ADJETIVO OU ADVÉRBIO.

    O adjunto adnominal se liga a SUBSTANTIVO.

    " Poucas horas depois dos ataques no metrô de Moscou..."  -  "no metrô de Moscou" está especificando onde ocorreram os "ataques", que é substantivo, o que qualificaria o trecho em negrito como adjunto adnominal.

    Alguém pode me ajudar ?!
  • Alternativa A esta correta

    Ilustrissimo Gabriel Dobbin Souto Barros qual a principal caracteristica do Adjunto Adnominal ? vejamos (dentre outras) "Toda palavra sem preposição que surge após o núcleo dentro da função sintática, funciona como adjunto adnominal" então no metrô de Moscou, não poderá ser A.A.

    Bons estudos 
  • Lembrando que para ser adjunto adonominal o substantivo não pode ter raíz verbal! Não é o caso de "ataques".

    ataque
    (derivação regressiva de atacar)

  • A possibilidade de ser correta a alternativa "d" poderia ser cogitada, se se considerasse a oração "para caçar os culpados" uma finalidade circunstancial? Assim, ela seria uma oração subordinada adverbial final. Há uma explicação ou prerrogativa decisiva para evitar tal ambiguidade? Complemento nominal ou adjunto adverbial de fim?  Confesso que fico com dúvidas.

  • Também quebrei a cabeça com essa questão.

    O ponto principal é: "no metrô de Moscou" não se liga somente a "ataques" (substantivo se visto em separado) se liga a "depois dos ataques" que é adjunto adverbial de tempo.

    Só pra reforçar: adjunto adverbial se liga a verbo, adjetivo e outro advérbio. Também se incluem as locuções.
  • Gente, me tirem a dúvida: Por ser aposto não deveria estar separado por vírgulas? Uma questão desse tipo seria passível de anulação, não?

  • Marcos Silva, nem sempre um aposto vem separado entre vírgulas, tenta não procurar as vírgulas e sim analisar o termo em destaque junto ao contexto para identificar qual a palavra que ele está se relacionando. O aposto é o a única possibilidade que existe de um substantivo fazer menção a outro dentro de uma oração; o aposto pode: explicar, enumerar, distribuir, resumir ou especificar um outro termo de valor substantivo. Na frase " o presidente americano barack obama ", o aposto ( barack obama) está presente com a função de especificar qual o presidente americano.
    Assim como na frase: "A cidade do Rio de Janeiro continua linda", o Rio de Janeiro, substantivo próprio, funciona como aposto de cidade, substantivo comum. Ele tá especificando qual é a cidade, ou seja, um substantivo atuando em outro. Isso é aposto, e nem sempre vem entre vírgulas.

  • Obrigado, Luiza.

  • LETRA A - adjunto adverbial – aposto – complemento nominal

    “Poucas horas depois dos ataques no metrô de Moscou, o presidente americano Barack Obama ligou para o seu colega russo Dimitri Medvedev e ofereceu ajuda para caçar os culpados.”


    --> ATAQUES NO METRÔ DE MOSCOU

    ATAQUES - verbo intransitivo  * Verbo intransitivo REJEITA OBJETO, ou seja, teremos o ADJUNTO ADVERBIAL como complemento

    NO METRÔ DE MOSCOU - Adjunto Adverbial

    --> BARACK OBAMA - Aposto - explica quem é o presidente americano

    --> AJUDA PARA CAÇAR OS CULPADOS - AJUDA - substantivo abstrato (decorre da ação de um verbo - ajudar) + PARA - preposição + CAÇAR OS CULPADOS (sofre a ação de ser ajudado) = COMPLEMENTO NOMINAL

  • Sou péssima nesse tipo de questão!!!!! Acerto 1 erro 10!

    Estou enlouquecendo!

    :´(

  • Errei, estava com dúvida entre a A e a D. 

  • a)adjunto adverbial – aposto – complemento nominal

    dos ataques no metrô de Moscou -  sempre que houver um local designado sem ser objeto exigido pela regencia do verbo, sera adverbio de lugar. Adjunto adnominal é o mesmo que adverbio, porem com mais palavras. 

    A funcao do aposto é essa mesmo- a de explicar um substantivo na oração. Geralmente vem com virgulas, mas desta vez, nao.

     ofereceu ajuda para caçar os culpados.- quem oferece ajuda, oferece ajuda PARA algo. Porque a regencia de ajuda exige preposicao DE, trata-se de CN. CN é equivalente a objeto indireto no tange sua característica regencial de exigir preposição. A diferença é que um é verbo, enquanto que o outro é substantivo

  • O termo "para caçar os culpados" não pode ser adjunto adverbial de finalidade?

  • “Poucas horas depois dos ataques no metrô de Moscou (adjunto adverbial de lugar), o presidente americano Barack Obama (aposto especificador) ligou para o seu colega russo Dimitri Medvedev e ofereceu ajuda para caçar os culpados (complemento nominal).”

    RESPOSTA "A".

  • Esclarecendo o erro da alternativa D...

    No período “Poucas horas depois dos ataques no metrô de Moscou, o presidente americano Barack Obama ligou para o seu colega russo Dimitri Medvedev e ofereceu ajuda para caçar os culpados.”, qual a função sintática das expressões em negrito?

    Eu marquei a alternativa D, mas analisando melhor a questão podemos concluir que a expressão PARA CAÇAR OS CULPADOS não pode ser adjunto adverbial. Observem:

    O que o presidente americano Barack Obama ofereceu? AJUDA (substantivo na função de objeto direto.)

    Como sabemos o advérbio ou adjunto adverbial não se relaciona com SUBSTANTIVOS, apenas com VERBOS, ADJETIVOS E ADVÉRBIOS. Logo, trata-se de COMPLEMENTO NOMINAL.

    É uma casca de banana essa questão! Na hora de responder, achei que era adjunto adverbial de finalidade, mas não é!

  • O aposto, neste caso, é o especificativo. Ele nomeia alguém ou alguma coisa e não vem entre vírgulas como no aposto explicativo.

    Aposto ESPECIFICATIVO: A prima Júlia chegou - Júlia é o aposto que está ESPECIFICANDO, dando nome ao substantivo prima.

    Aposto EXPLICATIVO: A Priscila, enfermeira, chegou - Enfermeira é o aposto que está EXPLICANDO quem é o substantivo Priscila.


ID
347506
Banca
FCC
Órgão
TRT - 8ª Região (PA e AP)
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Tecendo a manhã

Um galo sozinho não tece uma manhã:
ele precisará sempre de outros galos.
De um que apanhe esse grito que ele
e o lance a outro; de um outro galo
que apanhe o grito que um galo antes
e o lance a outro; e de outros galos
que com muitos outros galos se cruzem
os fios de sol de seus gritos de galo,
para que a manhã, desde uma teia tênue,
se vá tecendo, entre todos os galos.

E se encorpando em tela, entre todos,
se erguendo tenda, onde entrem todos,
se entretendendo* para todos, no toldo
(a manhã) que plana livre de armação.
A manhã, toldo de um tecido tão aéreo
que, tecido, se eleva por si: luz balão.
*neologismo
João Cabral de Melo Neto

(A educação pela pedra, Obra completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar,
1995. p. 345)

A manhã, toldo de um tecido tão aéreo / que, tecido, se eleva por si: luz balão.
Sobre os versos acima, é INCORRETO afirmar:

Alternativas
Comentários
  • RESPOSTA E


ID
348298
Banca
FUNCAB
Órgão
SEMARH-GO
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto abaixo e responda às questões propostas.


Texto 1

Tecnologite


A ERA DIGITAL criou novas necessidades, novas oportunidades e até novas neuroses. Uma delas é a dificuldade de nos “desligarmos” do trabalho, em função da cone

xão direta e imediata via telefone celular e internet. Estamos sempre on-line, localizáveis e identificáveis. Os consumidores também mudaram. Quem de nós não fica encantado e atraído por uma nova tecnologia, que nos promete acesso a som, dados e imagem com mais qualidade, velocidade, instantaneidade e miniaturização? 

  1. Assim como nos anos 70 e 80 do século passado todos tínhamos um pouco de treinador de futebol e de especialista no combate à inflação, hoje nos mantemos informados sobre os avanços da tecnologia e nos julgamos competentes para acompanhar as ondas que vêm, cada vez em menor intervalo. Mas não somos capazes de saber de que tecnologia necessitamos e, acima de tudo, o que fazer com ela, quando chega. Além disso, é muito difícil determinar quando é o momento de ter um novo equipamento ou sistema, pois sair correndo para comprar não é uma boa decisão.
  2. Logo que um novo sistema operacional de computador é lançado, por exemplo, ainda não há muitos softwares aplicativos preparados para trabalhar sob ele, e os defeitos se sucedem. Ou seja, pagamos caro para ter a novidade e ajudamos a fabricante a aperfeiçoá-la, sem nem um “muito obrigado!”.
  3. Um bom exemplo são os tocadores de música no formato MP3, que caracteriza a compressão de áudio. Foram seguidos pelo MP4 (compressão de vídeo); MP5 (o MP4 com câmara digital e, às vezes, filmadora); MP6 (com acesso à internet), e por aí vai. Digam-me, caros leitores e leitoras: se o objetivo do MP3 era carregar e tocar centenas ou milhares de músicas, para que pagar mais caro e trocar de aparelho para fotografar, se já temos câmeras digitais? Muitos de nós, a propósito, temos a câmera, o celular que também fotografa, a webcam idem, e ainda o MP4.
  4. O velho videocassete foi aposentado pelo tocador de DVD, que, aos poucos, cede seu lugar para o blu-ray, que armazena e reproduz discos de alta definição. Em termos de telefone celular, então, há mais dúvidas do que certezas. Mal você adere ao celular 3G, com acesso à internet e outras facilidades, e já se começa a discutir o 4G, que promete total integração entre redes de cabo e sem fio. Como estar atualizado sem pagar mais caro por isso? E sem correr o risco de apostar em uma tecnologia que não terá sucesso? Não há fórmula pronta para isso, mas sugiro aos consumidores que moderem seu apetite por novidades, quando os aparelhos que têm em casa estiverem funcionando bem e facilitando suas vidas. O DVD ainda serve para divertir a família? Então, vamos esperar que as locadoras e lojas tenham mais filmes blu-ray antes de trocar de equipamento. Olho vivo também nos preços e na qualidade dos serviços, inclusive de assistência técnica. O novo pelo novo nem sempre é bom. Cuidado com a "tecnologite", a doença da ânsia pela mais nova tecnologia.
  5. (Maria Inês Dolci – Folha de S. Paulo, 6/03/2010)


Texto 2

O que Watson disse

A primeira conversa telefônica foi entre Alexander
Graham Bell e seu assistente ThomasWatson. Em Filadélfia.
1876. Bell fazia uma demonstração do telefone recém-
inventado para diversos convidados, inclusive Dom Pedro II,
imperador do Brasil.Watson estava numa sala ao lado. Bell o
chamou:
–Watson, venha cá.
Nada aconteceu. Bell faloumais alto:
–Watson, venha cá imediatamente!
Silêncio. Bell gritou:
–Watson, eu preciso de você!
Nada. E então Bell disse aos convidados, sorrindo,
“Agora vamos tentar com a minha invenção”, pegou o
telefone, discou 1 e, quando atenderam do outro lado, falou
comsua voz normal:
– Sr.Watson, venha até aqui. Eu preciso do senhor.
Esta é uma versão algo fantasiosa do que
aconteceu.Mas o que realmente ninguémficou sabendo, pois
ninguém ouviu, foi como Watson atendeu o primeiro
telefonema na outra sala.
Ele pode ter sido apenas solícito:
– Simsenhor.
Pode ter sido distraído:
–Quemestá falando, por favor?
Pode ter sido brincalhão:
–Desculpe, o sr.Watson está emreunião.
Ou pode ter sido vidente e filosófico e dito:
– Já vou, Mr. Bell. Mas o senhor tem consciência do
que acaba de inventar? Já se deu conta do que começou?
Está certo, isto vai facilitar a comunicação entre as pessoas.
Vai ser ótimo para chamar a ambulância ou os bombeiros,
marcar encontros, avisar que vai-se chegar tarde, avisar que
a tia Djalmiramorreu, namorar, ligar para o açougueiro e fazer
“muuuu”, pedir pizza, tudo isto. Mas o senhor também acaba
de inventar o despertador, a ligação no meio da noite que
quasemata do coração, o engano, a pesquisa telefônica... E o
celular, Mr. Bell. O senhor não sabe, mas acaba de inventar o
celular. Vai demorar um pouco, mas um dia esta sua caixa vai
caber na palma da mão e vai ter câmera fotográfica,
calculadora, TV, raio X, bote salva-vidas inflável, e vai acabar
com a vida privada como nós a conhecemos, Mr.Bell. As
pessoas vão andar na rua espalhando suas intimidades e não
O que Watson disse teremos como nos proteger. Ficaremos sabendo de tudo
sobre todos, inclusive os detalhes da doença da tia Djalmira,
e...
– Sr.Watson...
– Já estou indo, já estou indo.
(Luis Fernando Veríssimo – O Globo, 18/01/2009)

No texto 2, o termo grifado em: “Watson estava numa sala ao lado" exerce a função sintática de:

Alternativas
Comentários
  • GAB:E

     

    ADJUNTO ADVERBIAL - função de advérbio porque descreve um verbo

  • ADJUNTO ADVERBIAL DE LUGAR

    Watson estava numa sala ao lado

    WATSON ESTAVA (verbo intransitivo) NUMA SALA AO LADO  (adj. adverbial de lugar)

                               Adjunto adverbial: Indica uma circunstância.       Onde (em qual lugar) Watson estava? NUMA SALA AO LADO.

  • Watson estava numa sala ao lado.

    Sujeito - Watson

    Verbo de estado - estava

    A. Adv. - numa sala ao lado.

    Verbos de estado = Verbo intransitivo ou Verbo de ligação

    Neste, caso estava desempenha função de verbo intransitivo, havendo um adjunto adverbial de lugar na sequência.

    Gabarito - E

  • Adjunto adverbial de lugar.
  • e) Adjunto adverbial.

    Adjunto adverbial - É o termo que exprime uma circunstância (de tempo, lugar, modo, etc.) ou, em outras palavras, que modifica o sentido de um verbo, adjetivo ou advérbio.

    Exemplos:

    “Watson estava numa sala ao lado".

    "Meninas numa tarde brincavam de roda na praça".

    "Ele fala bem, fala corretamente".


ID
515947
Banca
Exército
Órgão
EsPCEx
Ano
2008
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Aceitemos o labéu, e corrompamos de cabeça erguida o idioma luso, na certeza de estarmos a elaborar obra magnífica.”

(Monteiro Lobato, “A Língua Brasileira”)

Assinale a alternativa em que a expressão sublinhada tem a mesma classificação e função sintática que em “... de estarmos a elaborar obra magnífica...” .

Alternativas
Comentários
  • nessa questão a função da oração em destaque é CN e a unica alternativa que é CN também é a alternativa D

    por que CN? a frase em destaque complementa a palavra CERTEZA e a unica função subordinativa que completa adverbio é CN

  • GABARITO: LETRA D

    Aceitemos o labéu, e corrompamos de cabeça erguida o idioma luso, na certeza de estarmos a elaborar obra magnífica.”

    quem tem certeza (substantivo abstrato), tem certeza DE alguma coisa (de estarmos a elaborar obra magnífica) → complemento nominal, completando o sentido de um substantivo abstrato.

    → Tinha ânsia de retornar à sua pátria. → quem tem ânsia, tem ânsia DE alguma coisa (complemento nominal e nosso gabarito).

    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! ☻

  • GABARITO - D

    Trata-se de Complemento nominal

    O CN mantém relação com ADJETIVOS / ADVÉRBIOS E SUBSTANTIVOS ABSTRATOS.

    TEMOS UM TERMO QUE NÃO É VERBO E SOLICITA COMPLEMENTO = CN

    ânsia de retornar à sua pátria.

    certeza de estarmos 

  • Questão perfeita, EsPCEx sempre arrasando!

  • questão de adjunto adnominal e de C.N são sempre as piores


ID
515950
Banca
Exército
Órgão
EsPCEx
Ano
2008
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Aceitemos o labéu, e corrompamos de cabeça erguida o idioma luso, na certeza de estarmos a elaborar obra magnífica.”

(Monteiro Lobato, “A Língua Brasileira”)

Assinale a alternativa em que a expressão sublinhada tem a mesma classificação e função sintática que em “... de cabeça erguida...”

Alternativas
Comentários
  • O modo como corrompemos foi de cabeça erguida

    Logo, o modo como o capitão me olhou, foi de alto a baixo

    Assertiva D

  • GABARITO: LETRA D

    corrompamos de cabeça erguida o idioma luso

    ===> temos, em vermelho, um adjunto adverbial de modo, é o que procuramos:

    C) Pedro chorava de dor. ===> adjunto adverbial de causa.

    D) O capitão me olhou de alto a baixo. ===> adjunto adverbial de modo.

    FORÇA, GUERREIROS(AS)!!

  • "corrompamos de cabeça erguida" --> Primeiro analisamos a frase e observamos que se trata de adj adv de modo pq é modo de como nós nos corrompemos

    a) Aquele sim é um homem de coragem.

    Errada, aqui se trata de um C.N perceba que de coragem tá sofrendo a ação

    b) Esta água é boa para beber.

    Errada, esse para aqui é a finalidade

    c) Pedro chorava de dor.

    Errada, de dor é a causa pela qual pedro chorava

    d) O capitão me olhou de alto a baixo.

    Correta, de alto a baixo é o modo de como o capitão me olhou

    e) Fez tudo pela economia do salário.

    Errada, aqui temos um C.N o salário tá sofrendo a ação de ser economizado

  • o da assertiva indica modo, assim como letra D

  • Na letra A, homem é um substantivo concreto, o que indica de coragem ser um adjunto adnominal, não um complemento nominal. Além disso, de coragem é uma locução adjetiva que corresponde a corajoso, corroborando a ideia de que seja mesmo um adjunto adnominal.


ID
516442
Banca
Exército
Órgão
EsPCEx
Ano
2008
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Aceitemos o labéu, e corrompamos de cabeça erguida o idioma luso, na certeza de
estarmos a elaborar obra magnífica.”

(Monteiro Lobato, “A Língua Brasileira”)

ssinale a alternativa em que a expressão sublinhada tem a mesma classificação e função sintática que em “... de cabeça erguida...”

Alternativas
Comentários
  • De cabeça erguida = Adjunto Adverbial de Modo

    D) O capitão me olhou de alto a baixo. (Ou seja, a maneira/modo como o capitão me olhou foi "de alto a baixo")

  • GABARITO: LETRA D

    corrompamos de cabeça erguida o idioma luso

    ===> temos, em vermelho, um adjunto adverbial de modo, é o que procuramos:

    C) Pedro chorava de dor. ===> adjunto adverbial de causa.

    D) O capitão me olhou de alto a baixo. ===> adjunto adverbial de modo.

    FORÇA, GUERREIROS(AS)!!

  • GABARITO - D

     corrompamos de cabeça erguida ( ADJUNTO ADVERBIAL DE MODO )

    O capitão me olhou de alto a baixo ( ADJUNTO ADVERVIAL DE MODO )


ID
518224
Banca
Exército
Órgão
EsPCEx
Ano
2006
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

"Voltemos à casinha. Não serias capaz de lá entrar hoje, curioso leitor; envelheceu, enegreceu, apodreceu, e o proprietário deitou-a abaixo para substituí-la por outra, três vezes maior, mas juro-te que muito menor que a primeira. O mundo era estreito para Alexandre; um desvão de telhado para as andorinhas."
( Machado de Assis )

Leia as afirmações abaixo, retiradas do texto e, a seguir, responda o que se pede.

I - "curioso leitor" é um aposto.

II - Na oração " Voltemos à casinha." o verbo é intransitivo.

III - "Juro-te que muito menor que a primeira." A palavra sublinhada é conjunção comparativa.

IV - Em "deitou-a abaixo" e "juro-te" as palavras sublinhadas têm a mesma função sintática.

Em relação às afirmações acima, estão corretas

Alternativas
Comentários
  • Não entendi pq a II está certa. Alguém pode ajudar?

    Se eu volto, volto a.. [transitivo indireto]

    Agradeço

  • I - "curioso leitor" é um aposto. (Errado)

    Aposto é uma palavra ou expressão que explica ou esclarece, desenvolve ou resume outro termo da oração. Vemos, claramente, que "curioso leitor" não se trata de um aposto. Trata-se de um vocativo.

    II - Na oração " Voltemos à casinha." o verbo é intransitivo. (Certo?!)

    Confesso que não consegui ver esse verbo como intransitivo. Existe verbo intransitivo preposicionado? Tá muito mais pra Verbo Transitivo Indireto.

    III - "Juro-te que muito menor que a primeira." A palavra sublinhada é conjunção comparativa. (Certo)

    IV - Em "deitou-a abaixo" e "juro-te" as palavras sublinhadas têm a mesma função sintática. (Errado)

    "Deitou-a abaixou". Quem deita, deita algo. Deitou ela. Portanto, "a" funciona como objeto direto.

    "juro-te". Quem jura, jura algo a alguém. Portanto, "te" funciona como objeto indireto.

    Diante do impasse na afirmativa II, a única maneira de chegar à resposta era por eliminação.

    GABARITO: LETRA C

  • Também não entendi muito bem a afirmação II

  • Não seria VTI?

  • eu acho que o verbo 'voltar' é sim VI, quem volta, volta. ex.: mãe, voltei. se você perguntar ao verbo 'da onde', isso seria adjunto adverbial de lugar. eu acho que na frase "voltemos à casinha" 'à casinha' é uma locução adverbial de lugar e por isso esta com crase.

    É claro que tou muito no achismo, caso eu esteja errado, por favor, retifiquem me.

  • Em relação ao verbo 'voltar', ele indica um DESTINO, o que normalmente é intransitivo, assim como: cair, ir, chegar, vir...

    E esses verbos admitem preposições "a" e "de", como foi visto no texto.

    Espero ter ajudado

  • a assertiva II está correta, "voltemos" = verbo intransitivo, pois não precisa de complemento para ter sentifo completo.

    "Voltei."

    "Cheguei."

    "Morreu."

  • "Voltemos" é intransitivo, não necessita de complemento. Neste caso, "à casinha" seria adjunto adverbial e não um objeto indireto

  • Acho que nesse caso voltar não tem sentido denotativo, simboliza que ele voltará a falar da casinha, e não literalmente voltar à casinha, pois nesse caso de fato não seria intransitivo


ID
522307
Banca
COPEVE-UFAL
Órgão
UFAL
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Com base no texto seguinte,

“A vida de Paulo Barreto, o João do Rio, é digna de folhetim. Enfrentou os preconceitos de uma sociedade conservadora (era mulato e homossexual), tornou-se um dos jornalistas e escritores mais populares de seu tempo, conquistou o respeito de dois presidentes, colecionou desafetos poderosos, chegou à Academia Brasileira de Letras e morreu antes dos 40 anos, dentro de um táxi, fulminado por um ataque cardíaco.”

as vírgulas foram usadas para separar

Alternativas
Comentários
  • 1)“A vida de Paulo Barreto, o João do Rio, é digna de folhetim. (aposto)

    2) Enfrentou os preconceitos de uma sociedade conservadora (era mulato e homossexual),  tornou-se um dos jornalistas e escritores mais populares de seu tempo,  conquistou o respeito de dois presidentes, colecionou desafetos poderosos, chegou à Academia Brasileira de Letras e morreu antes dos 40 anos, dentro de um táxi, fulminado por um ataque cardíaco. Veja que são coordenadas, independentes, tanto que podem ser listadas, separadas (dá prá entender a frase isoladamente)

    3) e morreu antes dos 40 anos, dentro de um táxi, fulminado por um ataque cardíaco.(ligada ao verbo, logo é adjunto adverbial de lugar)



  • Coitado.

  • FULMINADO NÃO É UMA ORAÇÃO REDUZIDA DE PARTICIPIO?

  • (B) aposto, orações coordenadas e o adjunto adverbial.


ID
580945
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Japão lança nave movida pela energia do sol

'Pipa solar' será empurrada pela pressão da luz


    Na época de veículos "verdes", os ônibus espaciais estão indo para o ferro-velho e as primeiras "pipas espaciais" ou "veleiros solares", movidos apenas pelo sol, começam a aparecer.

    Nesta segunda-feira, às 18h44 (horário de Brasília), a Agência Espacial Japonesa (Jaxa) tentará lançar o primeiro veículo desse tipo, a sonda Ikaros, que chegará perto de Vênus movida por uma espécie de vela que gera movimento quando se choca com fótons – as partículas que carregam a luz.

    Quando chegar ao Espaço, a nave será parecida com um carretel, com a vela toda enrolada. Girando, em algumas semanas, o tecido – cerca de dez vezes mais fino que um fio de cabelo – se desdobrará, e o objeto ganhará a forma de um quadrado de 14 metros de lado com uma pequena carga útil no centro. A ideia é que a nave comece sua jornada devagar, mas que ganhe aceleração continuamente.

    Para dirigir a "pipa solar", os japoneses prepararam um sistema que aumenta ou diminui a reflexão nas bordas do tecido, fazendo com que um lado ou outro acelere mais. Também será levado a bordo, para testes, um jato propulsor movido a gás e energia solar que consegue mudar a trajetória da sonda.

    Como não terá estrutura para sustentar as velas, a nave Ikaros irá contar com a força centrífuga – que faz pressão de dentro para fora – para manter o tecido esticado. Serão colocados quatro pequenos pesos na ponta da vela para puxá-la para fora, e a nave ficará eternamente girando sobre si mesma.

    Grande parte da trajetória do Ikaros será paralela à da sonda Akatsuki, que analisará a atmosfera de Vênus e entrará em órbita nesse planeta. A nave solar, contudo, seguirá adiante e dará a volta em torno do sol. Como não utilizam combustível, as naves que se movem apenas pela luz são uma grande esperança em viagens especiais muito longas, impossíveis de serem feitas com os foguetes tradicionais.

    Duas tentativas de lançar veículos como o Ikaros já foram feitas, mas tiveram problemas no lançamento. No final de 2010, a Planetary Society – uma das maiores ONGs do mundo dedicada à astronomia – pretende colocar no Espaço a sonda LightSail-1, também para testar a tecnologia da "navegação solar".

    O nome Ikaros, apesar de ser uma sigla (Interplanetary Kite-craft Accelerated by Radiation Of the Sun ou "Nave-pipa Interplanetária Acelerada pela Radiação do Sol") lembra o personagem da mitologia grega Ícaro.

    Segundo a lenda, o jovem alçou voo usando uma asa fabricada com penas e cera, mas se inebriou com a sensação de deixar o chão e chegou perto demais do sol. Suas penas derreteram e ele caiu no mar, morrendo afogado.

    Os engenheiros japoneses, é claro, esperam que a história da nave-pipa tenha um final diferente.

(DefesaNet/17 maio 2010) 

Analise as afirmações abaixo e marque V para verdadeiro ou F para falso, considerando as classificações sintáticas. Em seguida, assinale a alternativa que a apresenta a sequência correta.

( ) “A sonda Ikaros, que chegará perto de Vênus movida por uma espécie de vela, que gera movimento quando se choca com fótons – as partículas que carregam a luz."(aposto explicativo)
( ) “Grande parte da trajetória do Ikaros será paralela à da sonda Akatsuki." (núcleo do sujeito)
( ) “Nesta segunda-feira, às 18h44 (horário de Brasília), a Agência Espacial Japonesa (Jaxa) tentará lançar o primeiro veículo desse tipo." (núcleo do objeto direto)

Alternativas
Comentários
  • Fiquei em dúvida quanto a segunda afirmativa: É núcleo do sujeito mesmo? Para mim, mas parece que trajetória é o núcleo do sujeito, pois sem esta palavra o sujeito não tem sentido algum.

  • Concordo com você Danilo.
    Alguém poderia explicar por que "parte" foi considerada núcleo do sujeito?

  • porque " da trajetória" está preposicionado, pela contração " de+a", e nunca o núcleo do sujeito pode ser preposicionado. Por isso parte é núcleo do sujeito.

    Espero ter ajudado.

  • B- F/ V/ V

  • parte - núcleo do sujeito

    da trajetória do Ikaros - adjunto adnominal preposicionado

  • por que não é aposto explicativo na primeira?


ID
580972
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Assinale a alternativa que indica correta e respectivamente a função sintática das palavras destacadas na frase abaixo.

O relevo impulsiona o desenvolvimento de nuvens de grande espessura vertical nas áreas montanhosas.

Alternativas
Comentários
  • Questão tranquila, sem muito estresse, só ir eliminando.

  • C- Núcleo do sujeito simples, núcleo do objeto direto e núcleo do adjunto adverbial de lugar.

  • Complemento nominal sempre é preposicionado. então o segundo termo só pode ser objeto direto


ID
580999
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Estudo mostra por que doente não busca médico


Quase um terço dos brasileiros se mostra resistente a procurar um médico, mesmo sabendo que precisa. Entre quem tem alguma doença, 30% não foram ao médico em 2008, de acordo com a pesquisa da Escola Nacional de Saúde Pública.

O trabalho não separou a população por sexos nesse quesito, mas supõe-se que os homens contribuam mais do que as mulheres para esses índices. Trabalhos anteriores já mostraram que eles demoram mais para procurar ajuda médica do que as mulheres.

O motivo de metade dos que têm nível superior é a incompatibilidade de horário. À medida que o grau de instrução cai, a falta de dinheiro e o difícil acesso ao serviço se tornam razões mais decisivas para a ausência nos consultórios.

A falta de uma relação médico-paciente sólida faz com que o paciente não ache essencial o atendimento e acabe postergando a consulta. Assim, busca outras fontes de informação para seu problema.

"A falta de preocupação com a saúde é cultural. Mas o médico também não dá as explicações sobre a doença, sobre a importância de fazer acompanhamento, de prevenir complicações", diz Antônio Carlos Lopes, presidente da Sociedade Brasileira de Clínica Médica.

Segundo o médico, muita gente tenta diagnosticar a própria doença. "O paciente acaba recorrendo ao ‘dr. Google’ para entender o que tem." As classes sociais mais baixas esbarram ainda na falta de estrutura do sistema público.

"A automedicação é intensa no país, mas será que alguém quer mesmo se automedicar? Não, mas, pelo SUS, é quase impossível ir ao médico, é um sistema falido sem a menor condição de dar a mínima assistência aos pacientes", diz Lopes.

Ele diz ainda que os convênios pagam pouco aos médicos por consulta, o que piora a qualidade do atendimento.

Julliane Silveira

da Reportagem Local

(Folha OnLine – 15/05/2010 – 07h26)

Leia o trecho abaixo e, em seguida, assinale a alternativa correta quanto à função sintática presente no excerto em destaque.

"A falta de preocupação com a saúde é cultural. Mas o médico também não dá as explicações sobre a doença, sobre a importância de fazer acompanhamento, de prevenir complicações", diz Antônio Carlos Lopes, presidente da Sociedade Brasileira de Clínica Médica.

Alternativas
Comentários
  • A- Aposto.

  • GABARITO: LETRA A

    → "A falta de preocupação com a saúde é cultural. Mas o médico também não dá as explicações sobre a doença, sobre a importância de fazer acompanhamento, de prevenir complicações", diz Antônio Carlos Lopes, presidente da Sociedade Brasileira de Clínica Médica. 

    temos, em destaque, um aposto explicativo, que traz uma nova característica de Antônio.

    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! ☻

  • Alternativa A)

    Aposto > Isola entre virgulas uma cracterística do sujeito

  • Aposto explicação de um termo, por exemplo, " Disse Pedro, delegado de polícia do Distrito Federal "

    Perceba que está explicando quem Pedro é!

  • Gabarito: A

    Aposto explicativo


ID
631786
Banca
FCC
Órgão
TRE-PE
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Bárbaros
A hipocrisia é uma característica comum dos impérios,
mas alguns exageram. Quando a rainha Vitória se declarou chocada
com os bárbaros chineses em revolta contra os ingleses,
no fim do século XIX, não mencionou que a revolta era uma
reação dos chineses à obrigação de importar o ópio que os
ingleses plantavam na Índia, tendo destruído sua agronomia no
processo.
Os ingleses obrigavam os hindus a abandonarem culturas
tradicionais para produzir o ópio e foram à guerra para
obrigar os chineses a consumi-lo, num momento particularmente
bárbaro de sua história.
Havia sempre bárbaros convenientes nas fronteiras dos
impérios: orientais fanáticos, monstros primitivos, tiranos sanguinários.
Legitimavam a conquista colonial, transformando-a
em missão civilizadora, enobreciam a raça conquistadora pelo
contraste e – em episódios como o da Guerra do Ópio – disfarçavam
a barbaridade maior dos civilizados alegando a truculência
já esperada de raças inferiores.
As razões do mais forte continuam chamando-se razões
históricas. As razões dos mais fracos são “protestos raivosos
desses bárbaros rebeldes”, que teimam em se opor à sua dominação
pelos mais fortes. E como são os vencedores que se
encarregam de contar a História...
(Adaptado de Luís Fernando Veríssimo, O mundo é bárbaro)

O termo sublinhado em Sabe-se quão barbaramente os ingleses subjugaram os hindus exerce a função de ......, a mesma função sintática que é exercida por ...... na frase Cometeram-se incontáveis violências contra os hindus.

Preenchem corretamente as lacunas do enunciado acima, respectivamente:

Alternativas
Comentários
  • Sabe-se quão barbaramente os ingleses subjugaram os hindus
    - Quem subjugou os hindus ? Os ingleses - SUJEITO 

    Cometeram-se incontáveis violências -  SUJEITO PACIENTE contra os hindus. - VOZ PASSIVA SINTÉTICA

    Só a título de informação se a frase for tranformada em voz passiva analítica ficaria assim :

    - Incontáveis violências foram cometidas contra os hindus - VOZ PASSIVA ANALÍTICA
  • Poderíamos explicar assim???

    Cometeram-se incontáveis violências contra os Hindus.

    Cometeram>> VTDI

    Partícula SE é APASSIVADORA transformando o OBJETO DIRETO em SUJEITO DA PASSIVA.

    VOZ PASSIVA SINTÉTICA
  • Só para constar: GABARITO LETRA C

  •  c)

    Sabe-se quão barbaramente- oração principal (quão barbaramente - adjunto adverbial)

     os ingleses subjugaram os hindus - oração subordinada --- os ingleses - sujeito

     

    Cometeram-se incontáveis violências contra os hindus.

    Ordem normal:

    incontáveis violências foram cometidas contra os hindus

     

  • A resposta não deveria ser "incontáveis violências"?

  • Cadê o comentário do professor? :( 

     

  • Violências foram cometidas, não os hindus. "Incontáveis" funciona como adjunto adnominal do sujeito "violências".

     

     

    Abraço e bons estudos.

  • Tálita, ele pegou o núcleo do sujeito que será o termo mais importante!


ID
664981
Banca
FUNCAB
Órgão
MPE-RO
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Um peixe 

            Virou a capanga de cabeça para baixo, e os peixes espalharam-se pela pia. Ele ficou olhando, e foi então que notou que a traíra ainda estava viva. Era o maior peixe de todos ali, mas não chegava a ser grande: pouco mais de um palmo. Ela estava mexendo, suas guelras mexiam-se devagar, quando todos os outros peixes já estavam mortos. Como que ela podia durar tanto tempo assim fora d'água?...

        Teve então uma ideia: abrir a torneira, para ver o que acontecia. Tirou para fora os outros peixes: lambaris, chorões, piaus; dentro do tanque deixou só a traíra. E então abriu a torneira: a água espalhou-se e, quando cobriu a traíra, ela deu uma rabanada e disparou, ele levou um susto – ela estava muito mais viva do que ele pensara, muito mais viva. Ele riu, ficou alegre e divertido, olhando a traíra, que agora tinha parado num canto, o rabo oscilando de leve, a água continuando a jorrar da torneira. Quando o tanque se encheu, ele fechou-a.

– E agora? – disse para o peixe. – Quê que eu faço com você?...

Enfiou o dedo na água: a traíra deu uma corrida, assustada, e ele tirou o dedo depressa.

        – Você tá com fome?... E as minhocas que você me roubou no rio? Eu sei que era você; devagarzinho, sem a gente sentir... Agora está aí, né?... Tá vendo o resultado?...

    O peixe, quieto num canto, parecia escutar.

    Podia dar alguma coisa para ele comer. Talvez pão. Foi olhar na lata: havia acabado. Que mais? Se a mãe estivesse em casa, ela teria dado uma ideia – a mãe era boa para dar ideias. Mas ele estava sozinho. Não conseguia lembrar de outra coisa. O jeito era ir comprar um pão na padaria. Mas sujo assim de barro, a roupa molhada, imunda? – Dane-se – disse, e foi.

        Era domingo à noite, o quarteirão movimentado, rapazes no footing , bares cheios. Enquanto ele andava, foi pensando no que acontecera. No começo fora só curiosidade; mas depois foi bacana, ficou alegre quando viu a traíra bem viva de novo, correndo pela água, esperta. Mas o que faria com ela agora? Matá-la, não ia; não, não faria isso. Se ela já estivesse morta, seria diferente; mas ela estava viva, e ele não queria matá-la. Mas o que faria com ela? Poderia criá-la; por que não? Havia o tanquinho do quintal, tanquinho que a mãe uma vez mandara fazer para criar patos. Estava entupido de terra, mas ele poderia desentupi-lo, arranjar tudo; ficaria cem por cento. É, é isso o que faria. Deixaria a traíra numa lata d'água até o dia seguinte e, de manhã, logo que se levantasse, iria mexer com isso. 

        Enquanto era atendido na padaria, ficou olhando para o movimento, os ruídos, o vozerio do bar em frente. E então pensou na traíra, sua trairinha, deslizando silenciosamente no tanque da pia, na casa escura. Era até meio besta como ele estava alegre com aquilo. E logo um peixe feio como traíra, isso é que era o mais engraçado.

        Toda manhã – ia pensando, de volta para casa – ele desceria ao quintal, levando pedacinhos de pão para ela. Além disso, arrancaria minhocas, e de vez em quando pegaria alguns insetos. Uma coisa que podia fazer também era pescar depois outra traíra e trazer para fazer companhia a ela; um peixe sozinho num tanque era algo muito solitário. 

A empregada já havia chegado e estava no portão, olhando o movimento. – Que peixada bonita você pegou...

– Você viu?

– Uma beleza... Tem até uma trairinha.

– Ela foi difícil de pegar, quase que ela escapole; ela não estava bem fisgada.

– Traíra é duro de morrer, hem?

– Duro de morrer?... Ele parou.

        – Uai, essa que você pegou estava vivinha na hora que eu cheguei, e você ainda esqueceu o tanque cheio d'água... Quando eu cheguei, ela estava toda folgada, nadando. Você não está acreditando? Juro. Ela estava toda folgada, nadando. 

    – E aí?

    –Aí? Uai, aí eu escorri a água para ela morrer; mas você pensa que ela morreu? Morreu nada! Traíra é duro de morrer, nunca vi um peixe assim. Eu soquei a ponta da faca naquelas coisas que faz o peixe nadar, sabe? Pois acredita que ela ainda ficou mexendo? Aí eu peguei o cabo da faca e esmaguei a cabeça dele, e foi aí que ele morreu. Mas custou, ô peixinho duro de morrer! Quê que você está me olhando? 

– Por nada.

– Você não está acreditando? Juro; pode ir lá na cozinha ver: ela está lá do jeitinho que eu deixei. Ele foi caminhando para dentro.

– Vou ficar aqui mais um pouco

– disse a empregada.

– depois vou arrumar os peixes, viu?

– Sei.

    Acendeu a luz da sala. Deixou o pão em cima da mesa e sentou-se. Só então notou como estava cansado.

 

(VILELA, Luiz. . O violino e outros contos 7ª ed. São Paulo: Ática, 2007. p. 36-38.) 

VOCABULÁRIO:

Capanga: bolsa pequena, de tecido, couro ou plástico, usada a tiracolo. 

Footing :passeio a pé, com o objetivo de arrumar namorado(a).

Guelra: estrutura do órgão respiratório da maioria dos animais aquáticos.

Vozerio: som de muitas vozes juntas. 

A alternativa em que o termo destacado tem a função de adjunto adnominal e não a de predicativo do sujeito é:

Alternativas
Comentários
  • uma dica para matar 99% de questões com AA e CN.
    retire o termo da frase, se continuar com sentido é adjunto adnominal, senão é complemento nominal.
  • Adjunto adnominal -  fica junto ao nome a que se refere( caráter permanente)


    Predicativo do sujeito - fica deslocado do nome a que se refere ( caráter transitório)
  • b) “(...) um peixe SOZINHO num tanque era algo muito solitário. (...)”

    "Sozinho" é somento adjunto, porque o retirando da frase ainda mantém sentido.
  • Boa dica  Felipe Nobre Bueno Brandao, mas serve apenas para identificar o Adjunto Adnominal.

    Nas frases citadas, por exemplo, se usarmos ao pé da letra, encontraremos 4 "Complementos nominais", quando estes são, na verdade, Predicativos do Sujeito.

    Na questão em tela, é interessante atentar para a construção:

    VERBO DE LIGAÇÃO + PREDICATIVO DO SUJEITO

    a) estava = VL
    c) era = VL
    d) estava = VL
    e) estava = VL

    Logo, a única letra que não apresenta Verbo de Ligação é a letra B, que é a resposta.

    P.S. Existem alguns casos em que existe predicativo do sujeito sem o Verbo de Ligação, mas na grande maioria das vezes, da para identificar o 
    mesmo apenas atentando para a presença do VL
  • oo meu camarada..vc se confunduiu,
    a dica que eu dei é p diferenciar CN de AA, que são os mais confusos.
    não quer dizer que as outras opções, por nao terem sentido, sejam CN.
    nozes!
  • Felipe Nobre Bueno está comendo geral ............................................................................................................................. as nozes :)
  • Para diferenciar o predicativo do adjunto nominal 

                                   1- O adjunto adnominal o proprio nome já diz vem junto ao termo a que ele se refere, juntinho mesmo, colado.

                                   2- Já o predicativo geralmente vem separado do termo a que se refere por uma virgula ou verbo.

     

    OBS: Existem predicativos que não se separam do termo a que se refere por virgula ou verbo, nesse caso não da para usar esse macete, mas nesse caso tem outro =D, é só passar a frase para voz passiva analitica, se o termo continuou juntinho ao nome é adjunto adnominal, caso tenha se separado é predicativo.

     

    Portugues não é fácil, insistir é o segredo!

     

  • Gab: B

     

    ...um peixe SOZINHO num tanque....

     

    O termo "sozinho" é um adjetivo. E adjetivos juntos ao nome (substantivo) são classificados sintáticamente como adjuntos adnominais.

  • A única alternativa em que o termo em destaque exerce a função de adjunto adnominal  e NÃO a de predicativo do sujeito é ALTERNATIVA “B

     

    Adjunto adnominal (termo que vem associado a nomes substantivos que ocupam a posição de núcleo de uma função sintática qualquer, modificando, especificando ou precisando seu sentido no contexto.)

     

    Predicativo do sujeito (é o termo da oração que atribui uma característica, uma propriedade, um estado ao sujeito).

     

    a) “... ela estava muito mais VIVA...” ela (Sujeito); estava (Predicado nominal formado por verbo de ligação); muito, mais (adjuntos adverbiais) e viva (predicativo)

     

    b) “... um peixe SOZINHO num tanque era algo muito solitário...” (Sujeito: um peixe sozinho; – Observe que o núcleo desse sujeito é peixe e há dois adjuntos adnominais UM e SOZINHO.

     

    c) “... a mãe era BOA para dar ideias.” a mãe (sujeito); Predicado nominal formado por verbo de ligação + predicativo do sujeito boa)

     

    d) “Mas ele estava SOZINHO.” (Sujeito: ele; Predicado nominal formado por verbo de ligação + predicativo do sujeito sozinho.)

     

    e) “Só então notou como estava CANSADO.” (Sujeito desinencial; Predicado nominal formado por verbo de ligação + predicativo do sujeito cansado.).

  • PERFEITA A EXPLICAÇÃO DO PROFESSOR ALEXANDRE SOARES

     

    ADJUNTO ADNOMINAL: O ADJETIVO TEM QUE ESTAR JUNTO DO NOME

    EX; MENINA LINDA

     

    PREDICATIVO: SEPARA-SE DO NOME

    EX: A MENINA É LINDA

     

    LETRA B

  • Adjunto adnominal: Termo que tem por finalidade a caracterização ou determinação de um substantivo. (Bezerra) 
    Logo o único que se encaixa nessa primeira definição é a letra B.

  • Minha humilde cooperação:

    A) Ela estava muito mais viva

    Sujeito = Ela //

    Predicado = Estava muito mais viva //

    Núcleo do predicado(predicativo) = VIVA

    B) Um peixe sozinho num tanque era algo muito solitário

    Sujeito = Um Peixe sozinho //

    Núcleo do suj. = Peixe //

    predicado = num taque era algo muito solitário //

    núcleo do predicado (predicativo) = solitário à Solitário que é o predicativo do sujeito.

    --> Sozinho está caracterizando o substantivo “peixe”

    C) A Mãe era boa para dar ideias

    Sujeito = Mãe //

    Predicado = era boa para dar ideias //

    núcleo do predicado(predicativo) = boa 

    D) Mas ele estava sozinho

    Sujeito= Ele //

    Predicado = Estava sozinho //

    núcleo do predicado(predicativo) = sozinho

    E) Só então (ele) notou que estava cansado

    Sujeito indeterminado = ele //

    Predicado = notou que estava cansado //

    Núcleo do predicado(predicativo) = Cansado


ID
665125
Banca
FUNCAB
Órgão
MPE-RO
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                                Um peixe 

Virou a capanga de cabeça para baixo, e os peixes espalharam-se pela pia. Ele ficou olhando, e foi então que notou que a traíra ainda estava viva. Era o maior peixe de todos ali, mas não chegava a ser grande: pouco mais de um palmo. Ela estava mexendo, suas guelras mexiam-se devagar, quando todos os outros peixes já estavam mortos. Como que ela podia durar tanto tempo assim fora d'água?... Teve então uma ideia: abrir a torneira, para ver o que acontecia. Tirou para fora os outros peixes: lambaris, chorões, piaus; dentro do tanque deixou só a traíra. E então abriu a torneira: a água espalhou-se e, quando cobriu a traíra, ela deu uma rabanada e disparou, ele levou um susto – ela estava muito mais viva do que ele pensara, muito mais viva. Ele riu, ficou alegre e divertido, olhando a traíra, que agora tinha parado num canto, o rabo oscilando de leve, a água continuando a jorrar da torneira. Quando o tanque se encheu, ele fechou-a. – E agora? – disse para o peixe. – Quê que eu faço com você?... Enfiou o dedo na água: a traíra deu uma corrida, assustada, e ele tirou o dedo depressa. – Você tá com fome?... E as minhocas que você me roubou no rio? Eu sei que era você; devagarzinho, sem a gente sentir... Agora está aí, né?... Tá vendo o resultado?... O peixe, quieto num canto, parecia escutar. Podia dar alguma coisa para ele comer. Talvez pão. Foi olhar na lata: havia acabado. Que mais? Se a mãe estivesse em casa, ela teria dado uma ideia – a mãe era boa para dar ideias. Mas ele estava sozinho. Não conseguia lembrar de outra coisa. O jeito era ir comprar um pão na padaria. Mas sujo assim de barro, a roupa molhada, imunda? – Dane-se – disse, e foi. Era domingo à noite, o quarteirão movimentado, rapazes no , bares cheios. Enquanto ele andava, foi pensando no que acontecera. No começo fora só curiosidade; mas depois foi bacana, ficou alegre quando viu a traíra bem viva de novo, correndo pela água, esperta. Mas o que faria com ela agora? Matá-la, não ia; não, não faria isso. Se ela já estivesse morta, seria diferente; mas ela estava viva, e ele não queria matá-la. Mas o que faria com ela? Poderia criá-la; por que não? Havia o tanquinho do quintal, tanquinho que a mãe uma vez mandara fazer para criar patos. Estava entupido de terra, mas ele poderia desentupi-lo, arranjar tudo; ficaria cem por cento. É, é isso o que faria. Deixaria a traíra numa lata d'água até o dia seguinte e, de manhã, logo que se levantasse, iria mexer com isso. 
Enquanto era atendido na padaria, ficou olhando para o movimento, os ruídos, o vozerio do bar em frente. E então pensou na traíra, sua trairinha, deslizando silenciosamente no tanque da pia, na casa escura. Era até meio besta como ele estava alegre com aquilo. E logo um peixe feio como traíra, isso é que era o mais engraçado. Toda manhã – ia pensando, de volta para casa – ele desceria ao quintal, levando pedacinhos de pão para ela. Além disso, arrancaria minhocas, e de vez em quando pegaria alguns insetos. Uma coisa que podia fazer também era pescar depois outra traíra e trazer para fazer companhia a ela; um peixe sozinho num tanque era algo muito solitário. A empregada já havia chegado e estava no portão, olhando o movimento. – Que peixada bonita você pegou... – Você viu? – Uma beleza... Tem até uma trairinha. – Ela foi difícil de pegar, quase que ela escapole; ela não estava bem fisgada. – Traíra é duro de morrer, hem? – Duro de morrer?... Ele parou. – Uai, essa que você pegou estava vivinha na hora que eu cheguei, e você ainda esqueceu o tanque cheio d'água... Quando eu cheguei, ela estava toda folgada, nadando. Você não está acreditando? Juro. Ela estava toda folgada, nadando. – E aí? –Aí? Uai, aí eu escorri a água para ela morrer; mas você pensa que ela morreu? Morreu nada! Traíra é duro de morrer, nunca vi um peixe assim. Eu soquei a ponta da faca naquelas coisas que faz o peixe nadar, sabe? Pois acredita que ela ainda ficou mexendo? Aí eu peguei o cabo da faca e esmaguei a cabeça dele, e foi aí que ele morreu. Mas custou, ô peixinho duro de morrer! Quê que você está me olhando? – Por nada. – Você não está acreditando? Juro; pode ir lá na cozinha ver: ela está lá do jeitinho que eu deixei. Ele foi caminhando para dentro. – Vou ficar aqui mais um pouco – disse a empregada. – depois vou arrumar os peixes, viu? – Sei. Acendeu a luz da sala. Deixou o pão em cima da mesa e sentou-se. Só então notou como estava cansado.
(VILELA, Luiz. . 7ª ed. São Paulo: Ática, 2007. p. 36-38.)

VOCABULÁRIO:
Capanga: bolsa pequena, de tecido, couro ou plástico, usada a tiracolo.
Footing: passeio a pé, com o objetivo de arrumar namorado(a).
Guelra: estrutura do órgão respiratório da maioria dos animais aquáticos.
Vozerio: som de muitas vozes juntas

A alternativa em que o termo destacado tem a função de adjunto adnominal e não a de predicativo do sujeito é:

Alternativas
Comentários
  • Adjunto Adnominal

    É o termo que determinaespecifica ou explica um substantivo. O adjunto adnominal possui função adjetivana oração, a qual pode ser desempenhada por adjetivos, locuções adjetivas, artigos, pronomes adjetivos enumerais adjetivos.

  • Questão fácil
    Em todas as outras opções existia um verbo de ligação entre a palavra destacada e o sujeito da oração, e o verbo de ligação sempre liga o sujeito ao predicado
    Difícil é diferenciar adjunto adnominal de complemento nominal 
  • Adjunto adnominal são todas aquelas palavras que se ligam ao substantivo, podendo ser um artigo, pronome, numeral e um adjetivo. Já o predicativo do sujeito dá uma caracteristica do sujeito mas antes dele aparece sempre um verbo de ligação.
    a)como estava é um verbo de ligação, então viva é um predicativo do sujeito.
    b)sozinho está ligado ao núcleo do sujeito que é peixe, sendo portanto um adjunto adnominal.
    c)era é um verbo de ligação.
    d) e e) possuem o mesmo verbo que é estava e este é um verbo de ligação.

     
  • Pra quem tem dificuldades esse quadro da uma boa ajuda. Principalmente a linha 4 e 5. Por elas acho que da pra resolver todas as questões (inclusive essa).

  • predicativo sempre se liga a verbos de ligação, são eles: tornar-se, virar, continuar, andar, ficar, estar, ser, permanecer e parecer!

  • b-

    O predicativo do sujeito exige verbo de ligacao. adjunto adnominal, nao

  • Adjunto adnominal -> Apresenta características fixas.

    Predicativo -> Apresenta características momentâneas/temporárias.


ID
697948
Banca
FMP Concursos
Órgão
Prefeitura de Porto Alegre - RS
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Para cada segmento do texto que compõe as alternativas da questão há uma afirmação. Está incorreta a da alternativa:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO D

    O resultado foi uma multiplicação no número de candidatos a vagas nas repartições e empresas estatais que neste ano chega a seu ápice.

    ...candidatos a vagas... "Artigo no singular palavra no plural, crase nem a pau."

    ...chega a seu ápice.  "Diante de masculino, crase é pepino."


    Espero ter ajudado.

    Bons estudos, "Mó quiridux".




  • hahaha.. Nando Alexandre. 


ID
812473
Banca
AOCP
Órgão
TCE-PA
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Chaplin e Camões na chuva

Eduardo Escorel

1.° Meia hora de chuva moderada foi suficiente para alagar a rua Luís de Camões, no centro do Rio. Para ir a pé até lá, saindo da Rua da Assembleia, foi preciso atravessar a Avenida Rio Branco, seguir pela rua da Carioca, dobrar na Ramalho Ortigão, contornar a igreja São Francisco de Paula, passar em frente ao Real Gabinete Português de Leitura, cruzar a avenida Passos e chegar ao nº 68, sede do Centro Municipal de Arte Helio Oiticica, instalado em um edifício neoclássico, onde foi aberta em 6 de março a exposição Chaplin e sua imagem. 
2.° No caminho, além do aguaceiro, pessoas vindo em sentido contrário, ou seguindo na mesma direção, mas andando devagar – muitas com dificuldade de seguir em linha reta, tornaram o percurso ainda mais difícil. Isso sem falar das barracas dos ambulantes ocupando a maior parte das calçadas, e dos vendedores apregoando guarda-chuvas chineses por dez reais. 
3.° Não ficar encharcado de todo, nem molhar demais os pés, requereu paciência – uma parada de meia-hora na entrada de uma farmácia no Largo de São Francisco – e perícia, buscando proteção debaixo de um pequeno guarda-chuva em decomposição. E na chegada, antes de poder subir os degraus de entrada do Centro Municipal de Arte Helio Oiticica, foi necessário atravessar a estreita e alagada Luís de Camões na ponta dos pés. 
4.° Logo na entrada, a falta de sinalização levou a perguntar por onde seguir a uma guarda desabada numa cadeira. Em tom incompreensível à primeira escuta, ela indicou com má vontade, e certo ar de desprezo pela desorientação do visitante, a porta em frente como a de acesso à exposição e fez a caridade de informar que ocupa salas do primeiro e segundo andar. 
5.° Uma primeira suposição provou ser infundada – não há interdição para entrar com guarda-chuva e pasta molhados, circunstância inédita em locais do gênero mundo afora. Outra, ainda menos auspiciosa, também caiu por terra. Ao contrário do que imaginara durante a travessia aquática do centro da cidade, havia algumas pessoas vendo a exposição, por volta de meio-dia, nas amplas salas, na pequena rua fora de mão, numa sexta-feira chuvosa. 
6.° Não eram muitas, mas pareciam interessadas, dando impressão de estarem vendo pela primeira vez painéis fotográficos e trechos de filmes de Chaplin projetados em monitores. 
7.° A modesta exposição não passa disso – uma série de painéis e alguns trechos de filmes exibidos em monitores –, sendo surpreendente que instituições tão respeitáveis, como a Cinemateca de Bologna, por exemplo, difundam pelo mundo mostra tão pobre, muito aquém, por exemplo, do que é possível ver nas duas horas e meia do documentário O Chaplin que Ninguém Viu (Unknown Chaplin), de 1983, realizado por Kevin Brownlow e David Gill para ser exibido na televisão, e disponível em DVD desde 2005. Como introdução a Chaplin, mais valeria promover em praça pública sessões gratuitas desse documentário. 
8.° O Chaplin que Ninguém Viu inclui imagens da coleção particular de Chaplin e demonstra seu perfeccionismo através das filmagens dos exaustivos ensaios para chegar à gag perfeita, e das várias tomadas feitas de uma mesma cena até obter a encenação mais eficaz. Nessa época, o custo de produção e do filme virgem ainda não haviam tornado proibitivo descobrir filmando o que se queria fazer. 
9.° Percorrida a exposição, com decepção crescente a cada sala, eis que uma risada distante se fez ouvir, parecendo vir do primeiro andar. Voltando sobre os próprios passos, descendo a sinuosa escadaria monumental com corrimão de madeira envernizada, numa das primeiras salas, lá estava a origem do riso: um rapaz de fones nos ouvidos, postado diante de um monitor, divertindo-se à grande
10.° O motivo da alegria era a sequência da luta de boxe de Luzes da cidade (1931). Disponível no Youtube, é possível comprovar a perenidade do humor chapliniano, sem correr o risco de se molhar. 
11.° A exposição Chaplin e sua imagem estará aberta, até 29 de abril, no Centro Municipal de Arte Helio Oiticica. Para quem não tiver acesso ao Youtube ou não puder ver O Chaplin que Ninguém Viu, pode valer a pena. As risadas do rapaz comprovam que ressalvas feitas à exposição talvez não façam sentido. 
12.° Evitem apenas dias de chuva para não ficarem com os pés encharcados. 

  Revista Piauí, edição 66.

Assinale a alternativa INCORRETA quanto à função sintática desempenhada pelas expressões a seguir (em destaque no texto).

Alternativas

ID
812896
Banca
AOCP
Órgão
TCE-PA
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Chaplin e Camões na chuva

Eduardo Escorel

1.° Meia hora de chuva moderada foi suficiente para alagar a rua Luís de Camões, no centro do Rio. Para ir a pé até lá, saindo da Rua da Assembleia, foi preciso atravessar a Avenida Rio Branco, seguir pela rua da Carioca, dobrar na Ramalho Ortigão, contornar a igreja São Francisco de Paula, passar em frente ao Real Gabinete Português de Leitura, cruzar a avenida Passos e chegar ao nº 68, sede do Centro Municipal de Arte Helio Oiticica, instalado em um edifício neoclássico, onde foi aberta em 6 de março a exposição Chaplin e sua imagem. 
2.° No caminho, além do aguaceiro, pessoas vindo em sentido contrário, ou seguindo na mesma direção, mas andando devagar – muitas com dificuldade de seguir em linha reta, tornaram o percurso ainda mais difícil. Isso sem falar das barracas dos ambulantes ocupando a maior parte das calçadas, e dos vendedores apregoando guarda-chuvas chineses por dez reais. 
3.° Não ficar encharcado de todo, nem molhar demais os pés, requereu paciência – uma parada de meia-hora na entrada de uma farmácia no Largo de São Francisco – e perícia, buscando proteção debaixo de um pequeno guarda-chuva em decomposição. E na chegada, antes de poder subir os degraus de entrada do Centro Municipal de Arte Helio Oiticica, foi necessário atravessar a estreita e alagada Luís de Camões na ponta dos pés. 
4.° Logo na entrada, a falta de sinalização levou a perguntar por onde seguir a uma guarda desabada numa cadeira. Em tom incompreensível à primeira escuta, ela indicou com má vontade, e certo ar de desprezo pela desorientação do visitante, a porta em frente como a de acesso à exposição e fez a caridade de informar que ocupa salas do primeiro e segundo andar. 
5.° Uma primeira suposição provou ser infundada – não há interdição para entrar com guarda-chuva e pasta molhados, circunstância inédita em locais do gênero mundo afora. Outra, ainda menos auspiciosa, também caiu por terra. Ao contrário do que imaginara durante a travessia aquática do centro da cidade, havia algumas pessoas vendo a exposição, por volta de meio-dia, nas amplas salas, na pequena rua fora de mão, numa sexta-feira chuvosa. 
6.° Não eram muitas, mas pareciam interessadas, dando impressão de estarem vendo pela primeira vez painéis fotográficos e trechos de filmes de Chaplin projetados em monitores. 
7.° A modesta exposição não passa disso – uma série de painéis e alguns trechos de filmes exibidos em monitores –, sendo surpreendente que instituições tão respeitáveis, como a Cinemateca de Bologna, por exemplo, difundam pelo mundo mostra tão pobre, muito aquém, por exemplo, do que é possível ver nas duas horas e meia do documentário O Chaplin que Ninguém Viu (Unknown Chaplin), de 1983, realizado por Kevin Brownlow e David Gill para ser exibido na televisão, e disponível em DVD desde 2005. Como introdução a Chaplin, mais valeria promover em praça pública sessões gratuitas desse documentário. 
8.° O Chaplin que Ninguém Viu inclui imagens da coleção particular de Chaplin e demonstra seu perfeccionismo através das filmagens dos exaustivos ensaios para chegar à gag perfeita, e das várias tomadas feitas de uma mesma cena até obter a encenação mais eficaz. Nessa época, o custo de produção e do filme virgem ainda não haviam tornado proibitivo descobrir filmando o que se queria fazer. 
9.° Percorrida a exposição, com decepção crescente a cada sala, eis que uma risada distante se fez ouvir, parecendo vir do primeiro andar. Voltando sobre os próprios passos, descendo a sinuosa escadaria monumental com corrimão de madeira envernizada, numa das primeiras salas, lá estava a origem do riso: um rapaz de fones nos ouvidos, postado diante de um monitor, divertindo-se à grande
10.° O motivo da alegria era a sequência da luta de boxe de Luzes da cidade (1931). Disponível no Youtube, é possível comprovar a perenidade do humor chapliniano, sem correr o risco de se molhar. 
11.° A exposição Chaplin e sua imagem estará aberta, até 29 de abril, no Centro Municipal de Arte Helio Oiticica. Para quem não tiver acesso ao Youtube ou não puder ver O Chaplin que Ninguém Viu, pode valer a pena. As risadas do rapaz comprovam que ressalvas feitas à exposição talvez não façam sentido. 
12.° Evitem apenas dias de chuva para não ficarem com os pés encharcados. 

  Revista Piauí, edição 66.

Assinale a alternativa INCORRETA quanto à função sintática desempenhada pelas expressões abaixo (em destaque no texto).

Alternativas

ID
828499
Banca
VUNESP
Órgão
SPTrans
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto para responder às questões de números 01 a 05.

                           Carona: uma medida para reduzir o número de veículos nas ruas

Todos os dias, milhões de pessoas se deslocam de casa para o trabalho ou para a escola, para visitas ou passeios, fazendo, inevitavelmente, o retorno ao ponto de origem. No caso da Região Metropolitana de São Paulo, essas viagens somam algumas dezenas de milhões, utilizando ônibus, trens, metrô e automóveis particulares. E também a pé. Estudo de origem e destino, realizado em 1997 pelo Metrô de São Paulo, já revelou números assustadores: diariamente, 10,3 milhões de viagens por meio de transporte coletivo, 10 milhões com veículos particulares e 10,6 milhões a pé. Já na época, estimava-se que 20% dos trabalhadores perdiam cerca de três horas por dia no deslocamento de casa para o trabalho e vice-versa. Outros 10% chegavam a gastar mais de quatro horas por dia. Ao lado dos investimentos no sistema viário, meios de transporte coletivo e outras medidas que envolvem políticas de médio e longo prazo, além de grandes investimentos, devemos buscar soluções mais baratas e de alcance imediato. Esta é a proposta do “MUTIRÃO DA CARONA – Seja Solidário. Carona é Legal!", que enfatiza a conscientização e a participação para buscar a sustentabilidade do planeta. Fique esperto! No dia 28 de maio, mostre que você é um cidadão consciente de suas responsabilidades, participando das medidas propostas para melhorar a qualidade de vida em nossa cidade. Dê carona aos seus vizinhos e colegas de trabalho, ou faça os seus deslocamentos nos carros de seus amigos, contribuindo para reduzir o número de veículos circulando nas ruas e avenidas. Assim, o trânsito vai fluir com mais rapidez e diminuir o volume de poluentes veiculares emitidos no meio ambiente. Vamos todos ganhar com isso. E você vai receber um adesivo com os parabéns da Secretaria do Meio Ambiente do Estado. Caso contrário, se você estiver andando sozinho em seu carro, desculpe-nos, mas vai ganhar a MULTA LEGAL, só para lembrá-lo de que a participação coletiva é fundamental para o sucesso de ações de recuperação e preservação da qualidade de vida nas grandes cidades. (Disponível em: www.ambiente.sp.gov.br/mutiraodacarona/carona.html. Acesso em: 14.09.2012. Adaptado)

Na frase – ... mostre que você é um cidadão consciente de suas responsabilidades, participando das medidas propostas para melhorar a qualidade de vida em nossa cidade. – a palavra em destaque expressa a ideia de

Alternativas
Comentários
  • ideia de finalidade, basta trocar para por a fim de.

  • AS PRINCÍPAIS CONJUNÇÕES FINAIS SÃO:  PARA QUE , A FIM DE QUE, QUE E PORQUE.

  • mostre que você é um cidadão consciente de suas responsabilidades, participando das medidas propostas com a finalidade de melhorar a qualidade de vida em nossa cidade.

  • PARA + INFINITIVO ---- FINALIDADE

  • PARA + INFINITIVO ---- FINALIDADE

  • GABARITO: LETRA  A

    ACRESCENTANDO:

    PARA + INFINITIVO = Final

    POR + INFINITIVO = Causal

    AO + INFINITIVO = Temporal

    A + INFINITIVO = Condicional

    SEM + INFINITIVO = Concessão

  • GABARITO - A

    As conjunções de finalidade são aquelas que indicam a intenção, o objetivo da oração principal, e unem as sentenças com este propósito. Exemplos de conjunção de finalidade:a fim de que, que, porque e para que.

    PARA = A FIM DE -> será FINALIDADE

    FONTE: significados.com.br

    XOXO,

    Concurseira de Aquário (:

  • a fim de = para; o sentido da oração é de finalidade. A


ID
830869
Banca
VUNESP
Órgão
SPTrans
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Em – Culposamente, lembro de quando vou comprar fruta seca. – a palavra destacada tem sentido de

Alternativas
Comentários
  • Alternativa correta : C

    Quando : 

    Advérbio -  No tempo em que; em que ocasião; em que época (ex.: Quando chegou?).

    Conjunção - Introduz frases subordinadas adverbiais temporais (ex.: Quando chegou, desfez a mala.)


  • GABARITO C

     

    Temporais: Quando, enquanto, apenas, mal, desde que, logo que, até que, antes que, depois que, assim que, sempre que, senão quando, ao tempo que.

     

    bons estudos

  • GABARITO: LETRA C

    Temporais: introduzem uma oração que acrescenta uma circunstância de tempo ao fato expresso na oração principal. São elas:quando, enquanto, antes que, depois que, logo que, todas as vezes que, desde que, sempre que, assim que, agora que, mal (= assim que), etc. Por exemplo:

    A briga começou assim que saímos da festa.
    A cidade ficou mais triste depois que ele partiu.

    FONTE: https://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf87.php

  • GABARITO - C

    As conjunções temporais são aquelas que indicam uma oração subordinada indicadora de circunstância de tempo:

    Quando, antes que, depois que, até que, logo que, sempre que, assim que, desde que, todas as vezes que, cada vez que, apenas, mal, que (desde que).

    Exemplos:

    • Desaprovou o comportamento do filho assim que soube do ocorrido.
    • Apenas pegou o casaco e saiu a correr pela rua fria.

    FONTE: todamatéria

    XOXO,

    Concurseira de Aquário (:


ID
850555
Banca
VUNESP
Órgão
SPTrans
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Na era da internet, com seus “rsrsrs" e as “longas" mensagens de 140 caracteres do Twitter, que lugar haveria para a retórica, a invenção dos gregos clássicos para permitir que nas democracias o bom cidadão pudesse defender seus pontos de vista falando bem? Na semana passada, o julgamento do mensalão no STF pôs em evidência os advogados dos réus. Eles foram lá exercitar sua retórica, uma vez que as peças de defesa já haviam sido escritas e enviadas aos ministros do tribunal. Os defensores, com raras exceções, saíram-se muito mal no quesito da retórica – que não é blá-blá-blá. Quando assumiu o posto de presidente da Suprema Corte dos Estados Unidos, Earl Warren perguntou a um colega mais antigo em quem confiava plenamente o que ele deveria ler para conseguir escrever suas sentenças no alto nível que as circunstâncias exigiam. O colega de Warren, Hugo Black, respondeu: “Basta ler Retórica, de Aristóteles". Sábio conselho. Com a democracia, os gregos criaram esse mecanismo de sustentação oral baseado na lógica e na honestidade de pensamento a que chamaram de retórica. Os cidadãos eram frequentemente obrigados a defender em público não apenas ideias, mas sua propriedade e até a própria liberdade. Aristóteles ensinou que persuadir uma audiência nada tem a ver com eloquência. Isso é sofisma. O que separa um cidadão grego dotado da retórica de um mero sofista? A retórica vencedora não depende do dom da oratória, mas do valor moral do orador. (Otávio Cabral e Carolina Melo. A retórica não é blá-blá-blá. Veja, 15.08.2012)

Observe os trechos destacados em seus respectivos contextos:
I. ... permitir que nas democracias o bom cidadão pudesse defender seus pontos de vista falando bem?
II. Eles foram lá exercitar sua retórica, uma vez que as peças de defesa já haviam sido escritas e enviadas aos ministros do tribunal.
III. ...o que ele deveria ler para conseguir escrever suas sentenças no alto nível que as circunstâncias exigiam.
Esses trechos expressam, correta e respectivamente, as circunstâncias de

Alternativas
Comentários
  • Respondi a questão apenas por meio das conjunções subordinativas adverbiais constantes nas opções II e III:

    II: Conjunções subordinativas adverbiais causais: porque, que, como (=porque no início da frase), já que, visto que, pois que, desde que, uma vez que, porquanto.

    III: Conjunções subordinativas adverbiais finais: que, para que, a fim de que, porque (=para que).


  • Uma vez que - conjunção causal.
    Falando bem - adj. adv. de modo.
    Para - conjunção final.

    GABARITO -> [E]

  • De que modo? Falando bem. (Modo)

    Por que motivo eles foram lá exercitar sua retórica? Uma vez que/Porque/Já que as peças já haviam sido escritas...

    Para que ele deveria ler? Para conseguir escrever... (Finalidade)

     

    Bons estudos!

     

  • I. ... permitir que nas democracias o bom cidadão pudesse defender seus pontos de vista falando bem? -> (defender de que modo? falando bem?)

    II. Eles foram lá exercitar sua retórica, uma vez que as peças de defesa já haviam sido escritas e enviadas aos ministros do tribunal. (visto que as peças..)

    III. ...o que ele deveria ler para conseguir escrever suas sentenças no alto nível que as circunstâncias exigiam. (para -> a mais recorrente em questões).

  • Assertiva E

    modo, causa e finalidade.

  • Pão Pão Queijo Queijo

  • De que modo? Falando bem. (Modo)

    Por que motivo eles foram lá exercitar sua retórica? Uma vez que/Porque/Já que as peças já haviam sido escritas...

    Para que ele deveria ler? Para conseguir escrever... (Finalidade)

     


ID
905224
Banca
TJ-SC
Órgão
TJ-SC
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                Texto: “ARTE COM CHICLETES”

                                    Pinturas em miniatura nas calçadas de Londres

      Conhecido por suas esculturas complexas, postas em lugares inesperados, nos últimos tempos Ben Wilson se tornou uma figura familiar nas calçadas de Londres. Depois de ter visto vários de seus trabalhos vandalizados e destruídos, ele saiu do mato e foi para as ruas a explorar uma nova mídia, num cenário diferente - pinturas em miniatura em chicletes jogados no chão.

      Ao longo dos anos, Wilson ficou cada vez mais irritado com o lixo, os carros e resíduos industriais que se tornaram parte integrante da sociedade urbana. Mesmo se refugiando no interior, ainda tinha que enfrentar a sujeira. Começou a trabalhar com o lixo que encontrava, catando bitucas de cigarro e pacotes de batata frita para incorporá-los a suas colagens. Trabalhar com chiclete mascado, in situ, foi uma evolução natural.

      Wilson começou a fazer pinturas em chiclete em 1998, mas só em outubro de 2004 decidiu trabalhar com esse meio em tempo integral. Há anos, vem tentando melhorar o ambiente urbano pintando em cima de outdoors e anúncios, mas a atividade ilegal o levou a conflitos com a lei. O uso de chiclete o libertou e lhe permitiu trabalhar de forma espontânea, sem ter de pedir permissão. "Nosso ambiente é muito controlado e o que mais precisamos é de diversidade", afirmou ele. "Mesmo galerias, museus e editoras são muito controlados."

      Saindo da Barnet High Street, Wilson começou a deixar um rastro de imagens do norte da cidade até o centro. Quase dois anos depois, no entanto, ele ainda permanece a maior parte do tempo na Barnet, a rua onde cresceu, e em Muswell Hill, onde mora com a mulher, Lily, e os três filhos. Como várias pessoas encomendaram retratos, ele se envolveu com os moradores da área. E explica: "Conheço ali muitos lojistas, varredores de rua e policiais. Quando ando pelas ruas, a cada passo penso em uma pintura que preciso fazer para alguém. Está tudo na minha cabeça, e isso faz com que me sinta mais próximo do lugar e do povo." Ele espera que seu trabalho aumente a percepção que os moradores têm do bairro, e que dê às crianças uma ligação maior com o ambiente.

      Wilson tem agora um livro de pedidos que inclui mensagens de amor e amizade, grafites, animais de estimação, anúncios de nascimento e morte. "Cada imagem que faço tem uma história diferente", explicou. "As pinturas refletem as pessoas que passam pela rua." Ele adora o relacionamento direto com as pessoas, os encontros que lhe dão o tema e a inspiração para seu trabalho. As pessoas lhe dizem do que gostam e o que querem, e ele interpreta cada assunto com base na intuição. O desafio de condensar a história de vida de uma família inteira em um único pedaço de chiclete o anima e a intimidade do meio o inspira.

      Cada peça começa da mesma maneira. Wilson seleciona um chiclete velho, derrete-o com um maçarico para endurecer a superfície, cobre-o com uma camada de esmalte acrílico branco e inicia a pintura. Com joelheiras amarradas na calça manchada de tinta e um descanso para apoiar o cotovelo, ele é capaz de passar várias horas debruçado sobre suas obras. Quando a pintura está pronta, Wilson usa a chama de um isqueiro para secá-la, aumentar a clareza das linhas e evitar o pó. Aí passa mais uma camada de esmalte, ou spray automotivo, para lhe dar um acabamento resistente. O método faz com que a obra dure seis meses ou mais.

      Wilson fotografa as pinturas para ter um registro. "As fotos têm vida própria depois que as tiro", observa. Nenhuma das obras em miniatura mede mais do que 5 centímetros de diâmetro. As pinturas em chicletes que ele fez para si mesmo guardam uma semelhança com seus desenhos em pastel, pinturas e obras de colagem tridimensionais, que, por sua vez, refletem as figuras, formas e símbolos de suas esculturas e os ambientes nos quais foram criadas.

      Os padrões de círculos, listras, rabiscos e contornos fortes destacam as imagens do fundo cinza. Padrões abstratos em forma de amebas, em cores deslumbrantes, contêm iniciais, nomes e datas celebrando encontros, amizades e outros relacionamentos. Como antigas placas de lojas, de cores vivas e letras claras, muitas das pinturas no chiclete representam pequenas empresas locais ou retratam personagens familiares em seus afazeres diários - uma escova e um pente na frente do cabeleireiro, o leiteiro fazendo entregas, o cachorro do dono da loja de ferragens. Uma pintura pequena e delicada relembra um pássaro que morreu lá perto. Apelidos, grafites e pedidos de torcedores de rúgbi e futebol aparecem nas imagens de calçada de Wilson.

      Enquanto trabalhava numa imagem pedida por uma policial, em memória dos que morreram nos ataques terroristas de Londres, de julho de 2005, Wilson foi abordado por um guarda de trânsito. Ele lhe contou uma história pessoal de morte e bravura altruísta. A seu pedido, Wilson pintou um chiclete para homenagear os trabalhadores envolvidos no resgate das vítimas dos atentados.

       Wilson admite que, enquanto muitas pessoas estão conscientes do que ele faz, outras podem andar sobre suas obras durante um ano e nem mesmo percebê-las. Mas ele espera que aqueles que notam sua arte tenham uma consciência maior do efeito que as pessoas exercem sobre o ambiente.

      O artista acredita que, em vez de apenas multar e deter, as autoridades devem lidar com as causas do comportamento antissocial, e incentivar os jovens a descobrir sua criatividade. Em junho de 2005, ele foi preso em Trafalgar Square por pintar um retrato do Almirante Nelson em um chiclete. Ele havia sido convidado pelo Conselho de Artes a participar do lançamento da Semana de Arquitetura, mas mais tarde foi informado de que não haviam conseguido obter autorização da prefeitura. "O evento procurava fazer pessoas criativas trabalharem de forma subversiva", explica, "mas parece que não conseguem suportar nada fora dos padrões: eles têm de saber quem, o que, quando e por quê."

      Ao tentar defender sua arte no palco temporário da Trafalgar Square, Wilson foi perseguido por policiais e levado sob custódia. Após ter suas impressões digitais colhidas, foi fotografado e interrogado. Seu punho foi ferido quando a polícia o deteve. Precisou usar uma tipoia, mas foi capaz de ver o humor da situação, observando as semelhanças entre ele e seu tema: "Fiquei parecido com Nelson, com o braço sangrando."

           ELMORE, Julia. Arte com chicletes. Piauí, São Paulo, n. 59, p. 39 – 43, ago. 2011. (adaptado)

“Conhecido por suas esculturas complexas, postas em lugares inesperados, nos últimos tempos, Ben Wilson se tornou uma figura familiar nas calçadas de Londres." A alternativa que contém a correta classificação dos termos em destaque, no contexto em que se apresenta, é, respectivamente:

Alternativas
Comentários
  • Letra d - adjunto adnominal, núcleo do predicativo do sujeito, adjunto adnominal.

    Adjunto adnominal é um termo acessório da oração que tem por finalidade a caracterização ou determinação de um substantivo.

    Importante lembrar que o adjunto adnominal sempre indica o ser ativo (agente da ação), não tem por base um verbo transitivo (no presente caso, tem por base um verbo de ligação), sempre indica posse e geralmente completa o sentido de um substantivo completo. Isso ajuda a diferencia-lo do complemento nominal.

    Predicativo do sujeito: É o termo que transmite para o sujeito um estado, um atributo, um modo de ser por meio de um verbo de ligação explícito ou implícito.

  • Não entendi. Alguém poderia explicar melhor?

  • Pessoal, solicitem comentários do professor!

  • Análise sintática


    Bem Wilson(sujeito da oração) se tornou(verbo de ligação entre o sujeito e o predicativo) uma figura familiar(os três termos formam o predicativo do sujeito) Uma(adjunto adnominal) figura(núcleo do predicativo do sujeito) familiar ou da família(adjunto adnominal)

    Observe que FIGURA é um substantivo concreto

  • d) adjunto adnominal, núcleo do predicativo do sujeito, adjunto adnominal.

    Adjunto adnominal:

    artigo: O menino.
    numeral: Um animal.
    pronome (adjetivo): Meu carro.
    adjetivo: Menina estudiosa.
    locução adjetiva: Necessidade de louco.

    complemento nominal:

    substantivo ou expressão substantivada: A invenção da imprensa acelerou o progresso da humanidade.
    pronome: O resultado foi desagradável a todos (complemento nominal de desagradável)
    numeral: A polícia iniciou a investigação aos dois (complemento nominal de investigação)
    oração: Foi feita a leitura que os alunos tanto queriam.

    Predicativo do sujeito é um termo que modifica o sujeito a partir de 1 verb de ligacao. 

    O carro esta sem gasolina. Sem gasolina modifica o carro, mas não é um adjetivo por não estar adjacente ao sujeito. Por usar verbo estar, trata-se de predicatv do sujeito

  • O EXAMINADOR QUE A CLASSIFICAÇÃO DE CADA PALAVRA NO TEXTO.

    UMA -------------- ADJUNTO ADNOMINAL

    FIGURA ----------NUCLÉO DO PREDICATIVO DO SUJEITO

    FAMILIAR --------ADJUNTO ADNOMINAL

    RESPOSTA: LETRA D

  •                                                                  " ... Ben Wilson se tornou uma figura familiar ... "

                                                                             SUJEITO         VL         PRED. SUJ.

     

                                                                                    " ... uma figura familiar ... "

                                                                           ADJ. ADN.   NÚCLEO   ADJ. ADN.

     

    O sintagma "uma figura familiar" é o predicativo do sujeito e é composto por dois adjuntos adnominais "uma" e "familiar" e pelo núcleo do predicativo "figura".

     

    Quem escolheu a busca não pode recusar a travessia - Guimarães Rosa

    ------------------- 

    Gabarito: D

  • Tornar, verbo de ligação, introduz o predicativo do sujeito, figura, completado pelo adjunto adnominal 'uma' (artigo indefinido) e por familiar, adjetivo, não preposicionado, portanto adjunto adnominal.

  • uma: adjunto adnominal; figura: núcleo do predicativo do sujeito; familiar: adjunto adnominal.

    uma figura familiar: predicativo do sujeito. D


ID
916531
Banca
FUNCAB
Órgão
PC-ES
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 1:

        Primeira experiência em tantas viagens: o piloto do enorme avião que me levava era uma mulher. Jovem, não muito alta, bonita e alegre – por que pensei que mulher comandante (recuso termos como pilota e comandanta) teria que ser grandona feito eu, e sisuda? Minha surpresa, nascida do preconceito inconsciente, passou para alegria: olha ela ali, casada, com filhos pequenos, sem ar de mãe culpada ou profissional, tendo de mostrar ferozmente sua competência. Nela se viam naturalidade, segurança e simpatia. 
        No meu encontro com altas executivas, aquele incidente acabou simbólico. A gente pode aprender e assimilar muita coisa: neste momento nós, mulheres e homens, enfrentamos muitas novidades, num mundo fascinante, vertiginoso, belo e às vezes cruel. Com tecnologias efêmeras e atordoantes, estamos condenados à brevidade, à transitoriedade, depois de séculos em que os usos e costumes duravam muitos anos, e qualquer pequena mudança causava um alvoroço. A convivência de homens e mulheres também mudou, muitíssimo, tema para muita literatura e seminários, fonte de muitos problemas pessoais. Mudanças trazem o stress nosso de cada dia.
       Eu devia falar sobre a carreira na vida de uma mulher, e seus desafios. Em muitas empresas as mulheres trabalham ombro a ombro com colegas homens, e eventualmente assumem cargos de comando. Como agimos, como nos portamos, como nos reinventamos, nós homens e mulheres? Estamos criando novas parcerias: se homens, enfrentando às vezes o comando de uma mulher; se mulheres, tentando descobrir como lidamos com o poder. Poder e dinheiro, dois fatores novos para nós, interligados e ainda inusitados. Conheço mulheres altamente capacitadas, com bons cargos e salários invejáveis, que no fim do mês entregam o dinheiro ao marido, ou têm uma conta conjunta que ele maneja, “para que ele não se sinta mal por eu ganhar mais.” Realmente, essa mulher com poder precisa de um parceiro com muito caráter, seguro e bem-humorado, para que o convívio faça crescer os dois, com cumplicidade e alegria. 
      Quando eu era adolescente, minhas tias e avós, achando que eu lia demais, profetizavam que eu “não conseguiria marido”, pois “os homens não gostam de mulheres muito inteligentes”. Hoje, celebro os tempos em que ser inteligente ou ter algum conhecimento não precisa ser escondido pelo arcaico medo de “ficar sozinha”. Tendo por escolha, sorte e acaso uma vida profissional sem patrão ou colegas diretos, admiro a diária superação das mulheres que ocupam cargo de mando. Pois se – além de sermos consideradas seres humanos (nem sempre fomos), hoje podemos votar, estudar, trabalhar, controlar o número de filhos e até escapar de casamentos infelizes –, assumimos muito conflito e confusão, os sentimentos humanos continuam os mesmos. Todos queremos dar algum sentido à nossa vida, queremos nos sentir importantes ao menos para alguém, desejamos realizações, mas também aconchego e escuta amorosa. 
      Como conciliamos as mais atávicas e legítimas emoções com as exigências duríssimas de trabalho? Nem sempre temos como deixar as crianças bem atendidas, mesmo tendo a melhor babá ou escolinha; se antes o marido chegava cansado, hoje muitas vezes marido e mulher voltam do trabalho exaustos e tensos. Nem sempre temos na vida pessoal ou no trabalho o parceiro que nos entende, apoia e aprecia, em vez de nos lançar vagas ironias ou quem sabe tentar nos boicotar – coisas que aos poucos desaparecem, pois também os homens estão aprendendo esse novo convívio.
    “Os homens estão assustados com essa mulher que está surgindo?”, perguntam-me seguidamente, e digo: “Os bobos se assustam, ironizam, procuram nos diminuir; os inteligentes – que são os que nos interessam – hão de gostar de ter no trabalho uma colaboradora e em casa uma boa parceira, em lugar de uma funcionária ou gueixa aturdida e queixosa”. Como resolver tudo isso? Vivendo e enfrentando com alguma grandeza esses novos tempos e essas novas gentes que somos agora. (LUFT, Lya. “Homens, mulheres e poder”. Rev. Veja: 19/12/2012, p. 26.) 

O termo em destaque é adjunto adverbial de intensidade em:

Alternativas
Comentários
  • Opção CORRETA, letra "D".

    Apresento minha opinião abaixo. Vejamos...
    O termo em destaque é adjunto adverbial de intensidade em:
    a) pode aprender e assimilar MUITA coisa (§ 2>>> ERRADO. Aqui temos presença de Pronome Indefinido, que são variáveis eantecedendo o substantivo, expressam quantidade e/ou qualidade indefinidas. Neste caso da opção "a" esta sendo empregado como  expressão de "quantidade indefinida". Basta confirmar sua presença com uma substituição simples por termo equivalente (poucas, tantas etc...) ou no plural (muitas). Havendo manutenção do sentido de quantidade e respeito a concordância e coerência, teremos comprovada a presença, portanto, de Pronome Indefinido. Exemplo: pode aprender e assimilar MUITAS coisaS; pode aprender e assimilar POUCA coisa, pode aprender e assimilar TANTA coisa.
    b) enfrentamos MUITAS novidades (§ 2) >>> ERRADO.  Da mesma forma que o item anterior, temos aqui Pronome indefinido expressando "quantidade". Substituindo por equivalentes (poucas, tantas etc...) ou pelo mesmo no singular (muita), desde que  respeite a concordância e coerência. Teremos, por Exemploenfrentamos POUCAS novidades; enfrentamos TANTAS novidades; enfrentamos MUITA novidade (singular). Comprovada, portanto, a presença de Pronome Indefinido.
    c) precisa de um parceiro com MUITO caráter (§ 3) >>> ERRADO. Aqui a questão complica um pouco, podendo gerar certa confusão. No entanto preciamos avaliar com cuidado para não confundir este Pronome Indefinido com o tal adjunto adverbial que procuramos. A aplicação deste "muito" também é Pronome Indefinido pois expressa algo "grande", "demasiado", "excessivo". Basta substituir para evidenciar. Exemplo: precisa de um parceiro com GRANDE caráter; precisa de um parceiro com EXCESSIVO caráter.
    d) não gostam de mulheres MUITO inteligentes (§ 4) >>> CERTO. Aqui, finalmente, temos a presença do procurado "adjunto adverbial". Note que o valor deste "muito" reflete intensidade, algo que existe em "alto grau", "abundante". Basta a substituição por equivalentes (realmente, bastante, excepcionalmente) para que seja constatada a função de advérbio. Exemplo: não gostam de mulheres REALMENTE inteligentes; não gostam de mulheres EXCEPCIONALMENTE inteligentes; não gostam de mulheres BASTANTE inteligentes.
    e) assumimos MUITO conflito e confusão (§ 4) >>> ERRADO.  Novamente situação similar à opção "A", temos aqui Pronome indefinido expressando "quantidade". Substituindo por equivalentes (poucas, vários etc...) ou pelo mesmo no plural (muitos) desde que respeite a concordância e coerência. Teremos, por exemplo: assumimos POUCO conflito e confusão; assumimos VÁRIOS conflitoS e confusÕES; assumimos MUITOS conflitoS e confusÕES. Comprovada, portanto, a presença de Pronome Indefinido.
  • GABARITO: Letra D

    Enriquecendo os comentários: TERMOS INTEGRANTES DA ORAÇÃO: ADJUNTOS ADNOMINAL E ADVERBIAL
    São termos que, apesar de dispensáveis na estrutura básica da oração, são importantes para a compreensão do enunciado porque apresentam
    informações novas: especificam um nome ou indicam uma circunstância do verbo.
    ADJUNTO ADVERBIAL
    É sempre um advérbio ou uma locução adverbial.
    Ex.: Nós estudamos muito bem ontem no curso.
    muito = adjunto adverbial de intensidade
    bem= adjunto adverbial de modo
    ontem= adjunto adverbial de tempo
    no curso = adjunto adverbial de lugar
    Outras Circunstâncias do Adjunto Adverbial
    Ex.: Feriu-se com a faca.
    adjunto adverbial de instrumento
    Marcos saiu com os amigos.
    adjunto adverbial de companhia
    Viajamos de trem.
    adjunto adverbial de meio(de transporte)
    Fala-se muito das pesquisas eleitorais.
    adjunto adverbial de assunto
    Ele morreu de rir.
    adjunto adverbial de causa
    A calça custou vinte reais.
    adjunto adverbial de valor (de preço)
  • O único caso em que o termo refere-se a um adjetivo tornando-se advérbio é a alternativa D
  • - Os advérbios modificam verbos, adjetivos, outros advérbios e também podem modificar toda a oração.

    pode aprender e assimilar MUITA coisa  (MUITA = Pronome adjetivo, modifica o substantivo coisa) enfrentamos MUITAS novidades  (MUITAS = Pronome adjetivo, modifica o substantivo novidades)  precisa de um parceiro com MUITO caráter  (MUITO = Pronome adjetivo, modifica o substantivo caráter) não gostam de mulheres MUITO inteligentes  (MUITO = Advérbio de Intensidade, modifica o adjetivo inteligentes)  assumimos MUITO conflito e confusão   (MUITO = Pronome adjetivo, modifica o substantivo conflito)
  • bom eu acertei pelo simples fato que a letra D ser a unica que aceita  a substituição das palavras:

    muito inteligentes pela palavra inteligentíssimas    fica a dica, na hora da prova se der branco tente substituir.

  •       "MUITO" será SEMPRE  A D V É R B I O  quando depois dele
    vier UM ADJETIVO"          ;

                                             e
     
                  "MUITO" será SEMPRE  P R O N O ME  I N D E F I N I DO
    em duas situações :
                  - Quando vier ANTES DE UM  S U B S T A N T I V O
                                             ou
                  - Quando vier  SOZINHO - APENAS NA FORMA MASCULINA
                    PLURAL - "MUITOS" (não seguido nem de  substantivo
                    nem de adjetivo.

                                                 Repare nestes exemplos :
     
                    MUITOS desconhecem o que seja a vida.
                    A vida é algo desconhecido para MUITOS

  • Assista ao vídeo do professor Alexandre Soares comentado dessa questão em comentários do professor !!!

  • Dica: Com exceção de "Todo", todo advérbio é inflexível. O único que não flexiona p acompanhar o substantivo está presente na letra D.


  • Advérbio (Adjunto Adverbial) é satélite, relaciona-se,.. : verbo, adjetivo ou outro advérbio!!!

  • LETRA D. - ADJUNTO ADVERBIAIS 

    NÃO SE ASSOCIAM A SUBSTANTIVOS

    NÃO VARIAM 

    Podem estar ligados a: ADJETIVO, ADVÉRBIO, VERBO. 

     

    a) pode aprender e assimilar MUITA coisa (§ 2) - COISA É SUBSTANTIVO
    b) enfrentamos MUITAS novidades (§ 2)- NOVIDADES É SUBSTANTIVO
    c) precisa de um parceiro com MUITO caráter (§ 3) CARÁTER - SUBSTANTIVO
    d) não gostam de mulheres MUITO inteligentes (§ 4) inteligentes é adjetivo - e apesar de inteligentes estar no plural o muito não variou. 

    e) assumimos MUITO conflito e confusão (§ 4) CONFLITO E CONFUSÃO são substantivos 

     

  • ADVÉRBIO (ADJUNTO ADVERBIAL) NÃO VARIA

    não gostam de mulheres MUITO inteligentes (§ 4)

    UNICO QUE NÃO VARIOU APSAR DA PALAVRA A QUE ELE SE REFERE ESTAR NO PLURAL (INTELIGENTES) 

    LETRA D. 

  • d)não gostam de mulheres MUITO inteligentes (§ 4). Como ja notado, adverbio nao sofre variação. na duvida, deve-se substituir a palavra a seguir por outra de outro genero. Se nao houver alteração, sera advebrio de intensidade

  • Fiz um macetinho que deu certo...

    substituí "MUITA" por "UMA QUANTIDADE DE" e a unica frase que não deu certo foi a D)

    Alguém pode explicar sintaticamente por que dá certo?

  • Adjunto adverbial nao varia. Basta reescrever a frase no plural. ''Muito'' permanece invariavel, portanto e´ adj. adverbial .

  • Para quem não tem acesso ao vídeo do prof:

    Obs 1: O advérbio NUNCA estará ligado (ao lado) de um substantivo. Estará ligado a ---> adjetivo,  verbo ou a outro advérbio.

    Obs 2:  Adjunto adverbial não varia. Ex: MUITA

    Obs 3: Ainda que o adjetivo/ verbo  estejam no plural o adjunto adverbial não varia. Ex: Muito Inteligentes.
     

    Prof: Alexandre Soares QC

  • A pode aprender e assimilar 300 coisa (§ 2) B enfrentamos 300 novidades (§ 2) C precisa de um parceiro com 300 caráter (§ 3) D não gostam de mulheres 300 inteligentes (§ 4)(VISH não teve sentido ADVERBIO E assumimos 300 conflito e confusão (§ 4)


  • GAB D

    Gnt comentários do Prof Alexandre Soares Top demais, não deixem de ver... Show!

  • Tente flexionar no plural. Advérbios não flexionam.

  • //alguém explica por que não é a letra C ?

  • As outras alternativas dão ideia de quantidade enquanto a alternativa "C" intensifica o adjetivo.

  • Quando as palavras "muito", "bastante", "certo" e muitas outras vierem sucedidas de um advérbio, adjetivo ou verbo elas serão advérbios, porque apenas essa classe gramatical modifica essas outras. Agora, quando essas mesmas palavras vierem sucedidas de pronomes, substantivos ou qualquer palavra substantivada daí elas serão pronomes indefinidos.

    quando advérbio não variam

    quando pronomes variam pela concordância nominal

    atenção!!

    quando tais palavras vierem no final da oração, olhem para a palavra que a precedem

    ex: você comeu bastante. Vejam que aqui a palavra "bastante" está modificando o sentido do verbo comer, então ela é uma advérbio.

  • Os adjuntos adverbias são invariáveis e só podem estar ligados a: adjetivos, advérbios e verbos, jamais estarão ligados a Substantivos.

    Tendo em vista isso podemos observar as alternativas da questão:

    a) MUITA >> está variando em gênero e está ligado ao substantivo "coisa".(Errado)

    b) MUITAS >> novamente podemos ver uma variação, dessa vez a variação ocorre em número (Errado)

    c) MUITO >>> apesar de não variar, está ligado ao substantivo "caráter". (Errado)

    d) MUITO >>> não demonstra variação e está ligado ao adjetivo "inteligentes" (Gabarito)

    e) MUITO >>> apesar de não variar, está ligado ao substantivo "conflito". (Errado)


ID
923086
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
PRF
Ano
2002
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

As ações de respeito para com os pedestres

- Motorista, ao primeiro sinal do entardecer, acenda os faróis. Procure não usar a meia-luz. 
- Não use faróis auxiliares na cidade. 
- Nas rodovias, use sempre os faróis ligados. Isso evita 50% dos atropelamentos. Seu carro fica mais visível aos pedestres. 
- Sempre, sob chuva ou neblina, use os faróis acesos. 
- Ao se aproximar de uma faixa de pedestres, reduza a velocidade e preste atenção. O pedestre tem a preferência na passagem. 
- Motorista, atrás de uma bola vem sempre uma criança. 
- Nas rodovias, não dê sinal de luz quando verificar um trabalho de radar da polícia. Você estará ajudando um motorista irresponsável, que trafega em alta velocidade, a não ser punido. Esse motorista, não sendo punido hoje, poderá causar uma tragédia no futuro. 
- Não estacione nas faixas de pedestres. 

Internet: <http://www.pedestres.cjb.net> (com adaptações).

Considerando o texto, julgue o item a seguir.

Embora o vocativo “Motorista" esteja explícito apenas em dois tópicos do texto, o emprego dos tempos verbais indica que está subentendido em todos os demais.

Alternativas
Comentários
  • CORRETO.

    Como se em casa verbo imperativo, estivesse o vocativo motorista ou um referente ao motorista.

  • eu achei q seria por causa dos modos verbais e não tempos verbais.

     

  • Motorista vem isolado por vírgula, isso é um indício de vocativo. Vocativo vem antes de uma oração serve para interpelar, chamar atenção. Para dai, então iniciar uma oração. Observe nas duas ocorrências, Motorista vem chamar atenção, e posterior a ele vem uma vírgula.

    Motorista, ao primeiro sinal do entardecer, acenda os faróis. Procure não usar a meia-luz.

     Motorista, atrás de uma bola vem sempre uma criança.

  • errei pq tinha 3 palavra motorista

    fernando bento

    obg pela explicação sobre vocativo

  • (C)

    - Motorista, ao primeiro sinal do entardecer, acenda os faróis. Procure não usar a meia-luz.

    - Motorista,Não use faróis auxiliares na cidade.

    - Motorista,Nas rodovias, use sempre os faróis ligados. Isso evita 50% dos atropelamentos. Seu carro fica mais visível aos pedestres.

    - Motorista,Sempre, sob chuva ou neblina, use os faróis acesos. 

    - Motorista,Ao se aproximar de uma faixa de pedestres, reduza a velocidade e preste atenção. O pedestre tem a preferência na passagem. 

    - Motorista, atrás de uma bola vem sempre uma criança. 

    - Motorista,Nas rodovias, não dê sinal de luz quando verificar um trabalho de radar da polícia. Você estará ajudando um motorista irresponsável, que trafega em alta velocidade, a não ser punido. Esse motorista, não sendo punido hoje, poderá causar uma tragédia no futuro. 

    - Motorista,Não estacione nas faixas de pedestres. 

  • Quando ele diz:" Isso evita 50% dos atropelamentos"

    O sujeito da oração é isso e não o motorista. A questão disse que o "motorista está subentendido em todos os demais tempos verbais".. Na maioria dos verbos no imperativo ele está, de fato, implícito, mas não em todos.

  • Você irá ficar com a palavra motorista na cabeça, enquanto ler o texto!

    logo questão = CERTA

  • VOCATIVO = INTERPELA, CHAMA, INVOCA - SEMPRE SEPARADO POR VÍRGULA.

    EXEMPLO: AMOR, ESTOU AQUI.

    E PODE ESTAR NO COMEÇO, MEIO OU FIM DA FRASE.

  • meu amigo Ilhas Faroé, talves você não tenha se atentado que a questão fala que fica suos bentendido em todos os "demais" tópicos e não nas orações. Logo, a oração isso "evita 50% dos atropelamentos` está contida em um tópico que indica sim o sujeito.

  • Nessa questão você se sente dentro dela. ks

  • CERTO

     Motorista, ao primeiro sinal do entardecer, acenda os faróis. Procure não usar a meia-luz. 

    - Motorista Não use faróis auxiliares na cidade. 

    - Motorista Nas rodovias, use sempre os faróis ligados. Isso evita 50% dos atropelamentos. Seu carro fica mais visível aos pedestres. 

    - Motorista Sempre, sob chuva ou neblina, use os faróis acesos. 

    - Motorista Ao se aproximar de uma faixa de pedestres, reduza a velocidade e preste atenção. O pedestre tem a preferência na passagem. 

    - Motorista, atrás de uma bola vem sempre uma criança. 

    - Motorista Nas rodovias, não dê sinal de luz quando verificar um trabalho de radar da polícia. Você estará ajudando um motorista irresponsável, que trafega em alta velocidade, a não ser punido. Esse motorista, não sendo punido hoje, poderá causar uma tragédia no futuro. 

    - Motorista Não estacione nas faixas de pedestres. 

    #ummatutonagloriosa

  • Uma questão como essa que dar motivação para alcançar à GLORIOSA

    Pertenceremos

  • VOCATIVO: EU FALO PARA VOCÊ !

    APOSTO: EU FALO DE VOCÊ !

    GLÓRIA A DEUS !

  • uma questão dessa, de 2002, só serve pra iludir os desavisados. kkk

    mas nessa vida nada é obvio.

    sigamos!!

  • .cjb.net <3

  • CERTO

    Não esquecer que o vocativo é um chamado ou Interpelação

    em que lugar estiver , será acompanhado de vírgulas.

    João , não faça isso!

    Não faça isso, João.

    Não faça, João, isso!

  • o modo imperativo vai dá uma ordem , sugestão ou algo do tipo e na maioria das vezes vai interagir com o leitor

    muito utilizado nas propagandas


ID
939214
Banca
VUNESP
Órgão
CETESB
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto para responder à questão.

Mais denso, menos trânsito
    
Henrique Meirelles
    
    As grandes cidades brasileiras estão congestionadas e em processo de deterioração agudizado pelo crescimento econômico da última década. Existem deficiências evidentes em infraestrutura, mas é importante também considerar e estudar em profundidade o planejamento urbano.
    Muitas grandes cidades adotaram uma abordagem de desconcentração, incentivando a criação de diversos centros urbanos, na visão de que isso levaria a uma maior facilidade de deslocamento.
    Mas o efeito tem sido o inverso. A criação de diversos centros e o aumento das distâncias multiplicam o número de viagens, dificultando o escasso investimento em transporte coletivo e aumentando a necessidade do transporte individual.
    Se olharmos Los Angeles como a região que levou a desconcentração ao extremo, ficam claras as consequências. Numa região rica como a Califórnia, com enorme investimento viário, temos engarrafamentos gigantescos que viraram característica da cidade.
    Os modelos urbanos bem-sucedidos são aqueles com elevado adensamento e predominância do transporte coletivo, como mostram Manhattan, Tóquio e algumas novas áreas urbanas chinesas.
    Apesar da desconcentração e do aumento da extensão urbana verificados no Brasil, é importante desenvolver e adensar ainda mais os diversos centros já existentes com investimentos no transporte coletivo.
    O centro histórico de São Paulo é demonstração inequívoca do que não deve ser feito. É a região da cidade mais bem servida de transporte coletivo, com infraestrutura de telecomunicação, água, eletricidade etc. Conta ainda com equipamentos de importância cultural e histórica que dão identidade aos aglomerados urbanos. Seria natural que, como em outras grandes cidades, o centro de São Paulo fosse a região mais adensada da metrópole. Mas não é o caso. Temos, hoje, um esvaziamento gradual do centro, com deslocamento das atividades para diversas regiões da cidade.
    É fundamental que essa visão de adensamento com uso abundante de transporte coletivo seja recuperada para que possamos reverter esse processo de uso cada vez mais intenso do transporte individual devorando espaços viários que não têm a capacidade de absorver a crescente frota de automóveis, fruto não só do novo acesso da população ao automóvel mas também da necessidade de maior número de viagens em função da distância cada vez maior entre os destinos da população.

(Folha de S.Paulo, 13.01.2013. Adaptado)


Assinale a alternativa cuja preposição em destaque expressa circunstância de lugar.

Alternativas
Comentários
  • Alguém poderia me ajudar nesta questão? Não entendi.

    Grata.
  • Eu acertei, mas também não entendi ao certo o que a questão estava querendo. Achei mal formulada...
  • Minha tentativa:

    a) em processo, idéia de tempo.
    b) como em outras grandes cidades, idéia de comparação entre cidades, ou lugares como quer a questão.
    c) investimento em transporte coletivo, ideia de tipo, qual tipo de investimento...
    d) estudar em profundidade, ideia de modo, ou a maneira que se deve estudar
    e) viagens em função da distância, ideia de causa, razão, motivo.

    Questão difícil que resolvi por eliminação.

    Abs.
  • "Seria natural que, como em outras (=noutras / ideia de lugar)..."
  • Olá Pessoal, alguém poderia enviar inbox onde foram parar as questões sobre CLASSE GRAMATICAIS? Lembro-me que antes do QC "fussar" no site, existia um tópico chamado CLASSES GRAMATICAIS, entretanto não sei onde está. Obrigado

  • Gabarito B. Porque se refere em outras cidades.

  • B) O "como" expressa o modo, mas "em" dá sentido de lugar.

    C) sentido de finalidade

  • Quando solicitar lugar, faça a pergunta onde?

    Qual a única assertiva na qual posso perguntar onde e completar o sentido?

    a) onde? em processo de transformação (não faz sentido)

    b) onde? em outras grandes cidades

    c) onde? em transporte coletivo (não faz sentido, transporte coletivo não é um lugar)

    d) onde? em profundidade o planejamento urbano (não faz sentido)

    e) onde? em função da distância (não faz sentido)

  • Assertiva b

    Seria natural que, como em outras grandes cidades, o centro de São Paulo fosse a região mais adensada da metrópole.

    circunstância de lugar. "Em"

  • Outras cidades = outros lugares

    Gabarito B


ID
973150
Banca
Aeronáutica
Órgão
EEAR
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Identifique a frase em que existe um aposto.

Alternativas
Comentários
  • A letra B é a resposta correta. Pois explica quem é a filha de Lia.

    Espero ter ajudado.


     

  • APOSTO ESPECIFICATIVO....pois especifíca que a filha da Lia é a Dolores.

  • APOSTO - é a explicação, esclarecimento sobre algo. É um termo sintático que retoma o próprio texto, explicando ou ampliando o sentido de algo já expresso.

    Isso pode ser visto em: A filha de Lia, a Dolores

    , jurou - me amor sem fim.”

    A Dolores, explica quem é a filha de Lia, ou seja, retoma ao termo anterior.

  • A filha de Lia, a Dolores, jurou - me amor sem fim. O termo segmentado é APOSTO EXPLICATIVO, isto é , mantém relação sintática com o TERMO ANTERIOR e sempre vem acompanhado de pontuação: vírgula, travessão e parênteses.
    Galera, bom estudo!
     

  • B- “A filha de Lia, a Dolores, jurou - me amor sem fim.”


ID
1011478
Banca
FGV
Órgão
TJ-AM
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                        Volta à polêmica sobre patente de remédios

        Patentes de medicamentos geralmente são reconhecidas pelo prazo de dez anos, de acordo com regras internacionais aceitas por muitos países. Esse prazo inclui a fase final de desenvolvimento dos medicamentos, chamada pipeline no jargão técnico. Muitas vezes, esse período até o lançamento comercial do produto pode levar até quatro anos, de modo que em vários casos o laboratório terá efetivamente cerca de seis anos e proteção exclusiva para obter no mercado o retorno do investimento feito. 

        A partir da perda de validade da patente, o medicamento estará sujeito à concorrência de produtos similares e genéricos que contenham princípios ativos encontrados no original. Por não embutirem os custos de pesquisa e desenvolvimento do produto original, os genéricos e similares podem ser lançados a preços mais baixos do que os dos medicamentos de marca, que, no período de proteção exclusiva, tiveram a oportunidade de conquistar a confiança do consumidor e dos médicos que os prescrevem para seus pacientes.

        A pesquisa para obtenção de novos medicamentos comprovadamente eficazes envolve somas elevadíssimas. Daí que geralmente as empresas que estão no topo da indústria farmacêutica são grandes grupos internacionais, ficando os laboratórios regionais mais voltados para a produção de genéricos e similares.

        A necessidade de se remunerar o investimento realizado faz com que, não raramente, os remédios sejam caros em relação à renda da maioria das pessoas, e isso provoca conflitos de toda ordem, em especial nos países menos desenvolvidos, onde se encontram também as maiores parcelas da população que sofrem de doenças endêmicas, causadas por falta de saneamento básico, habitação insalubre, deficiências na alimentação etc.Muitas vezes para reduzir o custo da distribuição de medicamentos nas redes públicas os governos investem em laboratórios estatais, que se financiam com subsídios e verbas oficiais, diferentemente de empresas, que precisam do lucro para se manterem no mercado. Esse conflito chega em alguns momentos ao ponto de quebra de patente por parte dos países que se sentem prejudicados. O Brasil mesmo já recorreu a essa decisão extrema em relação ao coquetel de remédios para tratamento dos pacientes portadores do vírus HIV e dos que sofrem com a AIDS, chegando depois a um entendimento com os laboratórios.

        O tema da quebra de patente voltou à tona depois que a Corte Superior da Índia não reconheceu como inovação um medicamento para tratamento do câncer que o laboratório suíço Novartis considera evolução do seu remédio original, Glivec. A patente foi reconhecida nos Estados Unidos e em outros 39 países, o que provocou a polêmica. O Brasil hoje é cauteloso nessa questão. Optou por uma atitude mais pragmática, que tem dado bons resultados e permitido, inclusive, o desenvolvimento de novos medicamentos no país. A quebra de patente não pode ser banalizada. 


(O Globo, 07/04/2013) 

O termo sublinhado que desempenha uma função diferente da dos demais, é

Alternativas
Comentários
  • acredito q seja a ação de fazer algo

    b)desenvolvendo algo
    c)lançando algo
    d)distribuindo algo
    e)tratando de algo

    letra A não se enquadra nessa ideia!!!

  • A resposta da questão abrange o conhecimento das diferenças entre Adjunto Adnominal e Complemento nominal:

    1) Complemento nominal complementa susbtantivos abstratos, advérbios  e adjetivos. Adjunto adnominal complementa substantivos concretos e abstratos;

    2)Complemento Nominal sofre a ação implícita no substantivo com o qual se relaciona. Adjunto Adnominal pratica a ação, estabelecendo uma relação ativa com o substantivo.

    3)Complemento Nominal não possui ideia de posse. Adjunto Adnominal determina uma relação de posse.

    Vamos às questões.


    A) Patente de medicamentos. Patente é substantivo concreto, logo "de medicamentos" é Ad. Adnominal (1ª dif.)

    B) Desenvolvimento dos medicamentos. "Dos medicamentos" possui uma relação de passividade com "Desenvolvimento". Os medicamentos são desenvolvidos. Logo é Complemento Nominal(2ª dif.).

    C)Lançamento comercial do produto. "Do produto" complementa um adjetivo(comercial). Logo é Compl. Nominal(1 dif.).

    D) Distribuição de medicamentos. Medicamentos são distribuídos. Relação de passividade. Complemento Nominal(2ª dif).

    E) Tratamento do câncer. Câncer é tratado. Passividade, logo Compl. Nominal (2 dif.).


    Resposta: letra A.

  • Não entendi ainda... se alguém puder explicar melhor agradeço.

  • CONTINUAÇÃO...( SÓ ACEITAM 3.000 caracteres! AFF!)


    Vamos agora analisar as frases da questão:

    a) patentes de medicamentos. -----------> Patentes - Substantivo Concreto. Só A.A se liga aos substantivos concretos. Então o complemento "de medicamentos" é um A.A-------------------->R:  A.A

    b) desenvolvimento dos medicamentos.----------> Desenvolvimento - É um substantivo abstrato. A.A e C.N se ligam a substantivos abstratos e os dois podem se ligar por meio da preposição " de". E agora? Como saber qual deles é? Fácil! Basta você verificar se o complemento "dos medicamentos" está praticando uma ação(ativo) ou sofrendo uma ação (passivo). Na frase os "medicamentos" está desenvolvendo algo ou está sendo desenvolvido por alguém? Está sendo desenvolvido! VEJA: " desenvolvimento dos medicamentos", ou seja, os medicamentos estão sendo desenvolvidos e não estão se desenvolvendo ( a eles mesmos) ou desenvolvendo algo. Então, o complemento nessa frase é C.N. -------------------->      R: C.N


    ESQUEMA ( Vale apenas quando tiver substantivo abstrato + prep. "de")

    Se o complemento for paciente -------------> C.N

    Se o complemento for agente ----------------> A.A

    Para ficar ainda mais claro, vou te dar outros exemplos:

    Nos dois casos temos um substantivo abstrato (leitura) + prep. "de". Como saber se os complementos desse termo é C.N ou A.A?

    A leitura dos livros --------->  " livros" são lidos ou leem? São lidos! Ou seja, sofrem a ação de serem lidos. Portanto, "dos livros" é C.N!

    A leitura dos alunos ---------> "dos alunos" estão sendo lidos ou leem algo? Leem algo! Os alunos estão lendo, os alunos estão fazendo uma leitura e não a leitura os "está fazendo" algo ou "os lendo". Portanto, neste caso temos um A.A!


    c) lançamento comercial do produto. ----------> Lançamento comercial - Substantivo Abstrato e prep. "de". Vamos aplicar o esquema visto anteriormente e concluímos que se trata também de um C.N.  Pois, o " produto"  está sendo lançado e não está lançando nada. Ele é portanto paciente e por isso é C.N!------------------------>        R: C.N

    d) distribuição de medicamentos. (Mesmo raciocínio anterior, "medicamentos" é paciente, pois está sendo distribuído.  -------->  R: C.N

    e) tratamento do câncer. (Também mesmo raciocínio anterior, "câncer" é paciente, pois está sendo tratado. --------->    R: C.N

    Bom, é isso, a letra A é a CERTA, pois é a única que é ADJUNTO ADNOMINAL, enquanto todas as outras são COMPLEMENTOS NOMINAIS.


    Fonte:  Aulas de Gramática do professor Fabrício Dutra e a "A Gramática do Concursando" de José Almir Fontella Dornelles.

  • Oi Flávia! Espero que eu possa te ajudar...

    Primeira coisa você deve verificar se os termos a que se ligam os complementos ( os termos sublinhados das frases) são verbo ou nome( substantivo, adjetivo ou advérbio) para que você possa classificar os complementos.

    Nas frases apresentadas na questão ,todos os termos apresentados são nomes( patentes, desenvolvimento, lançamento comercial, distribuição e tratamento) por isso os seus complementos só podem ser aqueles complementos que se ligam aos nomes, QUAIS SÃO: Adjunto Adnominal, Complemento Nominal e Agente da Passiva. 

    Vou adiantar aqui e dizer que não há nenhum complemento como Agente da Passiva, por isso não vou explicá-lo, mas se quiser manda recado que eu te explico. Bom, então vamos saber as diferenças e semelhanças entre Adjunto Adnominal e Complemento Nominal:


    Adjunto Adnominal (A.A)

    Pode vir preposicionado ou não, se vier com preposição, sempre será a preposição "de" e suas variáveis ( da,das, do,dos). Se liga apenas a substantivo.  Esse substantivo pode ser abstrato( necessita de alguém para existir. Exs: Sentimentos, sensações e ação) ou concreto (independe de alguém, nomeia seres que existam ou não. Ex: Deus, mesa, fada).


    Complemento Nominal (C.N) : 

    SEMPRE vem preposicionado e pode ser qualquer preposição. Se Liga a substantivos, Adjetivos e Advérbios. Se liga somente aos Substantivos Abstratos.



  • Colegas,

    Não consigo ver patente como substantivo concreto, pois trata-se da acao de patentear.

    Podem me esclarecer por favor. Grata.

  • Meire Tavares aí fala PATENTES de medicamentos, a patente do medicamento JÁ EXISTE por isso é concreto!! Não é o ato de tentar uma patente, mas aí deixa claro que já conseguiu a patente!

  • A questão requer a diferença entre Adjunto Adnominal e Complemento verbal:

    - se o termo apresentar valor paCieNte, será Complemento Nominal;

    - se o termo exprimir valor de AgeNte (ou de não paciente), será Adjunto adNominal.

    b) desenvolvimento dos medicamentos. - CARACTERÍSTICA PASSIVA - OS MEDICAMENTOS SÃO DESENVOLVIDOS - C.N.

    c) lançamento comercial do produto. CARACTERÍSTICA PASSIVA - O PRODUTO É LANÇADO - C.N.

    d) distribuição de medicamentos. CARACTERÍSTICA PASSIVA - OS MEDICAMENTOS SÃO DISTRIBUÍDOS - C.N.

    e) tratamento do câncer. CARACTERÍSTICA PASSIVA - O CÂNCER É TRATADO - C.N.


    Percebem qua só a alternativa "a" (patente de medicamentos) não possui um característica passiva (sofrer a ação), portanto, o termo destacado é adjunto adnominal e difere de todos os outros.

  • patentes = é substantivo abstrato, deriva do verbo patentear.

    creio que a diferença seja pelo fato de medicamentos ser o alvo, sobre quem recai

  • patentes = é substantivo abstrato, deriva do verbo patentear.

    creio que a diferença seja pelo fato de medicamentos ser o alvo, sobre quem recai

  • patentes = é substantivo abstrato, deriva do verbo patentear.

    creio que a diferença seja pelo fato de medicamentos ser o alvo, sobre quem recai

  • Estou ha anos sem estudar portugues, mas me lembrava do "macete" de agente/paciente. Acertei por exclusao, mas tive duvida na letra "A", ja que pensei: medicamentos panteados... Se alguem puder explicar..


  •  letra que não se enquadra por conta que é um adjunto Adnominal e a letra "A", pois o complemento das demais estão relacionada com o verbo, passando a ser um adjunto adverbial.

    Se estiver errado alguém me corrija por favor !

  • Vinicius Machado sua análise está errada sim, dê uma olhada nos demais comentários, trata-se de Adjunto Adnominal e Complemento Nominal 

  • Assinalei a alternativa "a", mas entendo que só por exclusão mesmo, dado o fato que não é totalmente correta.

  • (A) patentes de medicamentos.

    Em minha opinião o examinador considerou duas possibilidades para essa palavra (patente) ser um adjunto adnominal:

    PRIMEIRA POSSIBILIDADE: Ele pode ter considerado essa palavra como substantivo concreto, uma vez que registrado algo perpetua, ou seja, não é algo momentâneo.

    Veja esse vídeo, que essa excelente professora explica a diferença entre substantivo abstrato e concreto.

     www.youtube.com/watch?v=bsMXQv_Q0p4

    Por isso justifica-se dizer que se trata de um Adjunto Adnominal que é satélite de substantivo tanto concreto como abstrato. Nesse caso a palavra patente é substantivo concreto (Adjunto Adnominal) Lembre-se de que o Complemento Nominal não é satélite de SUBSTANTIVO CONCRETO, APENAS SUBSTANTIVO ABSTRATO, ADJETIVO E ADVÉRBIO.

    SEGUNDA POSSIBILIADDE: Ele pode ter considerado essa palavra (patente) como um substantivo abstrato, até porque existem vários significados para ela, conforme dicionário online de português e por está no plural passa a ser um substantivo concreto segundo uma regra gramatical que diz que:

    Todo substantivo abstrato de qualidade no plural torna-se concreto:

     Ex: a riqueza (abstrato) – as riquezas (concreto).

     Ex: o vício (abstrato) – os vícios (concreto) etc.

    Mais informações nesse site WWW.gramaticaemvideo.com.br/?page-id=1930.

    (B) desenvolvimento dos medicamentos.

    C.N – medicamentos são desenvolvidos

    (C) lançamento comercial do produto.

    C.N – produtos comercializados são lançados.

    (D) distribuição de medicamentos.

     C.N – medicamentos são distribuídos

    (E) tratamento do câncer

    C.N – câncer é tratado.

    Quem estiver com dúvidas quanto à possibilidade da palavra patente, derivar do verbo patentear, Estude “Processo de Formação das palavras” principalmente (o processo de derivação imprópria).

    Com carinho aos colegas de estudo.

    Zilda.


  • correta letra A (patentes de medicamentos)

     trata-se de um adjunto adnominal de um substantivo concreto (que é "patentes").

     "de medicamentos" é adjunto adnominal com função adjetiva desempenhada por uma locução adjetiva. 

    Lembre-se que adjunto adnominal é o termo que determina, especifica ou explica um substantivo. O adjunto adnominal possui função adjetiva na oração, a qual pode ser desempenhada por: adjetivos, locuções adjetivas, artigos, pronomes adjetivos e numerais adjetivos. O adjunto adnominal tem valor AGENTE.

    A locução adjetiva é a união de duas ou mais palavras (as vezes preposição + substantivos) como foi o caso acima, que tem o valor de adjetivo. Note que "de medicamentos" está dando a qualidade de patentes. 

    As demais alternativas são complemento nominal, tem valor PACIENTE.

    Para ficar mais claro visite o site: http://www.soportugues.com.br/secoes/sint/sint21.php   

  • Almas esclarecidas, digam-me: o quê que rolou? o que se passa? Perdi até o rumo! Por que é a letra A? obrigada!

  • Patentes é substantivo concreto, logo, Adjunto. Os outros são CN.

  • Os medicamentos sofrem a ação de serem desenvolvidos

    O produto sofre a ação de ser lançado
    Os medicamentos sofrem a ação de serem distribuidos
    O câncer sofre a ação de ser tratado

    Tudo que tem sentido paciente é complemento nominal

  • Uma dúvida, eu não poderia dizer que na letra "a", a função tb é de complemento nominal:

    medicamentos são patenteados..

    O que fiz de errado? P/ mim era CN


    Obs: Essa questão tb está no QC sob o nº Q337157


  • Alternativa A.

    Quando o termo preposicionado está ligado a um substantivo concreto, é adjunto adnominal.

    O termo "de medicamentos" está atrelado ao vocábulo "patentes" (substantivo concreto), funcionando como adjunto adnominal.

  • gabarito: a

    uma dica:

    o primeiro passo é analisar o termo que está sendo complementado. 

    É adjetivo ou advérbio? sim. logo o complemento será uma COMPLEMENTO NOMINAL.

    É substantivo concreto? sim. logo o termo complemento será um ADJUNTO ADNOMINAL.

    agora o bicho pega rsrsr

    É substantivo abstrato? sim. logo pode ser os dois! CN ou ADN.

    Então você analisa se o complemento tem função ativA ou passivA no contexto!

    se ativa: será ADJUNTO ADNOMINAL

    se passiva: será COMPLEMENTO NOMINAL.

    OBS: em alguns casos o complemento terá sentido de posse . 

    logo será ADJUNTO ADNOMINAL

  • Assisti a resolução dessa questão feita pelo ARENILDO e ALEXANDRE SOARES.


    Conclusão: Com arenildo não entendi nada, mal explicado, parece que ele tem má vontade, não só nessa questão em várias é raro ocorrer uma boa explicação.

    Agora com alexandre soares e a professora do qc são os melhores, ta na hora desse arenildo vazar !
  • Eu discordo do professor.

    Patentes é Substantivo Concreto, por isso, de medicamentos é Adjunto Adnominal.

    Mais alguém?

  • Professor falou o seguinte... 

    Substantivo + preposição + IDEIA DE POSSE = ADJUNTO ADNOMINAL

    Substantivo + preposição + IDEIA DE PACIENTE ( paciente que eu digo é oq sofre ação) = COMPLEMENTO NOMINAL 

    Alfartanoooos Força !
  • A, a meu ver é Adj Adnominal, relação de posse.

  • Para diferenciar Adjunto Adnominal de Complemento Nominal siga esses passos. Você só terá dúvida em 2 situações.1- Verifique a preposição, se não for DE, fatamente será complemento nominal.2 - Caso tenha a preposição DE , verifique a que se refere, se é a um substantivo concreto ou abstrato.3 - Substantivo concreto certamente será Adjunto Adnominal, caso for abstrato a dúvida permanecerá.4 - Agora olhe o sentido, passivo é complemento nominal, ativo é adjunto adnominal..Essa questão resolvi em 5 segundos apenas observando que todos os substantivos são abstratos menos o da letra A que é concreto, logo Adjunto Adnominal e o restante complemento nominal.
  • Correta : A - patentes de medicamentos. / tem patentes Adjunto Adnominal

  • Atenção pessoal, a resposta do Marcelo Mendes é exatamente o OPOSTO do que ele disse, o correto é:


    a) patentes de medicamentos. (as patentes são de medicamentos) AA

    b)desenvolvimento dos medicamentos. (os medicamentos são desenvolvidos). CN

    c)lançamento comercial do produto. (o produto foi lançado comercialmente). CN

    d)distribuição de medicamentos. (os medicamentos são distribuídos). CN

    e) tratamento do câncer. (o câncer é tratado). CN
  • AÊ dANILO...DEPOIS DE VER O VÍDEO FICOU MOLE!!!!

  • Essa questão ao meu ver todas são complementos nominais, patentes de medicamentos - O medicamento não patenteou nada, ele foi patenteado, logo também é complemento nominal

  • Na verdade nessa questão a FGV sacaneou mas que o normal, todas tem o valor paciente, mas a alternativa A é a única que pode ter um valor Ativo de todas as alternativas, no caso tem que marcar o que a banca quer né, fazer oque.

  • Comentários pertinentes, é estudar muito e torcer pra o examinador não viajar muito na hora de montar a prova, kKKKKKKK!!!

  • Estudando o assunto vejo que a melhor forma perante essa banca é analisar se o agente é passivo (sofre a ação) ou se é ativo (pratica ou dá ideia de posse à ação)

    Quando for:

    Passivo = Complemento nominal

    Ativo, posse = Adjunto adnominal

    Para verificar se usa a dica de se fazer a seguinte pergunta

     a) patentes de medicamentos. ( Os medicamentos já possuem patentes ou são patenteados?) logo eles já possuem patente - Posse GABARITO



  • Nesse caso, tem que apelar pela relação de "posse", pois verifica-se que todas as alternativas tem valor paciente. gabarito "A", apesar da construção: "medicamentos são patentados pelo homem", ou seja, questão confusa.   

  • Patente está no sentido de certificado, logo substantivo concreto.

    conseguiu desenhar é concreto = vc consegue fazer um desenho de certificado para comprovar a patente

    Não conseguiu desenhar = abstrato = vc não consegue desenhar desenvolvimento,distribuição,tratamento,lançamento

  • GABARITO LETRA A

    PATENTES é substantivo concreto.

  • O termo sublinhado que desempenha uma função diferente da dos demais, é

    patentes de medicamentos. (NESSE CASO EU ACHO QUE O MEDICAMENTO NÃO PATENTEA NADA?)(TIPO PATENTEAR MEDICAMENTOS)

    desenvolvimento dos medicamentos.(DESENVOLVER MEDICAMENTOS)

    lançamento comercial do produto.(NESSE CASO DO PRODUTO NÃO CARACTERIZARIA COMERCIAL?)

    distribuição de medicamentos.(DITRIBUIR MEDICAMENTOS)

    tratamento do câncer.(TRATAR CÂNCER)

  • O examinador foi bastante infeliz em perder tempo de jogar uma merda dessa na prova 

  • Adjuntos adnominais fazem referência a substantivos concretos e abstratos bem como substantivos derivados de verbos geralmente são substantivos abstratos, podendo ser Complemento nominal, como por exemplo Compra(comprar). 
    Ex.: As compras foram ótimas.
    Logo o único que não é Substantivo Abstrato é Patetes, que geralmente seu processo é feito em um papel, são os registros, tem natureza independente, não é derivado do verbo patentear.

    A) Patentes= Subst. Concreto, tem natureza independente, não é derivado de verbo.
    B) Desenvovlimento= Desenvolver-- Subst. Abstrato
    C) Lançamento= lançar--Subst. Abstrato
    D) Distribuição= Distribuir --Subst. Abstrato
    E) Tratamento= Tratar-- Subst. Abstrato

    Letra B, C, D e E são também chamados de derivação Deverbal, pois advem de um verbo, que logo são toso abstratos.

    Avante!

  • No caso, eu posso dizer: Medicamentos sao patentados. Entao nao seria um termo paciente tb? Fiquei confuso

  • patentear é verbo = "medicamentos são patenteados" - termo paciente???

  • Fgv. Quando vc acha que aprendeu as respostas, ela muda as perguntas.   haha 

  • Fgv. Quando vc acha que aprendeu as respostas, ela muda as perguntas.   haha 

  • Eu sou muito fraco de portuga, mas pra mim todos são complementos...

  • Medicamentos tem a patente - sentido de posse -> ADJUNTO ADNOMINAL

  • Até dá pra acertar usando a regra de que Adjuntos trazem ideia de posse, como o Prof. Alexandre comentou. Por outro lado, poder-se-ia também dizer "os medicamentos não patenteiam, eles SÃO PATENTEADOS", o que daria uma ideia de termo paciente, típica de um complemento nominal.

  • Sobre a letra A: Medicamentos são patenteados. E agora , José?

    Minha maior dificuldade nesse assunto é justamente quando há dúvida se é SUBSTANTIVO CONCRETO OU ABSTRATO. Pelas respostas dos colegas foi demonstrado ser concreto , mas percebam que ele também permite essa passividade. Logo eu errei.

    Enfim, sigo com minhas dúvidas nessa diferenciação.

  • Questões desse tipo, eu gosto de usar os eguinte macete :

    desenvolvimento dos medicamentos.

    medicamentos são desenvolvidos

    lançamento comercial do produto.

    produto é lançado

    distribuição de medicamentos.

    medicamentos são distribuídos

    tratamento do câncer.

    cancer é tratado

    Percebe-se que a unica frase que não faz sentido é a alternativa A

    Gab: A


ID
1021237
Banca
IDECAN
Órgão
COREN-MA
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto

                               Muito além de impressões digitais

      Um passado sem rosto e sem rastro transformou a figura da mãe numa pálida lembrança. E levou consigo a imagem da menina Camila, ex-moradora de rua, sem deixar na adulta a certeza de como era quando criança. Com a morte da mãe no parto do oitavo irmão, há nove anos, depois de peregrinar com os sete irmãos pelas ruas de diversos bairros, ela ganhou uma casa. Foi morar com a tia e cada irmão seguiu para viver com um parente.

      A história da família Gomes, até a geração de Camila Cláudia, hoje com 21 anos, é apenas oral. Não há um único registro fotográfico dessa vida nômade. Nem fotos, nem documentos. Camila não tem certidão de nascimento, o que impede o acesso aos direitos mais elementares. E não se lembra de ter visto fotos da mãe.

      Uma aflição latente ficou de herança. Os nascimentos de Camille, de 2 anos, e Sofia, de 5 meses, trouxeram um novo desejo à vida da menina sem foto. Há pouco menos de dois anos, ela comprou um celular com câmera, exclusivamente para fotografar a primeira filha.

      Camila tem a chance agora de deixar impressa sua passagem pelo mundo. Ela ilustra a farta variedade de estatísticas que apontam para o consumo crescente de celulares e câmeras digitais no país, instrumentos também de inclusão. Nos últimos três anos, o item de consumo que mais cresceu no Brasil foi a câmera digital (de 20% para 35%), indicam os dados da consultoria Kantar WorldPanel, divulgados em setembro. Um estudo da Fecomércio do ano passado mostra que, de 2003 a 2009, o gasto com celular já havia aumentado 63,6% em todas as classes sociais. Na E, chegou a 312%. Soma-se a estes um outro dado, e a equação se completa: cerca de 66% dos brasileiros usam o celular para tirar fotografias, segundo pesquisa do Instituto Data Popular colhida este ano.

      A democratização do acesso se consolidou. Estamos diante de novos tempos, moldados pela democratização do acesso ao registro de imagens. As classes populares deixaram de ser apenas o objeto fotografado e tornaram-se também agentes desse universo pictórico: são produtores em escala crescente, de imagens de seu cotidiano.

                                                                                                  (Revista O globo, novembro de 2012.)

O uso de vírgulas no período "E levou consigo a imagem da menina Camila, ex -moradora de rua, sem deixar na adulta a certeza de como era quando criança" , se justifica por

Alternativas
Comentários
  • b) isolar aposto explicativo



    Aposto explicativo
     

    Traduz, ou seja, dá significado a uma frase, geralmente está entre vírgulas, dois pontos ou parênteses.

    Exemplo:

    Foi aqui, nesta praça tranqüila, que o garoto foi seqüestrado.

  • Aposto explicativo

  • Aposto: E uma palavra ou expressão que explica ou esclarece ou resume outro termo da oração dito anteriormente.


    Ex: Maradona, um dos maiores atletas de todos os tempos, foi um jogador problemático. 

          E levou consigo a imagem da menina Camila, ex -moradora de rua, sem deixar na adulta a certeza de como era quando              criança".

         Campina Grande, terra do maior são joão do mundo, fica localizada no estado da Paraíba. 
         Rio de Janeiro, a cidade maravilhosa, amanheceu chuvosa.  



    Percebam que todos os termos em negrito estão esclarecendo termos anteriores das frases. 

  • Ai uma questão dessa o "QC" põe comentário kk.

  • Pessoal só um adendo: cuidado com o termo "isolar", o mais indicado seria intercalar.

  • isola o aposto explicativo

  • GABARITO: LETRA B

    Aposto explicativo:

    Explica ou esclarece o substantivo referido. Aparece isolado na frase por vírgulas, travessões, dois pontos ou parênteses.

    Exemplos:

    Pelé, o rei do futebol, fez mais de mil gols.

    Maria, a melhor aluna da turma, passou de ano com notas altíssimas.

    FONTE: WWW.GABARITE.COM.BR

  • o aposto trás uma explicação ao termo anteriormente citado "MENINA CAMILA".


ID
1073263
Banca
Aeronáutica
Órgão
EEAR
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Assinale a alternativa em que o termo grifado pode ser classificado como aposto ou vocativo, dependendo da leitura.

Alternativas
Comentários
  • Resposta: C 


     Em C, temos duas possibilidades de leitura: 


    1- Marta é a pessoa com a qual eu falo, sendo, portanto, vocativo. Nesse caso, pode-se, inclusive, mudar a localização do termo dentro da frase: “Minha melhor amiga é benquista por todos, Marta” ou “Marta, minha melhor amiga é benquista por todos” (com apenas uma vírgula separando o vocativo do restante da frase).


    2- Marta é a pessoa de quem eu falo, sendo, portanto, nessa situação, aposto explicativo: eu falo de minha melhor amiga e explico quem é ela. 


    Na situação 1, o sujeito é “Minha melhor amiga”; na situação 2, o sujeito é “Minha melhor amiga, Marta”, já que o aposto pertence, sintaticamente, ao termo a que se liga. E, em ambos os casos, temos o predicado verbal “é benquista por todos”. 


    Em A, o termo Vida só pode ser classificado como vocativo, pois não está explicando nenhuma palavra da frase e é o ser com quem se fala. 


    Em B e D, os termos explicam, respectivamente, Holanda e dinossauros, sendo, portanto, apostos explicativos. Não há possibilidade de leitura que classifique tais termos como vocativo. 



    Explicação retirada da própria prova da EEAR.

  • Note que na alternativa C parece que estou falando DE Marta ou COM Marta. Enquanto nas outras alternativas essa isso não é possível . Gabarito letra : C
  • APOSTO = Minha melhor amiga, Marta, é benquista por todos. (falando dela)

    VOCATIVO =  Marta, minha melhor amiga é benquista por todos. (falando com ela)

  • GABARITO - C

    Aposto Aposto é o termo que retoma o termo anterior da frase, explicando-o, desenvolvendo-o ou resumindo-o ou especificando-o.

    Vocativo → é um chamado!

    Serve para chamar a atenção do interlocutor e aparece separado do restante da oração por algum sinal de pontuação.

    ex: Maria, venha cá!


ID
1078450
Banca
FADESP
Órgão
MPE-PA
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto abaixo para responder às questões de 01 a 07.

 O JEITINHO BRASILEIRO expressa duas características. A positiva é a capacidade de adaptação em diferentes situações. Isso dá ao país uma flexibilidade política e uma capacidade de inovação invejáveis. O lado negativo é uma ambiguidade em relação às regras. Isso afeta o sistema político e as instituições, que por vezes operam com um certo desprezo pelas regras formais do jogo político. Esta flexibilidade também está ligada ao “familismo amoral”, um padrão moral que privilegia as relações familiares e permite um desrespeito às regras daquilo que é público. Essa é a dimensão do comportamento brasileiro que mais propicia a corrupção. Percorremos um importante caminho até considerar essas práticas negativas para o sistema político, mas ainda não conseguimos superá-las. Corrupção depende da percepção, já que quem é corrupto não o admite publicamente. Não existe método para classificá-la internacionalmente. Ela varia de acordo com a liberdade de imprensa e das instituições democráticas de cada país. Os índices, principalmente o da Transparência Internacional, não consideram essas dimensões. Então, vemos países com ótimas performances comparativas, mas sem mecanismos democráticos, como a Malásia. Hoje, o Brasil está distante de aceitar uma postura de “roubo, mas faço”. Mas esse sistema político se deslegitima quando a opinião pública percebe que ele não consegue tratar da corrupção no seu interior. O grande problema não é perceber a corrupção, mas puni-la. O combate está muito concentrado no Executivo, especialmente na Polícia Federal. Já a mídia não tem um papel muito claro. Ela prefere novos casos a seguir até o final os já existentes. Poderia ser mais transparente, acompanhar exaustivamente toda a tramitação e exercer uma pressão maior sobre o Judiciário para que as punições ocorram. Resposta de Leonardo Avritzer ao questionamento “O jeitinho brasileiro é uma forma de corrupção?”, publicada na Revista de História da Biblioteca Nacional, nº 42, de março de 2009.  

O período em que a ausência de um complemento nominal compromete o entendimento do texto é;

Alternativas
Comentários
  • Identifiquei 2 complementos nominais nas alternativas

    Na Letra B: "pelas regras formais do jogo político"

    Na letra D: "sobre o Judiciário"

    A remoção de qualquer um dos 2 prejudicaria o entendimento do texto, essa questão deveria ser anulada

  • Letra A - capacidade de adaptação é complemento nominal também

  • Poderia ser mais transparente, acompanhar exaustivamente toda a tramitação (dos casos) e exercer uma pressão maior sobre o Judiciário para que as punições ocorram.

  • Muito mal feita essa questão


ID
1082197
Banca
Quadrix
Órgão
CFP
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Distúrbios que afetam as lembranças


Conheça as doenças mais comuns que levam à perda da memória


09 de maio de 2012

Mal de Alzheimer


     Comum em idosos, a doença se caracteriza pela incapacidade do paciente de se lembrar de eventos recentes - a degeneração da memória a curto prazo. O mal de Alzheimer piora com o tempo, e sintomas nos estágios mais avançados incluem a debilitação de habilidades cognitivas e de linguagem, instabilidade emocional e até perda de memória a longo prazo.
     A doença ainda não tem cura, mas o tratamento - à base de medicações e reabilitação neuropsicológica - permite retardar a degeneração e reduzir os sintomas.
Manter o cérebro "trabalhando" durante todas as fases da vida é a melhor forma de evitar o Alzheimer, de acordo com o neurologista Erich Fonoff, do Hospital Sírio-Libanês.

Amnésia


     Ocorre quando o cérebro perde a capacidade de processar e armazenar informações obtidas a curto ou longo prazo, seja por causa do mau funcionamento das células nervosas, seja devido a um trauma psicológico que inibe as lembranças. O distúrbio pode se aplicar às memórias adquiridas antes ou depois do evento causador - geralmente um traumatismo craniano, um tumor cerebral, uso indevido de medicações ou deficiência de vitamina B.
     A perda da memória pode ser transitória ou permanente. No primeiro caso, o paciente perde a noção de quem é, o que faz, o que aconteceu, mas aos poucos - ou até imediatamente - retoma as lembranças.
No segundo, mais comum em casos pós-traumáticos, os efeitos são irreversíveis. O tratamento, quando possível e se necessário, é feito com base na psicoterapia.

Síndrome de Korsakoff


     É um tipo específico de amnésia, relacionado ao déficit crônico de vitamina Bl, comum em alcoólatras.
Ocorre uma lesão no hipotálamo, uma pequena região na parte inferior do cérebro fundamental para a aquisição de novas memórias. O paciente sofre um déficit cognitivo irreversível e torna-se incapaz de
adquirir e armazenar novas informações. É uma síndrome bastante rara e, até agora, não tem cura.

(www. estadao. com. br)

A expressão "das células", em destaque no texto, exerce função sintática de:

Alternativas
Comentários
  • "mau funcionamento das células" = mau funcionamento delas = mau funcionamento celular.

    Por essa razão é adjunto adnominal e note que não tem altenativa para tal.

    Por isso anulada!

  • A questão foi anulada porque não existe alternativa correta, mas vamos resolver a questão para exercitar. Vamos lá:

    O primeiro passo é identificar a qual termo a expressão "das células" faz referência. Podemos observar que a expressão se refere ao termo "funcionamento" que é um substantivo abstrato, ou seja, um nome. Assim, o termo tem que exercer uma das funções que complementam nomes, quais sejam: adjunto adnominal, complemento nominal, aposto e predicativo. Só aí poderíamos excluir as alternativas "A", "B" e "E". Podemos observar que não se trata de um aposto, pois a expressão "das células" não está retomando nenhum outro termo. Assim, restaria apenas complemento nominal. Contudo, quando estamos diante de um termo que completa o sentido de um substantivo abstrato, mas que tem valor agente, trata-se de um adjunto adnominal. Observem:

    o mau funcionamento das células >>>> o funcionamento pertence às células, são elas que funcionam. Portanto, seu valor é agente, não podendo ser complemento nominal, visto que essa função assume um valor paciente

     

     a) Sujeito Simples (incorreto, pois sujeito jamais pode vir preposicionado)

     b) Vocativo (incorreto, pois não representa um chamamento e não é complemento de um nome)

     c) Aposto (incorreto, pois não retoma nenhum termo citado anteriormente)

     d) Complemento Nominal (incorreto, pois apesar de completar o sentido de um substantivo abstrato, exerce função paciente)

     e) Adjunto Adverbial (incorreto, pois é complemento verbal, e a expressão completa o sentido de um nome)

    O gabarito seria: Adjunto Adnominal


ID
1086673
Banca
COPEVE-UFAL
Órgão
IF-AL
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A primeira vez que ouvi falar no fim do mundo, o mundo para mim não tinha nenhum sentido, ainda; de modo que não me interessava nem o seu começo nem o seu fim. Lembro-me, porém, vagamente, de umas mulheres nervosas que choravam, meio desgrenhadas, e aludiam a um cometa que andava pelo céu, responsável pelo acontecimento que elas tanto temiam.
Nada disso se entendia comigo: o mundo era delas, o cometa era para elas: nós, crianças, existíamos apenas para brincar com as flores da goiabeira e as cores do tapete.

     Mas, uma noite, levantaram-me da cama, enrolada num lençol, e, estremunhada, levaram-me à janela para me apresentarem à força ao temível cometa. Aquilo que até então não me interessava nada, que nem vencia a preguiça dos meus olhos pareceu-me, de repente, maravilhoso. Era um pavão branco, pousado no ar, por cima dos telhados? Era uma noiva, que caminhava pela noite, sozinha, ao encontro da sua festa? Gostei muito do cometa. Devia sempre haver um cometa no céu, como há lua, sol, estrelas. Por que as pessoas andavam tão apavoradas? A mim, não me causava medo nenhum.

     Ora, o cometa desapareceu, aqueles que choravam enxugaram os olhos, o mundo não se acabou, talvez eu tenha ficado um pouco triste – mas que importância tem a tristeza das crianças?

(MEIRELES, Cecília. Quatro vozes. Record: Rio de Janeiro, 1998, p. 73).

Na última frase do 2º parágrafo “A mim, não me causava medo nenhum.” a vírgula

Alternativas

ID
1098079
Banca
CETRO
Órgão
FCP
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

     A crônica “Filho da dor e pai do prazer”, de Santiago Dias, inicia-se com uma menção ao passado escravocrata: 

     Uma vez, um negro velho contou-me que, no tempo da escravidão, os homens dormiam acorrentados nas barras de ferro que havia nas paredes das senzalas. Depois de trabalhar exaustivamente e maltratados, tinham que se ajeitar para descansar de qualquer maneira naquele lugar sujo e fétido. 

                                                                                      (O Plantador de manhãs. Crônicas. Inédito). 

     Percebe-se a denúncia do tratamento dispensado aos escravos, e a referência à dura realidade a que estavam submetidos na sociedade escravocrata. 

     Se, por um lado, o sofrimento e a insatisfação eram motivo de tristeza, por outro, o samba e a capoeira representavam alegria e prazer. A dualidade dor/ prazer anda lado a lado. Privados da possibilidade de serem donos de si mesmos, os escravos viam, na manifestação cultural afro-brasileira, uma maneira de manter viva sua tradição ancestral. Para tanto, faziam uso de alguns artifícios, como tocar durante a noite e usar instrumentos como código de comunicação, inclusive durante fugas, a fim de enganar os perseguidores que pensavam ser canto de LITERAFRO – www.letras.ufmg.br/literafro pássaros. 

     Assim, os afrodescendentes conseguiam preservar parte de sua cultura. Neste sentido, o samba surge, nas senzalas, como forma de sufocar a dor e o lamento e como forma de resistência, para depois se configurar como manifestação tipicamente afro-brasileira. Por isso, o samba é entendido como “filho da dor e pai do prazer”. 

     O samba, enquanto manifestação cultural afro-brasileira, nasceu da influência de ritmos africanos adaptados para a realidade dos escravos brasileiros e, ao longo do tempo, sofreu transformações de caráter social, econômico e musical até atingir as características conhecidas hoje. É a respeito disso que nos fala Santiago, na crônica citada. Nela, o autor apresenta os elementos que compõem o samba e ao mesmo tempo resgata a identidade cultural dos seus ancestrais, construindo a história desse ritmo através da descrição dos elementos de percussão que o acompanham. 

De acordo com a norma-padrão da Língua Portuguesa e em relação à sintaxe, assinale a alternativa cujo termo destacado não tenha a mesma função sintática do termo destacado na frase abaixo.

“O samba e a capoeira representavam alegria e prazer.”

Alternativas
Comentários
  •       a) A operação apreendeu carros de luxo, joias, armas e drogas.

    • b) Mudança no desenvolvimento chinês torna ainda mais incerto ambiente da economia brasileira.
    •  c) O hotel fica em Londrina.
            d) Os membros do Parlamento fizeram uma reunião extraordinária.
    • e) As autoridades também decidiram adotar o fuso horário da capital russa.
    Letra B é a única opção que não vem antecedido de verbo.

  • https://www.instagram.com/reel/CZuqMzSv0fu/?utm_medium=copy_link


ID
1122658
Banca
FUMARC
Órgão
PC-MG
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O mais terrível não era a menina me chamando de "tio" e pedindo um trocado, ela de pé no chão no asfalto e eu no meu carro de bacana. O mais terrível não era eu escolhendo a cara e a voz para dizer que não tinha trocado, desculpe, como se a vergonha tivesse um protocolo que a absolvesse. O mais terrível foi nem a naturalidade com que ela cuspiu na minha cara. O mais terrível foi que ela era tão pequena que a cusparada não me atingiu.

Somos boas pessoas, bons cidadãos e bons pais, mas somos tios relapsos. Nossas sobrinhas e nossos sobrinhos enchem as ruas de nossas cidades, cercam nossos carros, invadem nossas vidas e insistem que são nossa família, e não temos nada para lhes dar ou dizer, além de esmola ou "desculpe". Na família brasileira "tios" e sobrinhos têm um diálogo de ameaça e medo, revolta e remorso, e poucas palavras. Nenhum consolo possível, nenhuma esperança, nenhuma explicação. O que dizer a uma sobrinha cuja cabeça mal chega à janela do carro e tenta cuspir na cara do tio? Feio. Falta de educação. Papai do céu castiga. Paciência, minha filha, este é apenas um ciclo econômico e a nossa geração foi escolhida para este vexame, você aí desse tamanho pedindo esmola e eu aqui sem nada para te dizer, agora afasta que abriu o sinal. Não pergunte ao titio quem fez a escolha, é tudo muito complicado e, mesmo, você não entenderia a teoria. Vá cheirar cola, para passar. Vá morrer, para esquecer. Ou vá crescer, para me matar na próxima esquina.

A história, dizem, terminou, e os mocinhos ganharam. Os realistas, os antiutópicos, os racionais. Ficou provado que a solidariedade é antinatural e que cada um deve cuidar dos apetites dos seus. Ou seja: ninguém é "tio" de ninguém. A família humana é um mito, o sofrimento alheio é um estorvo e se a miséria à tua volta te incomoda, compra uma antena parabólica. Ninguém é insensível, dizem os mocinhos, mas a compaixão não funciona. Todos esses anos de convivência com a dor dos outros, que deviam ter nos educado para a compaixão, nos educaram para a autodefesa, para cuspir primeiro. Os bons sentimentos faliram, dizem os mocinhos. Confiemos o futuro ao mercado, que não tem sentimentos, que tritura gerações entre seus dedos invisíveis, pra que se envolver? Afasta do carro que abriu o sinal.

Mas mais terrível do que tudo é eu ficar aqui, escolhendo frases para encher o papel, até cuidando o estilo, já que é domingo. Como se fizesse alguma diferença. Como se isso fosse nos salvar, o tio da sua impotência e cumplicidade e a sobrinha anônima do seu destino. Desculpe.

“Paciência, minha filha, este é apenas um ciclo econômico e a nossa geração foi escolhida para este vexame, você aí desse tamanho pedindo esmola e eu aqui sem nada para te dizer, agora afasta que abriu o sinal.”

No período acima, as vírgulas foram empregadas em “Paciência, minha filha, este é [...]”, para separar .

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: alternativa b)

    a) Aposto: É o termo que esclarece outro(s).

    Joana, esposa de João, é muito bela.


    b)Vocativo: É um termo à parte, é um chamamento, normalmente, indica o ser com quem se fala.

    Ó mar, por que não me levas contigo?

    Vem, meu amigo, abraçar um vitorioso.


    c) Adjunto adverbial: É o termo que exprime circunstância ao verbo e, às vezes, ao adjetivo e ao advérbio. Serão adjuntos adverbiais:

    1)os advérbios:

    Os povos antigos trabalhavam mais.

    2)as locuções adverbiais:

    Li vários livros durante as férias.


    Fonte: Apostila Vestcon, PCMG-Investigador.

  • d) para isolar palavras e expressões explicativas (a saber, por exemplo, isto é, ou melhor, aliás, além disso etc.):

    Gastamos R$ 5.000,00 na reforma do apartamento, isto é, tudo o que tínhamos economizado durante anos.

    Eles viajaram para a América do Norte, aliás, para o Canadá.


    Fonte: http://www.pciconcursos.com.br/aulas/portugues/pontuacao

  • Vocativo: Evocar, invocar algo ou alguém. Sempre isolado por vírgulas.

    Exemplo clássico: Mãe, vem me limpar.

    haha

    Espero ter ajudado. Bons estudos!


  • b)vocativo.

    Vocativo vem de invocar, comunicar direto ao interlocutor.

  • Vocativo: Evocar, invocar algo ou alguém. Sempre isolado por vírgulas

    EX :  FILHO VENHA CÁ !.

     

  • Note que o termo "minha filha" expressa um chamado,.

    Trata-se, assim, de um vocativo.

    Resposta: Letra B


ID
1138075
Banca
FUNDAÇÃO SOUSÂNDRADE
Órgão
CRC-MA
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Tudo por dinheiro
Paulista de 29 anos, o piloto de Fórmula 1 Felipe Massa possui em seu currículo 11 vitórias, 30 pódios e um vice-campeonato, em 2008. Naquele ano, guiando uma possante Ferrari, perdeu o título na última curva de Interlagos, apesar de vencer a prova para delírio dos fãs na arquibancada. Perdeu disputando, fazendo bonito, como se diz no automobilismo.
A derrota, porém, nunca lhe caiu bem. Demonstrava a garra de campeão, e por isso alimentava o espírito patriota plantado no coração do povo com competência por Ayrton Senna.
Massa parecia trilhar o caminho vitorioso de campeões como Senna, Nelson Piquet e Emerson Fittipaldi. Mas, no domingo 25, calou a alma dos milhares de brasileiros que acordaram cedo para ver o Grande Prêmio de Hockenheim, na Alemanha. Na 49ª volta, ele desacelerou em uma reta a Ferrari com a qual liderava a prova, para permitir que Fernando Alonso, seu companheiro de equipe, o ultrapassasse com facilidade rumo à bandeirada final.
Ali, ao vivo, diante de todos, feriu de morte o orgulho nacional. Chegou em segundo, escoltando o concorrente. Havia cumprido uma ordem do chefe. Pior, ouvida alto e bom som durante a transmissão. Sua máscara caiu ali, naquela reta.
[...] “Em vez de patrocinar uma mudança de mentalidade nos brasileiros, de abolir o jeitinho, o esporte exaltou o lado sujo, sombrio, por causa desse episódio do Felipe Massa”, diz o sociólogo Maurício Murad, da Universidade Estadual do Rio de Janeiro. “Foi um tiro no pé.”  
(IstoÉ – Agosto/2010)

Com relação aos aspectos semânticos e morfossintáticos do texto, assinale a opção CORRETA.

Alternativas
Comentários
  • O aposto é uma explicação. Na alternativa explica-se quem é Fernando Alonso, ou seja, companheiro de equipe de Felipe Massa.
  •  a)Em “Naquele ano, guiando uma possante Ferrari, perdeu o título na última curva de Interlagos...", (1º parágrafo) há eufemismo, como figura de linguagem. Negativo, não há ideia de suavização. 

     b)Em “...para permitir que Fernando Alonso, seu companheiro de equipe, o ultrapassasse..." (3º parágrafo), o termo destacado representa, na oração, um aposto. Aposto explicativo, tá bem visível. portanto, alternativa correta!

     c)O termo destacado em “...para permitir que Fernando Alonso, seu companheiro de equipe, o ultrapassasse... (3º parágrafo) expressa uma ideia de proporção.  nunca no Brasil, tá bem explicitada que  expressa uma ideia de finalidade.

     d)A expressão “foi um tiro no pé", (último parágrafo) faz referência a uma conduta negativa do piloto Felipe Massa, que prejudicou os próprios companheiros de equipe.  Basta ler o texto, há uma citação ,  na qual a decisão de deixar o companheiro de equipe passar , decorrente de ordem dada pelo chefe de equipe prejudicou o Felipe Massa, de forma que deixou todos tristes, foi como se fosse um tiro no pé, de nós brasileiros, ou seja, felipe massa foi a vítima. 

     e)O termo “calou" (3º parágrafo), no contexto apresentado, foi usado denotativamente, no sentido de “não produzir som ou ruído".

     se leste 3° paragrafo , verificará que "calou"  foi usado no sentido conotativo, ou seja , sentido figurado.  A alma ficou calada, kkkk

     

     foco , força e fé!   Q ue Deus possa iluminar nossas vidas e nossas famílias, amém!

     

  • LETRA: B

    Aposto é um termo que se junta a outro de valor substantivo ou pronominal para explicá-lo ou especificá-lo melhor. Vem separado dos demais termos da oração por vírgula, dois-pontos ou travessão.

    Por Exemplo:

    Ontem, segunda-feira, passei o dia com dor de cabeça.

    Segunda-feira é aposto do adjunto adverbial de tempo ontem. Dizemos que o aposto é sintaticamente equivalente ao termo a que se relaciona porque poderia substituí-lo. Veja:

    Segunda-feira passei o dia com dor de cabeça.

    Obs.: após a eliminação de ontem, o substantivo segunda-feira assume a função de  adjunto adverbial de tempo.

    https://www.soportugues.com.br/secoes/sint/sint22.php

     

  • A- Possante Ferrari -> uma Ferrari por si só é possante -> Pleonasmo e não Eufemismo

    B- Correta

    C-Para -> Finalidade

    D- O significado da questão está correto. No entanto, ele não prejudicou, mas sim beneficiou sua equipe.

    E- O termo "calou"foi usado no sentido figurado (conotativo).


ID
1141057
Banca
FEPESE
Órgão
MPE-SC
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Considere o trecho extraído do texto 1 e analise as afrmativas a seguir, tendo em vista a norma padrão da língua portuguesa.

“Vós, que o conhecestes, meus senhores, vós podeis dizer comigo que a natureza parece estar chorando a perda irreparável de um dos mais belos caracteres que têm honrado a humanidade. Este ar sombrio, estas gotas do céu, aquelas nuvens escuras que cobrem o azul como um crepe funéreo, tudo isso é a dor crua e má que lhe rói à Natureza as mais íntimas entranhas; tudo isso é um sublime louvor ao nosso ilustre finado.”

1. Trata-se de um discurso direto, que tem como interlocutores as pessoas presentes no velório e como finalidade homenagear o morto.
2. A expressão “meus senhores” é um vocativo e pode ser deslocada para o início do enunciado, ou para imediatamente após o pronome inicial, mantendo-se isolada por vírgulas.
3. A forma verbal “têm” não poderia estar no singular “tem”, pois estaria ferindo a regra de concordância segundo a qual o verbo deve concordar com seu sujeito.
4. As palavras “sombrio”, “escuras” e “azul” estão empregadas como adjetivos.
5. As duas ocorrências de “tudo isso” fazem remissão anafórica a “Este ar sombrio, estas gotas do céu, aquelas nuvens escuras que cobrem o azul como um crepe funéreo”, e funcionam como aposto resumitivo.

Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.

Alternativas
Comentários
  • Prova cancelada, estamos aguardando remarcação!

  • Mas a afirmativa três esta correta ou não, afinal? E a 5?

  • Acho que a três está errada.

    "vós podeis dizer comigo que a natureza parece estar chorando a perda irreparável de um dos mais belos caracteres que tem honrado a humanidade"

    Se o tem ficar no plural... acabará tendo como sujeito "a natureza". Não estará errada, só vai ter alterado o sujeito.

  • O tem pode concordar com "um" ou com "belos caracteres", por isso está errada!

  • Eu entendi o item 3 como um caso de Concordância facultativa envolvendo expressão partitiva/coletiva:

    UM DOS QUE
    Ex. Ele foi um dos colegas  que mais me apoiaram.
    Ele foi um dos colegas que mais me apoiou (Quando se quer destacar o indivíduo dentro do grupo, emprega-se o verbo no singular)

    A MAIORIA DOS/DAS
    eX: A maioria dos aposentados se descuida.(concordância lógica)
    A maioria dos apostentados se descuidam. (concordância atrativa/estilística)
    A maioria das residências possui/possuem grades.
    (Mas cuidado : se a expressão partitiva não estiver determinada pela  flexiona. Ex: A maioria se descuida com a própria saúde; A maioria possui grades)

    GRANDE PARTE/NÚMERO

    EX: Grande número de trabalhadores ganha pouco.
    Grande número de trabalhadores ganham pouco.

    UM E OUTRO
    Um e outro procurou/procuraram o juiz.
    (Mas cuidado com a reciprocidade, que mantém no plural: Um e outro abraçaram-se.)

    NEM UM NEM OUTRO
    Nem um nem outro falou/falaram sobre o assunto.
    (Mas cuidado com a reciprocidade, que mantém no plural:Nem um nem outro agrediram-se.)

    ----ATENÇÃO----CUIDADO-------
    MAIS DE UM (EM REGRA, SINGULAR). Ex: Mais de uma pessoa estava ali.
    EXCEÇÃO : vai para o plural quando:
    -repete: Mais de um cantor, mais de uma atriz apresentaram seus trabalhos.
    -reciprocidade: Mais de um aluno abraçaram-se no auditório.

    Espero que seja por aí, se não, me corrijam, por favor..

  • Resposta letra D

    1, 2 e 5 corretas.

  • Eu acho que a número está errada, veja a questão:

    "1. Trata-se de um discurso direto, que tem como interlocutores as pessoas presentes no velório e como finalidade homenagear o morto." - PLURAL


    Veja o trecho: "que levou um daqueles féis da última hora a intercalar esta engenhosa ideia no discurso que proferiu à beira de minha cova: - “Vós, que o conhecestes, meus senhores, vós podeis dizer comigo que a natureza parece estar chorando a perda irreparável de um dos mais belos caracteres que têm honrado a humanidade. Este ar sombrio, estas gotas do céu, aquelas nuvens escuras que cobrem o azul como um crepe funéreo, tudo isso é a dor crua e má que lhe rói à Natureza as mais íntimas entranhas; tudo isso é um sublime louvor ao nosso ilustre fnado.”
    Bom e fel amigo!" ESTÁ NO SINGULAR"


    Não foram interlocutores, mas apenas um interlocutor!

  • 1. Correta.
    2. Correta.
    3.  O tem pode concordar com "um" ou com "belos caracteres", por isso está errada!
    4. A palavra“azul” esta empregadas como substantivo, com sentido de céu, por isso está errada!
    5.  Correta.

  • errei porque essa merda de "aposto resumitivo" está mais com cara de sujeito da oração, daí pensei: "se é sujeito, não pode ser um aposto"...f*ck!

  • adjetivo comparativo de superioridade analítico: comparam duas caracteristicas de um mesmo ser. 

    ex: Saul é mais inteligente do que bonito

    adjetivo de superioridade sintetico: comparam dois seres. 

    ex: Mr. White é melhor do que Pinkman


ID
1145563
Banca
PC-SP
Órgão
PC-SP
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

“Minha amiga tem razão quando diz que , na velhice, não podemos nos impor uma indigência que não teremos, mas, ainda assim, não podemos afastar de nós a fragilidade e a finitude.” (Dulce Critelli, Folha de S.Paulo, fevereiro de 2010, com adaptações)

Em “... quando diz que, na velhice, não podemos ...” as vírgulas separam

Alternativas
Comentários
  • Adjunto Adverbial de Tempo

  • Alternativa: D

    Adjunto Adverbial Deslocado. 

  • Elemento esta deslocado entre virgulas...

  • Adjunto Adverbial de Tempo --- quando? Na velhice

  • Por que não é aposto?

  • Por que não é aposto? simples o termo, não é explicado na frente.

    GABARITO = D

    NA VELHICE!!

    PF/PC

    DEUS PERMITIRÁ

  • Adjunto adverbial é o termo da oração que indica uma circunstância (dando ideia de tempo, lugar, modo, causa, finalidade, etc.). O adjunto adverbial é o termo que modifica o sentido de um verbo, de um adjetivo ou de um advérbio. Observe as frases abaixo:

    Eles se respeitam muito.

    Seu projeto é muito interessante.

    O time jogou muito mal.

    Nessas três orações, muito é adjunto adverbial de intensidade. No primeiro caso, intensifica a forma verbal respeitam, que é núcleo do predicado verbal. No segundo, intensifica o adjetivo interessante, que é o núcleo do predicativo do sujeito. Na terceira oração, muito intensifica o advérbio mal, que é o núcleo do adjunto adverbial de modo.

    FÉ NA MISSÃO.

  • Não entendi porquê.

  • Pessoal, para facilitar a questão, devemos ter um conhecimento de orações subordinadas, observe:

    A oração principal é (Quando diz que não podemos)

    "que" -->Conjunção integrante (troca por isso) introduzindo uma O.S.S.O.D

    Desse modo, interpretamos a questão dessa maneira: “... quando diz que(isso), na velhice, não podemos ...”

    ***Note que o termo intercalado "na velhice" refere-se a quando é que ele vai dizer, por isso, o termo é um ADJUNTO ADVERBIAL DE TEMPO.

  • Adjunto Adverbial de Tempo, aposto nunca dá ideia de tempo.

  • d) Adjunto adverbial.

    Adjunto adverbial - É o termo que exprime uma circunstância (de tempo, lugar, modo, etc.) ou, em outras palavras, que modifica o sentido de um verbo, adjetivo ou advérbio.

    Exemplo: "Meninas numa tarde brincavam de roda na praça".


ID
1148473
Banca
CEPERJ
Órgão
CEDERJ
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A alternativa em que as palavras sublinhadas pertencem à mesma classe gramatical e apresentam o mesmo valor semântico é:

Alternativas
Comentários
  • Gab e


    Na minha opinião os 2 de são preposições

  • Não seria a forma como Wilson morreu? De desgosto , de irrelevância. Seria adjunto adverbial de modo

  • gente

    de desgosto - não seria predicativo do objeto? e

    de irrelevância - objeto direto?

    :(( me ajuda galera

  • Classe gramatical = preposição.

    Valor semântico = causa.

  • Tatiane Alves, Morrer é verbo Intransitivo, logo não requer complemento. 

    Algumas vezes o verbo intransitivo pode vir acompanhado de algum termo que indica modo, lugar, tempo, etc. Os adjuntos adverbiais. 

    Existem verbos intransitivos que precisam vir acompanhados de adjuntos adverbiais apenas para darem um sentido completo para a frase.


  • Alguém poderia dizer qual é o erro da C?

  • De desgosto - Adj adverbial de causa.

    De irrelevância - Adj adverbial de causa.

  • Gente, quem tiver acesso ao comentário do professor, aconselho assistir ao vídeo. Muito bizu bom! 

  • Questão muito boa....

  • Ótima questão e explicação melhor ainda.

  • a) ERRADA “Estou escrevendo sem saber (isso)  se já atacaram a Síria (CONJUNÇÃO INTEGRANTE) / “Talvez se deva adotar a ONU como símbolo...” (PRONOME APASSIVADOR)

     

    b) ERRADA “O que dá para saber sem esperar os fatos é que, mais uma vez, as Nações Unidas não tiveram nada a ver com o assunto” (IDEIA TEMPORAL) / O fracasso da ONU na sua missão mais importante, que é evitar as guerras, torna as suas mil e uma utilidades supérfluas” (IDEIA DE INTENSIDADE)

     

    c) ERRADA “A ONU é um monumento aos melhores sentimentos humanos e ao mesmo tempo uma prova de como (de modo que) os bons sentimentos pouco podem” (MODO) / “Pouca gente sabe tudo que a ONU faz nos campos da saúde, da agricultura, dos direitos humanos etc., como (tal qual) pouca gente sabia que a Liga das Nações...” (COMPARAÇÃO)

     

    d) ERRADA “O fracasso da ONU na sua missão mais importante, que é evitar as guerras, torna as suas mil e uma utilidades supérfluas” (PRONOME RELATIVO COM IDEIA EXPLICATIVA) / ”Pouca gente sabe tudo que a ONU faz nos campos da saúde,...” (PRONOME RELATIVO COM IDEIA RESTRITIVA)

     

    e) CERTA “Congresso americano rejeitou a participação dos Estados Unidos na organização, o que matou Wilson de desgosto” (PREPOSICÃO COM IDEIA DE CAUSA) / “...mas agonizou durante 20 sangrentos anos, até morrer de irrelevância” (PREPOSIÇÃO COM IDEIA DE CAUSA)

  • Luiz Felipe, letra D o segundo QUE é conjunção integrante.

    ”Pouca gente sabe tudo que a ONU faz nos campos da saúde,...”

    ”Pouca gente sabe tudo isso..."

     

  • Duas! Tb derrapei na B levando em consideração a abrangência... =/


ID
1149394
Banca
FEPESE
Órgão
MPE-SC
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O ‘Hubble’ fotografa uma supernova que surpreende por seu brilho

A explosão de uma estrela descoberta, por pura casualidade, por uns estudantes britânicos há pouco mais de um mês se converteu em tema de interesse de astrônomos de todo o mundo, que inclusive apontaram o telescópio espacial Hubble para vê-la. É a supernova mais brilhante detectada nos últimos 27 anos e ainda é visível no céu com telescópios modestos de amadores. Além disso, é de um tipo especial (Ia) que os cosmólogos utilizam para medir grandes distâncias no universo. Mas o céu costuma surpreender os cientistas. Um grupo de especialistas da Universidade de Berkeley (EUA) está estudando a supernova que foi batizada ofcialmente de SN 2014J, e viu que é estranha porque seu brilho aumentou mais rápido do que o esperado. “Pode ser que esteja nos mostrando algo das supernovas de tipo Ia que os teóricos precisem compreender; talvez o que pensávamos que fosse um comportamento normal de uma dessas supernovas seja o anormal”, diz Alex Filippenko, líder da equipe.

Uma supernova é uma explosão colossal de uma estrela que ocorre quando ela se desestabiliza. A descrição padrão desses fenômenos fala de astros imensos que, quando as reações nucleares de seu interior já consumiram todo o seu hidrogênio, deixando-os sem combustível, colapsam desencadeando todo o processo de explosão na forma de supernova. Mas, as do tipo Ia são diferentes: são estrelas anãs brancas, velhas e muito densas, tanto que nelas uma massa como a do Sol está comprimida em um tamanho equivalente ao da Terra; quando roubam matéria de um astro próximo ou se se fundem duas delas, podem superar um certo umbral de massa a partir do qual deixam de ser estáveis e se desencadeia uma colossal explosão.

O valor das Ia como marcação de medida de distâncias no universo se deve a que essas supernovas geram o mesmo brilho mais ou menos, o que permite estimar a distância a que está a galáxia na qual se produzem essas explosões. E foi precisamente com duas pesquisas independentes que usaram essas supernovas para medir distâncias no cosmos e medir a velocidade de recessão das respectivas galáxias que se descobriu a inesperada aceleração da expansão do universo.

Disponível em <http://brasil.elpais.com/brasil/2014/03/04/sociedad/1393959611_405560.html>  [Adaptado]

Acesso em 07/03/2014.


Considerando aspectos linguísticos, analise as afirmativas abaixo em relação ao trecho extraído do texto 2.


“A explosão de uma estrela descoberta, por pura casualidade, por uns estudantes britânicos há pouco mais de um mês se converteu em tema de interesse de astrônomos de todo o mundo, que inclusive apontaram o telescópio espacial Hubble para vê-la”.

1. O vocábulo “por”, nas duas ocorrências sublinhadas, tem o mesmo sentido que na construção “lutou por uma vaga”. 
2. O uso de vírgulas isolando “por pura causalidade” se justifica por esta construção estar empregada como adjunto adverbial intercalado no período. 
3. O sujeito de “converteu” é indeterminado, o que se evidencia pelo uso da partícula “se”. 
4. A construção “de todo o mundo” poderia ser substituída, sem prejuízo de sentido, por “do mundo inteiro”.
5. Em “vê-la”, o pronome sublinhado é objeto do verbo “ver” e faz referência a “a explosão de uma estrela”.

Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.

Alternativas
Comentários
  • Breve comentário das assertivas incorretas:


    1. O vocábulo “por”, nas duas ocorrências sublinhadas, tem o mesmo sentido que na construção “lutou por uma vaga”. 
    Em "lutou por uma vaga'', o vocábulo POR está empregado no sentido de "...pela vaga". Na primeira ocorrência não é empregado o mesmo sentido; basta fazer a substituição e ver que não permanece a coerência. 

    3. O sujeito de “converteu” é indeterminado, o que se evidencia pelo uso da partícula “se”. 
    O sujeito é ''A explosão de uma estrela", logo, não é indeterminado.



    Bons estudos!!

  • D


ID
1151284
Banca
INSTITUTO AOCP
Órgão
UFGD
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                            Alimentos geneticamente modificados: fato e ficção

                                                                                                                         Marcelo Gleiser

     Raramente, a relação entre a ciência e a população é tão direta quanto no caso de alimentos geneticamente modificados (AGMs). Pois uma coisa é ligar uma TV de plasma ou falar num celular; outra, é ingerir algo modificado no laboratório.
     Não é à toa que as reações contra e a favor dos AGMs é polarizada e radical. De um lado, vemos grupos puristas querendo banir definitivamente qualquer tipo de alimento geneticamente modificado, alegando que fazem mal à saúde e ao meio ambiente; de outro, temos os defensores radicais dos AGMs, que confundem ciência com as estratégias de marketing dos grandes produtores, principalmente da gigantesca Monsanto.
     Poucos debates na nossa era são tão importantes. Existem aqui ecos do que ocorre com o aquecimento global, o criacionismo e as vacinas, onde o racional e o irracional misturam-se de formas inusitadas.
     Vemos uma grande desconfiança popular da aliança entre a ciência e as grandes empresas, dos cientistas “vendidos", comparados, infelizmente, com os que trabalham para a indústria do fumo. A realidade, como sempre, é bem mais sutil.
     Existem centenas de estudos científicos publicados que visam determinar precisamente o impacto dos alimentos geneticamente modificados nas plantações e nos animais. O leitor encontra uma lista com mais de 600 artigos no portal http://www.biofortifed.org/genera/studies-for-genera/, que não é afiliado a qualquer empresa.
     Em junho, o ministro do meio ambiente do Reino Unido, Owen Paterson, propôs que seu país deveria liderar o mundo no desenvolvimento e na implantação de AGMs: “Nosso governo deve assegurar à população que os AGMs são uma inovação tecnológica comprovadamente benéfica".
     Na semana anterior, grupos contra a implantação de AGMs vandalizaram plantações de beterraba da empresa suíça Syngenta no Estado de Oregon, nos EUA. As plantações foram geneticamente modificadas para resistir ao herbicida Glifosate (do inglês Glyphosate), algo que os fazendeiros desejam, pois ajuda no controle das ervas daninhas que interferem com a produtividade de suas plantações.
     O Prêmio Mundial da Alimentação de 2013 foi dado a Marc van Montagu, Mary-Dell Chilton e Rob Fraley. Os três cientistas tiveram um papel essencial no desenvolvimento de métodos moleculares desenhados para modificar a estrutura genética de plantas. Chilton, aliás, trabalha para Syngenta. Mas, no YouTube, vemos vídeos mostrando os efeitos “catastróficos" de tal ciência, como relata Nina Fedoroff, professora da Universidade Estadual da Pensilvânia em um ensaio recente para a revista “Scientific American". Fedoroff antagoniza os exageros e radicalismo dos protestos contra os AGMs, que alega não terem qualquer fundamento científico, sendo comparáveis aos abusos pseudocientíficos que justificam posturas quase que religiosas.
     Em termos dos testes até agora feitos, não parece que AGMs tenham qualquer efeito obviamente nocivo à saúde humana ou à dos animais que se alimentam deles. Já muitos dos inseticidas comumente usados em plantações são altamente cancerígenos. 
     Sem dúvida, a pesquisa sobre o impacto ambiental e médico dos AGMs deve continuar; mas a negação da ciência sem evidência, baseada em mitologias, é a antítese do que uma população bem informada deve fazer.

                                                                         http://www1.folha.uol.com.br/colunas/marcelogleiser/2013/07/1317544-alimentos-geneticamente-modificados-fato-e-ficcao.shtml



Assinale a alternativa INCORRETA quanto ao que se afirma a respeito das expressões destacadas.

Alternativas
Comentários
  • Letra E.

    "quase que religiosas"

    Religiosas - é um adjetivo e Adjuntos Adnominais nunca se referem a adjetivos, apenas a Substantivos(abstratos ou concretos).

    Quase que - seria então Complento Nominal.

  • A letra C está correta? Alguém poderia me explicar o por que?

  • "Quase que" não é complemento nominal, uma vez que "religiosas" (adjetivo) não é exige complemento; menos ainda, preposição.   Só acrescentando a excelente explicação  de Arthur Hoffmann.

  • Onde a C está correta????? "Com algo" virou sinônimo agora de "Em algo"??? Agora eu vi! -> Farei cocô com a privada = Farei cocô na privada.

  • Resposta E:

    Fiquei em duvida da Letra  C) e da Letra E)

    Letra C - Achei estranho com + a = na?? (deixei em aberto)

    continuei lendo as alternativas:

    Letra E: o termo quase que esta modificando um adjetivo religiosas. E o termo que se relaciona com verbo, adverbio ou adjetivo é adjunto adverbial!!!!


    Adjunto adnominal se relaciona a substantivo e serve para caracterizar, restringir ou especificar o substantivo



     

  • João Ricardo eu posso te explicar o "porquê" (junto e com acento pois significa "o motivo" e é um substantivo ;) ). A alternativa C está correta pois a regência do verbo interferir aceita tanto a preposição "em" quanto a preposição "com".

  • Creio que o examinador considerou a letra C correta porque a regência do verbo interferir admite: interferir COM e interferir EM (no, na, nos, nas). A questão não mencionou que deve haver sentido semântico idêntico à expressão referida no texto, apenas mencionou que a expressão pode ser alterada por" inferir na.." (o que acaba alterando o sentido do texto). Por isso a alternativa C  é considerada correta.

    Caso a questão pedisse o mesmo sentido semântico e a forma gramatical correta, então essa alternativa também estaria incorreta.

  • questão correta : E ..quase que refere-se adjunto advervial 

  • a) “Nosso governo deve assegurar à população que os AGMs são uma inovação tecnológica comprovadamente benéfica".
    Assegurar = VTDI ; que os AGM's = OD / à população = OI   (V)


    b) Pois uma coisa é ligar uma TV de plasma ou falar num celular; outra, é ingerir algo modificado no laboratório.... 

    = outra coisa é ingerir algo que foi modificado (voz passiva) - algo = sujeito / pronome indefinido.  (V)


    c) ... ,pois ajuda no controle das ervas daninhas que interferem com a produtividade de suas plantações.
    interferir (em / com), pode substituir, mas o sentido modifica.  (V)


    d) Em termos dos testes até agora feitos... 
    = em termos dos testes que foram feitos até agora (ADV de tempo)   (V)


    e) ... abusos pseudocientíficos que justificam posturas quase que religiosas. 
    religiosas = adjetivo / quase = advérbio de intensidade, logo função de ADV de intensidade / que = partícula expletiva  (Gabarito)

  • Posturas religiosas são justificadas. (Passiva)
    Seria correto ver desta forma para diferenciar o adjunto do complemento nesse caso? Alguém poderia informar, obrigado!
    Depois de eliminar as outras assertivas, usei esse raciocínio e acertei.

  • e) Em “...quase que religiosas.”, funciona como adjunto adnominal

    Adjunto adnominais incluem artigos, numerais, pronomes e adjetivos. Tudo que qualifica o substantivo, e nao o adjetivo, é adjunto adnominal

  • Gabarito letra E.

     

     

    Uma dica: vejam o comentário do professor Alexandre Soares. Muitos estão classificando o termo de forma equivocada. Segundo o professor, o papel de "quase que" pode ser de adjunto adverbial de intensidade, e não de complemento nominal. MUITO CUIDADO!

  • A letra C pode até ser substituida, porém  mudaria o sentido.

    "Interferem COM a produtividade" >> sentido de que ela vai interferir em algo. (agente)

    "Interferem NA produtividade" >> sentido de que ela vai ser interferida. (paciente)
     

    me corrijam por favor, caso esteja errado !

    FÉ.

  • Professor top, gosto de mais da metodologia dele.

  • Duas alternativas incorretas na mesma questão?? C e E estão incorretas? Acho que essa questão deveria ser anulada.

  • quase que ----- adjunto adverbial de intensidade

  • O termo da letra E não se refere ao substantivo "postura"? Nesse caso, pode ser adjunto adverbial?


ID
1151308
Banca
INSTITUTO AOCP
Órgão
UFGD
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                            Alimentos geneticamente modificados: fato e ficção

                                                                                                                         Marcelo Gleiser

     Raramente, a relação entre a ciência e a população é tão direta quanto no caso de alimentos geneticamente modificados (AGMs). Pois uma coisa é ligar uma TV de plasma ou falar num celular; outra, é ingerir algo modificado no laboratório.
     Não é à toa que as reações contra e a favor dos AGMs é polarizada e radical. De um lado, vemos grupos puristas querendo banir definitivamente qualquer tipo de alimento geneticamente modificado, alegando que fazem mal à saúde e ao meio ambiente; de outro, temos os defensores radicais dos AGMs, que confundem ciência com as estratégias de marketing dos grandes produtores, principalmente da gigantesca Monsanto.
     Poucos debates na nossa era são tão importantes. Existem aqui ecos do que ocorre com o aquecimento global, o criacionismo e as vacinas, onde o racional e o irracional misturam-se de formas inusitadas.
     Vemos uma grande desconfiança popular da aliança entre a ciência e as grandes empresas, dos cientistas “vendidos", comparados, infelizmente, com os que trabalham para a indústria do fumo. A realidade, como sempre, é bem mais sutil.
     Existem centenas de estudos científicos publicados que visam determinar precisamente o impacto dos alimentos geneticamente modificados nas plantações e nos animais. O leitor encontra uma lista com mais de 600 artigos no portal http://www.biofortifed.org/genera/studies-for-genera/, que não é afiliado a qualquer empresa.
     Em junho, o ministro do meio ambiente do Reino Unido, Owen Paterson, propôs que seu país deveria liderar o mundo no desenvolvimento e na implantação de AGMs: “Nosso governo deve assegurar à população que os AGMs são uma inovação tecnológica comprovadamente benéfica".
     Na semana anterior, grupos contra a implantação de AGMs vandalizaram plantações de beterraba da empresa suíça Syngenta no Estado de Oregon, nos EUA. As plantações foram geneticamente modificadas para resistir ao herbicida Glifosate (do inglês Glyphosate), algo que os fazendeiros desejam, pois ajuda no controle das ervas daninhas que interferem com a produtividade de suas plantações.
     O Prêmio Mundial da Alimentação de 2013 foi dado a Marc van Montagu, Mary-Dell Chilton e Rob Fraley. Os três cientistas tiveram um papel essencial no desenvolvimento de métodos moleculares desenhados para modificar a estrutura genética de plantas. Chilton, aliás, trabalha para Syngenta. Mas, no YouTube, vemos vídeos mostrando os efeitos “catastróficos" de tal ciência, como relata Nina Fedoroff, professora da Universidade Estadual da Pensilvânia em um ensaio recente para a revista “Scientific American". Fedoroff antagoniza os exageros e radicalismo dos protestos contra os AGMs, que alega não terem qualquer fundamento científico, sendo comparáveis aos abusos pseudocientíficos que justificam posturas quase que religiosas.
     Em termos dos testes até agora feitos, não parece que AGMs tenham qualquer efeito obviamente nocivo à saúde humana ou à dos animais que se alimentam deles. Já muitos dos inseticidas comumente usados em plantações são altamente cancerígenos. 
     Sem dúvida, a pesquisa sobre o impacto ambiental e médico dos AGMs deve continuar; mas a negação da ciência sem evidência, baseada em mitologias, é a antítese do que uma população bem informada deve fazer.

                                                                         http://www1.folha.uol.com.br/colunas/marcelogleiser/2013/07/1317544-alimentos-geneticamente-modificados-fato-e-ficcao.shtml



A expressão que NÃO funciona como adjunto adverbial é:

Alternativas
Comentários
  • Não entendi essa questão, alguém pode me ajudar?

  • A palavra recente é um adjetivo, no meu entender, que se refere ao substantivo ensaio. As demais alternativas são adjunto adverbial.

    RESPOSTA LETRA D.

  • a

    Na semana anterior, grupos contra a implantação de AGMs...”

    b

    Sem dúvida, a pesquisa sobre o impacto ambiental...”

    c

    “...a negação da ciência sem evidência, baseada em mitologias...”

    d

    “...em um ensaio recente para a revista “Scientific American...”

    e

    Em junho, o ministro do meio ambiente do Reino Unido...”

  • recente:

    adj. Feito ou acontecido há pouco tempo; novo, fresco: descoberta recente

  • Alguem sabe por que em “...a negação da ciência sem evidência, baseada em mitologias...” `SEM EVIDENCIA` é adj adv? Este nao deveria modificar apenas Adjetivos, Adverbios e Verbos? O que SEM EVIDENCIA esta modificando?

  • Não entendi a "e" alguém pode explicar?

  • A resposta é LETRA D.
    Vamos à análise de cada alternativa.
    a) "Na semana anterior, grupos contra a implantação de AGMs..." - Adjunto adverbial indicando tempo, sem problemas aqui.
    b) "Sem dúvida, a pesquisa sobre o impacto ambiental..." - Adjunto adverbial, pois é uma locução adverbial de afirmação (sem dúvida, de fato, na verdade, por certo)
    c) "...a negação da ciência sem evidência, baseada em mitologias..." - Adjunto adverbial de modo, que está modificando negação. De que modo é feita a negação? Sem evidências.
    d) "...em um ensaio recente para a revista “Scientific American..." - CERTA. Adjunto adverbial só modifica adjetivo, verbo, ou advérbio. Recente está modificando "ensaio", um substantivo, logo, é um adjetivo. Não é complemento nominal porque não se inicia com preposição, então é um adjunto adnominal, termo que tem valor de adjetivo, servindo para explicar, especificar ou delimitar o significado de um substantivo

    e) "Em junho, o ministro do meio ambiente do Reino Unido..." Adjunto adverbial de tempo, sem problemas também.
    Abraço a todos, bons estudos, e Deus os abençoe!

  • porém "a negação" também é substantivo e adjunto adverbial não pode estar relacionado a substantivo.

    a letra C esta confusa

  • A assertiva  "c"  também se trata de adj adn. Segundo prof. Pablo Jamilk.

  • d)

    “...em um ensaio recente para a revista “Scientific American...”

    recente modifica ensaio, qualificando-o como adjunto adnominal

  •  LETRA D

  • Letra d galeraaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa

     

    flw

  • em um ensaio recente para a revista “Scientific American.

    em dois ensaios RECENTES ... 

    Variou?? Sim, então não é advérbio.

     

    GABARITO D

  • Da ciência é uma locução adjetiva(preposição + substantivo), sem evidência > adjunto adverbial

  • GAB D 

    Excelente a explicação do Prof. Alexandre Soares no vídeo anexo.

    Bons estudos! Avante!

  • Considere o seguinte: a) Somente os substantivos podem ser acompanhados de adjuntos adnominais; já os complementos nominais podem ligar-se a substantivos, adjetivos e advérbios.

  • “...em um ensaio recente.

    Em vários ensaios recentes. Adverbio é invariável.

  • adjunto adverbial exerce a função do advérbio - dá uma circunstância à ação do verbo, de um adjetivo ou de outro advérbio.

    O adjunto adverbial é invariável.

    [Essa era para ser uma anotação particular, mas o QC não resolve os bugs do site e por isso eu não consigo criar anotações nas questões]

  • Resposta: D) “...em um ensaio recente para a revista “Scientific American...”

    Adjunto Adverbial não modifica um substantivo.

    Substantivo : "um ensaio"

  • Explicação do Xandão muito top como sempre.

  • esse professor Alexandre e um quadro branco e mesma coisa...

ID
1152085
Banca
INSTITUTO AOCP
Órgão
UFGD
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

  1. Uma epidemia silenciosa
    No Brasil, estima-se que 25 pessoas cometam suicídio por dia e a tendência é de crescimento entre jovens
    Mônica Tarantino


    A morte do músico Champignon (Luiz Carlos Leão Duarte Junior, 35), ex-baixista da banda Charlie Brown Jr, registrada pela polícia como suicídio, abriu espaço para o tema nas primeiras páginas dos jornais, no noticiário da tevê, nas redes sociais. 
O interesse no caso de Champignon, entretanto, está muito aquém da mobilização e das providências urgentes que o tema suscita. Suicídio é um problema de saúde pública a ser encarado como tal. 
    No Brasil, estima-se que 25 pessoas cometam suicídio por dia. Segundo a Organização Mundial de Saúde, a tendência é de crescimento dessas mortes entre os jovens, especialmente nos países em desenvolvimento. Nos últimos vinte anos, o suicídio cresceu 30% entre os brasileiros com idades de 15 a 29 anos, tornando-se a terceira principal causa de morte de pessoas em plena vida produtiva no País (acidentes e homicídios precedem). No mundo, cerca de um milhão de pessoas morrem anualmente por essa causa. A OMS estima que haverá 1,5 milhão de vidas perdidas por suicídio em 2020, representando 2,4% de todas as mortes. 
    Em muitos países, programas de prevenção do suicídio passaram a fazer parte das políticas de saúde pública. Na Inglaterra, o número de mortes por suicídio está caindo em consequência de um amplo programa de tratamento de depressão. Ações semelhantes protegem vidas nos Estados Unidos. Um dos focos desses programas é diagnosticar precocemente doenças mentais. De acordo com uma recente revisão de 31 artigos científicos sobre suicídio, mais de 90% das pessoas que se mataram tinham algum transtorno mental como depressão, esquizofrenia, transtorno bipolar e dependência de álcool ou outras drogas. 
    No Brasil, porém, persiste a falta de políticas públicas para prevenção do suicídio, com o agravo da passagem do tempo e do aumento populacional. Em 2006, o governo formou um grupo de estudos para traçar as diretrizes de um plano nacional de prevenção do suicídio, prometido para este ano. O que temos até então é um manual destinado a profissionais da saúde. O nome do documento é Prevenção do Suicídio - Manual dirigido a profissionais das equipes de saúde mental. 
    Reduzir o suicídio é um desafio coletivo que precisa ser colocado em debate. “Nossa resposta não pode ser o silêncio. Nossas chances de chegar às pessoas que precisam de ajuda dependem da visibilidade”, disse-me o psiquiatra Humberto Corrêa para um artigo sobre suicídio publicado pela corajosa revista Planeta (Suicídio aumenta no Brasil, mas isso poderia ser evitado, edição 421, Outubro de 2007). “Uma das nossas tarefas é convencer donas de casa, pais, educadores, jornalistas, publicitários, líderes comunitários e formadores de opinião de que o debate sobre o suicídio não é uma questão moral ou religiosa, mas um assunto de saúde pública e que pode ser prevenido. Aceitar essa ideia é o primeiro passo para poupar milhares de vidas”, alertava o especialista. 
    Penso nos casos ocorridos no meu círculo de relações e de que nunca esqueci. No primeiro ano da escola de jornalismo, um colega de sala, Zé Luiz, se matou bebendo querosene. Tinha 18 anos, era inteligente, crítico, um tanto irônico. Há alguns anos, o filho adolescente de um amigo pulou pela janela, deixando-o perplexo por nunca ter visto qualquer sinal de que isso poderia acontecer. Também se matou, aos 20 anos, a filha de uma jornalista e socióloga com quem trabalhei. A história virou filme pelas mãos de sua irmã Petra Costa. Lançado em 2012, “Elena” é um mergulho profundo nas memórias, sentimentos e questionamentos, enfim, em toda complexidade e perpetuidade do suicídio de uma pessoa amada. Mais recentemente, me admiro com a coragem de uma amiga próxima em busca do equilíbrio após o suicídio inesperado do companheiro. Sim, prevenir o suicídio é um assunto que interessa. Danem-se os tabus.

http://www.istoe.com.br/colunas-e-blogs/coluna/324253_UMA+EPIDEMIA+SILENCIOSA. (Adaptado)

Assinale a alternativa cuja expressão destacada NÃO funciona como adjunto adverbial.

Alternativas
Comentários
  • COMENTÁRIOS UMA A UMA:


    A) “...entretanto, está muito aquém da mobilização...”

    CORRETO. Adjunto Adverbial de lugar.


    B) "...entretanto, está muito aquém da mobilização...”

    CORRETO. Adjunto Adverbial de intensidade.


    C) “Em muitos países, programas de prevenção...”

    CORRETO. Adjunto Adverbial de lugar.


    D) “...de saúde pública a ser encarado como tal.”

    ERRADO. Não sei classificar.


    E) “Nos últimos vinte anos, o suicídio cresceu 30%...”
    CORRETO. Adjunto adverbial de tempo.
  • kkkk....gostei  Artur Favero desse não sei classificar

    Penso que tal é um pronome indefinido.

  • O adjunto adverbial é termo invariável. Passei todas as frases para o plural e o único termo destacado que variou foi o "tal".  "... de saúde pública, encarados como tais." Se variou não é adjunto adverbial.

  • Explicando a LETRA "D"

    O suicídio é um problema de saúde pública a ser encarado como tal. (oração subordinada adjetiva REDUZIDA DE INFINITIVO). 

    E qual a característica do suicídio? "ser um problema". Como então devo encarar esse problema? "Devo encara como um problema". Logo esse "tal" substitui "o problema"; temos como CLASSE GRAMÁTICA PRONOME INDEFINIDO. Mas e a FUNÇÃO SINTÁTICA? Esse COMO TAL retoma uma característica? SIM! Então:

    Como tal - é um PREDICATIVO DO SUJEITO. 



    Falando nisso...

    Algumas orações REDUZIDAS não podem ser desenvolvidas o que dificulta a análise.

    As ADJETIVAS PODEM SER REDUZIDAS DE INFINITIVO, GERÚNDIO E PARTICÍPIO. 

    Ex:  Consoante a Bíblia, a morte é o último inimigo a ser destruído.

          Quando saí de casa, encontrei o vizinho a tropeçar no meio da rua.


  • Significado de Tal

    > Pronome Adjetivo. Semelhante, parecido, análogo:

    ... já não se encontram tais homens.

    Tão grande, tamanho, tanto: é tal a sua fé que será atendida.

    Este, esse ou aquele: não quero tal livro.

    Isto, isso ou aquilo: não lhe pedi tal.

    > Tal (+ subst.)... tal (+ subst.) expressa identidade, semelhança:

    .. tal pai, tal filho.

    > Tal qual, tal e qual, exatamente como:

    ele é tal (e) qual o irmão. ("Tal" e "qual" concordam em número com o substantivo ou pronome antecedentes: fez os exercícios tais quais lhe recomendou o professor; eles são tais quais dois irmãos gêmeos.)

    > Que tal?: expressão usada para pedir a opinião do interlocutor: que tal, gostou?

    > Um tal de:  expressão que, antecedendo a um nome próprio, revela desdém: um tal de João.

    > De tal: expressão usada para substituir um sobrenome que se desconhece: José de tal.

    Bras. Gír. Ser o tal, ser a pessoa mais notável, importante ou destacada num grupo ou num assunto: ele é o tal em matemática.

    Sinônimos de Tal

    Sinônimo de tal: análogo, aquele, esse, este, igual e semelhante

    Definição de Tal

    > Classe gramatical: advérbio, pronome e substantivo de dois gêneros

    > Separação das sílabas: tal

    > Plural: tais

    Exemplos coma palavra “tal”

    Essas instituições "têm regras de governo, e tal como dizem seus acordos constitutivos, são independentes da ONU", lembrou o diplomata americano John Sammis, ao ressaltar que qualquer decisão sobre sua reforma "é uma prerrogativa que corresponde a seus acionistas e a suas juntas de governadores". Folha de São Paulo, 27/06/2009

    A delegação americana se mostrou contrária à possibilidade de que as Nações Unidas tenham um "papel formal" nas decisões que afetam às instituições financeiras multilaterais, tal como indica a declaração final adotada por consenso na Assembleia Geral da ONU após três dias de debates. Folha de São Paulo, 27/06/2009

    As organizações de direitos humanos rejeitam essa opção ao argumentar que tal atitude perpetua a política de detenção de Bush. O decreto afetaria pessoas que estão atualmente em Guantánamo, mas não a futuros detidos, segundo a imprensa americana. Folha de São Paulo, 27/06/2009

  • d) “...de saúde pública a ser encarado como tal.”

    Por que nao letra a?

    A palavra AQUÉM, é um advérbio, cujo significado é estar abaixo de, menor ou menos que, inferior a que ou a quem.
    As notas dos alunos estavam AQUÉM do esperado.
    A potência do carro na curva foi AQUÉM do planejado, ou seja, não atingiu a velocidade esperada.
    A altitude da montanha está AQUÉM da altura do pico Everest, no Himalaia, sendo muito inferior.

    Ref.: http://www.dicionarioinformal.com.br/significado/aqu%C3%A9m/8778/

  • Faltou dizer qual é a função sintático desse termo.

  • "está muito aquém da mobilização"

    Mas,  o advérbio só pode se relacionar com outro advérbio, adjetivo ou verbo? 

    Aquém estaria se referindo a quem?

  • Também são considerados pronomes demonstrativos as palavras: o, os, a, as, tal e semelhante. 

  • “...de saúde pública a ser encarado como tal.” 

    Até onde eu sei a expressão "como tal" é um adjunto adverbial de modo. Entretanto, a banca só colocou o "tal".

     

     

  • Rapaz... vou já mudar Para o aprova concurssos pq aqui tá de mais, dando erros e nao estou mais tendo acesso para os comentários do professor.. Esta baixando o padrão


ID
1181887
Banca
COPEVE-UFAL
Órgão
UFAL
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Numa noite em que voltei para casa muito bêbado de uma de minhas andanças pela cidade, achei que o gato evitava minha presença.

                                       POE, Edgar Allan. Histórias extraordinárias. São Paulo: Larousse Jovem, 2005.

A oração “que o gato evitava minha presença", sintaticamente, é:

Alternativas
Comentários
  •  "achei que o gato evitava minha presença"

    Quem é que achou? Eu - Sujeito

    Achei o que? Que o gato evitava minha presença = Objeto direto

  • Depois de verbo = Complemento verbal

    "achei que o gato evitava minha presença" quem acha (acha alguma coisa ou alguém) = Obejeto direto.

  • O.S.S.O.D

    Compl.Verbal do verbo achar.

  • complemento verbal

  • Sempre que puder substituir o Que por Isso, será uma Oração Subordinada Substantiva.

    Dentre as substantivas, temos a Objetiva Direta, que completa o sentido do verbo Achei: Quem acha, acha algo. Portanto, OSSOD.


ID
1198627
Banca
COPEVE-UFAL
Órgão
UFAL
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O ovo frito e o colesterol bom Aumentar o HDL reduz o risco de infarto? Essa é mais uma crença que se vai

Sim, eles conseguiram de novo. Mais uma vez a divulgação de um estudo científico nos faz pensar que, se a medicina é uma ciência de verdades transitórias, parece que ultimamente elas andam mais transitórias do que nunca. A ponto de ninguém mais saber no que e em quem acreditar.

Quem melhor traduziu a perplexidade do público diante da constante divulgação de contraditórias pesquisas médicas foi o escritor Luis Fernando Veríssimo na crônica Ovo, publicada há alguns anos. Por muito tempo, o ovo foi considerado um dos maiores vilões das artérias. Até que os cientistas mudaram de ideia. Quem, como Veríssimo, reprimiu o prazer supremo de furar a gema de um ovo frito sobre um punhado de arroz, não foi indenizado.

Quase sempre as mensagens parecem contraditórias, mas são fruto do avanço do conhecimento. O melhor a fazer é respirar fundo, tentar entender e aceitar que a vida é feita de mudanças.[...]


Assinale a opção em que a vírgula é utilizada para separar o adjunto adverbial anteposto.

Alternativas
Comentários
  • a) “Por muito tempo, o ovo foi considerado um dos maiores vilões das artérias."

    Adjuento adverbial anteposto significa que vem antes da oração. No inicio do periodo vem com virgula se for de grande extensao

  • GABARITO: LETRA A

    Adjunto adverbial:

    É o termo da oração que indica uma circunstância (dando ideia de tempo, lugar, modo, causa, finalidade, etc.). O adjunto adverbial é o termo que modifica o sentido de um verbo, de um adjetivo ou de um advérbio. Observe as frases abaixo:

    Eles se respeitam muito.

    Seu projeto é muito interessante.

    O time jogou muito mal.

    Nessas três orações, muito é adjunto adverbial de intensidade. No primeiro caso, intensifica a forma verbal respeitam, que é núcleo do predicado verbal. No segundo, intensifica o adjetivo interessante, que é o núcleo do predicativo do sujeito. Na terceira oração, muito intensifica o advérbio mal, que é o núcleo do adjunto adverbial de modo.

    Veja o exemplo abaixo:

    Amanhã voltarei de bicicleta àquela velha praça.

    Os termos em destaque estão indicando as seguintes circunstâncias:

    amanhã indica tempo;

    de bicicleta indica meio;

    àquela velha praça indica lugar.

     Sabendo que a classificação do adjunto adverbial se relaciona com a circunstância por ele expressa, os termos acima podem ser classificados, respectivamente em: adjunto adverbial de tempo, adjunto adverbial de meio e adjunto adverbial de lugar.

    O adjunto adverbial pode ser expresso por:

    1) Advérbio: O balão caiu longe.

    2) Locução Adverbial: O balão caiu no mar.

    3) Oração: Se o balão pegar fogo, avisem-me.

    FONTE: WWW.SÓPORTUGUÊS.COM.BR


ID
1198645
Banca
COPEVE-UFAL
Órgão
UFAL
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Considere o texto a seguir para responder às questões de 9 a 12. 
                                                       O ciclista

Curvado no guidão lá vai ele numa chispa. Na esquina dá com o sinal vermelho e não se perturba - levanta voo bem na cara do guarda crucificado. No labirinto urbano persegue a morte com o trim-trim da campainha: entrega sem derreter sorvete a domicílio.

É sua lâmpada de Aladino a bicicleta e, ao sentar-se no selim, liberta o gênio acorrentado ao pedal. Indefeso homem, frágil máquina, arremete impávido colosso, desvia de fininho o poste e o caminhão; o ciclista por muito favor derrubou o boné.

Atropela gentilmente e, vespa furiosa que morde, ei-lo defunto ao perder o ferrão. Guerreiros inimigos trituram com chio de pneus o seu diáfano esqueleto. Se não se estrebucha ali mesmo, bate o pó da roupa e - uma perna mais curta - foge por entre nuvens, a bicicleta no ombro.

Opõe o peito magro ao para-choque do ônibus. Salta a poça d'água no asfalto. Num só corpo, touro e toureiro, golpeia ferido o ar nos cornos do guidão.

Ao fim do dia, José guarda no canto da casa o pássaro de viagem. Enfrenta o sono trim-trim a pé e, na primeira esquina, avança pelo céu na contramão, trim-trim.

Dentre as questões gramaticais seguintes, acerca do último parágrafo desse texto, somente uma opção está errada. Qual?

Alternativas
Comentários
  • Gabarito B. 
    O núcleo do sujeito simples, que o verbo 'guardar' concorda em número, é José e não pássaro como fala a questão.
    Feliz ano novo e que seja o ano de nossa nomeação.
    "Até aqui nos ajudou o senhor" 

  • Amém, Josafa que assim seja!!!

  • Que os anjos digam " Amém", a essa tão desejada NOMEAÇÃO!

     

  • Pois é Josefa , concurso era difícil, agora mais do que nunca , o homem que estar no poder ñ gosta de concursos públicos. As promessas são privatizações e o que sobrar vai para uma reforma administrativa em que os empregados ou servidores públicos perderam a estabilidade . Muitos desses serviços vão ser terceirizados, . Tirando os cargos de poder, porque então aí já seria demais .

    Boas festas e tudo bom. Por isso vamos tambem ter o plano 'C"


ID
1198963
Banca
CEPERJ
Órgão
SEDUC-RJ
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A frase abaixo em que não ocorre qualquer tipo de aposto é:

Alternativas
Comentários
  • Ué ? letra B ?

    "na Rússia" não seria aposto explicativo ?

  • Também acredito que a correta seja a letra A


  • Para quem ficou com dúvida, seguem as explanações:


    a) A água do Rio Amazonas poderia inundar o Nordeste.” (M. Campos)

    Aposto especificativo.


    b) “Para nós, na Rússia, o comunismo é um cachorro morto.” (Soljenitsin)
    Gabarito.


    c) “Lula e Sarney vieram de partidos diferentes: um, do PT, outro, do PMDB!” (O Globo)

    Aposto explicativo distributivo.

    Aposto explicativo enumerativo


    d) “Millôr Fernandes, jovem, não sabia o que fazer da vida.”
    Aposto explicativo.


    e)“O novo Papa, Francisco, parece bem simpático.”

    Aposto explicativo.



    Abraço.

  • A letra A está errada, pois trata-se de aposto especificativo, que difere dos demais por não ser virgulado.

    "Na Rússia" é adjunto adverbial de lugar.

    Veja:

    Classificação do Aposto

    De acordo com a relação que estabelece com o termo a que se refere, o aposto pode ser classificado em:

    a) Explicativo:

    A Ecologia, ciência que investiga as relações dos seres vivos entre si e com o meio em que vivem,adquiriu grande destaque no mundo atual.

     

    b) Enumerativo:

    A vida humana se compõe de muitas coisas: amor, trabalho, ação.

     

    c) Resumidor ou Recapitulativo:

    Vida digna, cidadania plena, igualdade de oportunidades, tudo isso está na base de um país melhor.

     

    d) Comparativo:

    Seus olhos, indagadores holofotes, fixaram-se por muito tempo na baía anoitecida.

     

    e) Distributivo:

    Drummond e Guimarães Rosa são dois grandes escritores, aquele na poesia e este na prosa.

     

    f) Aposto de Oração:

    Ela correu durante uma hora, sinal de preparo físico.

     

    Além desses, há o aposto especificativo, que difere dos demais por não ser marcado por sinais de pontuação (vírgula ou dois-pontos). O aposto especificativo individualiza um substantivo de sentido genérico, prendendo-se a ele diretamente ou por meio de uma preposição, sem que haja pausa na entonação da frase:

    Por Exemplo:

    O poeta Manuel Bandeira criou obra de expressão simples e temática profunda. 
    A rua Augusta está muito longe do rio São Francisco.

    http://www.soportugues.com.br/secoes/sint/sint22.php

     

  • Gabarito - B

    "Na Rússia" = ADJUNTO ADVERBIAL de lugar.

  • É bom não se basear apenas na vírgula, pois na ocorrência de um adjunto adverbial deslocado (como no item B), o candidato pode perder a questão.

  • Ué "Amazonas" não é adjunto adnominal de "Rio" ?


ID
1222030
Banca
Quadrix
Órgão
CRM-PR
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                          CFM amplia lista de itens obrigatórios nos consultórios

        O Conselho Federal de Medicina (CFM) anunciou reforço na fiscalização das unidades de saúde do País. Resolução da entidade publicada ontem lista uma série de procedimentos que deverão ser observados em todo o País. "Unidades que não seguirem as especificações terão um prazo para atender às exigências", afirmou o vice-presidente da entidade e relator da resolução, Emmanuel Fortes. As fiscalizações começam em janeiro e irregularidades não resolvidas renderão relatório para o Ministério Público e Tribunais de Contas. Médicos que atuarem no serviço em cargos de chefia poderão sofrer processos éticos.
        "A ideia não é suspender o atendimento. É garantir a segurança da população", disse Fortes. De acordo com ele, as exigências listadas na recomendação trazem itens já definidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária. "Acrescentamos itens de instrumentação, que são indispensáveis e não eram mencionados nas normas já existentes."
        As exigências variam de acordo com o grau de complexidade de atendimento médico. Consultórios simples, por exemplo, são obrigados a ter pia, sabonete, estetoscópio e balança. "Pode parecer óbvio, mas existem serviços cujos consultórios não apresentam nem cadeira para pacientes e acompanhantes", diz Fortes.

                                                                                (www. estadao. com. br)


O termo "na fiscalização", em destaque no texto, exerce a mesma função sintática de um dos termos destacados nas passagens do texto citadas abaixo. Qual é esse termo?

Alternativas
Comentários
  • Me corrijam se eu estiver errado:
    "na fiscalização" é complemento nominal.

    a) ontem -> adjunto adverbial 
    b) às exigências -> objeto indireto 
    c) éticos -> adjunto adnominal
    d) o atendimento -> objeto direto
    e) da população -> complemento nominal - RESPOSTA CORRETA.

  •  Não pode ser adjunto adnominal? Passando para a voz passiva -  não separa do termo antecedente: A seguranca da população é garantida. O sujeito é agente, não separa do termo a que se refere e da ideia de posse....


  • Sim mas na letra é o sujeito é agente

  • Pessoal tenho muita dificuldade nesse assunto, mas pensei ser um adjunto adnominal por que sendo um termo acessório, pode ser retirado da frase sem alterar sua estrutura sintática. Seria isso? E retirando da população e da fiscalização a frase não fica sem sentido. Ajudem! Obg.

  • não seria um complemento nominal? 

  • Também pensei que fosse CN, mas passando para voz passiva analisei o seguinte:

    O reforço na fiscalização foi anunciada pelo CFM.    Como "na fiscalização" ficou antes do verbo na voz passiva será Adj. Adnominal.


    Na letra E,   ....a segurança da população.

    Nesse caso a população tem segurança, logo é também adjunto adnominal.

    Caso eu esteja enganado, peço ajuda.


  • Eu acho que é COMPLEMENTO NOMINAL, pelo seguinte:

    ''...reforço na fiscalização...''; o termo ''na fiscalização'' está sofrendo a ação de ser reforçada,e o termo ''reforço'' está funcionando como subs. abstrato. Portanto, quando temos termos paciente acompanhados de subs. abstratos, exercem a função de COMPLEMENTO NOMINAL... a fiscalização sofre a ação de ser reforçada


    Eu acho que é isso!! rs''

  • Adjunto Adnominal - refere-se ao: Substantivo Concreto; Substantivo Abstrato; *com ou sem preposição.

    Complemento Nominal - refere-se ao: Adjetivo; Adverbio; Substantivo Abstrato; *com preposição.

    No caso de Substantivo Abstrato, será Complemento Nominal se o termo que completa o nome for o alvo da ação (relação objetiva). Será Adjunto Adnominal, caso o termo preposicionado seja possuidor do termo regente ou agente da ação (relação subjetiva)

    Ex: 

    Governo suíço cede e aceita a investigação de contas de estadunidenses. (complemento nominal) - O termo de contas é alvo da ação (contas são investigadas)

    A decisão dos alunos foi precipitada. (Adjunto Adnominal) - O termo dos alunos é agente da ação (os alunos decidiram)



    FONTE: Gramática objetiva para concursos - Claiton Natal; páginas 65 e 66. Editora Alumnus.

  • Errei a questão porque entendo que "da população" é uma locução adjetiva.
    Marquei a alternativa C porque entendi que era complemento nominal... Uma das diferenças entre ADN e CN é a transitividade do verbo. 

  • Em "a segurança da população" o termo "da população" ter função sintática de adjunto adnominal é fácil de visualizar. Agora "reforço na fiscalização" o termo "na fiscalização" NÃO ser entendido como complemento nominal é complicado. Marquei "e" porque era a que mais se aproximava. Porém e se houvesse outra alternativa com um complemento nominal?

    Alguém saberia uma nova informação para identificar um CN? Porque saber se o substantivo é abstrato ou não, se o termo está preposicionado ou não, se sofre ou não a ação do termo regente, se há ou não relação de posse, não foram suficientes para se chegar objetivamente a resposta...
  • Que confusão ein?

  • "na fiscalização" é complemento nominal, pois se refere a reforço e sua natureza é passiva, a fiscalização irá ser reforçada. Também é um termo preposicionado "na" = em+a. O adjunto adnominal é termo de natureza ativa.

    b) Objeto indireto

    c) Adj. Adn.

    d) Objeto direto

    e) CORRETA - Complemento Nominal (Termo preposicionado, referindo-se à "segurança" , de natureza passiva) 

  • complemento Nominal.

  • Pensei que " na fiscalização" fosse uma locução adverbial de lugar. Acabei marcando letra "a". 

  • Na minha opinião, o termo "da população", na letra E, não é COMPLEMENTO NOMINAL, mas sim ADJUNTO ADNOMINAL, assim como "na fiscalização", na questão,  também é. Por isso a resposta certa é a letra E.

    O que difere a letra E da C, é que o termo "éticos" não é ADJUNTO ADNOMINAL, mas sim PREDICATIVO DO OBJETO.

    Não vi nenhum comentário olhando a questão dessa forma. Porém, posso estar errada.

  • Fiquei confuso também. Reforço não seria verbo? Assim, quem reforça, reforça alguma coisa, logo, "na fiscalização" não seria OD?

  • e-

    A regencia nominal de "reforço" exige complemento com preposição. reforço onde? na fiscalização. por isso é complement nominal

  • Alguns podem se confundir achando que na letra E, "da população" tem sentido de posse sobre "segurança". Mas percebam que a "segurança" é PARA a população , e não a população que "faz a segurança". Vemos um valor passivo em "da população", por conseguinte, temos um complemento nominal.

    Gabarito letra E!

  • QUEREMOS COMPLEMENTO NOMINAL

    " É garantir a segurança da população"

    SEGURANÇA = SUBSTANTIVO ABSTRATO

    OK.. PODE SER CN OU ADJ

    AGORA TESTE DO ATIVO E PASSIVO

    A POPULAÇÃO SOFRE A AÇÃO DE SER SEGURADA = PASSIVO = CN

  • Pensei que fosse da FGV. Comemorei cedo. :(


ID
1224685
Banca
IBFC
Órgão
SEDS-MG
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Cidadão
(Zé Ramalho)
Compositor: Lúcio Barbosa


Tá vendo aquele edifício, moço?
Ajudei a levantar
Foi um tempo de aflição
Eram quatro condução
Duas pra ir, duas pra voltar


Hoje depois dele pronto
Olho pra cima e fico tonto
Mas me vem um cidadão
E me diz desconfiado
“Tu tá aí admirado?
Ou tá querendo roubar?”


Meu domingo tá perdido
Vou pra casa entristecido
Dá vontade de beber
E pra aumentar meu tédio
Eu nem posso olhar pro prédio
Que eu ajudei a fazer


Tá vendo aquele colégio, moço?
Eu também trabalhei lá
Lá eu quase me arrebento
Fiz a massa, pus cimento
Ajudei a rebocar


Minha filha inocente
Vem pra mim toda contente
“Pai, vou me matricular”
Mas me diz um cidadão
“Criança de pé no chão
Aqui não pode estudar”


Essa dor doeu mais forte
Por que é que eu deixei o norte?
Eu me pus a me dizer
Lá a seca castigava
Mas o pouco que eu plantava
Tinha direito a comer


Tá vendo aquela igreja, moço?
Onde o padre diz amém
Pus o sino e o badalo
Enchi minha mão de calo
Lá eu trabalhei também


Lá foi que valeu a pena
Tem quermesse, tem novena
E o padre me deixa entrar
Foi lá que Cristo me disse
“Rapaz deixe de tolice
Não se deixe amedrontar
Fui eu quem criou a terra
Enchi o rio, fiz a serra
Não deixei nada faltar
Hoje o homem criou asas
E na maioria das casas
Eu também não posso entrar
Fui eu quem criou a terra
Enchi o rio, fiz a serra
Não deixei nada faltar
Hoje o homem criou asas
E na maioria das casas
Eu também não posso entrar”

Em “ eu trabalhei também”, o termo em destaque pode ser classificado, sintaticamente, como:

Alternativas
Comentários
  • Adjunto adverbial -  É o termo da oração que indica uma circunstância (dando ideia de tempo, lugar, modo, causa, finalidade, etc.). O adjunto adverbial é o termo que modifica o sentido de um verbo, de um adjetivo ou de um advérbio. http://www.soportugues.com.br/secoes/sint/sint19.php

    neste caso ele, modifica o verbo trabalhar (trabalhei) eu fiz: Eu trabalhei lá também. Bom estudos a todos!
  • Fica mais facil resolver se colocar na ordem sujeito+verbo+predicado, ficaria :Eu trabalhei lá também.
  • Lá - Adjunto adverbial de lugar.

  • a)

    adjunto adverbial

     

    Falou de lugar, é adjunto adverbial.

  • Pra quem ficar em dúvida sobre ser objeto direto, não é: QUEM TRABALHA, TRABALHA EM ALGUM LUGAR (INDIRETO). 

  • Rui Lemos, perguntas nem sempre servem como parâmentro para análise sintática. Por exemplo, se um verbo estiver acompanhado apenas de adjuntos adverbiais ele será intransitivo. Ademais, nem todo verbo intransitivo tem sentido completo. Portanto, nem é objeto direito, nem objeto indireto. 

     

    Além do exemplo em tela, segue mais alguns: 

     

    Falta tecnologia em boa parte do mundo

    V.I       sujeito             Adj. Adv. de Lugar 

     

    São quase duas horas     (oração sem sujeito)

    V.I     Adj. Adv. Tempo

     

    Ela acordou nervosa naquele dia.

    Sj.     V.I       Pred. Suj.   Adj. Adv. Tempo

     

    Bizu da Prof(a) Flávia Rita.  

  • adjunto adverbial de lugar ( LÁ)

    PMSE2018 veeenhaaaaa

  • Noção de lugar sempre será adjunto adverbial.

  • Onde trabalhou? lá! -> Adjunto Adverbial de lugar.

  • lá - indica o local onde foi trabalho -, assim adjunto adverbial de lugar.

  • Adjunto adverbial de Lugar -> Onde trabalhou? Lá.

  • Rui Lemes, "TRABALHAR" também pode ser transitivo, uma vez que tenha significado de "melhorar", "consertar".

    Ex: Trabalhar o meu discurso.

    Trabalhar o metal.

    FONTE:

    https://www.dicio.com.br/trabalhar/#:~:targetText=Significado%20de%20Trabalhar,trabalha%20no%20Banco%20do%20Brasil.&targetText=verbo%20transitivo%20Executar%20cuidadosamente%2C%20com,trabalhar%20a%20madeira%2C%20o%20metal.

  • LÁ- INDICA LUGAR- ADJUNTO ADVERBIAL

  • Eu errei...analisei como adjunto adnominal por estar colado do nome(substantivo simples).

  • ADJUNTO ADVERBIA indica uma circunstância e traz alguma idéia. Ele tbm não varia, logo não concorda com ninguém. Pode-se subistituir por (ele,ela) se não fizer sentido teremos adj.adverbial.

    qualquer equivoco me corrijam, por favor!

    • Lá ,indica lugar, portando é adjunto adverbial!
  • Lá.

    Lá aonde?

    Faça a pergunta ao adverbio que ele te responderá.

  • Rumo ao socioeducativo 2022


ID
1242220
Banca
FCC
Órgão
DPE-RS
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

      Segundo o escritor Victor Hugo (1802-85), a história da Europa acompanha o Reno. O rio marca a fronteira entre a Floresta Negra, na Alemanha, e a Alsácia, a menor região da França. De 1871 a 1945, a Alsácia mudou de nacionalidade cinco vezes, o que contribuiu fortemente para a formação do dialeto alsaciano, uma mistura de alemão com francês. As raízes da área, porém, remontam ao período dos romanos.
      Estrasburgo, a bela capital da Alsácia, fica às margens do rio Reno. Resultado de duas culturas, Estrasburgo é ao mesmo tempo romana e pagã, francesa e católica, alemã e protestante. Sua primeira prova de existência data de 74 d.C.; posteriormente, a cidade recebeu o nome de Strateburgum, a “cidade dos caminhos”. O lugar funcionava como uma espécie de posto avançado do exército romano, encarregado de evitar que os Teutões da Germânia invadissem a Gália (França). A influência germânica na cidade era tão forte que, já no começo do século V, a língua alemã predominava ali. Preocupado com a crescente adoção da religião protestante trazida pelos alemães, o rei da França - Luis XIV, o Rei Sol - resolveu intervir em 1861, determinando que a cidade passasse a ser totalmente francesa. Os vizinhos alemães sentiram-se incomodados, motivo para a guerra de 1871.
      Em que pese a forte resistência dos franceses, a influência germânica impregnou a região. Entre si, os alsacianos adotam um dialeto de origem alemã. Além disso, é comum ouvir um alsaciano dizer que está indo para a França quando vai a Paris. Outra curiosidade diz respeito aos nomes dos alsacianos. A maioria adotou o nome próprio de origem francesa, mas possui sobrenome alemão.
      Por tudo isso, a Alsácia possui hoje uma forte identidade cultural, às vezes francesa, às vezes alemã, o que torna a visita a essa belíssima região, arduamente reconstruída depois da destruição da II Guerra, uma experiência extremamente rica e curiosa.

                  (Adaptado de http://gazetaweb.globo.com/gazetadealagoas, com acréscimo de trecho de Dorling Kindersley. Estradas da França. Publifolha, 2011, p.30)


Preocupado com a crescente adoção da religião protestante trazida pelos alemães, o rei da França - Luis XIV, o Rei Sol - resolveu intervir em 1861 ...

Os travessões acima isolam, no contexto,

Alternativas
Comentários
  • Uma informação adicional.

  • Não concordei com a resposta. A informação só é adicional quando não for relevante para o texto e acho que "Luis XIV, o Rei Sol " é importante para esclarecer melhor quem era o rei da França. Mas na minha opinião, a resposta ficaria mais completa se tivesse uma opção de termo explicativo. 

  • Não é um resumo, nem ressalva, nem citação, nem comentário enfático, logo, é apenas uma informação adicional (Luis xxiv, o rei gay)

  • Gab: a

    É uma informação adicional porque é um Aposto, e aposto é um termo acessório, que não é obrigatório na frase, mas é importante para o sentido, na maioria das vezes.

  • Gabarito A

    Aposto explicativo

  • Também discordo do gabarito. E na verdade não seria nenhuma das opções, pois se trata de um APOSTO ESPECIFICATIVO.

     

    O aposto especificativo refere-se a um SUBSTANTIVO DE SENTIDO GERAL (a cidade, o mar, o poeta, , o rei, a casa, etc.), particularizando-o, especificando-o, indicando a espécie a qual pertence.

     

    Bons estudos!

     

     

  • GABARITO A

     

    É o nosso querido APOSTO. Quando o retira do texto, permanece o sentido, sem alteração. Ou seja, uma informação adicional desnecessária.

  • Informação adicional e, por sinal, bem irrelevante rsrsrsrs


ID
1244557
Banca
MPE-SC
Órgão
MPE-SC
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Analise o enunciado da Questão abaixo e assinale se ele é Certo ou Errado.

O objeto indireto e o complemento nominal, quando formados por preposição seguida de um substantivo, apresentam a mesma estrutura e, por isso, podem se confundir. Todavia, a diferença entre eles é a seguinte: o objeto indireto completa o sentido de um verbo transitivo indireto; o complemento nominal completa o sentido de um nome (substantivo, adjetivo ou advérbio). Servem de exemplo:

a) Objeto indireto:

• O inimigo não resistiu ao ataque.
• Eles não precisam de apoio.

b) Complemento nominal:

• Anteriormente ao presidente, falou o embaixador.
• Vou me esforçar, mas não tenho certeza do resultado positivo.
• Estou cercado de chupins.

Alternativas
Comentários
  • O objeto indireto é o complemento verbal regido de preposição necessária e sem valor circunstancial. Representa, ordinariamente, o ser a que se destina ou se refere à ação verbal. Lembre-se que o objeto indireto completa a significação dos verbos.

    • O inimigo não resistiu ao ataque. (quem resiste, resiste a alguma coisa = preposição, objeto indireto)
    • Eles não precisam de apoio. (quem precisa, precisa de alguma coisa = preposição, objeto indireto)

    Importantíssimo não confundir objeto indireto de complemento nominal. Este é o termo complementar reclamado pela significação transitiva incompleta, de certos substantivos, adjetivo e advérbios. Também vem sempre regido de preposição. É os casos elencados na letra b.

    Item correto.

  • Errei por me confundir com algumas palavras, mas acho que seria isto:

    - O embaixador falou (verbo) anteriormente (advérbio de tempo) ao presidente (complemento nominal).

    - Vou me esforçar, mas não tenho (verbo) certeza (substantivo) do resultado positivo (complemento nominal).

    - Estou (verbo) cercado (adjetivo) de chupins (complemento nominal).


  • Li cercado como verbo... :(

  • correto-

    Complemento nominal acontece com uso de outras preposições além de 'de': ao, por, pelo etc. Complemento nominal tambem complementa adjetivo e adverbio, além de ter função passiva na oração, enquanto que adjunto adnominal é ativo:

    • Anteriormente ao presidente, falou o embaixador. complementa adverbio - CN
    • Vou me esforçar, mas não tenho certeza do resultado positivo. - o resultado é objeto de certeza, ou o objeto é certezeado. CN
    • Estou cercado de chupins.- cercado é predicativo do sujeito, modificando o sujeito como sintagma adjetivo. CN

  • Gab Certo

     

    Teremos Complemento nominal quando tivermos:

    Ajetivo+ Preposição+Substantivo... Segue o exemplo!

    Ex: O alubo estará apto à vaga. 

     

    Teremos Complemento Nominal quando tivermos. 

    Adverbio+Preposição+Substantivo

     

    Ex: O candidato agiu indiferentemente ao pedido. 

     

    Bons Estudos Galerinha!!!

  • A questão esta errada, complemento nominal esta relacionado apenas a substantivo abstrato, adjetivo e adverbio, na questão fala substantivo de maneira generalista


ID
1247752
Banca
FGV
Órgão
INEA-RJ
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto I

Só falta a política de redução de riscos

        Entre 1990 e 2010, mais de 96 milhões de pessoas foram afetadas por desastres no Brasil, como demonstra o Atlas dos Desastres Naturais do Brasil. Destas, mais de 6 milhões tiveram de deixar suas moradias, cerca de 480 mil sofreram algum agravo ou doença e quase 3,5 mil morreram imediatamente após os mesmos. Desastres como o de Petrópolis, que resultaram em dezenas de óbitos, não existem em um vácuo. Se por um lado exigem a presença de ameaças naturais, como chuvas fortes, por outro não se realizam sem condições de vulnerabilidade, constituídas através dos processos sociais relacionados à dinâmica do desenvolvimento econômico e da proteção social e ambiental. Isto significa que os debates em torno do desastre devem ir além das cobranças que ano após ano ficam restritas à Defesa Civil.

        A redução de riscos de desastres deve hoje constituir o cerne da política brasileira para os desastres. Isto significa combinar um conjunto de políticas não só para o durante os riscos e situações de desastres, o que avançamos bem, mas também e principalmente para o antes e o depois dos mesmos.

        Particularmente, após o desastre da Região Serrana (RJ) em 2011, uma série de iniciativas importantes ocorreu. Criou-se o Centro Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais, a Força-Tarefa de Apoio Técnico e Emergência, a Força Nacional do SUS e reestruturou-se o Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos de Desastres. Estas iniciativas ainda estão concentradas no monitoramento, alerta e respostas aos desastres. Faltam políticas integradas para redução de riscos.

        Dados do IBGE revelam que apenas 1,2% dos municípios possuíam plano municipal de redução de riscos em 2011. Nos municípios maiores, com mais de 500 mil habitantes, que não ultrapassam quatro dezenas, este percentual superava 50%. De modo inverso, nos municípios menores, com menos de 20 mil habitantes, em torno de quatro mil, este percentual era de 3,3%. É uma situação bastante preocupante relacionada aos municípios de grande porte e drástica nos municípios de pequeno porte.

        Há necessidade urgente de se investir em políticas integradas. E que ofereçam suporte aos municípios de menor porte. Na outra ponta, políticas de recuperação e reconstrução após desastres deveriam permitir o retorno à normalidade da vida "cotidiana", não prolongando os efeitos dos desastres, como temos visto.

(Carlos Machado - O Globo, 01/04/2013)

Assinale a alternativa cujo termo sublinhado exerce função diferente da dos demais.

Alternativas
Comentários
  • alguém poderia explicar essa questão?

  • Essa questão trata de Complemento Nominal e de Adjunto Adnominal.

    Adjunto Adnominal = liga-se ao substantivo concreto ou abstrato, e possui valor de agente. Ex: Situações de desastres (nesse caso, "desastres" é agentes, de modo que os "desastres causaram as situações").

    Complemento Nominal = liga-se ao substantivo abstrato, adjetivo ou advérbio, e possui valor de paciente. Ex.: Redução de riscos (nesse caso, "riscos" é o paciente, de modo que os "riscos foram reduzidos").

  • De cara, a dúvida será se o termo é Adjunto Adnominal ou Complemento Nominal, pois todos são termos preposicionados que se referem a um substantivo abstrato. Para diferenciar AA de CN, nesses casos, é preciso identificar se o termo preposicionado é agente (AA) ou paciente (CN). A única alternativa em que cabe o questionamento para identificação de agente/paciente é a alternativa B, pois pode-se perguntar "os riscos reduzem ou são reduzidos?". Como para as outras alternativas é impossível formular esse tipo de questão, deduz-se que aquela que apresenta função diferente da dos demais (que é tão somente o que o enunciado pergunta) é mesmo a alternativa B, não importa se é AA ou CN, a questão não pergunta isso, mas apenas qual é a diferente das demais. Não se pode perguntar, por exemplo, na alternativa A, conjunto de políticas, "as políticas conjuntam ou são conjuntadas?", alternativa C, situações de desastres, "os desastres situacionam ou são situacionados?", e assim por diante. Espero ter ajudado.

  • Cuidado com comentário de colega ali, pois está equivocado quanto a classificação; inverteu; pois a resposta é alternativa B - justamente por ser complemento nominal, diferente dos demais que são adjuntos adnominais. 

     

    Na alternativa (A), a expressão “de políticas” transmite o tipo  de conjunto, uma restrição.  Assim, é o adjunto adnominal.
    Na alternativa (C), a expressão “de desastres” transmite o tipo de  situações, uma restrição. Podemos, inclusive, substituir “de desastres” pelo
    adjetivo “desastrosas”: situações desastrosas. Assim, aquela expressão é o adjunto adnominal.
    Na alternativa (D), a expressão “de ameaças” tem valor agente, pois se entende que as ameaças estão presentes, elas apresentaram-se. Assim,
    aquela expressão é o adjunto adnominal.
    Na alternativa (E), a expressão “de vulnerabilidade” transmite o tipo de condições, uma restrição. Podemos, inclusive, substituir pelo adjetivo
    “vulneráveis”: condições vulneráveis. Assim, é o adjunto adnominal.

    Dessa forma, fica claro que o termo “de riscos” não é simplesmente o tipo de redução, mas ele sofre a ação da redução, pois entendemos que os riscos são reduzidos. Dessa forma, a expressão “de riscos” é o complemento nominal, por ter valor paciente.

    FONTE: PDF - Português para PM e CM BA Teoria e exercícios comentados -Prof. Décio Terror www.estrategiaconcursos.com.br 

  • CN = P2A3 (Passivo e preposicionado) (Advérbio/Adjetivo/Abstrato)

    AA = P.A.C.A (Preposicionado/Ativo) (Concreto/Abstrato)

  • a unica opcao com complemento nominal é 'b', por ser a unica opcao cujo sintagma destacado tem funcao passiva - Redução de riscos. == riscos sao reduzidos. nas demais, é possivel substituir a locucao adjetiva por adjetivo simples e.g.: Presenças de ameaças - Presenças ameaçadoras


ID
1248010
Banca
IDECAN
Órgão
DETRAN-RO
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Relacione adequadamente as classes gramaticais às respectivas classificações das palavras destacadas.


1. Vocativo.
2. Aposto.
3. Adjetivo.
4. Adjunto adverbial.

( ) Na próxima vez que você, leitor do sexo masculino, disputar espaço com uma mulher no trânsito, pense duas vezes antes de soltar aquela frase machista:...” (1º§)


( ) “Incluem-se aqui aquelas práticas execráveis como dirigir embriagado, abusar da velocidade e andar colado ao veículo da frente.” (2º§)


( )
“Vai pra casa, dona Maria!” (1º§)


( ) “Muitos dos acidentes envolvendo mulheres acontecem porque as motoristas tentam virar à direita ou à esquerda repentinamente,...” (3º§)


A sequência está correta em

Alternativas
Comentários
  • De acordo com minhas análises se soubermos as afirmativas que são aposto e vocativos, facilmente, conseguiremos acertar a questão.

    leitor do sexo masculino: Aposto, pois refere-se ao termo anterior "você"

    dona Maria! : Vocativo

  • C ) 2, 3, 1, 4.


    Aposto: é uma palavra ou expressão que explica ou esclarece, desenvolve ou resume outro termo da oração.

    Exemplos:

    D. Pedro II, imperador do Brasil, foi um monarca sábio.

    Casas e pastos, árvores e plantações, tudo foi destruído pela enchente.

    Prezamos acima de tudo duas coisas: a vida e a liberdade.


    Adjetivos: são palavras que expressam as qualidades ou características dos seres.

    Exemplo:

    "O velho touro da fazenda saiu, arrogante." (Raquel de Queirós) 


    Vocativo: [do latim "vocare" = chamar] é o termo (nome, título, apelido) usado para chamar ou interpelar a pessoa, o animal ou a coisa personificada a que nos dirigimos.

    Exemplos:

    "A ordem, meus amigos, é a base do governo." (Machado de Assis)

    "Serenai, Verdes mares!" (José de Alencar)


    Adjunto Adverbial: é o termo  que exprime uma circunstância (de tempo, lugar, modo, etc.) ou, em outras palavras, que modifica o sentido de um verbo, adjetivo ou advérbio.

    Exemplo:

    "Meninas numa tarde brincavam de roda na praça." (Geraldo França de Lima)


    Fonte: CEGALLA, Domingos Paschoal. Novíssima Gramática da Língua Portuguesa. 48 ed. São Paulo: Nacional, 2008. páginas 158, 364, 365 e 366.

  • Sabendo o Adjetivo você ja mata essa questão  “Incluem-se aqui aquelas práticas execráveis como dirigir embriagado, abusar da velocidade e andar colado ao veículo da frente.” (2º§) 

  • Fui pelo que considero mais fácil. Adjunto adverbial ( vem junto do verbo, neste caso o 4 fica na ultima posição.) Depois o adjetivo (que dá características). Pronto questão resolvida.

    Gabarito letra C.
  • Na verdade, por qualquer classe gramatical que o candidato começar, ele acerta a questão. dos colegas acima, um começou pelo adjunto adverbial, outro, pelo vocativo e aposto e os dois acertaram. Eu comecei pelo aposto, que era a letra 'a'. Mas, vejam que se o candidato confunde aposto e vocativo, também poderia ter iniciado pelo adjetivo, que acertaria a questão.

    Todos nós sabemos classificar um adjetivo e, no caso da questão, a opção que equivale ao adjetivo em sua posição correta é letra 'c'!

    Sem querer ofender, longe de mim, mas essa questão foi boba para o nível do cargo - superior.

    Toda questão tem seu grau de dificuldade e deve ser valorizada. Mas, essa questão para esse cargo foi o mesmo que chamar o QI dos candidatos de ameba.

  • 1. Execráveis

    Significado de Execráveis Por Dicionário inFormal (SP) em 10-10-2013

    ADJ. Característica daquilo que é abominável, que causa horror.

    Os assassinatos foram execráveis.

    http://www.dicionarioinformal.com.br/execr%C3%A1veis/

  • c

    Aposto é o termo da oração que explica um termo anterior, enquanto que vocativo é o termo que invoca o interlocutor. "À direita" é uma locução adverbial de lugar

  • GABARITO: LETRA C

    Bizu: 

    Vocativo: estou falando COM alguém (relação de interlocução)

    Aposto: estou falando DE alguém/alguma coisa (relação de especificação, explicação, etc.).

    FONTE: QC

  • GABARITO - C

    Cabe observar que os adjetivos na análise sintática exercem a função de adjunto adnominal.

    Bons estudos!


ID
1249381
Banca
FUNCAB
Órgão
IF-RR
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto abaixo e responda às questões
propostas.

A figura do ancião, desde o início dos relatos
das primeiras civilizações, é muito controversa e
discutida. No mundo ocidental, o senso comum das
principais culturas muitas vezes discordava dos
ensinamentos das filosofias clássicas sobre as
contribuições da velhice para a sociedade. O estudo
das reais condições trazidas pelo avanço da idade
gerou diversas discussões éticas sobre as
percepções biossociais dos processos de mudança
do corpo. Médicos, biólogos, psicólogos e
antropólogos ainda hoje não conseguem obte
consenso sobre esse fenômeno em suas respectivas
áreas.
Muitas culturas ocidentais descrevem o
estereótipo do jovemcomo corajoso, destemido, forte
e indolente. Já a figura do idoso é retratada como um
peso morto, um chato em decadência corporal e
mental. Percepção preconceituosa que foi levada ao
extremo no século XX pelos portugueses durante a
ditadura de Antônio Salazar, notório por usar a
perseguição aos idosos como bandeira política.
Atletas e artistas cotidianamente debatem o avanço
da idade com medo e desgosto, enquanto
especial istas da saúde questionam se há
deterioração ou mudança adaptativa do corpo
humano.
Nas culturas orientais, assimcomo namaioria
das filosofias clássicas, a velhice é vista de umângulo
positivo, sendo fonte de sabedoria e meta para uma
vida guiada pela prudência. O sábio ancião, que
personifica a figura do homem calmo, austero, e que
muitas vezes é capaz de prever certas situações e
aconselhar, se destaca emrelação ao jovemcheio de
energia e de hormônios instáveis. Porém, apesar dos
ilósofos apreciarem o avanço da idade, nem todos
eles tinham a mesma opinião sobre a velhice. O
ovem Platão tinha como inspiração o velho filósofo
Sócrates. Apesar de ser desfavorecido
materialmente, Sócrates possuíamuita experiência e
uma sabedoria ímpar que marcou a história do
pensamento. Em A República , Platão retrata uma
discussão filosófica sobre a justiça ocorrida na casa
do velho Céfalo, homem importante e respeitável em
Atenas, que propiciava discussões filosóficas entre
os mais velhos e os jovens que contemplavam os
diálogos.Na sociedade ideal desse filósofo, os jovens
muitas vezes eram retratados como inconsequentes
e ingênuos, a exemplo de Polemarco, filho de Céfalo.
Nesta sociedade ideal, crianças e adolescentes não
recebiam diretamente o ensino da Filosofia. Por ser
um conhecimento nobre e difícil, [ela] era ensinada
somente para pessoas de idademais avançada.
Dentre os filósofos clássicos, o maior crítico
sobre a construção filosófica da ideia de “velhice” era
o estoico Sêneca. Para ele, Platão, Aristóteles e
Epicuro construíram uma concepção mitológica da
figura do velho. Os idosos que ele conheceu em
Roma muitas vezes não eram tão felizes como
descreviam os gregos. Muitos deles, observou
Sêneca, pareciam tranquilos, mas no fundo não
eram. A aparente tranquilidade decorria de seu
cansaço e desânimo por não conseguirmais lutar por
aquilo que queriam. Não buscaram a ataraxia
enquanto jovens, ou seja, a tranquilidade da alma e a
ausência de perturbações frente aos desafios
impostos pela vida.
Se envelhecer é uma “droga”, como afirma o
ator Arnold Schwarzenegger, ou se [a velhice] é a
“melhor idade”, como dizem muitos aposentados,
esses discursos não contribuem para uma resposta
definitiva para o estudo científico.Afinal, o conceito de
velhice não é um fenômeno puramente biológico,
mas também fruto de uma construção social e
psicoemocional.
MEUCCI, Arthur. Rev.Filosofia : março de 2013, p. 72-3. Filosofia

............................................................................ ...... ....................

Com o emprego de OU SEJA (§ 4), o autor introduz um aposto cujo papel semântico no peródo é:

Alternativas
Comentários
  • "Não buscaram a ataraxia enquanto jovens, ou seja, a tranquilidade da alma e a ausência de perturbações frente aos desafios impostos pela vida."

    A locução "ou seja", liga duas palavras ou duas frases, explicando-as. Por isso que como introduzem uma informação, costuma-se a isolá-las por vírgulas.


    Resposta letra A.

  • o APOSTO EXPLICATIVO O PROPIO NOME DIZ: EXPLICA O TERMO ANTERIOR.

  • Explicativo! considerando o termo anterior ataraxia.


  • Não buscaram a ataraxia
    enquanto jovens, ou seja, a tranquilidade da alma e a
    ausência de perturbações frente aos desafios
    impostos pela vida.

    A expressão "ou seja" leva a uma explicação referente à palavra "ataraxia".

  • Ou seja e isto é são conectivos explicativos e devem vir sempre entre vírgulas.

  • Conjunção explicativa

    isto é, por exemplo, a saber, ou seja...

  • GABARITO: LETRA A

    ACRESCENTANDO:

    Aposto:

    Aposto é um termo que se junta a outro de valor substantivo ou pronominal para explicá-lo ou especificá-lo melhor. Vem separado dos demais termos da oração por vírgula, dois-pontos ou travessão.

    Por Exemplo:

    Ontem, segunda-feira, passei o dia com dor de cabeça.

    Segunda-feira é aposto do adjunto adverbial de tempo ontem. Dizemos que o aposto é sintaticamente equivalente ao termo a que se relaciona porque poderia substituí-lo. Veja:

    Segunda-feira passei o dia com dor de cabeça.

    Obs.: após a eliminação de ontem, o substantivo segunda-feira assume a função de adjunto adverbial de tempo.

    Classificação do aposto:

    De acordo com a relação que estabelece com o termo a que se refere, o aposto pode ser classificado em:

    a) Explicativo: A Ecologia, ciência que investiga as relações dos seres vivos entre si e com o meio em que vivem, adquiriu grande destaque no mundo atual.

    b) Enumerativo: A vida humana se compõe de muitas coisas: amor, trabalho, ação.

    c) Resumidor ou Recapitulativo: Vida digna, cidadania plena, igualdade de oportunidades, tudo isso está na base de um país melhor.

    d) Comparativo: Seus olhos, indagadores holofotes, fixaram-se por muito tempo na baía anoitecida.

    e) Distributivo: Drummond e Guimarães Rosa são dois grandes escritores, aquele na poesia e este na prosa.

    f) Aposto de Oração: Ela correu durante uma hora, sinal de preparo físico.

    Além desses, há o aposto especificativo, que difere dos demais por não ser marcado por sinais de pontuação (vírgula ou dois-pontos). O aposto especificativo individualiza um substantivo de sentido genérico, prendendo-se a ele diretamente ou por meio de uma preposição, sem que haja pausa na entonação da frase:

    Por Exemplo:

    poeta Manuel Bandeira criou obra de expressão simples e temática profunda.

    rua Augusta está muito longe do rio São Francisco.

    FONTE: WWW.SÓPORTUGUÊS.COM.BR


ID
1251397
Banca
FGV
Órgão
AL-MT
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Fora de foco 

      Deve-se ao desenvolvimento de remédios e terapias, a partir de experimentos científicos em laboratórios com o uso de animais, parcela considerável do exponencial aumento da expectativa e da qualidade de vida em todo o mundo. É extensa a lista de doenças que, tidas como incuráveis até o início do século passado e que levavam à morte prematura ou provocavam sequelas irreversíveis, hoje podem ser combatidas com quase absoluta perspectiva de cura.
      Embora, por óbvio, o homem ainda seja vítima de diversos tipos de moléstias para as quais a medicina ainda não encontrou lenitivos, a descoberta em alta escala de novos medicamentos, particularmente no último século, legou à Humanidade doses substanciais de fármacos, de tal forma que se tornou impensável viver sem eles à disposição em hospitais, clínicas e farmácias.
      A legítima busca do homem por descobertas que o desassombrem do fantasma de doenças que podem ser combatidas com remédios e, em última instância, pelo aumento da expectativa de vida está na base da discussão sobre o emprego de animais em experimentos científicos. Usá-los ou não é um falso dilema, a começar pelo fato de que, se não todos, mas grande parte daqueles que combatem o emprego de cobaias em laboratórios em algum momento já se beneficiou da prescrição de medicamentos que não teriam sido desenvolvidos sem os experimentos nas salas de pesquisa.
      É inegável que a opção pelo emprego de animais no desenvolvimento de fármacos implica uma discussão ética. Mas a questão não é se o homem deve ou não recorrer a cobaias; cientistas de todo o mundo, inclusive de países com pesquisas e indústria farmacêutica mais avançadas que o Brasil, são unânimes em considerar que a ciência ainda não pode prescindir totalmente dos testes com organismos vivos, em razão da impossibilidade de se reproduzir em laboratório toda a complexidade das cadeias de células. A discussão que cabe é em relação à escala do uso de animais, ou seja, até que ponto eles podem ser substituídos por meios de pesquisas artificiais, e que protocolo seguir para que, a eles recorrendo, lhes seja garantido o pressuposto da redução (ou mesmo eliminação) do sofrimento físico.

(O Globo, 21/11/2013)

Uma das maneiras de estabelecer-se a diferença entre adjunto adnominal e complemento nominal é a de ver-se a diferença entre agente (adjunto) e paciente (complemento).

Assinale a alternativa em que o termo sublinhado funciona como adjunto adnominal.

Alternativas
Comentários
  • a - remédios são desenvolvidos (passiva - complemento nominal)

    b - animais são usados (passiva - complemento nominal)

    c - diversos tipos de moléstia geram vítima (ativa - adjunto nominal)

    d - cobaias são empregadas (passiva - complemento nominal)

    e - sofrimento físico é eliminado (passiva - complemento nominal)

  • Tenho muita dificuldade em resolver esse tipo de questão, mesmo com a explicação da professora Flávia Rita não consigo colocar em prática.

    1) CN - Completa subst. abstratos, adjetivos ou advérbios;

    2)CN - É obrigatoriamente preposicionado;

    3)CN - Quando se refere a um subst. abstrato, tem natureza passiva.

    Me ajudem, por favor.
  • Franciele, vou tentar.

    Como diferenciar?

     

    Complemento Nominal (sempre preposicionado)                           Adjunto Adnominal (preposicionado ou não)

     

    Se refere a                                                                                          Se refere a

    SUBSTANTIVO ABSTRATO*                                                                SUBSTANTIVO ABSTRATO*

    ADJETIVO                                                                                          SUBSTANTIVO CONCRETO

    ADVÉRBIO

     

                                                                                                        

    PACIENTE                                                                                           AGENTE

                                                                                                      

     

    Não indica posse                                                                                 Indica posse

     

     

    Perceba que só há problema na identificação quando há preposição + referência a um substantivo abstrato. A questão aborda isso, inclusive diz como dá para resolver. Como já fizeram a questão nos comentários, só vou comentar a letra C.

     

     

    c) Vítima de diversos tipos de moléstias. (correta)

    Ou seja, diversos tipos de moléstias vitimam. (agente - adjunto adnominal)

     

     

  • O complemento nominal sempre é iniciado por preposição; o adjunto, às vezes.

    Quando o adjunto não é iniciado por preposição, é tranquilo, não existe a confusão complemento/adjunto.

    No entanto, quando é, surgem os casos em que o aluno tem dificuldade para distinguir esses dois termos.

    Para não ter essa dificuldade, o estudante tem de ficar atento às diferenças entre o complemento nominal e o adjunto adnominal.

    PRIMEIRA DIFERENÇA: o complemento nominal se liga a substantivos abstratos, a adjetivos e a advérbios; o adjunto se liga a substantivos, que podem ser abstratos ou concretos.

    SEGUNDA DIFERENÇA: o complemento nominal tem sentido passivo, ou seja, recebe a ação expressa pelo nome a que se liga; o adjunto tem sentido ativo, isto é, ele pratica a ação expressa pelo substantivo modificado por ele.

    TERCEIRA DIFERENÇA: o complemento não expressa ideia de posse; o adjunto frequentemente indica poss

  • O adjunto adnominal  pode ser retirado da frase sem que este prejudique o intendimento da mesma.

    a)Desenvolvimento de remédios. DESENVOLVIMETO DE QUE ? DE REMEDIOS ( NECESSITO DESTE COMPLEMENTO PARA ENTENDER A FRASE

    b)Uso de animais.   USO DE QUE ? DE ANIMAIS . ( NECESSITO DESTE COMPLEMENTO PARA ENTENDER A FRASE

    c)Vítima de diversos tipos de moléstias. Vítimas de que ? de diversos tipos de moléstias. ( RETIRANDO NÃO DEIXA O LEITOR DEIXAR DE SABER QUE REFERE-SE A VITIMAS. INDEPENDENTE DE QUE SEJAM VITIMAS.

    d)Emprego de cobaias.  EMPREGO DE QUE? DE COBAIAS ( NECESSITO DESTE COMPLEMENTO PARA ENTENDER A FRASE

    e)Eliminação do sofrimento físico. ELIMINAÇÃO DE QUE? DO SOFRIMENTO FÍSICO. ( NECESSITO DESTE COMPLEMENTO PARA ENTENDER A FRASE
    Menos CTRL+C / CTRL + V por mais explicações objetivas!
  • Vítima não é adjetivo?

  • CN- PACIENTE - PREPOSICIONADO - ADJ - ADV- SUBST. ABSTRATO

    ADJ ADN- AGENTE - POSSE - SUBSTANTIVO CONCRETO E ABSTRATO.

    SUBST. ABSTRATO- SENTIMENTO OU DERIVA DE VERBO  

     

     a) Desenvolvimento de remédios.. (ABSTRATO- PACIENTE - CN) 

     b)Uso de animais. (ABSTRATO- PACIENTE - CN)

     c)Vítima de diversos tipos de moléstias.  (CONCRETO - AGENTE - ADJ ADN) - É A RESPOSTA. 

     d)Emprego de cobaias.  (ABSTRATO- PACIENTE - CN) 

     e)Eliminação do sofrimento físico.  (ABSTRATO- PACIENTE - CN) 

  • Se usar somente o detalhe do Substantivo Abstrato ou Concreto já resolveria a questão. 

  • Acertei so pelo macete do substantivo concreto. 

    SUBS CONCRETO: adj. adn.

     

    ADJ. ADN: valor ativo, de agente. posse.

    CON. NOM.: valor passivo.

     

    erros, avise-me.

    GABARITO ''C''

  • ADJUNTO ADNOMINAL X COMPLEMENTO NOMINAL

     

    1ª Dica: Há de se observar se o substantivo antes do Complemento nominal ou do Adjunto adnominal é abstrato ou concreto. Será sempre Adjunto adnominal se a expressão acompanha substantivos concretos, pois o Complemento Nominal só acompanha Substantivo abstrato. 

     

    2ª Dica: O Adjunto adnominal acompanha substantivos abstratos ou concretos.Quando se refere a um substantivo abstrato, tem natureza ativa (agente da ação). O Complemento nominal, quando se refere a um substantivo abstrato, tem natureza passiva (paciente).

     

    3ª Dica: Complemento nominal é obrigatoriamente preposicionado. O Adjunto adnominal pode ser preposicionado ou não.

     

    4ª Dica: Somente os substantivos podem ser acompanhados de adjuntos adnominais, já os complementos nominais podem ligar-se a substantivos, adjetivos e advérbios. Assim, fica claro que palavras que completam adjetivos só ser complementos nominais e palavras que completam advérbios também só podem ser complementos nominais.

     

     

     

     

     

     

     

     

  • É impressão minha ou o próprio enunciado já explica a diferença entre CN x AA?

  • Gab. C

     

    Percebam que há 2 formas de resolver a questão:

     

     

    1) Identificando substantivos concretos/abstratos

     

    a) Desenvolvimento  →  Deriva do verbo desenvolver 

     

    b) Uso  →  Deriva do verbo usar 

     

    c) Vítima  →  SUBSTANTIVO CONCRETO

     

    d) Emprego  →  Deriva do verbo empregar

     

    e) Eliminação  →  Deriva do verbo eliminar

     

    ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

     

    2) Identificando voz passiva/ativa

     

    a) Remédios são desenvolvidos 

     

    b) Animais são usados 

     

    c) Diversos tipos de moléstia geram vítima (ATIVA - adjunto nominal)

     

    d) Cobaias são empregadas 

     

    e) Sofrimento físico é eliminado 

     

  • Desenvolvimento de remédios..

    Os remédios desenvolvem? Não> são desenvolvidos. CN

    Uso de animais.

    os animais usam? Não> são usados. CN

    Vítima de diversos tipos de moléstias.

    As moléstias vitimam? Sim> não são vitimadas. AdAa

    Emprego de cobaias?

    as cobaias empregam? Não> são empregadas. CN

    Eliminação do sofrimento físico.

    o sofrimento elimina? Não> são eliminados. CN

  • A - Desenvolvimento de remédios. - (Desenvolvimento) = Substantivo abstrato; de remédios = sofrem ação de serem desenvolvidos. (Complemento Nominal)

    B - Uso de animais. - (Uso) = Substantitvo Abstrato; de animais = sofrem ação de serem usados.(Complemento Nominal)

    (Alternativa Correta) - C - Vítima de diversos tipos de moléstias. - (Vítima) = Substantivo Concreto; de diversos tipos de moléstias = A vítima é quem sofre a ação de ser molestada. (Adjunto adnominal) 

    D - Emprego de cobaias. - (Emprego) = Substantivo abstrato; de cobaias = As cobaias sofrem a ação de serem empregadas. (Complemento Nominal)

    E - Eliminação do sofrimento físico. - (Eliminação) = Substantivo abstrato; O sofrimento físico sofre a ação de ser eliminado.(Complemento Nominal)

    Boa sorte, guerreiros!!! 

  • Letra C.

    c) Certo. “Vítima” é um substantivo concreto. Logo, “de diversos tipos de moléstias” é um adjunto adnominal. 

    Questão comentada pelo Prof. Elias Santana

  • A única forma como consegui diferir esses dois "vilões"

    https://youtu.be/tn2LgYf8WAY

  • Foi com a FGV que aprendi mesmo questões de Complemento e Adjunto. kkkkk

  • Gab c! Todos os casos são de complemento nominal. (substantivos abstratos)

    Desenvolvimento de remédios.. (desenvolvimento é sub abstrato derivado do verbo desenvolver)

    Uso de animais. (uso é sub abstrato derivado do verbo usar)

    Vítima de diversos tipos de moléstias. (vítima é sub abstrato)

    Emprego de cobaias. (emprego é sub abstrato, derivado do verbo empregar)

    Eliminação do sofrimento físico. (eliminação é sub abstrato, derivado do verbo eliminar)


ID
1263622
Banca
FUNCAB
Órgão
PRF
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 1

Inauguração da Avenida

      [...]
      Já lá se vão cinco dias. E ainda não houve aclamações, ainda não houve delírio. O choque foi rude demais. Acalma ainda não renasceu.
      Mas o que há de mais interessante na vida dessa mó de povo que se está comprimindo e revoluteando na Avenida, entre a Prainha e o Boqueirão, é o tom das conversas, que o ouvido de um observador apanha aqui e ali, neste ou naquele grupo.
      Não falo das conversas da gente culta, dos “doutores” que se julgam doutos.
Falo das conversas do povo - do povo rude, que contempla e critica a arquitetura dos prédios: “Não gosto deste... Gosto mais daquele... Este é mais rico... Aquele tem mais arte... Este é pesado... Aquele é mais elegante...”.
      Ainda nesta sexta-feira, à noite, entremeti-me num grupo e fiquei saboreando uma dessas discussões. Os conversadores, à luz rebrilhante do gás e da eletricidade, iam apontando os prédios: e - cousa consoladora - eu, que acompanhava com os ouvidos e com os olhos a discussão, nem uma só vez deixei de concordar com a opinião do grupo. Com um instintivo bom gosto subitamente nascido, como por um desses milagres a que os teólogos dão o nome de “mistérios da Graça revelada” - aquela simples e rude gente, que nunca vira palácios, que nunca recebera a noção mais rudimentar da arte da arquitetura, estava ali discernindo entre o bom e o mau, e discernindo com clarividência e precisão, separando o trigo do joio, e distinguindo do vidro ordinário o diamante puro.
      É que o nosso povo - nascido e criado neste fecundo clima de calor e umidade, que tanto beneficia as plantas como os homens - tem uma inteligência nativa, exuberante e pronta, que é feita de sobressaltos e relâmpagos, e que apanha e fixa na confusão as ideias, como a placa sensibilizada de uma máquina fotográfica apanha e fixa, ao clarão instantâneo de uma faísca de luz oxídrica, todos os objetos mergulhados na penumbra de uma sala...
      E, pela Avenida em fora, acotovelando outros grupos, fui pensando na revolução moral e intelectual que se vai operar na população, em virtude da reforma material da cidade.
      A melhor educação é a que entra pelos olhos. Bastou que, deste solo coberto de baiucas e taperas, surgissem alguns palácios, para que imediatamente nas almas mais incultas brotasse de súbito a fina flor do bom gosto: olhos, que só haviam contemplado até então betesgas, compreenderam logo o que é a arquitetura. Que não será quando da velha cidade colonial, estupidamente conservada até agora como um pesadelo do passado, apenas restar a lembrança?
      [...]
      E quando cheguei ao Boqueirão do Passeio, voltei-me, e contemplei mais uma vez a Avenida, em toda sua gloriosa e luminosa extensão. [...]

Gazeta de Notícias - 19 nov.1905. Bilac, Olavo. Vossa Insolência: crônicas. São Paulo: Companhia de Letras, 1996, p. 264-267.

Vocabulário:
baiuca: local de última categoria, malfrequentado.
betesga: rua estreita, sem saída,
: do latim “mole” , multidão; grande quantidade,
revolutear: agitar-se em várias direções,
tapera: lugar malconservado e de mau aspecto

Texto 2

O ciclista


      Curvado no guidão lá vai ele numa chispa. Na esquina dá com o sinal vermelho e não se perturba - levanta  voo bem na cara do guarda crucificado. No labirinto urbano persegue a morte com o trim-trim da campainha: entrega sem derreter sorvete a domicílio. 
      É a sua lâmpada de Aladino a bicicleta e, ao sentar-se no selim, liberta o gênio acorrentado ao pedal. Indefeso homem, frágil máquina, arremete impávido colosso, desvia de fininho o poste e o caminhão; o ciclista por muito favor derrubou o boné. 
      Atropela gentilmente e, vespa furiosa que morde, ei-lo defunto ao perder o ferrão. Guerreiros inimigos trituram com chio de pneus o seu diáfano esqueleto. Se não se estrebucha ali mesmo, bate o pó da roupa e - uma perna mais curta - foge por entre nuvens, a bicicleta no ombro. 
      Opõe o peito magro ao para-choque do ônibus. Salta a poça d’água no asfalto. Num só corpo, touro e toureiro, golpeia ferido o ar nos cornos do guidão. Ao fim do dia, José guarda no canto da casa o pássaro de viagem. Enfrenta o sono trim-trim a pé e, na primeira esquina, avança pelo céu na contramão, trim-trim. 

Trevisan, Dalton. In: Bosi, Alfredo (Org.). O conto brasileiro contemporâneo. 14" Ed. São Paulo: Cultrix, 1997. p. 189. 


O termo destacado está corretamente analisado em:

Alternativas
Comentários
  • Letra A seria adjunto adverbial

    Letra B seria objeto direto

    Letra C é a correta

    Letra D Predicativo do sujeito

    Letra E fiquei na dúvida

  • C adjunto adverbial de modo

  • Entendo a E como adjunto adverbial de modo.

  • Letra B objeto direto???? Dá não equipara-se ao verbo deparar no enunciado "ele dá = ele depara-se" Logo, não seria objeto indireto o termo "com o sinal vermelho" ???

  • A opção B também está correta. No caso verbo dar significa: encontrar. E está preposicionado.Poder-se-ia substituir por: encontra com. Não é objeto direto preposicionado. Examinador barato dá nisso, fruto de um país que não valoriza, ainda, a qualidade na educação escolar. É aprovado o candidato Mega Sena na vez daquele que merece. 

  • Segundo a explicação da Professora, a letra B é realmente objeto indireto, pois o verbo "dar" está com sentido de "se deparar com". Questão passível de anulação, mas parece que isso não aconteceu!

    O gabarito ficou letra C mesmo. 

  • O MODO QUE ELE DESVIOU, " DE FININHO".

  • c) “ ...desvia DE FININHO o poste e o caminhão...” / adjunto adverbial de modo. Descreve o modo como o verbo desempenha sua ação

  • A) Objeto indireto ( O verbo “Trituram” no contexto é transitivo direto e indireto, sendo o termo “com chio de pneus” o seu objeto indireto e o termo “o seu diáfano esqueleto” o seu objeto direto.
    B) Objeto indireto ( Sentido de se deparar com algo, sendo assim o verbo “dá” é transitivo indireto.
    C) Adjunto adverbial ( modo como ele desviou)
    D) “Ferido” é predicativo do sujeito, porém “o ar” é objeto direto.
    E) Adjunto adverbial ( tem sentido de causa. Ele derrubou o boné por muito favor.)

  • A alternativa "C" foi a única considerada CORRETA, mas veremos que esta questão deveria ter sido ANULADA.

     

    Esta questão trata das funções sintáticas. Devemos indicar a opção cujo elemento destacado tenha sido analisado corretamente. Vamos lá?

     

    b) “Na esquina dá COM O SINAL VERMELHO e não se perturba...” / objeto indireto.

    CORRETO. Gente, esse verbo "dar" foi empregado com sentido de "encontrar", "deparar-se com". Quando empregado com esse sentido, o verbo "dar" é transitivo indireto: dar com alguma coisa. Assim, o elemento é, SIM, objeto indireto. Os dicionários de regência registram esse sentido do verbo "dar", portanto ele deveria ter sido considerado pela Banca.

    Infelizmente isso não aconteceu, e a banca manteve o gabarito (letra "C"), o que é extremamente lamentável. Pior que cometer esse equívoco é não ter a humildade de reparar a situação, para que se tenha um resultado justo. Errar é humano, mas precisamos reconhecer esses erros, não é? 

    c) “ ...desvia DE FININHO o poste e o caminhão...” / adjunto adverbial.

    CORRETO. Estamos diante de um adjunto adverbial de modo que modifica o verbo "desviar". Veja que o elemento destacado indica a forma como o ciclista desvia. Mais uma alternativa certa, e apenas ela foi considerada pela Banca.

     


ID
1265197
Banca
INSTITUTO AOCP
Órgão
UFGD
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                        Pensando livremente sobre o livre arbítrio 

                                                                                                Marcelo Gleiser

      Todo mundo quer ser livre; ou, ao menos, ter alguma liberdade de escolha na vida. Não há dúvida de que todos temos nossos compromissos, nossos vínculos familiares, sociais e profissionais. Por outro lado, a maioria das pessoas imagina ter também a liberdade de escolher o que fazer, do mais simples ao mais complexo: tomo café com açúcar ou adoçante? Ponho dinheiro na poupança ou gasto tudo? Em quem vou votar na próxima eleição? Caso com a Maria ou não?
      A questão do livre arbítrio, ligada na sua essência ao controle que temos sobre nossas vidas, é tradicionalmente debatida por filósofos e teólogos. Mas avanços nas neurociências estão mudando isso de forma radical, questionando a própria existência de nossa liberdade de escolha. Muitos neurocientistas consideram o livre arbítrio uma ilusão. Nos últimos anos, uma série de experimentos detectou algo surpreendente: nossos cérebros tomam decisões antes de termos consciência delas. Aparentemente, a atividade neuronal relacionada com alguma escolha (em geral, apertar um botão) ocorre antes de estarmos cientes dela. Em outras palavras, o cérebro escolhe antes de a mente se dar conta disso.
      Se este for mesmo o caso, as escolhas que achamos fazer, expressões da nossa liberdade, são feitas inconscientemente, sem nosso controle explícito.
      A situação é complicada por várias razões. Uma delas é que não existe uma definição universalmente aceita de livre arbítrio. Alguns filósofos definem livre arbítrio como sendo a habilidade de tomar decisões racionais na ausência de coerção. Outros consideram que o livre arbítrio não é exatamente livre, sendo condicionado por uma série de fatores, desde a genética do indivíduo até sua história pessoal, situação pessoal, afinidade política etc.
      Existe uma óbvia barreira disciplinar, já que filósofos e neurocientistas tendem a pensar de forma bem diferente sobre a questão. O cerne do problema parece estar ligado com o que significa estar ciente ou ter consciência de um estado mental. Filósofos que criticam as conclusões que os neurocientistas estão tirando de seus resultados afirmam que a atividade neuronal medida por eletroencefalogramas, ressonância magnética funcional ou mesmo com o implante de eletrodos em neurônios não mede a complexidade do que é uma escolha, apenas o início do processo mental que leva a ela.
      Por outro lado, é possível que algumas de nossas decisões sejam tomadas a um nível profundo de consciência que antecede o estado mental que associamos com estarmos cientes do que escolhemos. Por exemplo, se, num futuro distante, cientistas puderem mapear a atividade cerebral com tal precisão a ponto de prever o que uma pessoa decidirá antes de ela ter consciência da sua decisão, a questão do livre arbítrio terá que ser repensada pelos filósofos.
      Mesmo assim, me parece que existem níveis diferentes de complexidade relacionados com decisões diferentes, e que, ao aumentar a complexidade da escolha, fica muito difícil atribuí-la a um processo totalmente inconsciente. Casar com alguém, cometer um crime e escolher uma profissão são ponderações longas, que envolvem muitas escolhas parciais no caminho que requerem um diálogo com nós mesmos. Talvez a confusão sobre o livre arbítrio seja, no fundo, uma confusão sobre o que é a consciência humana. 

                        http://www1.folha.uol.com.br/colunas/marcelogleiser/2014/01/ 1396284-pensando-livremente-sobre-o-livre-arbitrio.shtml.


Assinale a alternativa INCORRETA quanto ao que se afirma a seguir.

Alternativas
Comentários
  • Foi respondido na questão Q365360 (é a mesma).

    Bons estudos!!
  • Em “...tomo café com açúcar...” funciona como complemento nominal? Não, pois CAFÉ é substantivo concreto seguido de preposição + substantivo, com açúcar, portanto, com açúcar funciona como adjunto adnominal.

    A letra C não está totalmente certa pois onde fala  "pode ficar após o verbo" deveria estar escrito: DEVE ficar após o verbo, pois a vírgula expulsa o pronome oblíquo.

  • Tomo café com açúcar    (ERRADO)   OBS. Cuidado com o verbo, pois ele é VTDI, logo com açúcar é OI e Café OD.

  • Gente, cuidado com as explicações sem fundamento! as pessoas colocam o que acham e tem muita gente aprendendo errado...

    Segue a explicação mais completa, que não foi minha e sim da colega: JESSICA NUNES na questão igual de numero Q365360:

    Gabarito - Letra B

    b) Em “...tomo café com açúcar...” funciona como complemento nominal.

           Café - subst. concreto, logo com açúcar é adj. adnominal.

     

     - Identificou o termo antecedente como subst. abstrato pode ser C.N. ou A.A., mas sendo subst. concreto só pode ser A.A.;

    - Para identificar no caso de abstrato verificar se o termo antecedente tem natureza passiva (C.N.) ou agente (A.A.);

    - C.N sempre preposicionado, o A. A. ocasionalmente preposicionado;

    - C.N completa subst. abstratos, adjetivos ou advérbios; A.A. acompanha subst. abstrato e concreto.

  • Com açucar é adjunto adnominal, pois o subst. açucar é "concreto". 

  • Tenho acompanhado muitos comentários equivocados de alguns colegas :/ 

  • Café é um substantivo concreto e não abstrato termo preposicionado completando sentido de substantivo concreto  logo adjunto adnominal e não complemento 

  • "Pode ficar após o verbo" dá ideia de discricionariedade, ou seja, também pode ficar antes do verbo. E isso está COMPLETAMENTE incorreto. No caso da assertiva C, o "me" DEVE estar posicionado após o verbo, e não uma mera faculdade.

  • Hierarquicamente temos os termos: ESSENCIAIS, INTEGRANTES e ACESSÓRIOS.

    O complemento nominal faz parte do termo integrante.

    O adjunto adnominal faz parte do termo acessório, que se retirado da oração não trás prejuízo sintático ele é relevante para a semântica.

    Obs: o complemento nominal nunca está presente em verbos de ligação apenas naqueles que tenham por marca a transitividade: VTD, VTI, VTDI ...


ID
1265209
Banca
INSTITUTO AOCP
Órgão
UFGD
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                        Pensando livremente sobre o livre arbítrio 

                                                                                                Marcelo Gleiser

      Todo mundo quer ser livre; ou, ao menos, ter alguma liberdade de escolha na vida. Não há dúvida de que todos temos nossos compromissos, nossos vínculos familiares, sociais e profissionais. Por outro lado, a maioria das pessoas imagina ter também a liberdade de escolher o que fazer, do mais simples ao mais complexo: tomo café com açúcar ou adoçante? Ponho dinheiro na poupança ou gasto tudo? Em quem vou votar na próxima eleição? Caso com a Maria ou não?
      A questão do livre arbítrio, ligada na sua essência ao controle que temos sobre nossas vidas, é tradicionalmente debatida por filósofos e teólogos. Mas avanços nas neurociências estão mudando isso de forma radical, questionando a própria existência de nossa liberdade de escolha. Muitos neurocientistas consideram o livre arbítrio uma ilusão. Nos últimos anos, uma série de experimentos detectou algo surpreendente: nossos cérebros tomam decisões antes de termos consciência delas. Aparentemente, a atividade neuronal relacionada com alguma escolha (em geral, apertar um botão) ocorre antes de estarmos cientes dela. Em outras palavras, o cérebro escolhe antes de a mente se dar conta disso.
      Se este for mesmo o caso, as escolhas que achamos fazer, expressões da nossa liberdade, são feitas inconscientemente, sem nosso controle explícito.
      A situação é complicada por várias razões. Uma delas é que não existe uma definição universalmente aceita de livre arbítrio. Alguns filósofos definem livre arbítrio como sendo a habilidade de tomar decisões racionais na ausência de coerção. Outros consideram que o livre arbítrio não é exatamente livre, sendo condicionado por uma série de fatores, desde a genética do indivíduo até sua história pessoal, situação pessoal, afinidade política etc.
      Existe uma óbvia barreira disciplinar, já que filósofos e neurocientistas tendem a pensar de forma bem diferente sobre a questão. O cerne do problema parece estar ligado com o que significa estar ciente ou ter consciência de um estado mental. Filósofos que criticam as conclusões que os neurocientistas estão tirando de seus resultados afirmam que a atividade neuronal medida por eletroencefalogramas, ressonância magnética funcional ou mesmo com o implante de eletrodos em neurônios não mede a complexidade do que é uma escolha, apenas o início do processo mental que leva a ela.
      Por outro lado, é possível que algumas de nossas decisões sejam tomadas a um nível profundo de consciência que antecede o estado mental que associamos com estarmos cientes do que escolhemos. Por exemplo, se, num futuro distante, cientistas puderem mapear a atividade cerebral com tal precisão a ponto de prever o que uma pessoa decidirá antes de ela ter consciência da sua decisão, a questão do livre arbítrio terá que ser repensada pelos filósofos.
      Mesmo assim, me parece que existem níveis diferentes de complexidade relacionados com decisões diferentes, e que, ao aumentar a complexidade da escolha, fica muito difícil atribuí-la a um processo totalmente inconsciente. Casar com alguém, cometer um crime e escolher uma profissão são ponderações longas, que envolvem muitas escolhas parciais no caminho que requerem um diálogo com nós mesmos. Talvez a confusão sobre o livre arbítrio seja, no fundo, uma confusão sobre o que é a consciência humana. 

                        http://www1.folha.uol.com.br/colunas/marcelogleiser/2014/01/ 1396284-pensando-livremente-sobre-o-livre-arbitrio.shtml.


Assinale a alternativa INCORRETA quanto ao que se afirma a seguir.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito A.

    Quem dá conta, dá conta de algo. VTD

    Disso = OD

  • questao repetida. 

    se dar conta disso é complemento nominal porque de isso tem função passiva na construção, sendo equivalente a "disso foi dado conta".

  •  a) Em “...antes de a mente se dar conta disso.”, funciona como adjunto adnominal.   (ERRRADO)   OBS. O verdo é VTI, logo disso= preposição + isso, contudo  é  OI e não AA.

  • Se liguem no comentário do Platão. Colegas Luana RJ e Gloomy, estão equivocados.

  • "se dar (VTDI) conta (OD) disso (OI)"

     

  • GABA A QUEM SE DAR CONTA SE DAR CONTA DE ALGO VTI DISSO=PREPOS DE+ PRONOME ISSO, LOGO É UM OBJ. INDIRETO

  • Aos demais amigos peço licença para discordar, pois "se dar" nesse sentido apresenta-se como verbo intransitivo.

    Soma-se a isso que "conta disso" é um complemento nominal na minha análise, por 2 evidências além da citada:

    1º o verbo "se-dar" não rege essa preposição "de + isso" . prova-se isso retirando o termo "conta", veja como fica a frase "antes de a mente se dar disso", perceba que o "disso" não pode existir nesse contexto sem o "conta".

    2º o termo "conta" que faz a regência e apresenta-se com sentido paciente.

  • Temos duas classificações genéricas para os pronomes, que são: Substantivo e Adjetivo

    O pronome substantivo não acompanha outro substantivo, posto isso, ele exerce as funções sintáticas inerentes ao substantivo. (crase obrigatória se feminino)

    Já o pronome adjetivo, como bem sabemos, adjetivo acompanha um substantivo caracterizando-o/especificando-o, quando o pronome exerce função de adjetivo não é diferente, ele acompanha um substantivo (aqui temos crase facultativa se feminino)

    Só com essas duas nomenclaturas dá para matar a questão, pois quem exerce a função de adjunto adnominal é o adjetivo, que, por conseguinte, acompanha substantivos, e não verbo. E na assertiva incorreta ele se encontra desacompanhado, logo, temos um pronome substantivo, e está posposto ao verbo.

  • Dar é verbo transitivo direto indireto (VTDI), pois quem dá, dá algo a alguém. dar=VTDI. Conta=Objeto direto (OD). disso (preposição "de" + pronome demonstrativo "isso"=Objeto indireto (OI).
  • adjunto adnominal refere-se ao núcleo de um elemento sintático (objeto, sujeito, predicativo, etc)

    pronome indefinido - em prol do nome. Retoma, refere-se ou substitui um substantivo. Pronome indefinido indicam quantidade indeterminada ou algo impreciso

  • As expressões “ter que” e “ter de” são muito debatidas e não há uma posição única entre os estudiosos, uma única resposta. Uns acreditam que tanto faz, outros de que há diferenciação entre as construções.

    Façamos algumas reflexões:

    O termo “que” exerce, dentre outras, a função de pronome relativo, ou seja, estabelece relação entre as orações ou com algo que foi dito anteriormente, retoma informações ditas. Exemplo:

    Minha mãe tem muitas coisas que fazer. (quem tem “que fazer” algo? Minha mãe. O “que” retoma toda frase anterior: “Minha mãe tem muitas coisas para fazer".

    Então, todas as vezes que houver a necessidade de retomar um antecedente, use “que” e não “de”.

    Logo, em frases que não há necessidade de retomar algo, ou seja, não há um antecedente, use “de”. Exemplos:

    Tenho de pagar meu amigo.

    Os alunos tiveram de fazer a prova em menos tempo.

    Para ficar menos complicado, alguns adotam os significados aproximados das expressões “tenho que” e “tenho de”. Veja:

    Ter de – expressa uma idéia de obrigatoriedade, de necessidade, de dever.

    Tenho de estudar para a prova amanhã. (Tenho necessidade em estudar)

    Ter que – expressa uma idéia de “algo para”, “coisas para”.

    Ele tem muito que estudar. (Ele tem muitas matérias para estudar)

    fonte: https://brasilescola.uol.com.br/gramatica/ter-que-ou-ter-de.htm


ID
1300537
Banca
FGV
Órgão
TJ-AM
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                 Derrota da Censura 


      A decisão da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara de aprovar em caráter conclusivo o projeto  que  autoriza  a divulgação  de  imagens,  escritos  e  informações  biográficas  de pessoas públicas pode ser um marco na história da liberdade de expressão no país. 
      Até  agora, o Brasil  vem  caminhando no obscurantismo no tocante  à  publicação  ou  filmagem  de  biografias. O  artigo  20  do Código  Civil  bate  de  frente  com  a  Constituição,  que  veta  a censura.  Só  informações  avalizadas pelo biografado ou pela  sua família  podem  ser  mostradas.  É  o  império  da  chapa  branca, cravado  numa  sociedade  que  caminha para  o  pluralismo,  a transparência, a troca de opiniões. 
      O brasileiro vê estupefato uma biografia de Roberto Carlos  sendo recolhida e queimada; biografias de Guimarães Rosa e Raul Seixas  sendo proibidas de  circular;  inúmeros  filmes  vetados por famílias que  se  julgam no direito de determinar o que pode ou não pode  ser dito  sobre qualquer pessoa. Exatamente o que os generais acreditavam poder  fazer em  relação  a  jornais,  rádios e televisão. 
      [....] O  projeto  aprovado  na  CCJ  abre  caminho  para  que  a sociedade  seja  amplamente  informada  sobre  seus  homens públicos,  seus  políticos,  seus  artistas, não  apenas  através  de denúncias,  mas  também  de  interpretações.  O  livro  publicado sobre Roberto Carlos era  laudatório; o mesmo  acontecia  com o documentário  de  Glauber  Rocha,  também proibido,  sobre  Di Cavalcanti. 
      [....]  A  alteração  votada  abre  um  leque  extraordinário  ao desenvolvimento  da  produção  cultural  neste  país.  Mais  livros serão  escritos,  mais  filmes  serão realizados,  mais  trajetórias políticas e artísticas serão debatidas.
 

                                                                   (Nelson HoineffO Globo, 11/04/2013)

“A decisão da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara de aprovar em caráter conclusivo o projeto que autoriza a divulgação de imagens, escritos e informações biográficas de pessoas públicas pode ser um marco na história da liberdade de expressão no país”.

Com relação ao primeiro parágrafo do texto, assinale a alternativa que indica o termo que exerce uma função diferente da dos demais.

Alternativas
Comentários
  • alguéeem dá uma luz, lanterna, alguma coisa aqui.

  • ana carolina de oliveira

    A FGV ama esse tipo de questão. Existem algumas possibilidades de a banca explorar, quando vem com esse papo de "termo que exerce função diferente (ou igual) da dos demais". No caso DESTA questão, foi explorada a diferenciação entre adjunto adnominal e complemento nominal. Como diferenciá-los? Vamos lá?!

    Complemento Nominal                             X             Adjunto Adnominal

    - Caráter: PACIENTE (sofre a ação);                       - Caráter: AGENTE; POSSE (pratica a ação);

    - "a", "em", "para";                                                    - "de";     

    - Exemplo:                                                                - Exemplo:

    A divulgação de imagens e escritos.                        A decisão da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara.

    Ou seja, as imagens foram divulgadas.                   Ou seja, a decisão pertence à Comissão.

    (caráter paciente)                                                   (caráter de posse)

     

    Não sei se ficou claro, mas com a prática fica mais tranquilo. Pesquise e resolva, então, questões sobre adjunto adnominal e complemento nominal.

    Gabarito: B

  • Obs: A explicação ficou desformatada, mas basta seguir a próxima linha. Tentei arrumar, mas não deu. Qualquer dúvida, é só falar.

  • ana carolina de oliveira

    Diversas bancas fazem isso, por exemplo, a FCC. Quem domina o assunto, bate o olho e sabe o que a banca quer. Poderia ser mais clara mencionando "adjunto e complemento"? Poder até que poderia, mas concurso público é se-le-ção. Entente? O que nos resta fazer é não brigar com a banca, mas sim responder à altura dos questionamento (in)fundados. 

    Outra coisa, Ana Carolina, esse assunto é meio chatinho. A gente acha que entende, mas pode não ter compreendido. Sugiro a você que resolva trocentas mil questões sobre o assunto. Dificilmente errará. :)

  • É necessário fazer algumas perguntas ao termo anterior.

     

    A decisão da Comissão  → Quem realiza a decisão? Ou, quem decide? Resposta: a Comissão. Conclusão: “da Comissão” é Agente, ou seja, adjunto adnominal (sentido ativo).

     

    Comissão de Constituição e Justiça → a palavra “comissão” é um substantivo concreto, portanto, adjunto adnominal.

    Complemento Nominal = substantivo abstrato

    Adjunto Adnominal = substantivo abstrato e concreto

     

    Constituição e Justiça da Câmara A ação de constituir e de agir com justiça, de quem é? Da câmara? Resposta: Sim! Conclusão: “da Câmara” é Agente, ou seja, adjunto adnominal (sentido ativo).

     

    divulgação  de  imagens → Quem divulga? As imagens realizam o ato de divulgar? Óbvio que não! Voz passiva: “as imagens são divulgadas”. Portanto, o termo “de imagens” é complemento nominal (sentido passivo).

     

    história da  liberdade → De quem é a história? Resposta: “da liberdade”. Adjunto adnominal.

  • Devemos notar que o substantivo “divulgação” é abstrato, pois resultou
    do verbo “divulgar”. Como o termo preposicionado “de imagens” tem valor
    paciente, sabemos que tal termo é o complemento nominal.
    Nas demais, note que “da Comissão” tem valor agente em relação ao
    substantivo abstrato “decisão” (a comissão decide). Assim, há adjunto
    adnominal.
    O tipo da “Comissão” é a “de Constituição e Justiça” e é “da Câmara”.
    Assim, esses dois termos caracterizam o substantivo concreto “Comissão” e
    são os adjuntos adnominais.
    O substantivo “história” também está sendo caracterizado pelo adjunto
    adnominal “da liberdade”. Que tipo de história? A da liberdade. Vale notar
    também que “história” não proveio do verbo “historiar”, mas o contrário. Isso
    reforça ser ele um substantivo concreto.
    Assim, temos certeza de que a alternativa correta é a (B).

    Prof TERROR

  • O adjunto adnominal pode ser remanejado na oração sem perder significação, o complento nominal não pode ser remanejado;

     Comissão de Constituição e  Justiça da Câmara em decisão de  aprovar  em  caráter  conclusivo  o  projeto  que  autoriza  a  divulgação  de  imagens,  escritos  e  informações  biográficas  de  pessoas públicas pode  ser um marco na história de  expressão da liberdade no país”.

    Isso ocorre pois os adjuntos adnominais são termos acessórios da oração e os complementos nominas são elementos integrantes da oração.

    Veja que de imagem esta umbilicalmente ligado a divulgação, logo complemnto nominal. 

  • Só Observar a única de variou foi DE IMAGENS.

    Logo: A única que e Adjetiva.

    LETRA: B

  • Todas as assertivas são adjuntos adnominais, pois eles são agente da ação , salvo a letra B

    A divulgação das imagens > imagens são divulgadas , logo neste caso as imagens sofrem a ação de ser divulgadas.

    LETRA B

    APMBB

  • B - A única que é Complemento Nominal .

  • Era só você pegar as únicas alternativas de Substantivos abstratos na forma de ATOS e ver qual expressão estava na voz passiva.


ID
1300957
Banca
FEPESE
Órgão
MPE-SC
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Considere o trecho extraído do texto 1 e analise as afirmativas a seguir, tendo em vista a norma padrão da língua portuguesa.

Vós, que o conhecestes, meus senhores, vós podeis dizer comigo que a natureza parece estar chorando a perda irreparável de um dos mais belos caracteres que têm honrado a humanidade. Este ar sombrio, estas gotas do céu, aquelas nuvens escuras que cobrem o azul como um crepe funéreo, tudo isso é a dor crua e má que lhe rói à Natureza as mais íntimas entranhas; tudo isso é um sublime louvor ao nosso ilustre finado.”


1. Trata-se de um discurso direto, que tem como interlocutores as pessoas presentes no velório e como finalidade homenagear o morto.
2. A expressão " meus senhores" é um vocativo  e pode ser   deslocada para o início do enunciado, ou para imediatamente após o pronome inicial, mantendo-se isolada por vírgulas.
3. A forma verbal “têm” não poderia estar no singular “tem”, pois estaria ferindo a regra de concordância segundo a qual o verbo deve concordar com seu sujeito.
4. As palavras “sombrio”, “escuras” e “azul” estão empregadas como adjetivos
5. As duas ocorrências de “tudo isso” fazem remissão anafórica a “Este ar sombrio, estas gotas do céu, aquelas nuvens escuras que cobrem o azul como um crepe funéreo”, e funcionam como aposto resumitivo.

Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.

Alternativas
Comentários
  • Essa prova foi reaplicada pela banca. Mas segundo o gabarito preliminar a resposta correta seria a letra D e não a letra C, conforme informado pelo QC.

  • 3) UM dos que-admite tanto a forma plural quanto a forma singular, então, tanto tem como têm estão corretas, por isso o erro dessa assertiva.

  • Complementando as respostas anteriores, notadamente em relação às assertivas que tive maior dificuldades:

    Quanto à hipótese 4 da questão, os vocábulos "sombrio" e "escuro" realmente foram empregados como adjetivos. No entanto, o vocábulo "azul" é substantitivo, pois, no texto, está precedido de "O".

    Na hipótese 5, infere-se que o "tudo isso" foi empregado para referir a parte anterior do texto, tal como consta da assertiva, o que de fato constitui função anafórica.


ID
1301095
Banca
FGV
Órgão
FUNDAÇÃO PRÓ-SANGUE
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Estudo indica que meditação ajuda a diminuir ânsia por cigarro

     Fumantes que participaram de uma técnica de meditação denominada "treino integrativo de corpo e mente" conseguiram reduzir a ânsia pelo cigarro e diminuíram em 60% o hábito de fumar, segundo artigo publicado pela revista Proceedings da National Academy of Sciences.

     A dependência do tabaco e de outras substâncias envolve um conjunto particular de áreas cerebrais relacionadas com o autocontrole. Os pesquisadores questionaram se um treino destinado a influir na dependência poderia ajudar os fumantes a reduzir o consumo de tabaco, inclusive quando essa não era a intenção do fumante.

     Os estudos sobre tabagismo normalmente recrutam quem deseja diminuir ou livrar-se do hábito de fumar. Neste caso, os pesquisadores optaram por outro método: buscaram voluntários interessados em diminuir o estresse e melhorar o desempenho nas atividades diárias.

     Entre os voluntários havia 27 fumantes, com uma idade média de 21 anos, e que fumavam uma média de dez cigarros por dia. O grupo experimental que recebeu o treino durante cinco horas, por duas semanas, tinha 15 deles.

    O "treino integrativo de corpo e mente" (IBMT) envolve o relaxamento de todo o corpo, imagens mentais e instrução sobre "consciência plena" oferecida por um instrutor qualificado, praticada há muito tempo na China.

     Os coautores do estudo, Yi-Iuane Tang, da Universidade Técnica do Texas, em Lubbock, e Michael Posner, da Universidade do Oregon, colaboraram em uma série de estudos de IBMT.

     "Descobrimos que os participantes que receberam a instrução IBMT também experimentavam uma diminuição significativa na vontade de fumar", disse Tang. "Dado que a meditação de consciência plena promove o controle pessoal, que tem um efeito positivo sobre a atenção e a percepção de experiências internas e externas, acreditamos que poderia ajudar no manejo dos sintomas de dependência".

     Muitos dos participantes só se deram conta que tinham reduzido o consumo de cigarros depois que uma prova objetiva, que mede o monóxido de carbono exalado, mostrou a redução, acrescentou Tang

                                                                                                                (noticias.uol.com.br, 06/08/2013)

Nas alternativas a seguir, o termo sublinhado funciona como paciente do termo anterior, à exceção de uma. Assinale-a.

Alternativas
Comentários
  • a)ânsia por cigarro - cigarro é ansiado (paciente)

    b)dependência do tabaco. - depende-se do  tabaco  

    c)consumo de tabaco. tabaco é consumido

    d)relaxamento de todo o corpo - todo corpo é relaxado

    e) técnica de meditação - não dá para passar para voz passiva 

  • a) ânsia por cigarro ABSTRATO (DERIVA DE ANSIAR) - PACIENTE


    b) dependência do tabaco. ABSTRATO (deriva de depender) - não é o tabaco que depende, dependem dele - paciente. 


    c) consumo de tabaco. ABSTRATO (deriva de consumir) - paciente. 


    d) relaxamento de todo o corpo - abstrato (deriva de relaxar) TODO CORPO É RELAXADO -PACIENTE 


    e) técnica de meditação -  A MEDITAÇÃO DETÉM A TÉCNICA - AGENTE. 

     

    LETRA E. 

  • Acredito que o gabarito seja letra E, porque está especificando um tipo de técnica (técnica de meditação). Por isso, trata-se de um ADJUNTO ADNOMINAL.

    poderia ser qualquer outra técnica (conforme exemplos abaixo), mas ele especificou que a técnica é de meditação.

    EXEMPLOS

    técnica de trabalho

    técnica de aprendizagem

    técnica de exercícios

    técnica de aprimoramento...

  • Complemento;

     consumo de tabaco.

    Algumas palavras ficam sem significado quando pronunciadas sem a sua complementação.

    exemplos;

    Necessidade de bebidas

    se pronuncio somente necessidade o sentido é incompleto alguém tem necessidade de algo.

    na mesma lógica;

    Consumo

    consumo de quê?

    Sucesso, Bons estudos, Nãodesista!

  • Técnica meditativa - Não depende de preposição e pode ser ajustada por um adjetivo "meditiva"


ID
1302409
Banca
IDECAN
Órgão
CRA-MA
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto

                                      Pregos

     Foi de repente. Dois quadros que tenho na parede da sala despencaram juntos. Ninguém os havia tocado, nenhuma ventania naquele dia, nenhuma obra no prédio, nenhuma rachadura. Simplesmente caíram, depois de terem permanecido seis anos inertes. Não consegui admitir essa gratuidade, fiquei procurando uma razão para a queda, haveria de ter uma.

     Poucos dias depois, numa dessas coincidências que não se explicam, estava lendo um livro do italiano Alessandro Baricco, chamado Novecentos, em que ele descrevia exatamente a mesma situação. "No silêncio mais absoluto, com tudo imóvel ao seu redor, nem sequer uma mosca se movendo, eles, zás. Não há uma causa. Por que precisamente neste instante? Não se sabe. Zás. O que ocorre a um prego para que decida que já não pode mais?"

     Alessandro Baricco não procura desvendar esse mistério, apenas diz que assim é. Um belo dia a gente se olha no espelho e descobre que está velho. A gente acorda de manhã e descobre que não ama mais uma pessoa. Um avião passa no céu e a gente descobre que não pode ficar parado onde está nem mais um minuto. Zás. Nossos pregos já não nos seguram.

     Nascemos, ficamos em pé, crescemos e a partir daí começamos a sustentar nossas inquietações, nossos desejos inconfessos, algum sofrimento silencioso e a enormidade da nossa paciência. Nossos pregos são feitos de material maciço, mas nunca se sabe quanto peso eles podem aguentar. O quanto podemos conosco? Uma boa definição para felicidade: ser leve para si mesmo.

     Sobre os meus quadros: foram recolocados na parede. Estão novamente fixos no mesmo lugar. Até que eles, ou eu, sejamos definitivamente vencidos pelo cansaço.

                     (Martha Medeiros. Disponível em: http://www.dihitt.com/barra/pregos-de-martha-medeiros. Adaptado.)

Assinale a alternativa em que o termo em destaque NAO é um adjunto adnominal.

Alternativas
Comentários
  • EXATAMENTE é adjunto adverbial.

  • Adjunto Adnominal não se separa do substantivo termo em que ele é satélite que no caso " exatamente " e advérbio, que esta completando a ideia de um verbo. advérbio complementa (adjetivo,outro advérbio, ou verbo)

    mesmo se fosse um dos termos que podem ser Adjunto Adnominal (numeral,adjetivo,pronome,artigo) estaria errado por não estar" junto junto junto " do substantivo.

  • Gente e essa D é o quê?

  • Também não entendi o que é a D

  • a D é pronome demonstrativo que acompanha o substantivo. Logo é Adjunto Adominal.

  • Na letra A , os é pronome obliquo e funciona como adj Adn.
    Na letra B , nossos é pronome possessivo e também funciona como adj. Adn.
    A letra C está correta, exatamente é adjunto adverbial do verbo descrever.
    Na letra D, o esse é pronome demonstrativo e funciona como Adj. Adn.

    Os adjuntos adnominais são termos que vão vir SEMPRE junto do SUBSTANTIVO COMUM OU ABSTRATO que ele caracteriza, os termos que podem exercem a função de ajunto adnominal são: artigos, adjetivos ( tomar cuidado pra não confundir com predicativo), pronomes e numerais.

  • O UNICO TERMO SUBLINHADO QUE SE REFERE A VERBO É A RESPOSTA  - LETRA C - SERÁ ADJUNTO ADVERBIAL 

    TODOS OS OUTROS SE REFEREM A SUBSTANTIVO. 

    a) "Sobre os meus quadros..." (69§)

     b)"Nossos pregos já não nos seguram." (39§)

     c)"... ele descrevia exatamente a mesma situação." (29§) É A RESPOSTA 

     d)"Alessandro Baricco não procura desvendar esse mistério,..." (39§)

     e)"Dois quadros que tenho na parede da sala despencaram juntos." (19§)

     

  • Uma outra dica nesta questão seria que a palavra "exatamente" é invariável, ou seja, não flexiona em número ou gênero...logo se trata de um advérbio.

  • Exatamente = palavras terminadas em MENTE são advérvios, ou seja, são invariáveis. Resposta letra C. Já errei muitas questões por falta de atenção, hoje eu estou aplicando técnicas de concentração e me ajudam muito. FORÇA A TODOS.

  • c) "... ele descrevia exatamente a mesma situação." (29§)

     

     

     

    Adjunto adnominal - é o termo que caracteriza ou determina os subtantivos. Pode ser expresso:

     

     

    Pelos Adjetivos: água fresca, terras férteis, animal feroz;

     

     

    Pelos Artigos: o mundo, as ruas, o rapaz, os meus quadros.

     

     

    Pelos pronomes adjetivos: nosso tio, este lugar, pouco sal, muitas rãs, esse mistério, nossos pregos.

     

     

    Pelos numerais: dois pés, quinto ano, capítulo sexto, dois quadros.

     

     

    Pelas locuções ou expressões adjetivas: de rei (=régio), livro do mestre, água da fonte.

  • Tomara que venha uma questão assim na minha prova kkkkkkkk

  • a)"Sobre os meus quadros..." (69§)

    Sobre eles os. Não aceita o os fora do pronome, está junto do nome, Adjunto Adnominal.

    b)"Nossos pregos já não nos seguram." (39§)

    Eles Nossos já não nos seguram. Não aceita o Nossos fora do pronome, está junto do nome, Adjunto Adnominal.

    c)"... ele descrevia exatamente a mesma situação." (29§)

    Descreviam-na exatamente. A frase aceita o exatamente fora do pronome, não está junto do nome, poderia ser um predicativo do objeto direto (mesma situação), mas como é um adverbio é um Adjunto Adverbial. Gabarito

    d)"Alessandro Baricco não procura desvendar esse mistério,..." (39§)

    não procura desvendá-lo esse. Não aceita o esse fora do pronome, está junto do nome, Adjunto Adnominal.

    e)"Dois quadros que tenho na parede da sala despencaram juntos." (19§)

    Dois Eles despencaram juntos. Mantendo o numeral na mesma posição, a frase não aceita o Dois fora do pronome, está junto do nome, Adjunto Adnominal.

  • ADJUNTO ADNOMINAL =

    TERMO QUE COMPLETA UM NOME (ABSTRATO OU CONCRETO)

    PREPOSICIONADO OU NÃO

    VALOR AGENTE

    RELAÇÃO DE POSSE

    PODE SER (ADJETIVO-NUMERAL-ARTIGOS-PRONOMES ADJETIVOS ETC)

    "Sobre os meus quadros..." (69§) = ARTIGO

    "Nossos pregos já não nos seguram." (39§) = PRONOME POSSESSIVO

    "Alessandro Baricco não procura desvendar esse mistério,..." (39§) =PRONOME DEMOSTRATIVO

    "Dois quadros que tenho na parede da sala despencaram juntos." (19§) = NUMERAL

    -------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

    "... ele descrevia exatamente a mesma situação." (29§) = ADJUNTO ADVERBIAL

  • C - ADJUNTO ADVERBIAL DE MODO

    COMO/O MODO QUE ELE DESCREVIA ? DESCREVIA EXATAMENTE.....

  • c-

    adjunto adnominal qualifica o sibstantivo. eles sao: artigos, numerais, adjetivos, pronomes demonstrativos, possessvos etc

  • Tempo que as questões da IDECAN eram "normais".kkkkkk

    Gab: C

    ADJUNTO ADVERBIAL

    PM CE 2021

  • A. Adnominal

    • termo acessório
    • substantivo: concreto/ abstrato
    • PREPOSIÇÃO sem obrigação
    • Posse/Ativo.

ID
1302508
Banca
FEPESE
Órgão
MPE-SC
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 1

                                    Óbito do autor

     Algum tempo hesitei se devia abrir estas memórias pelo princípio ou pelo fim, isto é, se poria em primeiro lugar o meu nascimento ou a minha morte. Suposto o uso vulgar seja começar pelo nascimento, duas considerações me levaram a adotar diferente método: a primeira é que eu não sou propriamente um autor defunto, mas um defunto autor, para quem a campa foi outro berço; a segunda é que o escrito ficaria assim mais galante e mais novo. Moisés, que também contou  sua morte, não  a pôs no introito, mas no cabo: diferença radical  entre este livro e o Pentateuco.

      Dito isto, expirei às duas horas da tarde de uma sexta-feira do mês de agosto de 1869, na minha bela chácara de Catumbi. Tinha uns sessenta e quatro anos, rijos e prósperos, era solteiro, possuía  cerca de trezentos contos e fui acompanhado ao cemitério por onze amigos. Onze amigos! Verdade é que não houve cartas nem anúncios.Acresce que chovia - peneirava uma chuvinha miúda, triste e constante, tão constante  e tão triste, que levou um daqueles fiéis  da última  hora  a intercalar esta  engenhosa ideia  no discurso que  proferiu à  beira de minha cova: - "Vós, que o conhecestes, meus  senhores, vós  podeis   dizer comigo que a natureza parece estar chorando a perda irreparável de um dos mais belos caracteres que têm honrado   a  humanidade. Este ar  sombrio, estas  gotas do céu, auqelas  nuvens  escuras que cobrem o azul como um  crepe funéreo, tudo isso é  dor  crua  e má que lhe rói à Natureza as mais íntimas entranhas; tudo isso é um  sublime louvor ao nosso ilustre finado."

      Bom e fiel amigo! Não, não me arrependo das vinte apólices  que lhe deixei. E foi assim que cheguei à cláusula dos meus dias; foi assim que me encaminhei para o undiscovered  country de Hamlet, sem as ânsias nem as dúvidas do moço  príncipe, mas pausado e trôpego como quem se retira tarde do espetáculo. Tarde e aborrecido.[...]

ASSIS, Machado de. [1881] Memórias Póstumas de Brás Cubas. São Paulo: Globo, 2008. p. 9-10

Considere o trecho extraído do texto 1 e analise as afirmativas a seguir, tendo em vista a norma padrão da língua portuguesa.

“Vós, que o conhecestes, meus senhores, vós podeis dizer comigo que a natureza parece estar chorando a perda irreparável de um dos mais belos caracteres que têm honrado a humanidade. Este ar sombrio, estas gotas do céu, aquelas nuvens escuras que cobrem o  azul como um crepe funéreo, tudo isso é a dor crua e má que lhe rói à Natureza as mais íntimas entranhas; tudo isso é um sublime louvor ao nosso ilustre finado."

1. Trata-se de um discurso direto, que tem como interlocutores as pessoas presentes no velório e como finalidade homenagear o morto.

2. A expressão “meus senhores” é um vocativo e pode ser deslocada para o início do enunciado, ou para imediatamente após o pronome inicial, mantendo-se isolada por vírgulas.

3. A forma verbal “têm” não poderia estar no singular “tem”, pois estaria ferindo a regra de concordância segundo a qual o verbo deve concordar com seu sujeito.

4. As palavras “sombrio”, “escuras” e “azul” estão empregadas como adjetivos.

5. As duas ocorrências de “tudo isso” fazem remissão anafórica a “Este ar sombrio, estas gotas do céu, aquelas nuvens escuras que cobrem o azul como um crepe funéreo”, e funcionam como aposto resumitivo.

Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas

Alternativas
Comentários
  • Sacanagem !Apesar de ser discurso direto,  No item 1 a banca fala em Interlocutores as pessoas presentes???? ou seria uma das pessoas presentes??Ta evidente que foi, somente, uma pessoa que falou. Para estar correta deveria estar no singular a afirmação. Tanto que no último parágrafo ele agradece. 

    - Bom e fiel amigo! Não, não me arrependo das vinte apólices  que lhe deixei.

     

  • O item " 5 " estaria errado porque aposto vem sempre entre virgulas.

  • Interlocutores sao os presentes a pessoa que diz o discurso é o orador

  • Alguém poderia me explicar:

    3. A forma verbal “têm” não poderia estar no singular “tem”, pois estaria ferindo a regra de concordância segundo a qual o verbo deve concordar com seu sujeito.

    "a perda irreparável de um dos mais belos caracteres que tem honrado a humanidade"

    quando uso o tem (sem acento) estaria me referindo a "um"? e não a "dos mais belos"?

  • Oi Valteisa! A expressão um dos mais.., pede verbo no plural., assim como a expressão um dos que. Concordância verbal é cruel, a expressão mais de um pede verbo no singular, eu fico revoltada.


ID
1308385
Banca
ESAF
Órgão
MF
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Assinale a opção que justifica corretamente o fato de o segmento grifado estar entre vírgulas.


Lucio Costa concebeu Brasília como civitas e como urbs — a cidade tem um duplo caráter. Por um lado, é a cidade do poder, dos símbolos, das representações, das cerimônias (civitas); por outro, a cidade secular da vida cotidiana dos habitantes (urbs). E ele não concebeu a Esplanada como uma “pura” civitas. Alguns não sabem que há no projeto uma clara indicação de um edifício baixo, conectando os blocos ministeriais entre si, que abrigaria serviços diversos. Nunca foi feito. Noutras palavras, o arquiteto também trazia serviços da vida cotidiana para o coração da civitas. Lucio Costa tinha por referência afetiva as cidades europeias, continentais ou inglesas. E, nelas, sagrado e secular, uso cotidiano e excepcional misturam-se para definir alguns dos espaços urbanos mais fortes da história. 
 
                   (Sagrado e profano, Frederico de Holanda, Correio Braziliense, 17/6/2013, com adaptações).

O segmento grifado é

Alternativas
Comentários
  • Trata-se de uma oração explicativa reduzida de gerúndio. O termo poderia ser assim reescrito:

    "...de um edifício baixo, que conecta os blocos ministeriais entre si, que abrigaria..."

    Gabarito: Letra D

  • Só substituir "conectando" por "os quais conectam", o que mostra que o termo sublinhado é oração explicativa reduzida de gerúndio.

  • d

    É oração subordinada adjetiva explicativa porque, além de estar entre virgulas, esta explicando um termo anterior. Geralmente essas orações vêm introduzidas de pronome relativo 'que'

  • Desculpem a ignorância, mas por que não pode ser aposto?

     

  • "... há no projeto uma clara indicação de um edifício baixo, conectando os blocos ministeriais entre si,...   ==> forma reduzida de gerúndio

    Transformando para forma desenvolvida temos:

    , que conecta os blocos ministeriais entre si,  ==> oração subordinada adjetiva explicativa

  • Sílvia André, o aposto tem caráter nominal, ou seja, é representado por nomes e não por verbos ou advérbios. Logo, vendo q existe um verbo na frase "conectando", não poderia ser um aposto...  

  • Equivale a : "que conecta os blocos ministeriais entre si."

  • Aposto é uma explicação entre vírgulas, sem verbo. Razão pela qual não poderia ser o gabarito da questão.


ID
1310332
Banca
FEPESE
Órgão
SJC-SC
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto

Muito se tem falado sobre a crescente violência no Brasil e no mundo e cada vez mais se tem assistido à participação de adolescentes nesse contexto de violência. A população mostra-se assustada, com razão, diante dessa realidade e sente-se aprisionada em suas residências, cada vez mais cercadas e supostamente protegidas de pessoas perigosas que se encontram à solta. A cada notícia sensacionalista da mídia, especialmente quando se trata da participação de adolescentes, a sociedade manifesta indignação e exige providências no sentido de tirar de circulação os que ameaçam seu direito de ir e vir, ou - o que está em voga atualmente - cobram a redução da maioridade penal para que o quanto antes estes jovens que cometem atos infracionais sejam “jogados” nas prisões e de lá não saiam tão cedo.

(…)

Nossa Carta Magna de 1988, em seu artigo 227 estabelece que “é dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão”.

Beatriz Prudêncio Soares. Adolescentes infratores e suas relações afetivas. (excerto) in: acesso em 20.10.2013

O complemento nominal é um termo da oração que completa a significação de um nome.

Assinale a alternativa que contém a frase com complemento nominal, corretamente grifado.

Alternativas
Comentários
  • a) O fumo prejudica a saúde => nao tem preposiçao, ERRADA

    b)Em voce, eu tenho confiança => confiança substantivo abstrato, voce é paciente, sofre açao, tem preposiçao. CN - CORRETA

    c)O professor severo era temido por todos => professor subst. concreto, característica inerente ao professor - A. ADN.

    d)De todos, vc é o mais competente => N/ tenho certeza, alguém poderia completar por favor?

    e)As ruas foram lavadas pela chuva => Completa a locuçao verbal foram lavadas. A. Adv. de modo.


  • Luís, a letra C não tem nada a ver com o professor e sim com : temido por todos-> por todos é agente da passiva.

  • gab B

    od

    cn

    adjunto adnominal

    adjunto adverbial de comparação

    agente da passiva

  • SOBRE A QUESTÃO "D"

     

    O "DE TODOS",  É  ADJ. ADV. DE COMPARAÇÃO. 

    SE ESTOU ERRADO, PEÇO QUE ME CORRIJAM POR FAVOR.

  • Na letra D não é adjunto adverbial porque nao ta qualificando nenhum verbo.

    É adjunto adnominal. Pensa em todos. Os competentes fazem parte (ideia de posse) do conjunto todos. Não são todos que são competentes, mas os que são pertencem ao universo de "todos"

  • Na letra D é adjunto adverbial de referência que classifica o adjetivo "competente"

    Você é o mais competente de todos

    Esse "o" é pronome demonstrativo substantivo que se refere a você

    o "mais" é advérbio de intensidade

    e "competente" é adjetivo que classifica o "o"

    "de todos" é locução adverbial de referência que classifica o adjetivo competente

  • GABARITO: LETRA B

    Em você, eu tenho confiança --- Está na ordem indireta.

    Ordem direta --- Eu tenho confiança em você. --- Quem tem, tem alguma coisa. Objeto direto (confiança). Confiança é um substantivo abstrato. Em você é um complemento nominal do substantivo "confiança."

    Força, guerreiros(as)!!

  • Comentário do professor:

    a) objeto direto

    b) complemento nominal

    c) adjunto adnominal

    d) adjunto adverbial de comparação

    e) agente da passiva

    gabarito: letra b

  • Analisemos as alternativas:

    O complemento nominal é introduzido por preposição, e o que vemos acima não é uma preposição, mas sim um artigo (A) - "a saúde" está exercendo função de objeto direto.

    "Em você" está como um agente paciente (você recebe a confiança)

    "Severo" é um adjetivo exercendo função sintática de adjunto adnominal, ele está caracterizando o professor. *Se o adjetivo estivesse entre vírgulas exerceria função de predicativo.

    "De todos" está exercendo função de adjunto Adverbial

    "pela chuva" está exercendo função de A.D, pois ela prática a ação de lavar a rua.


ID
1313476
Banca
FGV
Órgão
SEDUC-AM
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Assinale a opção em que o pronome "o" funciona como aposto.

Alternativas
Comentários
  • Letra (d) 

    Aposto é um termo que se junta a outro de valor substantivo ou pronominal para explicá-lo ou especificá-lo melhor. Vem separado dos demais termos da oração por vírgula, dois-pontos ou travessão.

    Por Exemplo:

    Ontem, segunda-feira, passei o dia com dor de cabeça.

    Segunda-feira é aposto do adjunto adverbial de tempo ontem. Dizemos que o aposto é sintaticamente equivalente ao termo a que se relaciona porque poderia substituí-lo. Veja:

    Segunda-feira passei o dia com dor de cabeça.

    Obs.: após a eliminação de ontem, o substantivo segunda-feira assume a função de  adjunto adverbial de tempo.

  • Só corrigindo, nem sempre Aposto vem separado por vírgula, dois-pontos ou travessão.

  • aposto DESIGNATIVO não tem virgula!! só para esclarecer! 

    Exemplo: A rua João durval(substantivo proprio que dá nome ao substantivo comum rua)..

    Voltando a questão: analisando as alternativas percebe-se que não há caso de aposto designativo, logo, o termo explicativo que vem precedido de virgula com status de substantivo é a letra D

  • Pensei que fosse a letra E, pois o 'O' se refere ao documento. Alguem pode me explicar por que não é a E?

  • A alternativa "E" refere-se ao OBJETO DIRETO PLEONÁSTICO (Enfático ou Redundante).

    Ocorre quando se quer destacar a informação contida no objeto direto. Para isso, coloca-se o OD no início da frase para depois repeti-lo com um pronome oblíquo.

    Então: "ESSE DOCUMENTO (OD), quem já O (OD PLEON) assinou (VTD)?

    Espero ter contribuído!

    :)

  • QUESTÃO SEM GABARITO

    A questão só teria sido elaborada corretamente se o enunciado fosse assim: "Assinale a opção em que a oração iniciada por "o" funciona como aposto", pois é isto que o examinador quis dizer. Quis dizer, mas não conseguiu, porque é incompetente. Em consequência, temos aqui vomitada uma questão que diz que o "o", por si só, funciona como aposto. Não funciona, não existe embasamento para essa interpretação. O "o" que aparece na alternativa D (Gabarito), assim como nas B e C, é pronome demonstrativo. Veja o que diz a Nova Gramática do Português Contemporâneo (Editora Lexicon. Rio de Janeiro. 7° Edição. 2016. 762 páginas. ISBN 978858300266. Página 361):

    "O antecedente do RELATIVO pode ser o sentido de uma expressão ou oração anterior [...] Neste caso, o que vem geralmente antecedido do demonstrativo o [negrito meu] ou da palavra coisa ou equivalente, que resumem a expressão ou oração a que o RELATIVO se refere:

    Vendia cautelas, o que requer muito cálculo, muito olho e muita porfia. (J. de Araújo Correia, FX, 54.)

    Achou-se mais prudente que eu me safasse pelos fundos do prédio, o que fiz tão depressa quanto pude. (C. dos Anjos, MS, 328.)

    Ela então consentiu que eu erguesse seu rosto, gesto que não me haviam autorizado. (N. Pinon, CP, 65.)".

  • e um aposto de oracao. Quando a oracao apresentar `o que` e permitir trocar o `o` pelo a palavra `FATO` trata-se de um aposto de oracao.

    EX pedro estudou o ano todo, `o que` ( fato que ) fez dele um vencedor.


ID
1316764
Banca
IESES
Órgão
TRT - 14ª Região (RO e AC)
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A PERSISTIR O PEDANTISMO, O LINGUISTA DEVERÁ SER CONSULTADO

Por Aldo Bizzocchi

Disponível em: http://revistalingua.uol.com.br/textos/blog-abizzocchi/a- persistir-o-pedantismo-o-linguista-devera-ser-consultado-313578-1.asp Acesso em 24 ago 2014.


Onde há excesso de leis, em geral há falta de educação. Por exemplo, a lei que reserva um dos assentos do transporte público a idosos e deficientes só existe porque o brasileiro, via de regra, não cede espontaneamente seu lugar a uma pessoa necessitada. Em países com maior espírito de civilidade, esse tipo de regulamentação é desnecessário.

É por termos o mau hábito da automedicação que o governo instituiu a obrigatoriedade de os anúncios de medicamentos trazerem o alerta “A persistirem os sintomas, o médico deverá ser consultado”. O problema é que essa lei, nascida da cabeça de algum parlamentar com formação bacharelesca (como grande parte de nossos políticos) e nenhuma sintonia com o povo (como a quase totalidade deles) obriga a propaganda a trazer uma mensagem que, embora destinada sobretudo às pessoas mais humildes (justamente as que, pela precariedade do serviço público de saúde, mais se automedicam), utiliza um linguajar incompreensível pelo vulgo.

A persistirem” é construção infinitiva pessoal equivalente ao gerúndio “persistindo”, forma esta um pouco mais corrente nos dias de hoje. Mesmo assim, “persistindo os sintomas, o médico deverá ser consultado” ainda é bastante rebuscado, já que o gerúndio, no caso, oculta uma oração condicional: “se os sintomas persistirem...” (é a chamada oração subordinada reduzida de gerúndio). Alguns comerciais até empregam, provavelmente à revelia da lei, “se persistirem os sintomas”, formulação que, embora mais transparente, ainda peca pela inversão entre sujeito e predicado.

E quanto à oração principal? Em lugar da voz passiva de “o médico deverá ser consultado”, iria muito melhor aí a voz ativa (“deve-se consultar o médico”) ou - a mais feliz das soluções em se tratando de comunicação com o público - o uso do imperativo: “consulte o médico”.

Em resumo, não fosse o pedantismo com que os nossos legisladores empregam a língua, como se erudição fosse índice de competência ou honestidade, teríamos um aviso muito mais simples, direto e acessível à massa: “Se os sintomas persistirem, (ou “continuarem”, ou “não passarem”), consulte o médico”.

O mesmo vício se encontra naquele famoso aviso presente em todos os elevadores: “Antes de entrar no elevador, verifique se o mesmo encontra-se parado neste andar”. Se era para ser pedante, por que não redigiram logo algo como “Antes de adentrar o elevador, certifique-se de que o mesmo encontra-se parado no presente andar”?

Tivesse esse aviso sido escrito por um publicitário ou marqueteiro, certamente teríamos algo simples e sucinto como “Antes de entrar no elevador, verifique se ele está parado neste andar”. E também teríamos nos livrado da péssima colocação pronominal “encontra-se” no lugar de “se encontra” (em orações subordinadas, só se usa próclise). Isto é, além de pedante, esse aviso peca pela hipercorreção.

Também nos elevadores, há o aviso de que é proibida a discriminação de pessoas por raça, cor, credo, condição social, doença não contagiosa, etc. Só que o aviso, uma mera transcrição do texto legal, não diz “é proibido”, diz “é vedado”. Ora, a maioria das pessoas sujeitas a sofrer os tipos de discriminação elencados nessa lei certamente não sabe o que significa “vedado” (talvez os pintores de paredes pensem na vedação contra umidade). Tampouco saberiam o que é “porte e presença de doença não contagiosa por convívio social”. E assim vamos levando a vida neste país em que falta educação, civilidade e urbanidade, mas abundam leis e sobram (ou melhor, sobejam) políticos bem-falantes e mal-intencionados.

Aldo Bizzocchi é doutor em Linguística pela USP, com pós-doutorado pela UERJ, pesquisador do Núcleo de Pesquisa em Etimologia e História da Língua Portuguesa da USP e autor de Léxico e Ideologia na Europa Ocidental (Annablume) e Anatomia da Cultura (Palas Athena). www.aldobizzocchi.com.br.

Analise as assertivas a seguir e assinale a única alternativa correta quanto à análise das mesmas.

I. No último parágrafo, há uma incorreção de concordância em: “[...], há o aviso de que é proibida a discriminação de pessoas [...].”, pois a expressão “é proibido” é sempre invariável.

II. Na primeira frase do texto, a expressão destacada é um adjunto adverbial e imprime a ideia de algo com realização provável.

III. A palavra “vulgo”, destacada no texto, significa, no contexto, povo.

IV. No penúltimo parágrafo foi empregada corretamente a relação dos tempos e modos verbais: pretérito perfeito do subjuntivo e futuro do pretérito, pois o autor faz referência a ações hipotéticas.

A sequência correta é:

Alternativas
Comentários
  • Resposta letra "d".

    IV. No penúltimo parágrafo foi empregada corretamente a relação dos tempos e modos verbais: pretérito perfeito do subjuntivo (na verdade, seria: pretérito imperfeito do subjuntivo) e futuro do pretérito, pois o autor faz referência a ações hipotéticas. 
  • Gabarito: Letra D

    I. No último parágrafo, há uma incorreção de concordância em: “[...], há o aviso de que é proibida a discriminação de pessoas [...].”, pois a expressão “é proibido” é sempre invariável. 

    ERRADO. É invariável quando o sujeito não é determinado por artigo ou por certos pronomes. Ex.: É proibidA A entrada. / É proibidO entrada.

    II. Na primeira frase do texto, a expressão destacada é um adjunto adverbial e imprime a ideia de algo com realização provável. 

    CORRETO. "Onde há excesso de leis,em geral há falta de educação."

    Em geral: normalmente, geralmente, via de regra, de modo geral.

    III. A palavra “vulgo”, destacada no texto, significa, no contexto, povo. 

    CORRETO. "O problema é que essa lei [...] utiliza um linguajar incompreensível pelo vulgo. "

    Vulgo significa uma classe popular,  povo, plebe. Vulgo também é utilizado para falar de alguém que é popularmente conhecido por outro nome, mas não é esse o sentido empregado aqui.

    IV. No penúltimo parágrafo foi empregada corretamente a relação dos tempos e modos verbais: pretérito perfeito do subjuntivo e futuro do pretérito, pois o autor faz referência a ações hipotéticas. 

    ERRADO. "TIVESSE esse aviso SIDO escrito por um publicitário ou marqueteiro, certamente TERÍAMOS algo simples e sucinto... "

    Trata-se do pretérito MAIS-QUE-PERFEITO do subjuntivo composto. Essa flexão é a formação de locução verbal com o auxiliar ter ou haver no pretérito imperfeito do subjuntivo e o principal no particípio, tendo o mesmo valor que o pretérito imperfeito do subjuntivo simples. Ex.: "Eu teria caminhado todos os dias desse ano, se não tivesse trabalhado tanto."

    Na assertiva temos o auxiliar TER no pretérito imperfeito do subjuntivo + o verbo SER no particípio: se eu tivesse sido, se tu tivesses sido, se ele tivesse sido, se nós tivéssemos sido... 

    Futuro do pretérito: eu teria, tu teria, ele teria, NÓS TERÍAMOS.



ID
1318165
Banca
IF-SC
Órgão
IF-SC
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Assinale a alternativa que contém entre parênteses a classificação CORRETA do termo em destaque em cada frase.

Alternativas
Comentários
  • Alguém poderia explicar a D ?

  • INDIQUEM PARA COMENTÁRIO POR FAVOR

  • "estavam cansados e famintos

     

    Apenas ''cansados'' e ''famintos'' fazem parte do predicativo do sujeito, o verbo ''estar'' não. Este apenas liga as duas propriedades ao sujeito. A questão sinaliza como se o verbo ''estavam'' fizesse parte do predicativo, por tal razão está incorreta a alternativa D. 

  • GALERINHA ALGUÉM PODERIA EXPLICAR ESTA QUESTÃO POR FAVOR?


  • A isso nao pode ser sujeito, pois nao existe sujeito preposicionado.

    (ele - Suj Oculto) Quereria chamar a isso (OI) de desorganizado

    2) Chamar no sentido de denominar, apelidar pode apresentar objeto direto e indireto, ao qual se refere o predicativo preposicionado ou não.

    Exemplos:

    A torcida chamou o jogador mercenário.

    A torcida chamou ao jogador mercenário.

    A torcida chamou o jogador de mercenário.

    A torcida chamou ao jogador de mercenário.

    O pai chamou-lhe (OI) de campeão(Pred. Objeto).

  • A) “[...] e teria a segurança de aventurar” (objeto indireto)

    Incorreto. O termo é adjunto adnominal do substantivo concreto "segurança".

    B) “É o que contarei no outro capítulo.” (objeto indireto)

    Incorreto. O termo é adjunto adverbial.

    C) “[...]nem esperou que eu lhe perguntasse pela filha.” (agente da voz passiva)

    Incorreto. O termo é objeto indireto da forma verbal "perguntar".

    D) “Os infelizes tinham caminhado o dia inteiro, estavam cansados e famintos. (predicativo do sujeito)

    Incorreto. O termo grafado constitui todo o predicado da oração. É predicativo do sujeito apenas a construção "cansados e famintos".

    E) “A isso quereria chamar de desorganização[...]” (objeto indireto)

    Correto. O verbo em questão é transitivo indireto quando no sentido de qualificar, caso em que faz necessária a presença de predicativo do objeto.

    Gabarito na alternativa E


ID
1321084
Banca
Quadrix
Órgão
DATAPREV
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto I - Tablet ficará 36% mais barato, diz ministro

0 ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, afirmou hoje que a desoneração dos tablets produzidos no Brasil pode baratear esses equipamentos em até 36%, na comparação com o similar importado.

Segundo ele, essa redução do preço será possível com a retirada de um conjunto de tributos, entre eles o PIS/Cofins.

0 ministro oarticipou na manhã de hoje do seminário Estímulos à Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) no Setor de Telecomunicações, promovido pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea)

0 governo deve publicar esta semana a medida provisória (MP) que regulamentará a produção de tablets no país. A MP vai incluir esses equipamentos na mesma categoria dos computadores e notebooks, concedendo ao produto desoneração de impostos.

(Agência Brosif poro Info Online. Disponível em www.info.obrit.com.br)



Texto II - Linkedln eleva oferta de ações em 30%

O Linkedln anunciou hoje que a estimativa de preço por ação em sua oferta públic3 inicial (IPO, em inglês) foi elevada em 30%, acompanhando o apetite de investidores para ingressar no aquecido segmento.

A nova faixa de oreço de 42 a 45 dólares por ação, contra 32 a 35 dólares anteriormente, avalia a empresa com nove anos de existência em pouco mais que 4 bilhões de dólares. Se considerado o valor máximo da faixa, a operação pode resultar em 352 milhões de dólares.

A receita do Linkedln dobrou no ano passado para 243,1 milhões de dólares, enquanto o lucro líquido foi de 15,4 milhões de dólares.

Empresas como Facebook, Twitter, Groupon e Zynga vêm atraindo atenção de investidores, transformando o segmento de redes sociais em um dos mais aquecidos atualmente.

Do total de 7,84 milhões de ações que o Linkedln está emitindo, 4,83 milhões serão novas ações, enquanto o restante será vendido pelos acionistas da companhia.

As ações detidas pelo co-fundador da empresa, Reid Hoffman, que esta entre os acionistas vendedores, devem representar cerca de 21,7 por cento do poder de voto após a oferta.

Outros grandes acionistas envolvidos na operação incluem Goldman Sachs, McGraw-HilI Companies e Bain Capital Venture Integral Investors. A oferta está sendo coordenada por Morgan Stanley, Bank of America e jPMorgan.

                                                            (Reuters para ínfo Online Disponível em wwwtnfo. obril.com br)

Releia o quarto parágrafo do Texto II.

"Empresas como Facebook, Twitter, Groupon e Zynga vêm atraindo atenção de investidores, transformando o segmento de redes sociais em um dos mais aquecidos atualmente."

Sobre ele, analise as afirmações e, em seguida, dê como resposta a soma dos itens corretos.

(02) A forma verbal "vêm" é de um verbo da terceira conjugação.

(04) A forma verbal "vêm" deveria aparecer no plural; para concordar com o sujeito, c que não acontece.

(08) A palavra "atualmente" é um advérbio e classifica-se, sintaticamente, como adjunto adverbial.

(16) A palavra "sociais" funciona, sintaticamente, como Complemento Nominal de "redes".

(32) Há, no trecho, quatro verbos no gerúndio. Não ocorre, no entanto, o vício de linguagem chamado de "gerundismo".

Alternativas
Comentários
  • (02) - (Ele) vem [1o pessoa do singular] ; (Nós) vimos ; (Vós) vindes ; (Eles) vêm [3o pessoa do plural] 

    (08) - adjunto adverbial de tempo 

    = 10

  • Olá, pessoal!

    Essa questão não foi alterada pela Banca. O Enunciado e as alternativas estão de acordo com a prova publicada no site!


    Bons estudos!
    Equipe Qconcursos.com

  • (02) A forma verbal "vêm" é de um verbo da terceira conjugação. [correta]

    (04) A forma verbal "vêm" deveria aparecer no plural; para concordar com o sujeito, c que não acontece. [errada - já está no plural]

    (08) A palavra "atualmente" é um advérbio e classifica-se, sintaticamente, como adjunto adverbial. [correta]

    (16) A palavra "sociais" funciona, sintaticamente, como Compiemento Nominal de "redes". [errada - é adjunto adnomial]

    (32) Há, no trecho, quatro verbos no gerúndio. Não ocorre, no entanto, o vício de linguagem chamado de "gerundismo" [errada - só tem dois verbos no gerúndio (atraindo e transformando)]


ID
1323238
Banca
FGV
Órgão
TJ-GO
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 1 – Advogado do diabo

Márcio Cotrim

A expressão vem da Igreja Católica. Sempre que é iniciado um processo de canonização – ou seja, de avaliar a santificação de uma pessoa -, a Igreja nomeia oficialmente alguém que procura descobrir-lhe os defeitos. Em latim, esse cidadão é o Advocatus Diaboli, Advogado do Diabo e terá como oponente aquele que é a favor da canonização, o chamado Advocatus Dei, Advogado de Deus.

Instalado o processo – que passa por várias etapas e pode levar anos, até séculos para ser concluído -, trava-se discussão minuciosa e circunstanciada. De um lado, a busca da prova indiscutível dos milagres do candidato à santidade. Do outro, aquele que traz a público as informações de que ele não era tão santinho como parecia...

O termo do segundo parágrafo do texto 1 que exerce a função de adjunto e não de complemento ou sujeito é:

Alternativas
Comentários
  • A alternativa correta é a "C" (a público), pois a referida expressão exerce a função sintática de adjunto adverbial de modo (a público = publicamente).

  • PRINCIPAIS DIFERENÇAS ENTRE ADJUNTO ADNOMINAL E COMPLEMENTO NOMINAL:



    PRIMEIRA DIFERENÇA: o complemento nominal se liga a substantivos abstratos, a adjetivos e a advérbios; o adjunto se liga a substantivos, que podem ser abstratos ou concretos. 



    SEGUNDA DIFERENÇA: o complemento nominal tem sentido passivo, ou seja, recebe a ação expressa pelo nome a que se liga; o adjunto tem sentido ativo, isto é, ele pratica a ação expressa pelo substantivo modificado por ele. 



    TERCEIRA DIFERENÇA: o complemento não expressa ideia de posse; o adjunto frequentemente indica posse. 



    Vamos agora praticar essa teoria: “As casas de madeira são ótimas no inverno". 

    “De madeira” é complemento nominal ou adjunto? 

    Lembra-se do que dissemos na “primeira diferença”? O complemento nominal se liga exclusivamente a substantivos abstratos. 

    “De madeira” está modificando um substantivo concreto, “casas”. 

    Logo, “de madeira” é adjunto adnominal. 



    Outro exemplo: “Ele é igual ao pai”. 

    Qual a função de “ao pai”? 

    Ele está se referindo a “igual”, que é adjetivo. 

    Como dissemos na “primeira diferença”, o complemento nominal se liga a adjetivos, o adjunto não.

     Portanto, “ao pai” é complemento nominal. 



    Mais um exemplo: “Amor de mãe é eterno”. 

    Qual a função do termo “de mãe”? 

    Ele está modificando um substantivo abstrato, “amor”. 

    Logo, pode ser complemento nominal ou adjunto. 

    A “segunda diferença” vai nos ajudar: “de mãe” tem sentido ativo, a mãe sente o amor. 

    Assim, “de mãe” é adjunto adnominal. 



    Mais um: “O amor à mãe é sagrado”. 

    O termo “mãe” agora tem sentido passivo. 

    “Mãe” não está dando amor, mas sim recebendo. 

    Conclusão: “à mãe” é complemento nominal. 



    Um último exemplo: “A fuga do ladrão foi ousada”. 

    Há neste caso ideia de posse: “do ladrão” é, portanto, adjunto adnominal. 

  • QUANDO VI ADJUNTO PENSEI SÓ EM ADJUNTO ADNOMINAL.

  • informações a publico... publicamente.. muda o termo informações.. foi isso que pensei.

  • Elaine, o melhor resumo de Complemento nominal x Adjunto adnominal encontrei aqui, obrigado!

  • Indico esse vídeo é pequeno, mas de grande valia tem umas dicas bacanas da professora Rafaela Mota.

    Dicas Práticas de português para provas e concursos públicos  http://www.youtube.com/watch?v=-chrxzwBCIA

  • O termo “as informações” funciona como objeto direto da forma verbal “traz”; o termo “tão santinho”  funciona como predicativo do sujeito, sendo que  “tão” exerce a função de adjunto adverbial do núcleo do predicativo “santinho”. Para esclarecer: o enunciado não aponta predicativo, apenas complemento e sujeito. O termo “a público” funciona como um complemento circunstancial, sem ele, a frase modificaria o sentido. Como o complemento circunstancial funciona como adjunto adverbial adjunto adverbial de modo , o item correto é o C. O termo "discussão minuciosa" funciona como sujeito paciente; o termo "à santidade" funciona como complemento nominal de "candidato".   

    http://www.professormarcelobraga.com.br/index.php/artigosprofessor/129-tjgoais

  • Pegadinha: quando a questão disser "adjunto", não espere que vá aparecer um adjunto adnominal bem bonitnho esperando ser marcado. Adjunto pode ser adverbial também.

  • "TÃO SANTINHO" é PREDICATIVO DO SUJEITO "ELE". Que eu saiba, COMPLEMENTO só existem os VERBAIS  e NOMINAIS. Os VERBAIS são os OBJETOS que vêm dos verbos TRANSITIVOS. O verso SER é de LIGAÇÃO e introduz um PREDICATIVO que no caso é a palavra SANTINHO que, ao meu ver, não era COMPLEMENTO nem SUJEITO. 

    Na minha humilde opinião, PASSÍVEL DE ANULAÇÃO  e muito MAL ELABORADA essa questão, iguais a quase todas FGV.

  • Gente,

     

    A questão nao está tratando apenas de ajunto adnominal e complemento nominal.

  • Tem que ter cuidado quando fala que as questões da FGV são más elaboradas ... todas mal elaborada é diferente de todas serem com um nivel mais puxado. Enfim nessa questão eu pensei .... " pedicativo não é complemento e nem sujeito ... mas também não é adjunto ( pelo oq eu saiba ) ''  se na questão ele pede um ADJUNTO  marque um adjunto ... depois mete resurso qualquer coisa 

     

  • Adriana disse tudo que eu iria comentar, trata-se de Adjunto Adverbial de Modo, foi a forma como as informações foram trazidas, isto é, "a público".

  • Instalado o processo – que passa por várias etapas e pode levar anos, até séculos para ser concluído -, trava-se discussão minuciosa e circunstanciada. De um lado, a busca da prova indiscutível dos milagres do candidato à santidade. Do outro, aquele que traz a público as informações de que ele não era tão santinho como parecia... 

    a) as informações; ==> Objeto direto

     b) tão santinho; ==> predicativo

     c) a público; ==> adjunto adverbial (de fim)

     d) discussão minuciosa; ==> sujeito

     e) à santidade. ==> complemento nominal

     

    Questão deveria ter sido anulada!

  • Alguém pode, por gentileza, me ajudar quanto à alternativa e) ?

    Por que "à santidade" é complemento nominal ? Candidato neste caso é substantivo,advérbio ou adjetivo ? 

    Acho que não pode ser sustantivo pois está ligado à preposição, não é isso ?

     

  •                                                                                            ----- Há preposição? ----- 

                                                                                                   |                                         |

                                                                                                SIM                                     Não

                                                                                                  |                                          |

                                                                              Qual a classe do anterior?                 Adj. Adn.

                                                                                                  |

                    __________________________________________________________________________                                         

                    |                                    |                                        |                                                                     |

            Advérbio                  Subs. Concreto                       Adjetivo                                              Subs. Abstrato

                   |                                    |                                        |                                                                     |

                 CN                             Adj. Adn                               CN                                          Qual a natureza do termo?

                                                                                                                                                   |                                |

                                                                                                                                              Agente                    Paciente

                                                                                                                                                  |                                   |

                                                                                                                                             Adj. Adn.                         CN

     

    Fonte: colaborador do QC Anderson Baêta ​

  • Pelo amor de Deus, "candidato" é subst abstrato? eu jurava ser concreto

  • Traz a público ou seja: traz a tona. Adjunto adverbial de modo.

    Gabarito:C

    Tão santinho não é adjunto. Seria se não houvesse "tão".

    #avagaéminha

  • candidato à santidade 
    CANDIDATO É SUBSTANTIVO CONCRETO
    À SANTIDADE TEM PREPOSIÇÃO
    Por que isso não seria Adjunto Adnominal ?

  • ARENILDO MAIS UMA VEZ NÃO EXPLICA NADA...MAS OS ABOBADOS VÃO LÁ E DÃO LIKE

  • Não olhem o vídeo do professor, pois irão ficar mais confusos. Questões FGV, só por Deus mesmo.

  • Pedi emprestado o caderno da aluna.

     O termo “da aluna” é adjunto adnominal, pois está ligado ao substantivo concreto “caderno”.

    Igualmente:

    De um lado, a busca da prova indiscutível dos milagres do candidato à santidade.

    O termo "à santidade" é adjunto adnominal, pois está ligado ao substantivo concreto "candidato"

  • QUEM TRAZ , TRAZ ALGO... O VERBO NECESSITA DE UM COMPLEMENTO E O ADJ. ADVERBIAL NÃO É COMPLEMENTO VERBAL.

    A FGV GOSTA DE FORÇAR AS QUESTÕES... NÃO É A TOA QUE NÃO ESTÁ ENTRE AS 115 MELHORES INSTITUIÇÕES DE ENSINO DO MUNDO... FALTA DE SERIEDADE.

  • "Do outro, aquele que traz a público as informações..."

    Neste caso, público está se referindo, qualificando, o substantivo informação, podendo ser denominado como:

    a. Adjunto Adnominal - Quando for um termo interno, ou seja, vir junto com o substantivo que está qualificando;

    b. Predicativo do sujeito - Quando for um termo autônomo, pois está qualificando o substantivo, mas vem afastado dele na oração.

  • acertei, mas levei muito tempo pra pensar na que marcaria.

  • e eu caçando o adjunto adn ... pqp

  • isso é clássico da FGV, ela pede um complemento ou adjunto e não diz qual. força o candidato a verificar quais podem ser, nesse caso ela queria ou um adjunto adnominal ou adverbial. a única alternativa com um Adjunto Adverbial é a LETRA C. #força.

  • Candidato é substantivo abstrato ?? Inúmeras respostas, mas nenhuma tratando sobre isso. Parece q todos aceitaram "candidato" como subs. Abstrato.

  • A questão pediu ADJUNTO e não adjunto adnominal.

  • Eu achei que o "a público" fosse OI, mas para ser precisaria ser "ao público"


ID
1325620
Banca
Quadrix
Órgão
DATAPREV
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                    Inadimplência do consumidor recua em agosto

O indicador de Inadimplência aponta alta de 7% na  comparação com mesmo mês do ano passado, o menor  ritmo de expansão nesta base de comparação desde  agosto de 2010.


Wladimir D'Andrade, da Agência Estado

     A inadimplência do consumidor recuou 0,2% na  passagem de julho para agosto deste ano, a terceira queda  mensal consecutiva, informou a Serasa Experian. O  Indicador de Inadimplência do Consumidor aponta alta de  7% na comparação com mesmo mês do ano passado,  porém este é o menor ritmo de expansão nesta base de  comparação desde agosto de 2010. Além disso, no ano até  agosto, a inadimplência cresceu 16,2%, ritmo bem menor  que o verificado no mesmo período de 2011, quando o
indicador teve alta de 23,4%.
     De acordo com a Serasa Experian, os dados  "confirmam que a inadimplência do consumidor está
perdendo fôlego
", em razão da redução das taxas de juros  no crédito, renegociação de dívidas, lotes recordes de  restituição do Imposto de Renda e antecipação da primeira  parcela do 13º salário aos aposentados e pensionistas  realizada na última semana de agosto.
     Os resultados também mostram diferentes  cenários. Nos primeiros oito meses do ano passado, a
inadimplência era crescente por causa da expansão do  endividamento de 2010 e dos juros mais altos. Já no  mesmo período deste ano, o quadro de redução dos juros e  o baixo consumo contribuíram para uma reversão do  indicador, avaliou a empresa, em nota distribuída à  imprensa.
     As dívidas com bancos e os cheques sem fundos  puxaram para baixo a queda da inadimplência em agosto,  com variações negativas de 1,3% e 2,9%, respectivamente.  Os títulos protestados recuaram 0,8%. E a queda no  indicador geral só não foi maior porque as dívidas não  bancárias (cartões de crédito, financeiras, lojas em geral e  prestadoras de serviços como telefonia e fornecimento de  energia elétrica e água) apresentaram alta de 1,5%.

                                                                                                       (Disponível em www.estadao.com.br)

Em "Os resultados também mostram diferentes cenários.", aparecem dois Adjuntos Adnominais, que são:

Alternativas
Comentários
  • Adjunto adnominal é tudo que acompanha o nome, podendo ser:

    Artigo, numeral, pronome ou adjetivo.

    Dessa forma, temos:

             Substantivo resultado: os

             Substantivo cenário: diferentes

  • me assustei com a questão, porém na verdade é bem tranquila.

    lembrei dessa regrinha santa: Adjunto Adnominal = Junto do Nome.

    daí tem esse macete: decore a palavra NAPA para lembrar: NUMERAL, ARTIGO, PREPOSIÇÃO E ADJETIVO.

  • Adjunto adnominal são termos que acompanham o nome podendo ser dispensados dependendo do contexto.

    Adiciona ao nome.

    É possível identificar removendo os termos que não são necessários/obrigatórios que fazem complemento com o nome.

    Ex: "Os resultados também mostram diferentes cenários"

    "Os" é complemento de "resultados" = "Os" é ARTIGO

    "diferentes" é complemento de "cenário"  "diferentes" é ADJETIVO

    Teríamos:

    Resultados também mostram cenários

     

     

  • ADJUNTO ADNOMINAL = ANPAL (pode levar na maldade: fica melhor para registrar na mente :p)

     

    OI?

     

    ARTIGO

    NUMERAL

    PRONOME

    ADJETIVO

    LOCUÇÃO ADJETIVA.

     

    Sobre a questão:

     

                            SUBSTANTIVO

      "Os resultados também mostram diferentes cenários."

    ARTIGO                                      ADJETIVO

     

    Obs: Aprendi essa dica com o Professor Marcelo Bernardo.

  • GABARITO A

     

    Se a idéia for ATIVA, é ADJUNTO ADNOMINAL (bisu: tudo com a letra "A" - substantivo Abstrato com idéia Ativa é Adjunto Adnominal)

    Se a idéia for PASSIVA, é COMPLEMENTO NOMINAL (memoriza por exclusão em relação ao outro).

     

    A partir de exemplos, tudo fica mais fácil. Veja só:

     

    1) a construção do arquiteto - "Construção" é um substantivo abstrato. Vamos analisar a função do complemento: o arquiteto constrói ou é construído? Constrói. Então ele pratica a ação. A idéia é ATIVA. Logo, a expressão "do arquiteto" exerce a função sintática de ADJUNTO ADNOMINAL.

     

    2) a construção do prédio - O prédio constrói ou é construído? É construído. Sofre a ação verbal. Então a idéia é passiva. Logo, sua função sintática é COMPLEMENTO NOMINAL.

     

     

    bons estudos


ID
1325623
Banca
Quadrix
Órgão
DATAPREV
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                    Inadimplência do consumidor recua em agosto

O indicador de Inadimplência aponta alta de 7% na  comparação com mesmo mês do ano passado, o menor  ritmo de expansão nesta base de comparação desde  agosto de 2010.


Wladimir D'Andrade, da Agência Estado

     A inadimplência do consumidor recuou 0,2% na  passagem de julho para agosto deste ano, a terceira queda  mensal consecutiva, informou a Serasa Experian. O  Indicador de Inadimplência do Consumidor aponta alta de  7% na comparação com mesmo mês do ano passado,  porém este é o menor ritmo de expansão nesta base de  comparação desde agosto de 2010. Além disso, no ano até  agosto, a inadimplência cresceu 16,2%, ritmo bem menor  que o verificado no mesmo período de 2011, quando o
indicador teve alta de 23,4%.
     De acordo com a Serasa Experian, os dados  "confirmam que a inadimplência do consumidor está
perdendo fôlego
", em razão da redução das taxas de juros  no crédito, renegociação de dívidas, lotes recordes de  restituição do Imposto de Renda e antecipação da primeira  parcela do 13º salário aos aposentados e pensionistas  realizada na última semana de agosto.
     Os resultados também mostram diferentes  cenários. Nos primeiros oito meses do ano passado, a
inadimplência era crescente por causa da expansão do  endividamento de 2010 e dos juros mais altos. Já no  mesmo período deste ano, o quadro de redução dos juros e  o baixo consumo contribuíram para uma reversão do  indicador, avaliou a empresa, em nota distribuída à  imprensa.
     As dívidas com bancos e os cheques sem fundos  puxaram para baixo a queda da inadimplência em agosto,  com variações negativas de 1,3% e 2,9%, respectivamente.  Os títulos protestados recuaram 0,8%. E a queda no  indicador geral só não foi maior porque as dívidas não  bancárias (cartões de crédito, financeiras, lojas em geral e  prestadoras de serviços como telefonia e fornecimento de  energia elétrica e água) apresentaram alta de 1,5%.

                                                                                                       (Disponível em www.estadao.com.br)

Releia o trecho abaixo, extraído do texto (terceiro parágrafo). 


"Já no mesmo período deste ano, o quadro de redução dos juros e o baixo consumo contribuíram para uma reversão do indicador, avaliou a empresa, em nota distribuída à imprensa".

Sobre ele, analise as afirmações.

I.     O pronome "deste" promove um processo de Coesão Referencial Anafórica e aponta para o ano de 2010, citado anteriormente.
II.    Em "à imprensa" ocorre crase por ser uma locução adverbial feminina, com função sintática de Adjunto Adverbial.
III.  A forma verbal "contribuíram" está no plural porque concorda com um sujeito composto, cujos núcleos são "quadro" e "consumo".

Está correto o que se afirma em:

Alternativas
Comentários
  • I - retoma termo anterior, logo é anafórico

    II - Objeto indireto

    III - CORRETA

  • Gostaria de saber porque a I está errada? Desde já agradeço

  • Por favor, também gostaria de saber por que a I está incorreta.

    Ficou confuso, o autor talvez quis fazer referência ao ano atual (2012), mas, criou uma dúvida se poderia estar falando também de 2010, já que foi o último ano relatado na oração. 
    Para quem leu o texto em 2012, é possível que tenha entendido a referência de pronto. Mas, para quem lê hoje (2014), acredito que tenha grande chance de confundir.
  • Isto, este, disto, deste se refere a termo catafórico.

    Já isso, esse se refere a termo anafórico.

  • Porque não está falando do ano de 2010. O texto diz: "Os resultados também mostram diferentes  cenários. Nos primeiros oito meses do ano passado, a inadimplência era crescente por causa da expansão do  endividamento de 2010 e dos juros mais altos. Já no  mesmo período deste ano,(...)" Isso mostra que já deveria ser o ano de 2012. Acredito que seja interpretação textual. 

  • Não entendi porque o item I está incorreto.



  • I. O pronome "deste" promove um processo de Coesão Referencial Anafórica e aponta para o ano de 2010, citado anteriormente.

    Seria Catafórica. Aí está o erro.

  • O item I está errado  porque "deste" faz referência ao ano corrente e não ao ano de 2010. Leia no texto.

  • A questão I está errada, pois "deste" NÃO é um termo Anafórico, ou seja, "deste" NÃO retoma um termo anterior e SIM posterior, que ainda vai ser citado, sendo portanto, um termo CATAFÓRICO. 

    DUAS coisas para se visualizar: 

    Primeiro, a questão diz que  "deste" aponta para o ano de 2010, sendo que ele na verdade aponta para o ano em que o texto foi escrito (2012). (Mas, não importa saber o ano de maneira exata, apenas perceba que não é 2010, ok?)

    Como visualizar isso? Primeiro analise o trecho do texto: " Nos primeiros oito meses do ano passado (2011), a inadimplência era crescente por causa da expansão do  endividamento de 2010 (2010 teve uma crescente expansão do endividamento o que refletiu em 2011) e dos juros mais altos. Já no  mesmo períododeste ano (não pode ser 2010, pois 2010 foi anterior a 2011 que é o "ano passado" referido no texto)..."

    Outra coisa a se analisar é o uso do pronome demonstrativo "deste", o qual é usado para se referir a um tempo presente ou para algo que ainda vai ser dito, não podendo por isso ser ANAFÓRICO (referência a termo anterior) e se referir a 2010 ( tempo passado) como afirma o texto.

    http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf48.php

  • Pessoal, muito cuidado ao levar os comentários como forma de aprendizado.

    Embora o pessoal queira sempre ajudar, infelizmente e muitas vezes estão passivos de erros.

    No item I, o pronome não é catafórico NEM anafórico. Estes dois tem o seu gênero denominado de ENDOfórico, ou seja, quando são mencionados DENTRO do texto.

    Quando está relacionado a algo fora do texto são chamados de EXOfóricos ou Dêiticos, podendo ser Subjetivo, Temporal e Espacial.

    Um pequena fonte de ajuda: http://notedraft.com/funcao-endoforica-anaforica-cataforica-exoforica-deitica-dictica-105.html

    Estude a fundo para entender a lógica e CUIDADO com pegadinhas.

    .

    Resumindo as respostas:

    I.     O pronome "deste" promove um processo de Coesão Referencial Anafórica e aponta para o ano de 2010, citado anteriormente.

    Errado. Perceba no contexto que ele não faz mais referência ao ano de 2010 (caso fosse, seria anafórico sim), mas ao ANO ATUAL, ou seja, ao ano corrente em que ele está vivenciando. Isso é chamado de referência Dêitica Temporal.

    .
    II.    Em "à imprensa" ocorre crase por ser uma locução adverbial feminina, com função sintática de Adjunto Adverbial.

    Errado. A ocorrência da crase está correta, mas acontece pela regência do verbo "distribuída".

    .

    III.  A forma verbal "contribuíram" está no plural porque concorda com um sujeito composto, cujos núcleos são "quadro" e "consumo".

    Certinho.

  • Para considerar a afirmativa I como correta, o pronome em questão deveria ser DESSE e não DESTE.

    No texto, para fazer mensão ou retomar algo que foi dito antes, utiliza-se o pronome DESSE.

    Quando se tem dois referentes ditos anteriormente, e se quer retormar um ou outro, utiliza-se ESTE para o que está mais próximo e AQUELE para o mais distante.

    A afirmativa colaca que o pronome DESTE estava tendo a função anafórica de retomar 2010 (referente que tinha sido apresentado anteriormente no texto). 

  • Na II alguém pode confirmar: não existe locução adverbial feminina, certo? Advérbios são invariáveis, certo? Ou as regras estão "menas" rígidas? kkkk

  • acho que existe um equivoco en dizer que em " quadro" e "consumo " säo os núcleos, pois a interpretaçäo que vejo é que O quadro (reduçäo de juros CONJUNTAMENTE com o baixo consumo) contribuiu, no singular.

    Ao meu ver todas estäo incorretas


ID
1330057
Banca
FMP Concursos
Órgão
PROCEMPA
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                 Cair do cavalo 


    Todo mundo um dia cai do cavalo, alguns literalmente inclusive. Cair do cavalo é perder o equilíbrio e o movimento ao mesmo tempo. É bater com toda a força no chão e em seguida ficar prostrado, incapaz de planejar o próximo movimento. Cair do cavalo dói não apenas pelo impacto em si, mas porque nos arranca do conforto da rotina. Paranoicos, hipocondríacos, precavidos, todo mundo cai do cavalo do mesmo jeito, ou seja, sem aviso prévio. E ninguém consegue evitar a perplexidade e a indignação ao verificar, na própria pele, um dos fatos mais banais da existência: coisas dão errado. 

    Se as tijoladas do destino são mais a regra do que a exceção, deveríamos estar mais preparados para lidar com doenças, separações, mortes, problemas de dinheiro, frustrações em geral – mas o fato é que nunca estamos. Somos comovedoramente ingênuos e distraídos, pelo menos até o primeiro grande tombo.

    De volta à terra firme, quando já não há dúvida de que, enfim, sobrevivemos, cada pessoa elabora o sofrimento da forma que pode e sabe. Alguns naufragam na autopiedade, outros veem suas forças exauridas pelo próprio esforço de enfrentar a tormenta. Muitos sentem a necessidade de extrair sentido do sofrimento, atribuindo algum propósito à experiência e propondo a si mesmos uma espécie de jogo do (des)contente: sofri, mas aprendi. (Foi o caso, por exemplo, de Reynaldo Gianecchini, que em todas as entrevistas depois do fim do tratamento do câncer fez questão de falar sobre o lado transcendente da doença.) Há aqueles, porém, em que o sofrimento apenas acentua traços de personalidade que já existiam: o egoísta torna-se intratável, o tímido recolhe-se ainda mais, o extrovertido abusa da grandiloquência. (Lula, na primeira grande entrevista depois do fim do tratamento, falou da doença com a mesma ênfase barroca que usa para florear todos os assuntos, da economia internacional às derrotas do Corinthians: “Se eu perdesse a voz, estaria morto” ou “Estava recebendo uma Hiroshima dentro de mim”.) 

    O ensaísta francês Michel de Montaigne (1533-1592) também caiu do cavalo – concreta e metaforicamente – e essa experiência foi determinante para tudo o que ele viria a produzir depois. A tese é apresentada na deliciosa biografia do filósofo lançada há pouco no Brasil: Como Viver Uma biografia em uma pergunta e vinte tentativas de respostas, da escritora inglesa Sarah Bakewell. O acidente quase fatal, sustenta a autora, ajudou Montaigne a desencanar das preocupações com o futuro e prestar mais atenção no presente e nele mesmo. Seus magníficos Ensaios, escritos nos 20 anos seguintes ao acidente, nada mais são do que a tentativa de ficar alerta às próprias sensações e experiências e buscar a paz de espírito – o “como viver” do título. 

    Para Montaigne, a vida é aquilo que acontece quando estamos fazendo outros planos, e nossa atenção tem que estar o tempo todo sendo reorientada para onde ela deveria estar: aqui e agora. Cair do cavalo pode ser inevitável, mas prestar atenção na paisagem é o que faz o passeio valer a pena. 


                                                                                   LAITANO, Claudia. In: Zero Hora, Porto Alegre, 

                                                                                                                              7 de abril de 2012, p. 2.

Considere as afirmativas abaixo. 

 
I) No período De volta à terra firme, quando já não há dúvida de que, enfim, sobrevivemos, cada pessoa elabora o sofrimento da forma que pode e sabe. há uma oração que está na função de complemento nominal.
II) No segmento Para Montaigne, a vida é aquilo que acontece quando estamos fazendo outros planos há uma oração que está na função de adjunto adverbial de tempo.
III) No segmento e essa experiência foi determinante para tudo o que ele viria a produzir depois a última oração tem como termo antecedente um pronome demonstrativo.
IV) No segmento Muitos sentem a necessidade de extrair sentido do sofrimento, atribuindo algum propósito à experiência e propondo a si mesmos uma espécie de jogo do (des)contente: há três orações reduzidas, e duas delas exemplificam uma situação de paralelismo sintático. 
 
Quais estão corretas?

Alternativas
Comentários
  • tudo correto.

    No item 2, é considerado preciso dizer que uma oração tem função de adjunto adverbial quando for subordinada adverbial. No caso especficado, é adverbial temporal


ID
1330555
Banca
IESES
Órgão
TRT - 14ª Região (RO e AC)
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A PERSISTIR O PEDANTISMO, O LINGUISTA DEVERÁ SER CONSULTADO

Por Aldo Bizzocchi

Disponível em: http://revistalingua.uol.com.br/textos/blog-abizzocchi/a- persistir-o-pedantismo-o-linguista-devera-ser-consultado-313578-1.asp Acesso em 24 ago 2014.


Onde há excesso de leis, em geral há falta de educação. Por exemplo, a lei que reserva um dos assentos do transporte público a idosos e deficientes só existe porque o brasileiro, via de regra, não cede espontaneamente seu lugar a uma pessoa necessitada. Em países com maior espírito de civilidade, esse tipo de regulamentação é desnecessário.

É por termos o mau hábito da automedicação que o governo instituiu a obrigatoriedade de os anúncios de medicamentos trazerem o alerta “A persistirem os sintomas, o médico deverá ser consultado”. O problema é que essa lei, nascida da cabeça de algum parlamentar com formação bacharelesca (como grande parte de nossos políticos) e nenhuma sintonia com o povo (como a quase totalidade deles) obriga a propaganda a trazer uma mensagem que, embora destinada sobretudo às pessoas mais humildes (justamente as que, pela precariedade do serviço público de saúde, mais se automedicam), utiliza um linguajar incompreensível pelo vulgo.

A persistirem” é construção infinitiva pessoal equivalente ao gerúndio “persistindo”, forma esta um pouco mais corrente nos dias de hoje. Mesmo assim, “persistindo os sintomas, o médico deverá ser consultado” ainda é bastante rebuscado, já que o gerúndio, no caso, oculta uma oração condicional: “se os sintomas persistirem...” (é a chamada oração subordinada reduzida de gerúndio). Alguns comerciais até empregam, provavelmente à revelia da lei, “se persistirem os sintomas”, formulação que, embora mais transparente, ainda peca pela inversão entre sujeito e predicado.

E quanto à oração principal? Em lugar da voz passiva de “o médico deverá ser consultado”, iria muito melhor aí a voz ativa (“deve-se consultar o médico”) ou - a mais feliz das soluções em se tratando de comunicação com o público - o uso do imperativo: “consulte o médico”.

Em resumo, não fosse o pedantismo com que os nossos legisladores empregam a língua, como se erudição fosse índice de competência ou honestidade, teríamos um aviso muito mais simples, direto e acessível à massa: “Se os sintomas persistirem, (ou “continuarem”, ou “não passarem”), consulte o médico”.

O mesmo vício se encontra naquele famoso aviso presente em todos os elevadores: “Antes de entrar no elevador, verifique se o mesmo encontra-se parado neste andar”. Se era para ser pedante, por que não redigiram logo algo como “Antes de adentrar o elevador, certifique-se de que o mesmo encontra-se parado no presente andar”?

Tivesse esse aviso sido escrito por um publicitário ou marqueteiro, certamente teríamos algo simples e sucinto como “Antes de entrar no elevador, verifique se ele está parado neste andar”. E também teríamos nos livrado da péssima colocação pronominal “encontra-se” no lugar de “se encontra” (em orações subordinadas, só se usa próclise). Isto é, além de pedante, esse aviso peca pela hipercorreção.

Também nos elevadores, há o aviso de que é proibida a discriminação de pessoas por raça, cor, credo, condição social, doença não contagiosa, etc. Só que o aviso, uma mera transcrição do texto legal, não diz “é proibido”, diz “é vedado”. Ora, a maioria das pessoas sujeitas a sofrer os tipos de discriminação elencados nessa lei certamente não sabe o que significa “vedado” (talvez os pintores de paredes pensem na vedação contra umidade). Tampouco saberiam o que é “porte e presença de doença não contagiosa por convívio social”. E assim vamos levando a vida neste país em que falta educação, civilidade e urbanidade, mas abundam leis e sobram (ou melhor, sobejam) políticos bem-falantes e mal-intencionados.

Aldo Bizzocchi é doutor em Linguística pela USP, com pós-doutorado pela UERJ, pesquisador do Núcleo de Pesquisa em Etimologia e História da Língua Portuguesa da USP e autor de Léxico e Ideologia na Europa Ocidental (Annablume) e Anatomia da Cultura (Palas Athena). www.aldobizzocchi.com.br.

Analise as assertivas a seguir e assinale a única alternativa correta quanto à análise das mesmas.

I. No último parágrafo, há uma incorreção de concordância em: “[...], há o aviso de que é proibida a discriminação de pessoas [...].”, pois a expressão “é proibido” é sempre invariável.

II. Na primeira frase do texto, a expressão destacada é um adjunto adverbial e imprime a ideia de algo com realização provável.

III. A palavra “vulgo”, destacada no texto, significa, no contexto, povo. 


IV. No penúltimo parágrafo foi empregada corretamente a relação dos tempos e modos verbais: pretérito perfeito do subjuntivo e futuro do pretérito, pois o autor faz referência a ações hipotéticas.

A sequência correta é:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: Letra E

    I. No último parágrafo, há uma incorreção de concordância em: “[...], há o aviso de que é proibida a discriminação de pessoas [...].”, pois a expressão “é proibido” é sempre invariável. 

    ERRADO. É invariável quando o sujeito não é determinado por artigo ou por certos pronomes. Ex.: É proibidA A entrada. / É proibidO entrada.

    II. Na primeira frase do texto, a expressão destacada é um adjunto adverbial e imprime a ideia de algo com realização provável. 

    CORRETO. "Onde há excesso de leis,em geral há falta de educação."

    Em geral: normalmente, geralmente, via de regra, de modo geral.

    III. A palavra “vulgo”, destacada no texto, significa, no contexto, povo. 

    CORRETO. "O problema é que essa lei [...] utiliza um linguajar incompreensível pelo vulgo. "

    Vulgo significa uma classe popular,  povo, plebe. Vulgo também é utilizado para falar de alguém que é popularmente conhecido por outro nome, mas não é esse o sentido empregado aqui.

    IV. No penúltimo parágrafo foi empregada corretamente a relação dos tempos e modos verbais: pretérito perfeito do subjuntivo e futuro do pretérito, pois o autor faz referência a ações hipotéticas. 

    ERRADO. "TIVESSE esse aviso SIDO escrito por um publicitário ou marqueteiro, certamente TERÍAMOS algo simples e sucinto... "

    Trata-se do pretérito MAIS-QUE-PERFEITO do subjuntivo composto. Essa flexão é a formação de locução verbal com o auxiliar ter ou haver no pretérito imperfeito do subjuntivo e o principal no particípio, tendo o mesmo valor que o pretérito imperfeito do subjuntivo simples. Ex.: "Eu teria caminhado todos os dias desse ano, se não tivesse trabalhado tanto."

    Na assertiva temos o auxiliar TER no pretérito imperfeito do subjuntivo + o verbo SER no particípio: se eu tivesse sido, se tu tivesses sido, se ele tivesse sido, se nós tivéssemos sido... 

    Futuro do pretérito: eu teria, tu teria, ele teria, NÓS TERÍAMOS.

  • GABARITO E


    Locução adverbial de Modo: à pressa, à toa, à vontade, às avessas, às claras, às direitas, às escuras, ao acaso, a sós, a custo, a torto e a direito, ao contrário, de bom grado, de cor, de má vontade, em geral, em silêncio, em vão.


    bons estudos


ID
1331068
Banca
CETRO
Órgão
Ministério das Cidades
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                  Sem ódio

      Ao término de laboriosas pesquisas, mesas-redondas, simpósios, inquéritos e análises em laboratórios de psicologia,descobriu-se que os motoristas guiavam com ódio. Agora que isto ficou esclarecido, a solução, fácil e independente do Código Nacional de Trânsito, que por ser código não costuma ser cumprido, está na frase: GUIE SEM ÓDIO.
      — Como é que eu vou fazer daqui por diante — bramia aquele agraciado com a grã-cruz da Ordem do Mérito dos Atropeladores da Guanabara e do Grande Rio —, se não sei guiar com outro aditivo?
      Diversos motoristas, aspiran+tes ao mesmo galardão,cogitam de substituir o ódio, que está proibido, por sucedâneos mais ou menos eficazes, e verificam as propriedades estimulantes do rancor (esse ódio de segunda categoria), da aversão, da raiva, da antipatia generalizada. Mas a impressão comum é esta:
      — Se ao menos recomendassem “Guie com pouco ódio”,a gente procurava maneirar. Assim não dá.
      Todo resultado científico pode ser contestado. Por isso, começam a aparecer os que negam validade aos estudos feitos.Garantem não nutrir ódio algum ao pedestre. Se acabam com este, não é por detestarem a espécie, que lhes é indiferente.Como também não odeiam os muros, paredes, árvores e postes que derrubam. É porque eles atravessam o caminho. Portanto,se alguma recomendação deve ser feita, a melhor seria esta,inclusive aos postes: FOGE QUE ELE VEM LÁ.
      Ouvi dizer que a Companhia Telefônica pensa em lançar uma variante, dirigida aos usuários que tiveram suas contas aumentadas com impulsos fantasmas: PAGUE SEM ÓDIO.
      O filme não presta? Assista sem ódio. Bife de pedra no restaurante? Coma sem ódio. O livro é chatíssimo? Leia sem ódio. O conferencista dá sono? Durma sem ódio. Se tiver de brigar, brigue sem ódio. Se possível. Se de todo for impossível,odeie sem ódio, tá?

ANDRADE, Carlos Drummond de. “Sem ódio”.
In: Os dias lindos. Rio de Janeiro: Record,
2008 (Adaptado).


Considerando o 1º parágrafo do texto e as orientações da prescrição gramatical no que se refere a textos escritos na modalidade padrão da Língua Portuguesa, assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • letra a, com ressalvas: ficaria mais correto se fosse usado artigo definido as. Porém, é a opção menos errada.

  • Gente, porque a letra B tá errada?

  • A letra B está errada porque o verbo correto é "inquirir" e não "inquerir".

  • Nossa "terminado" = "ao término" Vixe diferente de matemática e exatas, portugues e humanas tudo é possível...

  • Alguém poderia comentar a letra C?

  • Letra C está errada pelo seguinte motivo:

    "Agora que isto ficou esclarecido, a solução, fácil e independente do Código Nacional de Trânsito, que por ser código não costuma ser cumprido, está na frase: GUIE SEM ÓDIO."

    1º A "a solução" é o Sujeito do Predicado "está na frase";

    2º Regra básica de Pontuação-->Não se separa Adjunto Nominal / Complemento Nominal do seu termo (Substantivo-Adjetivo-Advérbio);

    3º O "do Código Nacional de Trânsito" está junto da expressão "..., fácil e independente do Código Nacional de Trânsito,..."--> Percebe-se que essa expressão está entre vírgulas, ou seja, está fora do sujeito, mas se relaciona com ele sintaticamente;

    Assim, por um lado, vê-se que não é um Aposto Explicativo, já que o núcleo da expressão tem dois Adjetivos ("fácil" e "independente"), aceitando apenas Substantivos não preposicionados como seu núcleo;

    5º Por outro, conclui-se que se trata, a rigor, de um Predicativo do Sujeito, pois está fora do sujeito (entre vírgulas), dando uma qualidade a ele.

    6º Finalmente, o termo "do Código Nacional de Trânsito" orbita os termos "fácil e independente"-->nesse caso, como esses termos são Adjetivos, são, necessariamente, Complemento Nominal, porque completam nomes como: Adjetivos, Advérbios e Substantivos Abstratos que não indicam posse nem são agentes de uma ação.

  • desconfiei que era inquirir... isso me faz pensar no quanto estou distante da aprovação.


ID
1332580
Banca
FMP Concursos
Órgão
PROCEMPA
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Considere as afirmativas abaixo.

I) No período De volta à terra firme, quando já não há dúvida de que, enfim, sobrevivemos, cada pessoa elabora o sofrimento da forma que pode e sabe. há uma oração que está na função de complemento nominal.

II) No segmento Para Montaigne, a vida é aquilo que acontece quando estamos fazendo outros planos há uma oração que está na função de adjunto adverbial de tempo.

III) No segmento e essa experiência foi determinante para tudo o que ele viria a produzir depois a última oração tem como termo antecedente um pronome demonstrativo.

IV) No segmento Muitos sentem a necessidade de extrair sentido do sofrimento, atribuindo algum propósito à experiência e propondo a si mesmos uma espécie de jogo do (des)contente: há três orações reduzidas, e duas delas exemplificam uma situação de paralelismo sintático. Quais estão corretas?

Alternativas
Comentários
  • GABARITO (D) I, II, III, IV

    ----------------------

    CERTO (I) "(...) já não há dúvida de que ", a palavra "que" é uma conjunção integrante, portanto o que se segue é um complemento nominal da palavra "dúvida" (que é objeto direto do verbo "ver");

    CERTO (II) "(...)que acontece quando estamos (...)". De fato é um advérbio de tempo, até porque está modificando o verbo "acontecer".

    CERTO (III) "(...) determinante para tudo o que ele viria a produzir (...)". Veja que podemos substituir a expressão "o que" por "aquilo", um pronome demonstrativo natural.

    CERTO (IV)

    • 1) "No segmento Muitos sentem a necessidade de ¹extrair sentido do sofrimento, (...)"
    • 2) "(...) ²atribuindo algum propósito à experiência (...)"; e
    • 3) "(...) ²propondo a si mesmos uma espécie de jogo do (des)contente(...)".

    Nas orações reduzidas não apresentam conjunção nem pronome relativo, estando em três formas nominais: no infinitivo (¹extrair); no gerúndio (²atribuindo e ²propoondo); ou no particípio (-ado ou -ido).

    E sim, as duas últimas exemplificam uma situação de paralelismo sintático, pois apresentam igual valor sintático, de continuidade.

    -------------------

    Boa sorte e bons estudos.


ID
1334761
Banca
FMP Concursos
Órgão
PROCEMPA
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                 Cair do cavalo 


    Todo mundo um dia cai do cavalo, alguns literalmente inclusive. Cair do cavalo é perder o equilíbrio e o movimento ao mesmo tempo. É bater com toda a força no chão e em seguida ficar prostrado, incapaz de planejar o próximo movimento. Cair do cavalo dói não apenas pelo impacto em si, mas porque nos arranca do conforto da rotina. Paranoicos, hipocondríacos, precavidos, todo mundo cai do cavalo do mesmo jeito, ou seja, sem aviso prévio. E ninguém consegue evitar a perplexidade e a indignação ao verificar, na própria pele, um dos fatos mais banais da existência: coisas dão errado. 

    Se as tijoladas do destino são mais a regra do que a exceção, deveríamos estar mais preparados para lidar com doenças, separações, mortes, problemas de dinheiro, frustrações em geral – mas o fato é que nunca estamos. Somos comovedoramente ingênuos e distraídos, pelo menos até o primeiro grande tombo.

    De volta à terra firme, quando já não há dúvida de que, enfim, sobrevivemos, cada pessoa elabora o sofrimento da forma que pode e sabe. Alguns naufragam na autopiedade, outros veem suas forças exauridas pelo próprio esforço de enfrentar a tormenta. Muitos sentem a necessidade de extrair sentido do sofrimento, atribuindo algum propósito à experiência e propondo a si mesmos uma espécie de jogo do (des)contente: sofri, mas aprendi. (Foi o caso, por exemplo, de Reynaldo Gianecchini, que em todas as entrevistas depois do fim do tratamento do câncer fez questão de falar sobre o lado transcendente da doença.) Há aqueles, porém, em que o sofrimento apenas acentua traços de personalidade que já existiam: o egoísta torna-se intratável, o tímido recolhe-se ainda mais, o extrovertido abusa da grandiloquência. (Lula, na primeira grande entrevista depois do fim do tratamento, falou da doença com a mesma ênfase barroca que usa para florear todos os assuntos, da economia internacional às derrotas do Corinthians: “Se eu perdesse a voz, estaria morto” ou “Estava recebendo uma Hiroshima dentro de mim”.) 

    O ensaísta francês Michel de Montaigne (1533-1592) também caiu do cavalo – concreta e metaforicamente – e essa experiência foi determinante para tudo o que ele viria a produzir depois. A tese é apresentada na deliciosa biografia do filósofo lançada há pouco no Brasil: Como Viver Uma biografia em uma pergunta e vinte tentativas de respostas, da escritora inglesa Sarah Bakewell. O acidente quase fatal, sustenta a autora, ajudou Montaigne a desencanar das preocupações com o futuro e prestar mais atenção no presente e nele mesmo. Seus magníficos Ensaios, escritos nos 20 anos seguintes ao acidente, nada mais são do que a tentativa de ficar alerta às próprias sensações e experiências e buscar a paz de espírito – o “como viver” do título. 

    Para Montaigne, a vida é aquilo que acontece quando estamos fazendo outros planos, e nossa atenção tem que estar o tempo todo sendo reorientada para onde ela deveria estar: aqui e agora. Cair do cavalo pode ser inevitável, mas prestar atenção na paisagem é o que faz o passeio valer a pena. 


                                                                                   LAITANO, Claudia. In: Zero Hora, Porto Alegre, 

                                                                                                                              7 de abril de 2012, p. 2.

Considere as afirmativas abaixo.

I) No período De volta à terra firme, quando já não há dúvida de que, enfim, sobrevivemos, cada pessoa elabora o sofrimento da forma que pode e sabe. há uma oração que está na função de complemento nominal.

II) No segmento Para Montaigne, a vida é aquilo que acontece quando estamos fazendo outros planos há uma oração que está na função de adjunto adverbial de tempo.

III) No segmento e essa experiência foi determinante para tudo o que ele viria a produzir depois a última oração tem como termo antecedente um pronome demonstrativo.

IV) No segmento Muitos sentem a necessidade de extrair sentido do sofrimento, atribuindo algum propósito à experiência e propondo a si mesmos uma espécie de jogo do (des)contente: há três orações reduzidas, e duas delas exemplificam uma situação de paralelismo sintático.

Quais estão corretas?

Alternativas
Comentários
  • GABARITO (D) I, II, III, IV

    ----------------------

    CERTO (I) "(...) já não há dúvida de que ", a palavra "que" é uma conjunção integrante, portanto o que se segue é um complemento nominal da palavra "dúvida" (que é objeto direto do verbo "ver");

    CERTO (II) "(...)que acontece quando estamos (...)". De fato é um advérbio de tempo, até porque está modificando o verbo "acontecer".

    CERTO (III) "(...) determinante para tudo o que ele viria a produzir (...)". Veja que podemos substituir a expressão "o que" por "aquilo", um pronome demonstrativo natural.

    CERTO (IV)

    • 1) "No segmento Muitos sentem a necessidade de ¹extrair sentido do sofrimento, (...)"
    • 2) "(...) ²atribuindo algum propósito à experiência (...)"; e
    • 3) "(...) ²propondo a si mesmos uma espécie de jogo do (des)contente(...)".

    Nas orações reduzidas não apresentam conjunção nem pronome relativo, estando em três formas nominais: no infinitivo (¹extrair); no gerúndio (²atribuindo e ²propoondo); ou no particípio (-ado ou -ido).

    E sim, as duas últimas exemplificam uma situação de paralelismo sintático, pois apresentam igual valor sintático, de continuidade.

    -------------------

    Boa sorte e bons estudos.


ID
1344358
Banca
FUNCAB
Órgão
Prefeitura de Vassouras - RJ
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto abaixo e responda às questões propostas.


    Um dos sentimentos mais deprimentes em nossa nacionalidade é o de que criminosos ficam impunes. Temos esta sensação a respeito de praticamente tudo. Políticos não pagam por atos de corrupção, até mesmo quando transmitidos com áudio e vídeo para o país inteiro. Em algum momento se dirá que as provas foram colhidas de maneira ilegal. A propósito, foi por essa razão que o SupremoTribunal Federal absolveu o ex-presidente Collor, que tinha sido condenado pelo Senado à perda do cargo mas não foi punido na Justiça pelos crimes de que era acusado. Certamente é por isso que há, no Brasil uma desconfiança tão grande em relação aos homens públicos: imagina-se que não pagarão pelo mal que uns deles fazem.
    Mas essa convicção não diz respeito apenas ao andar de cima. Há um consenso tácito de que os, vamos chamá-los assim, do andar de baixo, não devem ser punidos quando violam a lei. Encontram- se atenuantes . Não tiveram oportunidades na vida. São pobres. É complicado penalizá-los. E por aí se acaba chegando a uma anistia branca paramuitos praticantes de atos ilícitos, que causaram mal à sociedade, mas não são castigados.
    O curioso, porém, está na passagem da indignação à impunidade. Duas ou três vezes por semana nos indignamos. Um senador que bradava contra a corrupção é pego fazendo lobby para um suspeito de crimes. Um bêbado praticamente mata um homem que teria dirigido gracinhas a sua companheira. Um residenciável guia sem habilitação. São atos que revoltam. Durante horas ou dias, são trending topics em nossa conversação e governamnosso imaginário. Mas, depois, cai tudo no esquecimento – ou é tudo perdoado. Não se paga pelo que se fez. O estoque de fatos que nos indignam se renova o tempo todo, mas sem que mudem as coisas.
    Muitas pessoas estão convencidas de que o Brasil se notabiliza pela impunidade, sobretudo, dos homens públicos. Entendo que não é bem isso. Primeiro, tambémhá os impunes de que se tempena. A impunidade beneficia quem tem muito poder e quem não tem nenhum. Segundo, não é só mpunidade. Nossa característica não é a mera mpunidade. É uma impunidade que se segue à ndignação. Esta é intensa. A imprensa nos serve matéria cotidiana para nos indignarmos. Às vezes, até nos revoltamos sem razão. Certas informações, apressadas, levam a opinião pública a condenar nocentes. Mas tais casos parecem constituir uma minoria. O problema é que, depois, a indignação se arrefece ou entra em cena algo que torna inviável o astigo. Ou seja, nossa indignação é inútil. Os sentimentos de revolta não resultam em grande coisa.
    Mas o que foram as grandes revoluções que mudaram o mundo – a Inglesa de 1688, a Americana de 1776, a Francesa de 1789, a Russa de 1917 – senão um sentimento de indignação, de revolta, de “basta”, que conseguiu traduzir-se em atos de milhares oumilhões de pessoas e, depois, conquistar o poder? Ou seja, há casos em que a indignação traz resultados. E não precisamos chegar a fazer uma revolução para que nossos indignados mudem o mundo ou, pelomenos, omundo à sua, à nossa volta. Para isso, é preciso, porém, mudar a atitude. Amera indignação é improdutiva. Não gera ações. Resulta em desânimo. Uma das expressões mais lamentáveis a esse respeito é que “só no Brasil” acontece determinado absurdo. O que, por sinal, não é verdade. Tudo de ruimque temos também acontece em algum outro lugar. Os Estados Unidos conheceram enorme fraude eleitoral em 2000, levando à posse do candidato presidencial derrotado nas urnas,George Bush. Fraude tamanha não ocorre no Brasil desde 1930.Mas, por issomesmo, é preciso enxergar as coisas bem, ver o que realmente acontece. E, depois, agir para mudar. O que significa juntar-se a outras pessoas. Solitária, uma andorinha não faz o verão.

(RIBEIRO, Renato Janine. Rev. Filosofia : nº 71, junho 2012, p. 8.)


A alternativa em que o adjunto adverbial em destaque exprime circunstância de concessão é:

Alternativas
Comentários
  • sendo uma concessão  (excessão) concedida, logo entende-se que não deveria ser um ótimo guia por não ser habilitado, acho que é isso rs

  • (Concessão) É a apresentação de uma ideia oposta sem no entanto impedí-la!

  • e

     circunstância de concessão por adjunto adverbial tem a idea de oposição, contradição. No caso de 'e', ha 2 ideias opostas, o que evidencia a adversidade na 2° parte. 

  • A concessão é quando uma oração expressa ideia oposta à da principal, sem, no entanto, impedir sua realização. Acredito que a letra D também está correta. Veja a frase.

    "Um senador que bradava contra a corrupção é pego fazendo lobby para um suspeito de crimes. " -

    Ou seja, embora tenha bradado contra a corrupção, ainda assim ele agiu de forma corrupta

  • que as provas foram colhidas (Embora) DE MANEIRA ILEGAL.

    Não achei o erro na A

  • Gabarito E - Assim, na oração “Um presidenciável guia SEM HABILITAÇÃO” , temos três ideias:

    1ª: O presidenciável está guiando;

    2ª: Ele está guiando sem habilitação; e

    3ª: a ideia que fica implícita: Para que o presidenciável guiasse, seria necessária a habilitação.

    Assim, mesmo não tendo habilitação, o presidenciável guiou. Temos, então, duas ideias se opondo, mas sem que uma exclua a outra. Isso é típico das orações concessivas

    https://www.romulopassos.com.br/img/ArquivosCurso/materiais/2207201504014300000069.pdf

  • Que forçação de barra

  • troca por uma conjunção concessiva e vê qual fica "menos ruim" rs

    Alternativa E

  • Pra mim a B também é concessão


ID
1348546
Banca
FGV
Órgão
SUDENE-PE
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                     Por que é tão difícil entender?
      A  crise  que  o  país  atravessa  desde  a  eclosão  dos  primeiros protestos  contra  o  aumento  das passagens  de  ônibus  têm  três componentes articulados: 
      1  –  A  sociedade  quer  transporte,  saúde  e  educação de qualidade, pois ela paga caro por isso, por meio de impostos, e não recebe em troca serviços públicos à altura. Simples assim. A sociedade não pediu nas ruas reforma política, nem plebiscito para eliminar suplente de senador. 
      2 – A sociedade quer o fim da impunidade,pois está cansada de ver corruptos soltos debochando de quem é honesto, mesmo depois de condenados. Acrescentar o adjetivo hediondo à corrupção de pouco adianta se deputados e ministros continuam usando aviões da FAB para passear e se criminosos estão soltos, alguns até ocupando cargos de liderança ou participando de comissões no Congresso. 
      3  –  A  sociedade  quer  estabilidade  econômica:  para a percepção do cidadão comum, os 20 centavos pesaram como mais um sinal de que a economia está saindo do controle. A percepção do aumento da inflação é crescente em todas as classes sociais; em última análise, este será o fator determinante dos rumos da crise a médio prazo, já que não há discurso ou propaganda que camufle a corrosão do poder de compra das pessoas, sobretudo daquelas recentemente incorporadas à economia formal.
      Esses  problemas  não  são  de  agora,  nem responsabilidade exclusiva dos últimos governos. Mas o que se espera de quem está no poder é que compreenda que a melhor maneira de reconquistar o apoio perdido é dar respostas concretas e rápidas às demandas feitas nas ruas ( e não às questões que ninguém fez). 
(Adaptado. Luciano Trigo, O Globo, 11-7-2013) 

A sociedade quer transporte, saúde e educação de qualidade

Assinale a alternativa que indica o comentário correto sobre os componentes dessa frase.

Alternativas
Comentários
  • Galera! Explica Ae..Nao custa nada... 

  • Quando li, eliminei de cara a C e a E. Para mim, a correta seria a D, mas aí eu percebi que se a D estiver correta,  a B também estará e vice versa. Logo,  marquei a A! Mas se alguém puder explicar porque claramente o termo "de qualidade" se refere aos 3 e não só ao último,  eu agradeço! 

  • Não é necessário repetir o mesmo adjunto três vezes para que possa se referir a todos os termos da enumeração.


    "A sociedade quer transporte, saúde e educação... todos de qualidade".


    Creio que seja um caso de paralelismo sintático.


    Letra A

  • Acredito que seja um caso de concordância nominal galera! Adjetivo posposto pode concordar com o substantivo mais próximo.

  • a) Na  forma  em  que  a  frase  está  escrita,  o  adjunto  “de  qualidade” se refere não só à educação, mas também à saúde  e ao transporte. 

    Como mencionado pelo colega anterior, nao seria uma caracteristica do paralelismo se somente o ultimo item estivesse modificado porque quando ha uma lista com termos separados por virgula, eles são da mesma função sintática, com qualquer modificação sempre se aplicando a todos eles.

  • Eu, também, acredito que seja um caso de concordância nominal.

     

    Casos especiais de concordância nominal:

     

    Adjetivo posposto a dois ou mais substantivos

    A) Adjunto adnominal:

    Quando o adjetivo posposto a dois ou mais substantivos funcionar como adjunto adnominal e estiver qualificando todos os substantivos apresentados, poderá concordar com o elemento mais próximo ou com a soma deles.

     

    [ Fonte: http://www.portuguesxconcursos.com.br/p/concordancia-nominal-exercicio-gabarito.html ]

     

    Da questão, o item A diz:  "Na  forma  em  que  a  frase  está  escrita,  o  adjunto  “de  qualidade” se refere não só à educação, mas também à saúde  e ao transporte." ⇒ a SOMA dos elementos (educação, saúde e transporte).

  • o que  quer diizer Posposto?

  • posposto é após

  • Pedi o comentário do professor pra clarear.


ID
1352161
Banca
FEPESE
Órgão
Prefeitura de Brusque - SC
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Eu

Eu coberto de pele coberta de pano coberto de ar e debaixo de meu pé cimento e debaixo do cimento terra e sob a terra petróleo correndo e o lento apagamento do sol por cima de tudo e depois do sol outras estrelas se apagando mais rapidamente que a chegada de sua luz até aqui.

Arnaldo Antunes

Analise as afirmativas sobre o texto.

1. A primeira palavra do texto, com função de sujeito, remete ao significado da última que tem a função de adjunto adverbial.

2. Para o autor do texto a chegada do brilho da pessoa amada é rápida e transitória.

3. O texto contém três verbos, todos com predicação transitiva.

4. Este “eu” do poema se vê envolvido, por baixo e por cima, como se o mundo se dispusesse em torno dele em camadas cada vez mais distantes, desde sua pele até as estrelas mais longínquas.

5. A palavra “coberto” exerce a função de complemento verbal em todas as vezes em que aparece e a expressão “pé de cimento” a de complemento adverbial de lugar.

Assinale a alternativa que indica todas as afrmativas corretas.

Alternativas
Comentários
  • Aqui:Adjunto Adverbial de Lugar.

  • NÃO ENTENDI NADA, GOSTARIA QUE ALGUÉM ME AJUDASSE

  • Taí, uma questão que é uma mistura de mal com atraso e pitadas de psicopatia.

    Resolvi, acertei e ainda estou com dúvidas. kkkk

    Fui por eliminação, pessoal:

    1. A primeira palavra do texto, com função de sujeito, remete ao significado da última que tem a função de adjunto adverbial.

    VERDADEIRO: (???) O texto remete a uma situação que começa nele e termina nele (foi o que eu julguei "mais correto")

    2. Para o autor do texto a chegada do brilho da pessoa amada é rápida e transitória.

    FALSO: O autor não fala sobre amor ou algo do tipo no texto.

    3. O texto contém três verbos, todos com predicação transitiva.

    FALSO: O texto possui 2 verbos: CORRENDO e APAGANDO (que não são todos transitivos), o resto ou é adjetivo ou está substantivado.

    4. Este “eu” do poema se vê envolvido, por baixo e por cima, como se o mundo se dispusesse em torno dele em camadas cada vez mais distantes, desde sua pele até as estrelas mais longínquas.

    VERDADEIRO: É o sentido quase que literal do que está escrito no texto.

    5. A palavra “coberto” exerce a função de complemento verbal em todas as vezes em que aparece e a expressão “pé de cimento” a de complemento adverbial de lugar.

    FALSO: A palavra coberto não exerce função de complemento verbal em nenhuma ocasião do texto.

  • A pessoa que fez essa questão tava chapadona no dia!


ID
1353271
Banca
FUNCAB
Órgão
SC-CE
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Maneira de amar

O jardineiro conversava com as flores, e elas se habituaram ao diálogo. Passava manhãs contando coisas a uma cravina ou escutando o que lhe confiava um gerânio. O girassol não ia muito com sua cara, ou porque não fosse homem bonito, ou porque os girassóis são orgulhosos de natureza.

Em vão o jardineiro tentava captar-lhe as graças, pois o girassol chegava a voltar-se contra a luz para não ver o rosto que lhe sorria. Era uma situação bastante embaraçosa, que as outras flores não comentavam. Nunca, entretanto, o jardineiro deixou de regar o pé de girassol e de renovar-lhe a terra, na ocasião devida.

O dono do jardim achou que seu empregado perdia muito tempo parado diante dos canteiros, aparentemente não fazendo coisa alguma. E mandou-o embora, depois de assinar a carteira de trabalho.

Depois que o jardineiro saiu, as flores ficaram tristes e censuravam-se porque não tinham induzido o girassol a mudar de atitude. A mais triste de todas era o girassol, que não se conformava com a ausência do homem. “Você o tratava mal, agora está arrependido?” “Não, respondeu, estou triste porque agora não posso tratá-lo mal. É a minha maneira de amar, ele sabia disso, e gostava.” 

Maneira de amar (ANDRADE, Carlos Drummond. A cor de cada um. Rio de Janeiro: Record, 1997. p. 30).

Observe o emprego do adjetivo TRISTE nas frases transcritas do último parágrafo.

I. “[...] estou triste porque agora não posso tratá-lo mal.”

II. “A mais triste de todas era o girassol [...]”

Assinale a alternativa que aponta, correta e respectivamente, a função sintática do adjetivo destacado.

Alternativas
Comentários
  • Alguém sabe explicar?

  • Predicativo do sujeito é uma característica provisória e fica deslocado do nome a que se refere. Já o adjunto adnominal tem carater permanente e fica junto ao nome a que se refere.

  • triste é adjetivo do pronome pessoal "A mais triste..."

  • Pred. Suj. = além de conferir uma qualidade ao sujeito, apresenta-se como um termo essencial à oração, haja vista que sem ele o discurso se tornaria vago, sem sentido. 

    ex: Eu estou triste.


    Adj. Adn. = apenas acrescenta uma informação a mais a respeito de um termo.

    ex: O girassol era a (flor) mais triste. ( voltando ao texto, percebemos que ocorre um caso de zeugma )


    Acredito que triste seja Adj Adn do Predicativo do Suj (flor).


    Enquanto os campeões treinam, as pessoas comuns dormem.

  • Na segunda oração, o verbo ser não pode servir como predicativo do sujeito, pois está de forma impessoal. Logo, só resta ser adjunto adnominal.

  • Pra resolver a questão você tem de ler o texto:


    Depois que o jardineiro saiu, as flores ficaram tristes e censuravam-se porque não tinham induzido o girassol a mudar de atitude. A mais triste de todas era o girassol


    "A mais triste" se refere as flores e não ao girassol como a questão nos leva a induzir.

    Logo é adj. adnominal, pois o mesmo sempre fica junto do nome a que se refere

     

  • Na alternativa II ocorre derivação imprópria, veja: 


    O artigo A está determinando o advérbio Mais, portanto temos um termo substantivado. Logo, o adj. triste só pode ser Adjunto Adnominal.

  • predict suj && adjnt adn.

    Predicativo do sujeito é o uso de adjetivo (ou locução adjetiva) com um verbo de ligação: ser, estar, permanecer, andar, continuar, andar && ficar).

  • Predicativo é o termo essencial da oração que atribui uma característica, uma propriedade, um estado ou uma circunstância ao sujeito, fato que ocorre em “...estou triste porque agora não posso tratá-lo mal. TRISTE é uma característica do sujeito...”

     

    Adjunto adnominal é o termo que determina, especifica ou explica um substantivo. Na oração “A mais TRISTE de todas era o girassol...”, o substantivo “FLOR” (“Dentre todas as flores, a flor mais triste...”, é a essa ideia, implicitamente presente na construção, percebida pelo contexto.) detém a ideia central do sujeito e triste especifica-a. 

     

    GABARITO: "B"

  • I. “[...] (eu) estou triste porque agora não posso tratá-lo mal.”

         Sujeito   predicativo do sujeito

    Observe que entre o sujeito e a atribuição dele há um verbo de ligação. Observe ainda que “triste” é uma característica essencial da estrutura frasal, visto que sua retirada traria prejuízos sintáticos para o período.  Por último, a característica (tristeza) é eventual e não permanente. Logo, trata-se de um PREDICATIVO DO SUJEITO.

    II. “As flores ficaram tristes e censuravam-se porque não tinham induzido o girassol a mudar de atitude. A mais triste de todas era o girassol [...]”

    Observe que “a mais” retoma o sujeito “as flores”, substituindo-o. Assim, simplificando e deixando explícito o sujeito, temos:

                                                                                     

          Sujeito                       predicado

    A flor mais triste de todas era o girassol

    Núcleo do sujeito (Flor)  adjunto adnominal (triste)

    Assim, percebemos que “triste” delimita o sentido do núcleo do sujeito, logo, trata-se de um ADJUNTO ADNOMINAL. 

    Gabarito: B


ID
1358956
Banca
FGV
Órgão
MPE-MS
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                  A Nova Praga

    Não é preciso ter assistido nem à primeira aula de Latim - no tempo em que existia em nossas escolas essa disciplina, cuja ausência foi um desastre para o aprendizado da Língua Portuguesa - para saber que o étimo de nosso substantivo areia é o latim "arena". E, se qualquer pessoa sabe disso até por um instinto primário, é curioso, para usar um termo educado, como nossos locutores e comentaristas de futebol, debruçados sobre um gramado verde-verdinho, chamam-no de "arena", numa impropriedade gritante.

    Nero dava boas gargalhadas, num comportamento que já trazia latente a sua loucura final, quando via os cristãos lutando contra os leões na arena. Nesse caso, se havia rictus de loucura na face do imperador, pelo menos o termo era totalmente apropriado: o chão da luta dramática entre homem e fera era de areia. Está aí para prová-lo até hoje o Coliseu.

    (....) Mas - ora bolas! - , se o chão é de relva verdejante, é rigorosamente impróprio chamar de "arena" nossos campos de futebol, como fazem hoje. O diabo é que erros infelizmente costumam se espalhar como uma peste, e nem será exagero dizer que, neste caso, o equívoco vem sendo tão contagioso como a peste negra que, em números redondos, matou 50 milhões de pessoas na Europa e na Índia no século XIV. E os nossos pobres ouvidos têm sido obrigados a aturar os nossos profissionais que transmitem espetáculos esportivos se referirem à arena daqui, à arena de lá, à arena não sei de onde. Assim, já são dezenas de arenas por esse Brasilzão. O velho linguista e filólogo mineiro Aires da Mata Machado Filho (1909-1985), a cujo livro mais conhecido peço emprestado O título deste pequeno artigo, deve estar se revirando no túmulo diante da violência de tal impropriedade. O bom Aires era cego, ou quase isso, mas via como ninguém os crimes cometidos contra o idioma.

                                                                      (Marcos de Castro. www.observatoriodaimprensa.com.br)

Assinale a alternativa em que o elemento sublinhado representa o paciente (complemento nominal) e não o agente (adjunto adnominal).

Alternativas
Comentários
  • Até outro curso informa que essa questão deveria ser anulada.

    Não há como diferenciar CN de ADN

    Não ha agente nem paciente nos termos apresentados

    CN - Valor passivo, substantivo abstrato 

    ADN - Valor agente ou possessivo, substantivo concreto.

    Nada se aplica ao caso pois todos seriam ADN


  • Concordo, não tem como analisar esses termos soltos, precisa de uma frase.

  • vamos solicitar comentário do professor

  • Tem que ler o texto associado a questão.

  • vamos solicitar comentário do professor (2).

  • Alguém pode explicar essa questão?

  • O futebol é comentado pelos comentaristas. Não vejo dificuldade toda nessa questão, sério. Nem acho que deva ser anulada. Gente, reclamar não ajuda. Hasta La Vitoria!

  • Ué, o complemento nominal não tem que vir ligado com um substantivo abstrato?

  • Adjunto Adnominal - pratica a ação expressa pelo substantivo abstrato

    Complemento Nominal - recebe a ação expressa pelo substantivo abstrato

    Os comentaristas recebem as "informações" do futebol.

    Alternativa B.

    Bom estudo!

  • Pois é Lorena Duarte, também concordo. Entendo que comentaristas é um substantivo concreto e, neste caso, a assertiva B seria adj. adnominal.

  • Já solicitei comentários do professor, vamos pessoal!

  • Complemento Nominal, como o próprio nome diz, completa o significado de um nome; ao passo que o adjunto é apenas um termo acessório, não é necessário para dar sentido ao nome .

    Para não ter essa dificuldade, o estudante tem de ficar atento às diferenças entre o complemento nominal e o adjunto adnominal. 
    PRIMEIRA DIFERENÇA: o complemento nominal se liga a substantivos abstratos, a adjetivos e a advérbios; o adjunto se liga a substantivos, que podem ser abstratos ou concretos. 
    SEGUNDA DIFERENÇA: o complemento nominal tem sentido passivo, ou seja, recebe a ação expressa pelo nome a que se liga; o adjunto tem sentido ativo, isto é, ele pratica a ação expressa pelo substantivo modificado por ele. 
    TERCEIRA DIFERENÇA: o complemento não expressa ideia de posse; o adjunto frequentemente indica posse. - See more at: http://www.portuguesnarede.com/2011/03/complemento-nominal-x-adjunto-adnominal.html#sthash.HWa1OVBp.dpuf

  • Esta prova não foi aplicada na Prova de Técnico administrativo. Não há esta questão. Há uma outra questão relacionada nesse mesmo assunto, mas com textos diferentes

    http://fgvprojetos.fgv.br/sites/fgvprojetos.fgv.br/files/concursos/mpms_tecnico_ii_tipo_02.pdf questão 12

  • Bem, as únicas opções que dão para transformar o substantivo em verbo é a alternativa B e D

    Em B temos: Comentaristas de futebol = O futebol é comentado (ESTRANHO)

    Em D temos: Transmissões de nossa Televisões: Nossa televisões transmitem. 

    Uma coisa certa: em D, Nossas televisões transmitem, televisões é agente, pratica a ação. Então não é essa a resposta. Sobra: LETRA B

  • Nenhuma resposta. Questão deveria ser anulada.

  • Questão magnífica, alto nível.

    "Futebol é comentado pelos comentaristas".

    Notem que o agente é "comentaristas". Nesse caso o termo "de futebol" é sim um CN.

  • a) Quando consegue-se substituir a locução adjetiva por um adjetivo, a ideia agente estará presente. Logo, a aula latina é um adjunto adnominal. Alternativa incorreta. 
    b) O futebol está sendo comentando, logo, ele é paciente e, portanto, complemento nominal. Alternativa correta. 
    c) Campos é um substantivo concreto, logo, ele será um sempre um adjunto adnominal. Alternativa incorreta. 
    d) A televisão transmite, logo, ela é agente, portanto, adjunto adnominal. Alternativa incorreta. 
    e) Étimo = origem, logo, é a origem dele (= do substantivo). E sempre que houver a ideia de posse é adjunto adnominal. Alternativa incorreta.

  • Se utilizarmos o mesmo raciocínio da letra A : Aula de latim = Aula Latina, temos também para a letra B: Comentaristas de futebol = Comentaristas futebolísticos, logo para realmente acertar esta questão temos que utilizar a lógica do Complemento Nominal onde : Os comentaristas recebem as "informações" do futebol.

  • Comentaristas não é um substantivo concreto?????  campos é, e comentaristas não???

  •  


    a) Aula de Latim  (substantivo abstrato)

     

    b)Comentaristas de futebol.  (substantivo abstrato)

     

    c)Campos de futebol.  (substantivo concreto)

     

    d)Transmissões de nossa televisão. (substantivo abstrato)

     

    e)Étimo de nosso substantivo  (substantivo abstrato)
    Mas a dica do dia é: quando a questão pedir para diferenciar adj. adn. de compl. nom. não busquem saber se o termo a que se referem é substantivo abstrato ou concreto, isso em regra dá erro. Basta analisar a questão da natureza, ativa ou passiva, na maioria das vezes dá certo, por isso, "especializem-se" nisso e nunca mais errarão.

     

  • Substantivo abstrato, é referente a algo em que só existe enquanto alguém a produz tal coisa.
    Comentaristas só existem enquanto rola o jogo, diferentemente do campo que sempre estará lá.

    Porém, tanto o adjunto adnominal e complemento nominal se relacionam com substantivo abstrato.

  • Comentaristas, para mim, é concreto. Errei.

  • Acertei a questão , mais mesmo assim vamos esclarecer uma coisa. Mesmo o CN sendo ligado a substantivo concreto ( Comentarista ) , ninguém notou seu valor passivo não ?

  • O segredo é tentar voltar com a frase:

    a) Aula de Latim  (substantivo abstrato) - Não tem como voltar.
    b)Comentaristas de futebol.  (substantivo abstrato) - O futebol é comentado.(Ele sofre a ação, logo ele é paciente e todo termo paciente é CN.
    c)Campos de futebol.  (substantivo concreto) - Não tem como voltar
    d)Transmissões de nossa televisão. (substantivo abstrato) - Nossa televisão transmite (Porém a televisão transmite, logo ele é agente).
    e)Étimo de nosso substantivo  (substantivo abstrato) - Não tem como voltar.
    OBS: Todo termo que estiver ligado a um substantivo concreto, teremos um Adjunto Adnominal.
    Se um termo estiver ligado a um substantivo Abstrato, ele poderá ser:
    Agente = Adjunto Adnominal ou
    Paciente = Complemento Nominal, é o caso da alternativa B.
    Esse é meu entendimento, espero ter ajudado.
  • futebol foi comentado

  • Bem, as únicas opções que dão para transformar o substantivo em verbo é a alternativa B e D

    Em B temos: Comentaristas de futebol = O futebol é comentado (ESTRANHO)

    Em D temos: Transmissões de nossa Televisões: Nossa televisões transmitem. 

    Uma coisa certa: em D, Nossas televisões transmitem, televisões é agente, pratica a ação. Então não é essa a resposta. Sobra: LETRA B

  • B) o nosso futebol é comentado pelos comentaristas (FUTEBOL sofrendo ação) (Paciente) (Complemento Nominal) (PCN)

    C) Nossa televisão transmite ... (TELEVISÃO praticando ação) (Agente) Adjunto Adnominal (AAA)

  • Televisão não transmite nada.

    "Nossa televisao transmite" errado.

    "Nossa televisao é transmitida" ... de alguma estacao de TV.


    Televisão é apenas receptor.

    Questão furado, banca de ladrões.


  • Vamos adiante tesouro, não dê bola para essa questão gentalha.

  • Não tem jeito é preciso decorar isso.

    CN (complementa adjetivo, advérbio e substantivo abstrato, geralmente, a polêmica é sobre o que é ou não abstrato. Abstrato é aquilo que eu não posso imaginar, criar ou pegar.)

    ADN (está próximo a um substantivo concreto ou abstrato, geralmente, é confundido com CN porque ambos podem se referir a um substantivo abstrato. Logo, é preciso saber quem está complementando o substantivo abstrato e quem é apenas um termo adereço, dispensável)

    No desempate:

    CN vai complementar o substantivo abstrato. E esse complemento funciona como paciente. Se funcionar como agente, será ADN.

    PORÉM, a banca não cobrou isso.

    Itens:

    A) aula de Latim (aula - substantivo feminino, concreto)

    B) comentaristas de futebol (comentarista - adjetivo)

    C) campos de futebol (campos - substantivo masculino, concreto)

    D) Transmissões de nossa televisão (transmissão - substantivo feminino, abstrato)

    E) Étimo de nosso substantivo (étimo - substantivo masculino, abstrato)

  •  gabarito: letra b. 

    Assinale a alternativa em que o elemento sublinhado representa o paciente (complemento nominal) - e não o agente (adjunto adnominal).

    CN- Nunca se refere a substantivo concreto, apenas a substantivo abstrato (sentido de paciente, sofre a ação) 

    ADJ ADN- refere-se tanto a substantivo concreto quanto abstrato  (sentido de agente, pratica a ação) 

    substantivo Abstrato - sentimento - ação (decorre de verbo) - qualidade- estado . 

    a)Aula  (s. concreto) de Latim - ADJ ADN 

     b) Comentaristas (deriva do verbo comentar - ação) de futebol. o futebol é comentado por alguém - logo será paciente.  CN 

     c) Campos (s. concreto)  de futebol. ADJ ADN. 

     d) Transmissões (s. abstrato- deriva do verbo transmitir- ação)  de nossa televisão. A televisão que transmite _ agente não é paciente. ADJ ADN . 

     e) Étimo (s concreto) de nosso substantivo  ADJ ADN 

  • COMENTARISTA NÃO É  CONCRETO.

     

    SÓ SERA CONCRETO SE NÃO DEPENDER DE NADA PARA EXISTIR.

     

    COMENTARISTA SÓ EXISTE POIS ALGUÉM COMENTA.

    DEUS É CONCRETO, POIS NÃO DEPENDE DE NADA PARA EXISTIR MESMO SEM VC TOCÁ-LO 

  • Gente, alguém viu a explicação do professor? Ele disse que em "aula de latim" cabe a ideia de posse, de aula DELE, DO LATIM. Ou que poderia substituir por "aula latina". Que sentido isso faz? Aula de inglês seria AULA DO INGLÊS? Imagino um inglês dando aula e não uma disciplina. Isso é inaceitável!

  • Comentarista é abstrato aonde? O galvão bueno é bem concreto, vc pode pegar, abraçar, beijar ele se quiser

     

    "Comentarista so existe quando acontece o jogo, já o campo sempre tá lá" Como assim? O galvão bueno entra num bueiro e só aparece magicamente na hora dos jogos? kkkk

  • As opções possíveis são b & d.
    b) Comentaristas de futebol.

    d) Transmissões de nossa televisão.

    usando o método de passar para a voz passiva (CN é passivo enquanto AA é ativo), temos:

    d) Transmissões de nossa televisão - nossa televisão é transmitida (até é possível, se a tv estiver aparecendo na transmissão. Mas semanticamente não é o caso.)

    b) Comentaristas de futebol - futebol é comentado. correto

  • LETRA B.

    ENTENDI "COMENTARISTA" COMO SENDO ADJETIVO; PORTANTO, COMPLEMENTO NOMINAL.

  • "Comentarista" é substantivo abstrato??? Não conisgo engolir isso.

  • Comentaristas de Futebol é uma Locução adjetiva logo Complemento nominal

  • TORCER PRA NENHUM COMENTARISTA DE PROFISSÃO TER FEITO ESSA QUESTÃO...

     

    POIS A BANCA REBAIXOU ELES A UM MERO "ESTADO". EU NAO SOU UM COMENTARISTA, EU ESTOU UM COMENTARISTA! HAHAHA!

     

    JOGADOR DE FUTEBOL É SUBSTANTIVO CONCRETO NÉ, BANCA? 

     

    FALA SERIO!!!

  • Cheguei a conclusão que a questão não está nem aí para AA ou CN. Ela quer saber quem é agente e paciente.. só isso. Contou uma historinha para enganar os bestas(nós).

     

  • Diferenças entre complemento nominal e adj. adnominal (quando ambos vem acompanhados de preposição):

    C. nominal

    - o termo que se liga a ele pode ser adverbio, adjetivo ou substantivo abstrato (NUNCA CONCRETO)

    - nao tem ideia de posso

    - tem sentido PASSIVO

    Adjunto Adnominal

    - se liga a substantivo abstrato ou concreto

    -tem ideia de posse

    - tem sentido passivo

    * nao ficou claro pra mim qual a classe gramatical de comentarista, entao resolvi a questao pelas outras caracteristicas (de futebol é paciente).

     

  • Vou tentar apagar essa questão da minha humilde cabeça.

    Porque esta foi dose. comentarista é um substantivo abstrato. Foi demaaaaaaaaaaaaaaaaaaais.

     

  • COMENTARISTA É SUBSTANTIVO CONCRETO ATÉ QUE ALGUÉM ME CONVENÇA DO CONTRÁRIO!!!!!!!!! Pra mim, não tem resposta esta questão, ainda que o professor tenha afirmado que a alternativa B seja a correta!!!!! Se fosse "comentários de futebol" aí sim, seria CN e a alternativa estaria correta!

  • Essa foi bizarra mesmo, comentarista na minha ignorância é substantivo concreto.

  • Entendi que o futebol não comenta, ele é comentado, por isso passivo.
  • Pessoal, comentarista é adjetivo e não subst. abstrato.

    Esqueminha:

    CN: completa subst. abstrato, ADJETIVO ou advérbio. (paciente)

    AA: refere-se a subst. abstrato ou concreto. (agente)

    Nesse caso : O futebol é comentado.(paciente)

    FGV ama colocar adjetivo pq a gente pensa logo em subst. concreto e pensa q é AA. Já errei várias assim tb. :/

    Vê tb questão Q588195

    Obs: A fonte do esqueminha é da gramática da prof. Flávia Rita

  • Cara, comentarista é um adjetivo.
    Para um termo ser complemento nominal ele tem que ser qualquer um dos abaixos (desde que preposicionados):

    - Advérbio;
    - Adjetivo;
    - Substantivo Abstrato

    Ex.: O uso de remedios é prejudicial á saúde.
    observe que PREJUDICIAL é um adjetivo e "á saúde" é o seu complemento nominal.

    Fonte: Flávia Rita.

  • Concordo que essa questão deveria ter sido anulada. Como ninguém entrou com recurso contra ela na época? Eu hein...

  • Quer dizer que o latim está dando aulas?

  • Gente...comentárista não é substantivo concreto?

  • FGV passou muito dos limites , mas muito mesmo 

     

    Mas isso a gente sabe que é normal dela colocar uma questão errada pra ninguem gabaritar sua disciplina em concurso grande 

  • Alexandre Soares forçou a barra tentando defender esse lixo de banca ... 

    Se fosse 

    COMENTÁRIOS de Futebol, eu concordaria com ele 

  • Adjunto adnominal se relaciona com substantivo concreto ou abstrato, na dúvida? indicará Posse! E sem preposição.

    Complemento nominal é quando o termo for precedido de: Advérbio/adjetivo ou Substantivo Abstrato além de termo PACIENTE. COM PREPOSIÇÃO

  • comentarista não é substantivo concreto e sim cognato (derivado) do verbo "comentar", logo, abstrato.

    Comentaristas de futebol ( futebol é comentado) CN

  • Comentarista, ADJETIVO.

    Adjetivo é toda palavra que se refere a um substantivo indicando-lhe um atributo.

    O garoto é um comentarista.

    Obs: Dependendo do contexto a classificação pode mudar. Substantivo X Adjetivo.

  • Comentarista é substantivo abstrato?! Essa pra mim é nova.

  • Engraçado que a banca ainda foi boazinha ao dar o macete de agente e paciente, mas errei assim mesmo kkkk Vida que segue

  • Marquei A, alguém pode explicar por que está errada ?

  • Complemento nominal

    É o termo que completa o sentido de uma palavra que não seja verbo.

    Assim, pode referir-se a substantivos, adjetivos ou advérbios, sempre por meio de preposição.

    Adjunto adnominal é o termo acessório da oração que tem a função de caracterizar ou determinar um substantivo. Isso pode ser feito através de artigos, adjetivos e outros elementos que desempenhem a função adjetiva.

    O único termo que pode ser entendido como adjetivo é comentaristas, portanto o termo sublinhado: de futebol, é complento nominal.

  • Gleivan, a A vc não consegue colocar na voz passiva

  • Sinceramente, a letra B tb não se encaixa, pois comentarista não é substantivo abstrato.

  • RESPOSTA DO PABLO JAMILK: EM TODAS AS EXPRESSÕES, HÁ SUBSTANTIVO CONCRETO. NA LETRA B, NO ENTANTO, O SUBSTANTIVO COMENTARISTAS É PREVENIENTE DE UM ADJETIVO E O TERMO FUTEBOL TEM UMA NATUREZA PASSIVA EM RELAÇÃO AO COMENTÁRIO. SE FIZÉSSEMOS UMA TRANSFORMAÇÃO NA ESTRUTURA DA FRASE, O RESULTADO SERIA: O FUTEBOL É COMENTADO. ISSO NÃO SE NOTA EM NENHUMA DAS OUTRAS SENTENÇAS.

  • Até o Saci é substantivo abstrato, só o comentarista que não é.

    Para quem não assiste futebol (como deve ser o caso do elaborador) o comentarista é um ser-humano, tem como tocar, olhar, conversar,imaginar ele.

  • Jurava que COMENTARISTA era substantivo concreto, portanto errei a questão.

  • Em 29/12/20 às 09:33, você respondeu a opção B. Você acertou!

    Em 21/12/20 às 23:20, você respondeu a opção E.Você errou!

    Em 15/12/20 às 14:00, você respondeu a opção E.Você errou!

  • Para mim, Transmissão é substantivo abstrato.

  • Transmissão é sim substantivo abstrato. A dúvida entre adjunto adnominal x complemento nominal se dá justamente aí. Substantivos concretos, ao contrário dos abstratos, não dão essa dúvida porque se tratam sempre de adjunto adnominal.

    Assim, localizado um substantivo abstrato, devemos ver se há valor passivo ou ativo: as televisões transmitem ou são transmitidas? Elas transmitem, obviamente. Valor ativo, nesse caso.

  • Comentaristas é substantivo concreto, não? Esse é o tipo de questão que pra vc nenhuma alternativa é correta.

  • (eles) são o quê? Comentaristas. Comentaristas, então, não é substantivo e sim adjetivo.

  • Alguém poderia explicar essa questão com uma fonte diferente e confiável?

  • FUTEBOL NÃO COMENTA, ELE É COMENTADO.

  • Comentaristas de futebol pode até ter uma noção de passividade, porém é um substantivo concreto, pois caracteriza um ser, poderia ser o motorista do ônibus, o fato de o ônibus ser um termo paciente, o qual sofre a ação, não significa necessariamente que será um complemento nominal, deve-se analisar primeiro a origem da classe gramatical ou o papel que exerce dentro da frase, para assim poder classificar como adjunto adnominal ou complemento nominal.

    Destaca-se que: Adjunto adnominal se liga apenas a substantivos (concretos e abstratos), já o complemento a advérbios, adjetivos e substantivos (apenas abstrato). E é nesse ponto onde a banca vai explorar, quando for substantivo abstrato, porém foi infeliz em destacar um substantivo concreto que mesmo possuindo ideia passiva não descaracteriza sua função de adjunto adnominal.

    @veia.policial

    Questão sem gabarito

  • Ele é COMENTARISTA de futebol . Perceba que comentarista é um termo ADJETIVO.

  • Essa questao foi não foi anulada??
  • Engraçado que tem uma prof no YouTube que diz que a FGV coloca substantivos nas alternativas. Tem uma questão deles onde aparece a opção £

    A) Salvadora da Pátria. Salvadora pode ser entendido como adjetivo, mas a questão entendia como substantivo abstrato.

    KKKKKKKKK ai ai

  • O futebol sofre a ação de ser comentado pelos comentaristas, logo é CN


ID
1372633
Banca
FUNCAB
Órgão
PM-RO
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Apenas um tiroteio na madrugada

São 2:30 da madrugada e eu deveria estar dormindo, mas acordei com uma rajada de metralhadora na escuridão. É mais um tiroteio na favela ao lado.

Além dos tiros de metralhadora, outros tiros se seguem, mais finos, igualmente penetrantes, continuando a fuzilaria. Diria que armas de diversos calibres estão medindo seu poder de fogo a uns quinhentos metros da minha casa.

No entanto, estou na cama, tecnicamente dormindo. Talvez esteja sonhando, talvez esteja ouvindo o tiroteio de algum filme policial. Tento em princípio descartar a ideia de que há uma cena de guerrilha ao lado. Aliás, é fim de ano, e quem sabe não estão soltando foguetes por aí em alguma festa de rico?

Não. É tiroteio mesmo. Não posso nem pensar que são bombas de São João, como fiz de outras vezes, procurando ajeitar o corpo insone no travesseiro.

Estou tentando ignorar, mas não há como: é mais um tiroteio na favela ao lado. [...]

O tiroteio continua e estamos fingindo que nada acontece.

Sinto-me mal com isso. Me envergonho com o fato de que nos acostumamos covardemente a tudo. Me escandalizo que esse tiroteio não mais me escandalize. Me escandaliza que minha mulher durma e nem ouça que há uma guerra ao lado, exatamente como ela já se escandalizou quando em outras noites ouvia a mesma fuzilaria e eu dormia escandalosamente e ela ficava desamparada com seus ouvidos em meio à guerra.

Sei que vai amanhecer daqui a pouco. E vai se repetir uma cena ilustrativa de nossa espantosa capacidade de negar a realidade, ou de diminuir seu efeito sobre nós por não termos como administrá-la. Vou passar pela portaria do meu edifício e indagar ao porteiro e aos homens da garagem se também ouviram o tiroteio. Um ou outro dirá que sim. Mas falará disso como de algo que acontecesse inexplicavelmente no meio da noite.

No elevador, um outro morador talvez comente a fuzilaria com o mesmo ar de rotina com que se comenta um Fia - Flu. E vamos todos trabalhar. As crianças para as escolas. As donas de casa aos mercados. Os executivos nos seus carros.

Enquanto isso, as metralhadoras e as armas de todos os calibres se lubrificam. Há um ou outro disparo durante o dia. Mas é à noite que se manifestam mais escancaradamente. Ouvirei de novo a fuzilaria. Rotineiramente. É de madrugada e na favela ao lado recomeça o tiroteio. Não é nada.

Ouvirei os ecos dos tiros sem saber se é sonho ou realidade e acabarei por dormir. Não é nada. É apenas mais um tiroteio de madrugada numa favela ao lado.

Affonso Romano de Sant'Anna. Porta de colégio. São Paulo. Ática, 1995, p. 69-71.

Que função sintática exerce o termo destacado em: “ ...em outras noites ouvia AMESMA FUZILARIA...”?

Alternativas
Comentários
  • Quem ouve, ouve algo ou alguma coisa... VTD

    AMESMA FUZILARIA = OD


ID
1383355
Banca
FGV
Órgão
PROCEMPA
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Assinale a opção em que o termo sublinhado é classificado como complemento nominal, atuando como paciente do termo anterior.

Alternativas
Comentários
  • "De alguns conceitos" passa ideia de passividade, já que nós sentimos saudades de algo / alguma coisa.Complementa um substantivo ´   ( Saudades ) e atua como paciente deste.Logo, complemento nominal.

    Letra A.

  • a)“sentimos saudades de alguns conceitos”.

    Todas as opções têm relação de posse, exceto 'a'.saudades não têm conceitos. Os conceitos é que são o objeto das saudades, o que lhes conferem passividade

  •  GABARITO a) “sentimos saudades de alguns conceitos”. Saudade é substantivo abstrato e de alguns conceitos é paciente de saudade. C. N.

     b) “que estão na raiz da filosofia”. Raiz é substantivo concreto e da filosofia especifica a raiz; Adjunto Adnominal.

     c) “pensamento de Santo Agostinho”. de Santo Agostinho é agente de pensamento; Adjunto Adnominal.

     d) “outros do meu partido”. do meu partido tem sentido de posse. Adjunto Adnominal.

     e) “significado profundo da verdade”. da verdade especifíca significado profundo. Adjunto adnominal.

  •                        ----- Há preposição? ----- 

                                                                                                   |                                         |

                                                                                                SIM                                     Não

                                                                                                  |                                          |

                                                                              Qual a classe do anterior?                 Adj. Adn.

                                                                                                  |

                    __________________________________________________________________________                                         

                    |                                    |                                        |                                                                     |

            Advérbio                  Subs. Concreto                       Adjetivo                                              Subs. Abstrato

                   |                                    |                                        |                                                                     |

                 CN                             Adj. Adn                               CN                                          Qual a natureza do termo?

                                                                                                                                                   |                                |

                                                                                                                                              Agente                    Paciente

                                                                                                                                                  |                                   |

                                                                                                                                             Adj. Adn.                         CN

     

    Fonte: colaborador do QC Anderson Baêta ​

  • GABARITO A

     

     

    Diferença entre Complemento Nominal e Adjunto Adnominal

     

    COMPLEMENTO NOMINAL – função exercida por uma palavra ou uma expressão que complementa um ADJETIVO, um ADVÉRBIO ou um SUBSTANTIVO ABSTRATO. (complementos nominais são sempre preposicionados.)

     Ex: Tenho raiva da cara daquela professora.


    ADJUNTO ADNOMINAL – neste caso, a palavra ou a expressão complementa um SUBSTANTIVO CONCRETO ou um SUBSTANTIVO ABSTRATO.



    Você deve ter notado que o SUBSTANTIVO ABSTRATO aparece nas duas funções, não é mesmo? Como se diferenciam, então? A partir da idéia que o complemento apresenta em relação ao termo regente.

     

    Se a idéia for ATIVA, é ADJUNTO ADNOMINAL (bisu: tudo com a letra "A" - substantivo Abstrato com idéia Ativa é Adjunto Adnominal)

     

    Se a idéia for PASSIVA, é COMPLEMENTO NOMINAL (memoriza por exclusão em relação ao outro).

     

     

    A partir de exemplos, tudo fica mais fácil. Veja só:

     

    1) a construção do arquiteto - "Construção" é um substantivo abstrato. Vamos analisar a função do complemento: o arquiteto constrói ou é construído? Constrói. Então ele pratica a ação. A idéia é ATIVA. Logo, a expressão "do arquiteto" exerce a função sintática de ADJUNTO ADNOMINAL.

     

    2) a construção do prédio - O prédio constrói ou é construído? É construído. Sofre a ação verbal. Então a idéia é PASSIVA. Logo, sua função sintática é COMPLEMENTO NOMINAL.

     

  • Letra A.

    Deus é Soberano !!!

  • Saudades da posse que eu ainda nao tomei

  • Vamos considerar a frase: Sentimos saudades de alguns conceitos. Alguns conceitos é um complemento nominal segundo a FGV. À primeira vista, é difícil saber se alguns conceitos é um termo paciente ou agente. De fato, saudades não é palavra relacionada de perto com verbo algum. No entanto, podemos raciocinar com base em sentimentos. Sentimos sentimentos de alguns conceitos.  Na expressão sentimentos de alguns conceitos fica claro que alguns conceitos foram sentidos. Assim, alguns conceitos é um termo passivo.

  • Sofrendo com essas questões de Ativo e Passivo. PQP 


ID
1385773
Banca
IMA
Órgão
Prefeitura de Cocal dos Alves - PI
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia os versos a seguir:

Em vossa casa feita de cadáveres,
Ó princesa! Ó donzela! 

Em vossa casa, de onde o sangue escorre, 
quisera eu morar, [...]

Classificando sintaticamente as expressões do segundo verso, pode-se dizer que elas exercem a função sintática de:

Alternativas
Comentários
  • Vocativo: chama ou interpela o interlocutor, indicando a quem nos dirigimos

  • essa foi dada 

  • O vocativo pode vir antecedido por interjeições de apelo, tais como ó.

    vocativo é o termo que tem a função de chamar.

  • C

    vocativo - chamamento !

  • c-

    Aposto e vocativo. o aposto explica o sujeito. o vocativo chama. não pertence nem ao sujeito, nem ao predicado.

  • Ó princesa! Ó donzela!

    VOCATIVO

  • c) Vocativo.

    Ó princesa! Ó donzela! Em vossa casa, de onde o sangue escorre, quisera eu morar, [...]

    Vocativo: [do latim "vocare" = chamar] é o termo (nome, título, apelido) usado para chamar ou interpelar a pessoa, o animal ou a coisa personificada a que nos dirigimos.

    Exemplos:

    "A ordem, meus amigos, é a base do governo." (Machado de Assis)

    "Serenai, Verdes mares!" (José de Alencar)

    Fonte: CEGALLA.


ID
1388290
Banca
OBJETIVA
Órgão
EPTC
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

No período “Relatora do recurso, a ministra Nancy Andrighi manteve o entendimento do tribunal estadual.”, o sublinhado classifica-se sintaticamente como:

Alternativas
Comentários
  • Aposto

    Aposto é um termo que se junta a outro de valor substantivo ou pronominal para explicá-lo ou especificá-lo melhor. Vem separado dos demais termos da oração por vírgula, dois-pontos ou travessão.

    Por Exemplo:

    Ontem, segunda-feira, passei o dia com dor de cabeça.

    Segunda-feira é aposto do adjunto adverbial de tempo ontem. Dizemos que o aposto é sintaticamente equivalente ao termo a que se relaciona porque poderia substituí-lo. Veja:

    Segunda-feira passei o dia com dor de cabeça.

    Obs.: após a eliminação de ontem, o substantivo segunda-feira assume a função de  adjunto adverbial de tempo.

    Veja outro exemplo:

    Apreciotodos os tipos de música:MPB, rock, blues, chorinho, samba, etc.
     Objeto DiretoAposto do Objeto Direto

    Se retirarmos o objeto da oração, seu aposto passa a exercer essa função:

    AprecioMPB, rock, blues, chorinho, samba, etc.
     Objeto Direto

    Obs.: o termo a que o aposto se refere pode desempenhar qualquer função sintática (inclusive a de aposto).

    Por Exemplo:

    Dona Aida servia o patrão, pai de Marina, menina levada.

    Analisando a oração, temos:

    pai de Marina = aposto do objeto direto patrão.

    menina levada = aposto de Marina.


    Fonte: http://www.soportugues.com.br/secoes/sint/sint22.php

  • Relatora do recurso, a ministra Nancy Andrighi manteve o entendimento do tribunal estadual.”

    Para completar e massificar o entendimento, pense assim:

    "a ministra Nancy Andrighi, que é relatora, manteve..." Aposto bem claro, agora.

    A ministra Nancy Andrighi - sujeito

    Relatora do recurso - aposto

    manteve - verbo significativo

    o entendimento do tribunal estadual. - predicado verbal

    o entendimento - objeto direto

    do tribunal estadual. - adjunto adnominal de "o entendimento" (pratica a ação, valor de posse, ativo)

  • c) Aposto.

    Aposto - É uma palavra ou expressão que explica ou esclarece, desenvolve ou resume outro termo da oração.

    Exemplos:

    D. Pedro II, imperador do Brasil, foi um monarca sábio.

    Casas e pastos, árvores e plantações, tudo foi destruído pela enchente.

    Prezamos acima de tudo duas coisas: a vida e a liberdade.

    Fonte: CEGALLA.


ID
1388452
Banca
IMA
Órgão
Câmara Municipal de Governador Edson Lobão - MA
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Superando o analfabetismo funcional

1 É consenso entre os pesquisadores da área de educação que o Brasil deve ter entre sua população alfabetizada cerca de 70% de analfabetos funcionais. Esse dado mostra o estado de calamidade pública em relação ao ensino em nosso país.

2 O analfabetismo funcional é um fenômeno no qual pessoas alfabetizadas, em todos os níveis de ensino, sabem ler e escrever, mas não conseguem interpretar os textos lidos. Manolo Perez, diretor pedagógico da Ponto Cursos e Concursos, nos dá um exemplo de como esse mecanismo funciona: "Na frase O mundo é uma aldeia global, imaginemos que uma pessoa identifique corretamente a ideia de mundo como planeta, a ideia de aldeia como a vila de uma tribo e a palavra global como algo que tem a ver com o globo. No entanto, ela não consegue compreender que a frase tem um componente metafórico no qual o mundo é colocado como um lugar onde as relações de proximidade e familiaridade de uma pequena vila são reproduzidas em grande escala, em âmbito global".

3 Em razão disso, podemos dizer que, em um plano mais abstrato, um leitor proficiente também entenderá que essa frase tem a ver com o mundo atual, mundo de possibilidades de comunicação instantânea e global.

4 O processo que leva uma pessoa a ser um analfabeto funcional ainda é um tanto ou quanto desconhecido. Alguns pesquisadores da área de educação pensam que o problema reside na qualidade do processo de alfabetização, ou da má utilização dos novos métodos de alfabetização. A falta de conhecimento profundo desses métodos por parte do professor acaba gerando uma implementação apenas superficial do ensino da linguagem.

5 Por outro lado, alguns argumentam que a distância cada vez mais acentuada entre língua escrita e falada no Brasil teria acabado por provocar a necessidade de um duplo trabalho para o aluno alfabetizado: ler e escrever em português como se estivesse traduzindo uma língua estrangeira para a sua língua nativa, aquela na qual pensa e se comunica verbalmente. Nesse caso o alfabetizador só teria sucesso na superação do analfabetismo funcional ao abordar o Português com um método de ensino para línguas estrangeiras.

6 Segundo o professor Manolo, que trabalha com superação de problemas escolares há mais de 30 anos e é pesquisador do Gepi - Grupo de Estudos e Pesquisas em Interdisciplinaridade da PUC/SP-, o analfabetismo funcional é o grande desafio do Brasil no início do século XXI. Segundo ele, a Ponto Cursos e Concursos, escola preparatória para concursos públicos, identificou o problema do analfabetismo funcional mesmo entre os alunos que almejam cargos públicos de nível superior e resolveu atuar sobre o problema. "A partir dos conceitos da Interdisciplinaridade, produzimos um projeto pedagógico voltado para a superação dos problemas escolares e entre eles o analfabetismo funcional. É necessário trabalhar o conhecimento da língua tanto com a gramática como com a interpretação e criação de textos. Sem a superação na compreensão textual fica muito difícil aprender mais e avançar em qualquer tipo de preparação, seja ela acadêmica ou profissional."

7 Os pesquisadores em educação estão trabalhando sobre esse assunto tão importante, mas resta perguntar: e a população, dá importância a esse problema?

8 Sem vontade política e demanda social não há como superar o problema do analfabetismo funcional.

Extraído de: http://literatura.uol.com.br/literatura/figuras- linguagem/39/superando-o-analfabetismo-funcional-a- gravidade-de-um-problema-242121-1.asp

Sobre o trecho: “O analfabetismo funcional é um fenômeno no qual pessoas alfabetizadas, em todos os níveis de ensino, sabem ler e escrever, mas não conseguem interpretar os textos lidos.” (2º parágrafo), assinale a opção correta:

Alternativas
Comentários
  • Adjunto Adnominal

    É o termo que determinaespecifica ou explica um substantivo. O adjunto adnominal possui função adjetivana oração, a qual pode ser desempenhada por adjetivos, locuções adjetivas, artigos, pronomes adjetivos enumerais adjetivos. Veja o exemplo a seguir:

    O poeta inovadorenvioudois longos trabalhosao seu amigo de infância.

    Sujeito              Núcleo do Predicado Verbal               Objeto Direto                 Objeto Indireto

  • d)A palavra “funcional” desempenha a função de adjunto adnominal.

    Todo adjetivo/locução adjetiva é um adjunto adnominal

  • Pq a letra c ta errada?

  • Mariana Ribeiro, está errada porque o "ser" é verbo de ligação e fenômeno funciona como predicativo do sujeito e não complemento de "é".

  • Neste caso, nao poderia ser complemento nominal, pois esse sempre, sempre vem companhado com preposição.

  • Podiam colocar a resposta certa, porque eu coloquei a D) A palavra “funcional” desempenha a função de adjunto adnominal, e errei minha questão da prova.


ID
1390183
Banca
CONED
Órgão
Prefeitura de Goianésia do Pará - PA
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O povoado que deu origem ao município de Goianésia do Pará começou a ser formado às margens da rodovia PA-150. Mais tarde, devido à abertura da rodovia PA-263, vários imigrantes em busca de trabalho vieram para a região. Eram centenas de pessoas que se fixaram na região. Porém a quantidade de terra era pouca para o número de gente. Iniciavam-se os conflitos pela posse de terra.

Cedendo às pressões, o dono de uma fazenda da redondeza acabou doando uma grande área para o assentamento das famílias dos trabalhadores. Em troca pediu que o local fosse chamado de Goianésia, nome da sua cidade natal em Goiás. Assim nasceu, em dezembro de 1991, o município de Goianésia do Pará, localizado no sudeste do Pará, a 292 Km de Belém.

Com uma população de mais de 22 mil habitantes, o município vive da agricultura, pecuária e outras atividades. A piscicultura, que se desenvolveu a partir do surgimento do lago artificial da Hidrelétrica de Tucuruí, também é bastante expressiva na região.
A extração de madeira é o mais forte pilar de sustentação da economia local. O produto, além de economicamente rentável, é um atrativo cultural da região. O artesanato em madeira é marca registrada dos moradores de Goianésia do Pará. As peças talhadas em angelim-pedra, uma espécie típica da Amazônia, chamam a atenção dos visitantes. Mas os olhares dos turistas brilham, principalmente, diante dos rios Verde e Arapixi, duas grandes atrações da cidade, além do lago de Tucuruí.

Sintaticamente, o termo em negrito na frase: “ Em troca pediu que o local fosse chamado de Goianésia, nome da sua cidade natal em Goiás.” é classificado como

Alternativas
Comentários
  • Aposto é um termo que se junta a outro de valor substantivo ou pronominal para explicá-lo ou especificá-lo melhor. Vem separado dos demais termos da oração por vírgula, dois-pontos ou travessão.

    correta: b

  • Podemos concluir que o aposto é uma palavra ou expressão que explica ou que se relaciona com um termo anterior com a finalidade de esclarecer, explicar ou detalhar melhor esse termo.

    Há alguns tipos de apostos:

    Explicativo: usado para explicar o termo anterior: Gregório de Matos, autor do movimento barroco, é considerado o primeiro poeta brasileiro.

    Especificador: individualiza, coloca à parte um substantivo de sentido genérico: Cláudio Manuel da Costa nasceu nas proximidades de Mariana, situada no estado de Minas Gerais.

    Enumerador: sequência de termos usados para desenvolver ou especificar um termo anterior: O aluno dever ir à escola munido de todo material escolar: borracha, lápis, caderno, cola, tesoura, apontador e régua.

    Resumidor: resume termos anteriores: Funcionários da limpeza, auxiliares, coordenadores, professores, todos devem comparecer à reunião.

    Vocativo

    Observe as orações:

    1. Amigos, vamos ao cinema hoje?
    2. Lindos, nada de bagunça no refeitório!

    Os termos “amigos” e “lindos” são vocativos, usados para se dirigir a quem escuta de formas ou intenções diferentes, como nos períodos anteriores: a utilização de um substantivo na primeira frase e de um adjetivo na segunda. Podemos concluir que:

    Vocativo: é a palavra, termo, expressão utilizada pelo falante para se dirigir ao interlocutor por meio do próprio nome, de um substantivo, adjetivo (característica) ou apelido.

    Por Sabrina Vilarinho
    Graduada em Letras
    Equipe Brasil Escola 

  • Aposto explicativo

  • b) aposto

  • -b

    aposto é o termo acessorio (significa que nao é necessario para oracao fazer sentido) para explicar termo anterior, geralmente quando o interlocutor julgar necessario à cmpreensao do leitor

  • aposto


ID
1395535
Banca
OBJETIVA
Órgão
Prefeitura de Chapecó - SC
Ano
2008
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Amor Moderno Dispensa Idealizações



O amor romântico não vive só nas telas de cinema. A publicidade também prega o resgate do romantismo. A atmosfera da ________ com vinho, namorados se beijando na chuva e até mesmo a paquera por telefone ditam o comportamento neo-romântico e ajudam a vender produtos.
De acordo com o diretor de marketing da agência de propagando DPZ, a publicidade ________ o conceito de romantismo ___ modernidade. Para que uma idéia seja aceita pelo público, é necessário que a situação seja pertinente ao seu estilo de vida.
Machado explica que, se a mídia ignorar esse aspecto, vai facilmente despencar para o brega. “Impossível conceber, por exemplo, um comercial onde duas pessoas, de poder aquisitivo alto e residentes em uma metrópole, ficam em casa escrevendo cartas de amor." Na sua opinião, a dose exata de romantismo é aquela que melhor corresponde à modernidade: de forma objetiva, sem cenários idealizados.



(Karin Dauch - O Estado de São Paulo)



“O amor romântico não vive só nas telas de cinema.”

Analisar o trecho acima e, após, assinalar a alternativa CORRETA:

Alternativas
Comentários
  • d) As alternativas a e c estão corretas.

    verbo viver é intransitivo porque nao necessita de complemento.O predicado é verbal quando nao ha predicativo do sujeto (quando o predicado qualifica o sujeito).

  • Período

     

    Período é a frase constituída de uma ou mais orações, formando um todo, com sentido completo. O período pode ser simples ou composto.

     

    Período Simples: é aquele constituído por apenas uma oração, que recebe o nome de oração absoluta.

     

    Exemplos:

     

    O amor é eterno.
    As plantas necessitam de cuidados especiais.
    Quero aquelas rosas.
    O tempo é o melhor remédio.

     

    Período Composto: é aquele constituído por duas ou mais orações.

     

    Exemplos:

     

    Quando você partiu minha vida ficou sem alegrias. 
    Quero aquelas flores para presentear minha mãe.
    Vou gritar para todos ouvirem que estou sabendo o que acontece ao anoitecer
    Chegueijantei e fui dormir.

  • Oração Absoluta, conhecida também como período simples, é aquela composta por apenas uma oração, ou seja, um verbo.

  • Oracao absoluta ou periodo simples...oracao apenas 1 verbo

  • Predicado verbal: verbo transitivo ou intransitivo

  • Essa questão pode ter 3 gabaritos: A, C, D

    mais certo é D, claro


ID
1404547
Banca
FAFIPA
Órgão
Prefeitura de Maria Helena - PR
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                                                                                 "Vovô" ICQ quer enfrentar WhatsApp

   O ICQ, programa de mensagens instantâneas que foi o mais popular do País no fim dos anos 90, está se reinventando para entrar na briga dos aplicativos de mensagem para smartphones. Com novo design, o ICQ quer usar seu velho charme para disputar espaço com WhatsApp, Viber, KakaoTalk, Line e WeChat, os líderes atuais de mercado.
   Para isso, o grupo Mail.Ru, responsável pelo ICQ, divulgou ontem o lançamento de uma série de novos recursos tanto para a versão na web quanto para seu aplicativo para dispositivos móveis, que equiparam o ICQ aos sistemas mais usados.
   Além de permitir o acesso ao app a partir do número de telefone, sem a necessidade de cadastro para obter um código de acesso, o app do ICQ agora suporta o envio de vídeos e conversas em grupo, recurso que ajudou a popularizar o rival Whats App Também é possível realizar chamadas de voz gratuitas e compartilhar arquivos ou a localização. O usuário também poderá enviar mensagens a quem não usa o aplicativo, via SMS, gratuitamente. Já na nova versão para desktop será possível fazer chamadas de vídeo e ligações para telefones fixos ou celulares comprando créditos do ICQ, como nos sistemas Skype e Viber. No País, o curso da ligação por minuto varia de 0,03 euro a 0,09 euro.
   O novo aplicativo para dispositivos móveis do ICQ tem versões para os sistemas iOS (iPhone, iPad e iPod), Android, Windows Mobile e para aparelhos Blackberry.
   O ICQ é uma sigla que se refere à expressão americana "I Seek You" ("Eu procuro você") e foi criado em 1996 pela startup israelense Mirabilis. Em 1998, no auge do seu sucesso, o ICQ foi comprado pela America Online (AOL) por US$ 400 milhões, mas caiu em desuso no Brasil no início dos anos 2000, quando perdeu espaço para o MSN Messenger, da Microsoft – descontinuado no ano passado e integrado ao Skype. A empresa russa Mail.Ru – que na época se chamava Digital Sky Technologies Limited – comprou o ICQ por US$ 187 milhões em 2010. Após a aquisição, o programa de mensagens ganhou nova versão para dispositivos móveis, que chegou ao Brasil em 2012. Na época, a empresa apostou na integração com Twitter, Facebook, YouTube e Flickr. Segundo a consultoria Flurry Analytics, o uso de apps de mensagens cresceu 203% no ano passado e triplica a cada ano. Esse crescimento já teve impacto no lucro das operadoras, que perderam renda com o SMS.

Disponível em: http://www.odiario.com/economia/noticia


Único exemplo de aposto:

Alternativas
Comentários
  • Não entendi a questão.

  • Gabarito: letra a.
    Aposto explicativo. 


    Outro exemplo de aposto explicativo: O violão, instrumento musical há muito tempo criado, adquiriu grande destaque no mundo atual.
  • Letra correta A, Aposto Explicativo: explica ou esclarece o substantivo referido. Aparece isolado na frase por vírgulas, travessões, dois pontos ou parênteses. 
    Na questão o o que está entre vírgulas explica o que ICQ. 

    O ICQ, programa de mensagens instantâneas que foi o mais popular do País no fim dos anos 90, está se reinventando para entrar na briga dos aplicativos de mensagem para smartphones.


  • Henrique Nuno (Portugês descomplicado, 2ª edição), nos explica de forma clara o que é um APOSTO:

    Termo que explica, especifica, resume (recapitula) ou enumera outro termo:

    a )Explicativo - entre vírgula, travessões ou parênteses
    Ex: O homem, senhor idoso, chorava.


    b) Especificador - sem vírgulas, e se liga a um substantivo de sentido genérico 
    Ex: O rio Paraíba do Sul está poluído.


    c) Resumidor: expresso por um pronome
    Ex: Homnes, mulheres, crianças, todos lutam pela felicidade.


    d) Enumerativo: Desenvolve o que foi resumido num termo anterior
    Ex: Os namorados viram a lua: Sonho, benção, sedução.

  • Adriana Monteiro, a questão pede a única alternativa que se refere a um aposto.

  • se eu não estiver enganado, aposto é algo que explica a frase anterior exemplo.: Qconcursos, aplicativo de resolução de questões.
  • a) O ICQ, programa de mensagens instantâneas que foi o mais popular do País no fim dos anos 90, está se reinventando para entrar na briga dos aplicativos de mensagem para smartphones.

    Aposto - É uma palavra ou expressão que explica ou esclarece, desenvolve ou resume outro termo da oração.


ID
1415083
Banca
FGV
Órgão
SEGEP-MA
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto a seguir:

                       Tendências para as cadeias no futuro?

     Na Malásia, uma equipe de designers e arquitetos elaborou um conceito de centro de detenção    bastante diferente. O projeto  consiste em um complexo prisional suspenso no ar, o que em  teoria dificultaria as tentativas de fuga, devido à altura  potencialmente fatal de uma queda e à visibilidade que o fugitivo  teria aos olhos dos pedestres na parte de baixo.
     A cadeia ainda teria espaços para manter um campo de  agricultura, onde os detentos poderiam trabalhar para se  autossustentar e até distribuir o excesso de alimento produzido  para a sociedade. Fábricas e centros de reciclagem também  serviriam a esse propósito. 
     Visando reduzir os custos necessários para manter dezenas  de agentes carcerários, o teórico social Jeremy Betham projetou  uma instituição que manteria todas as celas em um local circular,  de forma que fiquem expostas simultaneamente. Dessa forma,  apenas alguns poucos guardas posicionados na torre no centro  do prédio já conseguiriam manter a vigilância sobre todos os detentos. Embora um presídio nesse estilo tenha sido construído  em Cuba, ele nunca chegou a entrar em funcionamento.
     Outra solução criativa foi pensada e realizada na Austrália,  onde um centro de detenção foi    elaborado a partir de containers  de transporte de mercadorias em navios modificados para servir
como celas temporárias. Outra prisão na Nova Zelândia também  passou a usar a mesma solução para resolver problemas de superlotação.
     Entretanto, o conceito tem causado muita polêmica, pois as  condições das celas em containers   seriam desumanas — o que  temos que levar em consideração em se tratando de um país tão   quente. "Morar" em uma caixa de metal sob um sol de escaldar  não deve ser nada agradável.

                                                                                       (Fernando Daquino, 04/ 11/2012 - Arquitetura)

"O projeto consiste em um complexo prisional suspenso no ar, o que em teoria dificultaria as tentativas de fuga, devido à altura potencialmente fatal de uma queda e à visibilidade que o fugitivo teria aos olhos dos pedestres na parte de baixo".

Assinale a alternativa inadequada em relação a esse segmento do texto.

Alternativas
Comentários
  • "O projeto consiste em um complexo prisional suspenso no ar, o que em teoria dificultaria as tentativas de fuga, devido à altura potencialmente fatal de uma queda e à visibilidade que o fugitivo teria aos olhos dos pedestres na parte de baixo". 

    Assinale a alternativa inadequada em relação a esse segmento do texto.


    a) O adjetivo "prisional" se refere ao substantivo "complexo" enquanto o adjetivo "fatal" se refere ao substantivo "altura". (CERTO) - COMPLEXO PRISIONAL , ALTURA... FATAL. 

     

    b) O emprego do futuro do pretérito - "dificultaria" e "teria" - indica uma possibilidade hipotética. (CERTO - FUTURO DO PRETÉRITO - HIPÓTESE )


    c) Os termos "à altura" e "'à visibilidade" indicam núcleos de complementos do termo "devido". (CERTO -AMBAS SE REFEREM A "devido"  (CERTO - , devido à altura ... e à visibilidade ...)

     

    d) As duas ocorrências do conectivo "em" - "em um complexo prisional" e "em teoria" - são exigências de termos anteriores. (ERRADO) 

    "O projeto consiste em um complexo prisional (OBJETO INDIRETO ) - realmente o verbo consistir exige a preposição já que é Verbo transitivo indireto) 

    ... suspenso no ar, o que em teoria- errado não é exigido pelo termo que o antecede. ADJUNTO ADVERBIAL- NOCIONAL-+ caso preposicionados não será uma exigência de termo anterior. 


    e) O termo "devido" introduz a ideia de causa. CERTO - devida a altura e a visibilidade (causa) ... um complexo prisional suspenso no ar. 

     

     

    LETRA D. 

  • GABARITO D

  • Lembrando que FGV não é parâmetro para questões de português !!!

  • Leia com calma senhores ! Paciência com a FGV.

    D

    APMBB

  • Ao meu ver, a questão tem GABARITO DUPLO.

    Pois o núcleo do C.N. é somente o substantivo (não entram os Adjuntos Adnominais).

    Mas a D está mais errada, visto que a segunda preposição "em" é devido ao Adjunto Adverbial.


ID
1431271
Banca
FCC
Órgão
MPE-AM
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A justiça é o tema dos temas da Filosofia do Direito por conta da força de um sentimento que atravessa os tempos: o de que o Direito, como uma ordenação da convivência humana, esteja permeado e regulado pela justiça. A palavra direito, em português, vem de directum, do verbo latino dirigere, dirigir, apontando, dessa maneira, que o sentido de direção das normas jurídicas deve ser o de se alinhar ao que é justo.

O acesso ao conhecimento do que é justo, no entanto, não é óbvio. Basta lembrar que os gregos, para lidar com as múltiplas vertentes da justiça, valiam-se, na sua mitologia, de mais de uma divindade: Têmis, a lei; Diké, a equidade; Eirene, a paz; Eunômia, as boas leis; Nêmesis, que pune os crimes e persegue a desmedida.

No mundo contemporâneo o Direito tem uma complexa função de gestão das sociedades, que torna ainda mais problemático o acesso ao conhecimento do que é justiça, por meio da razão, da intuição ou da revelação. Essa problematicidade não afasta a força das aspirações da justiça, que surge como um valor que emerge da tensão entre o ser das normas do Direito Positivo e de sua aplicação, e o dever ser dos anseios do justo. Na dinâmica dessa tensão tem papel relevante o sentimento de justiça. Este é forte, mas indeterminado. Daí as dificuldades da passagem do sentir para o saber. Por esse motivo, a tarefa da Teoria da Justiça é um insistente e contínuo repensar o significado de justiça no conjunto de preferências, bens e interesses positivados pelo Direito.

(Celso Lafer. O Estado de S. Paulo, A2, Espaço aberto, 18 de novembro de 2012, trecho)

No mundo contemporâneo o Direito tem uma complexa função de gestão das sociedades, que torna ainda mais problemático o acesso ao conhecimento do que é justiça, por meio da razão, da intuição ou da revelação.

Considerando-se o segmento acima, a afirmativa que NÃO condiz com a estrutura sintática é:

Alternativas
Comentários
  • A) Não só por coordenação, mas por subordinação também.

  • ?????

  • É tipo de questão para ser indicar para comentário. Não entendi por que é letra A

     

  • É um período composto por subordinação.

  • O  QUE  não tem função de objeto direto?

  • GABARITO: Letra A

     

    Patrícia Lopes...nesse caso o "QUE" tem função de sujeito mesmo ! Só fazer pergunta para o verbo da oração que o "QUE" inicia...

     

    que torna ainda mais problemático => O QUÊ TORNA AINDA MAIS PROBLEMÁTICO ? o "QUE" responde essa pergunta, tendo com isso a função sintática de SUJEITO ! (Como a pergunta veio antes do verbo, a resposta é o sujeito, se a pergunta fosse depois do verbo, a resposta seria Objeto direto).

     

    Bons Estudos !

  • Indicada para comentário. 

  • Lembrando, a questão pede para indicar a alternativa ERRADA.
  • Fiquei até tonto, rs

  • Gabarito: A

     É uma Oração Subordinada Adjetiva Explicativa.

  • Gabarito A

    Porque a banca pede a alternativa errada.

  • Falta de atenção também elimina!

     

  • "No mundo contemporâneo o Direito tem uma complexa função de gestão das sociedades, que torna ainda mais problemático o acesso ao conhecimento do que é justiça, por meio da razão, da intuição ou da revelação."

    a conjunção "que" retoma "função de gestão das sociedades".

    Sendo então classificada como Oração Subordinada adjetiva, basta substitui o 'que'' por "isso".
    [ainda mais problemática ]=> Locução adjetiva que modifica ""função gestão de sociedades'''', ou seja . a torna ainda mais problemática 
     

  • Período comporto por subordinação:

    ...uma complexa função de gestão das sociedades,

    que torna ainda mais problemático o acesso ao conhecimento... Oração subordinada adjetiva explicativa

    Na ordem direta: ... que torna o acesso ao conhecimento problemático

    Torna: Verbo transobjetivo

    O acesso ao conhecimento: Objeto direto

    Problemático: predicativo do objeto

  • A letra A está incorreta porque afirma que o período é composto por coordenação quando, na verdade, é por subordinação.

     

    Na oração "que torna ainda mais problemático o acesso ao conhecimento do que é justiça (...)",  o que é pronome relativo, faz referência à "função de gestão das sociedades", mencionada na oração anterior. Assim, fica clara a dependência de sentidos da segunda oração em relação à primeira. Quando essa necessidade sintática acontece, dizemos que a oração é subordinada. 

     

    Em contrapartida, se o sentido das orações fosse construído de forma conexa, mas compreendido de forma independente, teríamos um período coordenado. Um exemplo é: Fui à padaria e comprei pão. As orações podem ser compreendidas independentemente uma da outra, porém o sentido da frase é construído pela soma das duas. 

     

    Pode acontecer também de um período ser composto de ambas as formas, coordenação e subordinação. Seria o caso da frase: Fui à padaria e comprei o pão que tinha acabado de sair. As duas primeiras são coordenadas, mas a última oração depende da anterior para fazer sentido, o que a torna subordinada. Assim, dizemos que o período é composto por coordenação e subordinação.

     

    Se falei alguma besteira, podem me corrigir! :)

     

  • PRIMEIRO : Período comporto por subordinação

     

     

    Pronome relativo é uma classe de pronomes que substituem um termo da oração anterior e estabelece relação entre duas orações.

    Nós conhecemos o professor. O professor morreu.


    Nós conhecemos o professor que morreu.

  • No mundo contemporâneo o Direito tem uma complexa função de gestão das sociedadesque torna ainda mais problemático o acesso ao conhecimento do que é justiça, por meio da razão, da intuição ou da revelação."

    A conjunção "que" faz parte da oração coordenada sindética: "que torna ainda mais problemático o acesso ao conhecimento do que é justiça...".

    A conjunção "que" é uma conjunção coordenativa explicativa! 

    Tentem substituir o "que" por "pois".

  • E quando a questão pede a resposta errada e você tenta encontrar a certa? 'Putzgrila'.

  • Período composto por coordenação é aquele separado por vírgulas e não CONJUNÇÕES. No caso da frase, há conjunções, o que configura período composto por subordinação.

  • essa questao achei mais errada do que certa ,fiquei na duvida em varias

  • que questao dificil ,affffff

  • Que isso, gente!!! Orações coordenadas têm sim conjunções!!!

    As orações coordenadas se dividem em sindéticas e assindéticas. As últimas, essas sim, não possuem conjunções. As orações coordenadas sindéticas têm síndeto (ligação) pelas conjunções que podem ser adversativas (mas, porém, contudo...), conclusivas, alternativas, aditivas e explicativas.


ID
1431718
Banca
COPEVE-UFAL
Órgão
ALGÁS
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

[...]
Vai e diz
Diz assim:
Como sou
Infeliz
No meu descaminho
Diz que estou sozinho
E sem saber de mim (Vinícius de Moraes)

No verso “Diz que estou sozinho”, a 2ª oração apresenta caráter sintático de

Alternativas
Comentários
  • Fui o segundo a resolver essa questão. Hehehehehe

  • Diz que estou sozinho

    Diz o que? Que estou sozinho = Objeto direto

  • Complemento verbal

  • DIZ e verbo logo pediu um objeto direto QUE conjinção integrante ,. em forma de oração tem se ORAÇÃO SUBORDINADA SUBSTATIVA OBJETIVA DIRETA

    FOCO


ID
1432024
Banca
COPEVE-UFAL
Órgão
UFAL
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A questão refere-se ao texto abaixo.

                                                                                     Empregos à vista

     Em Maragojipe, no Recôncavo Baiano, os primeiros colonizadores portugueses decidiram fixar residência às margens do Rio Paraguaçu devido à facilidade de atracar navios de grande calado e à abundância de madeira de lei para a manutenção das embarcações. Cinco séculos depois, a indústria naval mais uma vez define o destino da cidade. Há dois anos teve início a construção do Estaleiro Enseada do Paraguaçu, uma sociedade entre as construtoras Odebrecht, OAS, UTC e a japonesa Kawasaki. A obra emprega 7217 pessoas.
     “Fiquei desempregada em Salvador e vim para Maragojipe em 2008 para trabalhar no Estaleiro de São Roque, já pensando num futuro emprego na Enseada do Paraguaçu”, conta a supervisora de refeitório ALICE VITÓRIA DUARTE, de 45 anos, que foi promovida no ano passado e hoje recebe 6200 reais, o maior salário de sua carreira. Alice está pagando um curso técnico para o filho em Salvador para que ele também possa trabalhar no estaleiro. Nos próximos meses, mais vagas qualificadas serão criadas à medida que ocorre a transição da fase de obras para a de operação do estaleiro, que começará a produzir a primeira sonda de petróleo neste ano. O polo industrial que se formará no entorno, com investimentos de 1,5 milhões de reais, vai empregar cerca de 4000 pessoas, das quais pelo menos 1000 com salário superior a 5000 reais.

VEJA. São Paulo: Abril, n. 9, fev. 2014.

Dadas as afirmativas a respeito dos aspectos gramaticais encontrados no texto,

I. Em: “Em Maragojipe, no Recôncavo Baiano,” (1º parágrafo), justifica-se o emprego das vírgulas por haver expressões com valor explicativo.
II. Na expressão “às margens do Rio” (1º parágrafo), o acento grave foi empregado em desacordo com a norma culta. Caso análogo acontece em “à facilidade de” (1º parágrafo).
III. Na oração “Há dois anos” (1º parágrafo), é possível substituir o verbo “Há” por “Devem haver” sem prejuízo da correção gramatical e do significado contextual.
IV. Em: “[...] e hoje recebe 6200 reais, o maior salário de sua carreira [...]” (2º parágrafo), justifica-se a vírgula por haver o emprego de um aposto.

verifica-se que está(ao) correta(s)

Alternativas
Comentários
  • I. Aposto explicativo
    II. As margens é locução prepositiva, leva crase.Devido A + A facilidade = tb leva crase.
    III. Há com sentido de fazer. O certo seria Deve haver, na 3ª pessoa do singular pois o verbo haver nesse caso transmite a regra ao outro verbo
    IV. aposto explicativo

  • Senhores não acredito no que vi.

    Acertei porque parecia a melhor resposta.

    o item II está errado , mas o I está certo. Assim a opção I e II, letra C estaria errada. Lógico, a IV está certa e é o gabarito, mas onde está o erro na I.

    ...“Em Maragojipe, no Recôncavo Baiano,” (1º parágrafo), justifica-se o emprego das vírgulas por haver expressões com valor explicativo. Só pode ser isso não são expressões e sim expressão ,apenas uma ...no recôncavo baiano. 

    Pegadinha de mau gosto!!!!

  • Luiz, acredito que a assertiva I está correta. Não há erro algum nela. O problema é que não há nenhuma alternativa em que ela esteja só ou então com o item IV. Justamente pelo fato de o item I aparecer junto do II é que alternativa C está errada. Ou seja, o item I está certo; o que está errado é a letra C pelo fato de trazer o item II como opção correta. 

     

    Espero ter ajudado. 

  • Acho que deve ser especificativo. 

  • A assertiva 1, trata-se de um adjunto adverbial de lugar intercalado.


ID
1432030
Banca
COPEVE-UFAL
Órgão
UFAL
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A questão refere-se ao fragmento abaixo.

    Uma sede horrível queimava-lhe a garganta. Procurou ver as pernas e não as distinguiu: um nevoeiro impedia-lhe a visão.
RAMOS, Graciliano. Vidas secas. Rio de Janeiro: Record, 2010.

Sintaticamente, o pronome “lhe” utilizado no trecho nas duas inserções é, respectivamente,

Alternativas
Comentários
  • gabarito: b

    O pronome lhe tem ideia de posse. toda vez que o pronome indica posse é adjunto adnominal.


    Queimava-lhe a garganta=queimava a sua garganta

    Impedia-lhe a visão = impedia a sua visão.

     

  • Adjuntos Adnominais referem-se a:

    a)Substantivos concretos ou abstratos;

    b)Podem ser preoposicionados;

    c)Quando se referem a substativos abstratos, têm natureza ativa;

    d)Podem ser representados por: artigos, pronomes, numerais, locuções adjetivas ou adjetivos.

     

  • https://www.youtube.com/watch?v=ZHz9oVuHdUY

     

    Esse vídeo é ideal para quem tem dúvidas sobre o assunto... Realmente confirma oq a amiga falou aí embaixo.

     

    O LHE com ideia de posse é Adj.Adnominal. 

     

     

  • Uma sede horrível queimava a garganta dele. (ideia de POSSE)

    Um nevoeiro impedia a visão dele. (ideia de POSSE)

     

    Bons Estudos!!!

  • b-

    o '-lhe' quando for posse (equivalente a dele) sera adjunto adnominal

  • O -lhe sempre é adjunto adnominal

  • Vejamos que nas orações não há verbo transitivo indireto que requeira uso do "lhe". Todavia, o "lhe" dá sentido de posse, assumindo desta forma, posição de adjunto adnominal nos dois casos.

    Gabarito letra B!

  • LHE (Quando for possível substituir por)

    • A ELE - Ligado a um verbo -> Objeto indireto
    • A ELE - Ligado a um adjetivo -> Complemento nominal
    • DELE - Dando ideia de posse -> Adjunto adnominal
  • Com uma leitura bem atenta dá para perceber a ideia de posse.

  • b) adjunto adnominal – adjunto adnominal.

    Adjunto adnominal - É o termo que caracteriza ou determina os subtantivos. Pode ser expresso:

     

    • Pelos Adjetivos: água fresca, terras férteis, animal feroz;

     

    • Pelos Artigos: o mundo, as ruas, o rapaz, os meus quadros.

     

    • Pelos pronomes adjetivos: nosso tio, este lugar, pouco sal, muitas rãs, esse mistério, nossos pregos.

     

    • Pelos numerais: dois pés, quinto ano, capítulo sexto, dois quadros.

     

    • Pelas locuções ou expressões adjetivas: de rei (=régio), livro do mestre, água da fonte.

ID
1432054
Banca
COPEVE-UFAL
Órgão
UFAL
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A questão refere-se ao texto abaixo.

Existirá
Em todo porto tremulará
A velha bandeira da vida
Acenderá
Todo farol iluminará
Uma ponta de esperança

A Cura – Lulu Santos.

Na letra da música apresentada acima, a expressão “Em todo porto” é classificada como

Alternativas
Comentários
  • Adjunto Adverbial de Lugar

  • a) adjunto adverbial de lugar. porque designa local onde ação acontece.

  • Entendi que o Lulu Santos não sabe escrever a porra da frase na ordem direta:

    A velha bandeira da vida tremulará em todo porto

    Tremulará é verbo INTRANSITIVO !  Não precisa de porra nenhuma depois dele.

    Isso quer dizer que?
    O que vier depois só pode ser um adverbio de alguma porra.

  • FUI POR ELIMINAÇÃO.

    GABARITO= A


ID
1435753
Banca
IBFC
Órgão
PM-PB
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto I
                                    Aí pelas três da tarde
                                                                              (Raduan Nassar)

Nesta sala atulhada de mesas, máquinas e papéis, onde invejáveis escreventes dividiram entre si o bom-senso do mundo, aplicando-se em ideias claras apesar do ruído e do mormaço, seguros ao se pronunciarem sobre problemas que afligem o homem moderno (espécie da qual você, milenarmente cansado, talvez se sinta um tanto excluído), largue tudo de repente sob os olhares à sua volta, componha uma cara de louco quieto e perigoso, faça os gestos mais calmos quanto os tais escribas mais severos, dê um largo “ciao" ao trabalho do dia, assim como quem se despede da vida, e surpreenda pouco mais tarde, com sua presença em hora tão insólita, os que estiveram em casa ocupados na limpeza dos armários, que você não sabia antes como era conduzida. Convém não responder aos olhares interrogativos, deixando crescer, por instantes, a intensa expectativa que se instala. Mas não exagere na medida e suba sem demora ao quarto, libertando aí os pés das meias e dos sapatos, tirando a roupa do corpo como se retirasse a importância das coisas, pondo-se enfim em vestes mínimas, quem sabe até em pelo, mas sem ferir o pudor (o seu pudor bem entendido), e aceitando ao mesmo tempo, como boa verdade provisória, toda mudança de comportamento. Feito um banhista incerto, assome depois com uma nudez no trampolim do patamar e avance dois passos como se fosse beirar um salto, silenciando de vez, embaixo, o surto abafado dos comentários. Nada de grandes lances. Desça, sem pressa, degrau por degrau, sendo tolerante com o espanto (coitados!) dos pobres familiares, que cobrem a boca com a mão enquanto se comprimem ao pé da escada. Passe por eles calado, circule pela casa toda como se andasse numa praia deserta (mas sempre com a mesma cara de louco ainda não precipitado), e se achegue depois, com cuidado e ternura, junto à rede languidamente envergada entre plantas la no terraço. Largue-se nela como quem se larga na vida, e vá fundo nesse mergulho: cerre as abas da rede sobre os olhos e, com um impulso do pé ( já não importa em que apoio), goze a fantasia de se sentir embalado pelo mundo.




O texto pode ser entendido também como um convite ao leitor para mudar de realidade. Um elemento gramatical que contribui para esse efeito e:

Alternativas
Comentários
  • Letra D)

    O emprego recorrente do modo imperativo.

  • Imperativo - pedido, súplica, sugestão...  

  • Desça, sem pressa, " você' 
    faça os gestos mais calmos .. ' você'  etc... 
     

  • O texto, em diversas parte, manda. Quem manda é Imperador, por isso o texto é IMPERATIVO. Mandando VOCÊ fazer isso, fazer aquilo...

  • nem precisei ir ao texto.

    GAB D

    Imperativo indica ordem do pedido, da sugestão etc.

  • Modo imperativo, reinou nesse texto rs.

    Raphael Melo- Ipojuca PE

  • a) ERRADA - quase não encontramos vocativos no texto.

    b) ERRADA - o texto é repleto de adjetivos.

    c) ERRADA - não tem nada a ver o emprego da norma culta com o questionamento da questão.

    d) CERTA

  • Eu fiz certo e quando conferi achei que tava errado. No gabarito da banca está dizendo que a alternativa correta ea letra"A".

  • Modo imperativo, ordem!


ID
1446751
Banca
INAZ do Pará
Órgão
BANPARÁ
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Cérebro de adolescente

 Quando o adolescente sai escondido para uma  festa ou responde a uma pergunta inocente dos  pais com uma explosão emocional, a culpa não é  só dos hormônios. Descobertas científicas  recente    provam que não apenas o corpo, mas  também a mente passa por grandes mudanças na  adolescência. Do sexo sem preservativo à  imprudência na direção, os adolescentes  assume  comportamentos irresponsáveis em  parte porque as estruturas mentais que inibem  resposta  intempestivas ainda não se  consolidaram. As alterações mais importantes por  que passa o cérebro nos últimos anos da  adolescência têm lugar no córtex pré-frontal, área  que é responsável pelo  planejamento de longo  prazo e pelo controle das emoções. "Antes dessas  mudanças, o adolescente nem sempre está pronto  para processar todas as informações que precisa  considerar quando toma uma decisão", explica o  neurologista americano Paul Thompson, do  Laboratório de      Neuromapeamento da  Universidade da Califórnia.  
Thompson faz parte de uma equipe de cientistas  que vem mapeando o cérebro de cerca de 1 000  adolescentes com técnicas avançadas de  tomografia. As descobertas são surpreendentes,  especialmente se considerarmos que até há  alguns anos era consenso científico que o cérebro  completava seu crescimento na infância e não se  alterava mais. Hoje se sabe que várias estruturas  cerebrais seguem evoluindo durante a  adolescência, embora nem todas cresçam. A  idade em que essas mudanças se processam  varia. O cérebro das meninas desenvolve-se cerca  de dois anos mais cedo, mas homens e mulheres  costumam emparelhar lá pelos 20 anos. De forma  geral, no início da adolescência ainda está em  processo uma mudança que começa entre 7 e 11  anos. É quando   crescem certas regiões cerebrais  ligadas à linguagem, como a área de Broca, uma  pequena estrutura dentro do córtex pré-frontal. O  processo costuma chegar ao fim antes dos 15  anos. No período de desenvolvimento, notam-se  grandes progressos no uso da escrita – é a idade  ideal para aprender novas línguas. A mudança  maior começa pelos 18 anos e pode avançar até  os 25.  quando o córtex pré-frontal amadurece,  consolidando o senso de responsabilidade que  falta a tanto   adolescentes. "O córtex funciona  como o presidente de uma grande empresa,  centralizando as decisões. É por isso que às vezes  o cérebro adolescente parece uma empresa sem  presidente", brinca Thompson.
A ciência ainda não entendeu completamente  essas alterações. O detalhe misterioso é que nem
sempre o desenvolvimento cerebral se dá por  crescimento, como acontece com todos os outros
órgãos de nosso corpo. Na verdade, muitas  sinapses – ligações entre os neurônios – são  simplesmente cortadas durante a adolescência.  Supõe-se que esse processo obedeça a uma certa
economia de conexões: aquelas sinapses que não  são usadas simplesmente se perdem. Quem toca
um instrumento musical desde a infância vai  desenvolver certas conexões neurais que se  perderão em quem nunca chegou perto de uma  partitura. De qualquer modo, a notícia de que o  cérebro adolescente ainda não está "pronto" é  alentadora. "Isso significa que temos mais tempo  de aprendizado do que antes pensávamos", diz
Thompson.

A função sintática da passagem “... área que é responsável pelo planejamento de longo prazo e pelo controle das emoções”, no período em que ocorre no texto, é o(a) de:

Alternativas
Comentários
  • Aposto explicativo de córtex pré-frontal.

  • As alterações mais importantes por  que passa o cérebro nos últimos anos da  adolescência têm lugar no córtex pré-frontal, área  que é responsável pelo  planejamento de longo  prazo e pelo controle das emoções.

    Aposto é o termo que exploca um termo adjacente na oração. Geralmente vem isolado por virgulas se vier no meio da oração

  • Aposto é um termo que se junta a outro de valor substantivo ou pronominal para explicá-lo ou especificá-lo melhor.

    Vem separado dos demais termos da oração por vírgula, dois-pontos ou travessão.

     

    As alterações mais importantes por  que passa o cérebro nos últimos anos da  adolescência têm lugar no córtex pré-frontal, área  que é responsável pelo planejamento de longo  prazo e pelo controle das emoções.

    Aposto Explicativo.

  • Não volto em um texto deste tamanho pra procurar linha sem marcação nem...a não ser na prova claro(perda de tempo.)

    ------

    Contribuindo:

    Observe como os adjuntos adnominais se prendem diretamente ao substantivo a que se referem, sem qualquer participação do verbo. Isso é facilmente notável quando substituímos um substantivo por um pronome: todos os adjuntos adnominais que estão ao redor do substantivo têm de acompanhá-lo nessa substituição.

    Por Exemplo:

    O notável poeta português deixou uma obra originalíssima.

     

    Ao substituirmos poeta pelo pronome ele, obteremos:

    Ele deixou uma obra originalíssima.

     

    As palavras o, notável e português tiveram de acompanhar o substantivo poeta, por se tratar de adjuntos adnominais. O mesmo aconteceria se substituíssemos o substantivo obra pelo pronome a. Veja:

    O notável poeta português deixou-a.

     

    Complemento:

    Sua atitude deixou os amigos perplexos.

     

    Nessa oração, perplexos é predicativo do objeto direto (os amigos). Se substituíssemos esse objeto direto por um pronome pessoal, obteríamos:

    Sua atitude deixou-

    os perplexos.

     

    Note que perplexos se refere ao objeto, mas não faz parte dele.

    a) Somente os substantivos podem ser acompanhados de adjuntos adnominais; já os complementos nominais podem ligar-se a substantivos, adjetivos e advérbios. Assim, fica claro que o termo ligado por preposição a um adjetivo ou a um advérbio só pode ser complemento nominal. Quando não houver preposição ligando os termos, será um adjunto adnominal.

    b)  O complemento nominal equivale a um complemento verbal, ou seja, só se relaciona a substantivos cujos significados transitam. Portanto, seu valor é passivo, é sobre ele que recai a ação. O adjunto adnominal tem sempre valor ativo. Observe os exemplos:

    Exemplo 1 : Camila tem muito amor à mãe.

     

    A expressão "à mãe" classifica-se como complemento nominal, pois mãe é paciente de amar, recebe a ação de amar.

    Exemplo 2 : Vera é um amor de mãe.

    A expressão "de mãe" classifica-se como adjunto adnominal, pois mãe é agente de amar, pratica a ação de amar.

     

    Sóportuguês

  • Oq que custa botar a linha ? kkkkk 

     

  • Palhaçada não indicar a linha, isso é bem comum entre essas banquinhas. Pior que ainda tem babaca que defende, mandando o cara meter um CTRL+F. Quero ver se vai ter essa opção pra esse animal no dia da prova...

  • Se eu não me engano a resposta certa seria que esse trecho corresponde a uma oração adjetiva explicativa, porque o aposto não tem verbo, então as orações adjetivas é que equivalem ao aposto, ou seja, seriam um aposto com verbo. Alguém ajuda ai, por favor?

  • Existem orações subordinadas apositivas também, neste caso, há verbo ;]

  • questão c r e t i n a


ID
1449256
Banca
INAZ do Pará
Órgão
BANPARÁ
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Vocações
Luís Fernando Veríssimo.
Todos diziam que a Leninha, quando crescesse, ia ser médica. Passava horas brincando de médico com as
bonecas. Só que, ao contrário de outras crianças, quando largou as bonecas, não perdeu a mania. A primeira
vez que tocou no rosto do namorado foi para ver se estava com febre. Só na segunda é que foi com carinho.
Ia porque ia ser médica. Só tinha uma coisa. Não podia ver sangue.
“Mas, Leninha, como é que...”
“Deixa que eu me arranjo.”
Não é que ela tivesse nojo de sangue. Desmaiava. Não podia ver carne malpassada. Ou ketchup. Um
arranhãozinho era o bastante para derrubá-la. Se o arranhão fosse em outra pessoa ela corria para socorrê-la
– era o instinto médico – , mas botava o curativo com o rosto virado.
“Acertei? Acertei?”
“Acertou o joelho. Só que é na outra perna!”
Mas fez o vestibular para medicina, passou e preparou-se para começar o curso.
“E as aulas de Anatomia, Leninha? Os cadáveres?”
“Deixa que eu me arranjo.”
Fez um trato com a Olga, colega desde o secundário. Quando abrissem um cadáver, fecharia os olhos. A
Olga descreveria tudo para ela.
“Agora estão no fígado. Tem uma cor meio...”
“Por favor. Sem detalhes.”
Conseguiu fazer todo o curso de medicina sem ver uma gota de sangue. Houve momentos em que precisou
explicar os olhos fechados.
“É concentração, professor.”
Mas se formou. Hoje é médica, de sucesso. Não na cirurgia, claro. Se bem que chegou a pensar em convidar
a Olga para fazerem uma dupla cirúrgica, ela operando com o rosto virado e a Olga dando as coordenadas.
“Mais para a esquerda... Aí. Agora corta!”
Está feliz. Inclusive se casou, pois encontrou uma alma gêmea. Foi num aeroporto. No bar onde foi tomar um
cafezinho enquanto esperava a chamada para o embarque puxou conversa com um homem que parecia
muito nervoso.
“Algum problema?” – perguntou, pronta para medicá-lo.
“Não” – tentou sorrir o homem. “É o avião...”
“Você tem medo de voar?”
“Pavor. Sempre tive.”
“Então por que voa?”
“Na minha profissão é preciso.”
“Qual é a sua profissão?”
“Piloto.”
Casaram-se uma semana depois.

Na passagem “Não é que ela tivesse nojo de sangue”, a expressão de sangue está funcionando sintaticamente como:

Alternativas
Comentários
  • pode ser substituído por nojo sanguíneo portanto adj. adnominal.

  • Distinção entre Adjunto Adnominal e Complemento Nominal

    É comum confundir o adjunto adnominal na forma de locução adjetiva com complemento nominal. Para evitar que isso ocorra, considere o seguinte:

    a) Somente os substantivos podem ser acompanhados de adjuntos adnominais; já os complementos nominais podem ligar-se a substantivos, adjetivos e advérbios. Assim, fica claro que o termo ligado por preposição a um adjetivo ou a um advérbio só pode ser complemento nominal. Quando não houver preposição ligando os termos, será um adjunto adnominal.

    b)  O complemento nominal equivale a um complemento verbal, ou seja, só se relaciona a substantivos cujos significados transitam. Portanto, seu valor é passivo, é sobre ele que recai a ação. O adjunto adnominal tem sempre valor ativo. Observe os exemplos:

    Exemplo 1 : Camila tem muito amor à mãe.

    A expressão "à mãe" classifica-se como complemento nominal, pois mãe é paciente de amar, recebe a ação de amar.

    Exemplo 2 : Vera é um amor de mãe.

    A expressão "de mãe" classifica-se como adjunto adnominal, pois mãe é agente de amar, pratica a ação de amar.

    http://www.soportugues.com.br/secoes/sint/sint21.php

  • a)adjunto adnominal;

    Para diferenciar o complemento nominal do adjunto adnominal é preciso reconhecer a que termo se relaciona. Será complemento nominal se o elemento se relacionar com adjetivo ou advérbio.

    http://www.coladaweb.com/portugues/diferencas-entre-complemento-nominal-e-adjunto-adnominal

  • sustantivo concreto + preposição = adjunto adnominal

    adjetivo + preposição = complemento nominal

    sustantivo abstrato+ preposição  = complemento nominal

    sustantivo abstrato+ preposição DE = DEPENDE:

    SE FOR AGENTE = ADJUNTO ADINOMINAL (ex: o sangue causa o nojo, ou seja AGENTE= ADJUNTO ADNOMINAL)

    SE FOR PACIENTE = COMPLEMENTO NOMINAL

  • https://www.youtube.com/watch?v=tn2LgYf8WAY

  • CUIDADO COM OS COMENTARIOS, GENTE.

    Da onde vocês estao tirando que DE SANGUE é adjunto anominal?

    Pelo amor né, galera...

    quem tem nojo, tem nojo de alguma coisa, logo o termo DE SANGUE está completando o sentido do substantivo abstrato NOJO, portanto é COMPLEMENTO NOMINAL!!!!!!!

    GABARITO DA BANCA E DEMAIS COLEGAS ESTÃO ERRADOS! 

  • Banca fraquíssima. Não é o sangue que tem nojo, logo o termo "DE SANGUE" não é agente, mas sim paciente, portanto, complemento nominal

  • Tô fudido na prova dessa banca!!!

  • SE FOR AGENTE = ADJUNTO ADNOMINAL (ex: o sangue causa o nojo, ou seja AGENTE= ADJUNTO ADNOMINAL)

    SE FOR PACIENTE = COMPLEMENTO NOMINAL

  • Espero que os professores comentem logo essa bagunça. É CN ou é ADJ ADN, finalmente?

  • É o sangue que tem nojo? kkkkkkk 

  • pra mim é complemento nominal também

  • ADN? kkkkkkk ainda bem que errei está questão.

  • Complemento nominal, galera kkk