SóProvas


ID
2798056
Banca
FCC
Órgão
Câmara Legislativa do Distrito Federal
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

      As cirurgias plásticas nunca estiveram tão presentes e ao alcance como agora.

      A partir do barateamento dos recursos de reprodução de imagens em grande escala, ocorreu um fenômeno diferente, senão oposto, daquele proposto por Oswald de Andrade e pelo movimento antropofágico de 1928. Da antropofagia criativa, nós, consumidores, passamos para a “iconofagia”, a devoração indiscriminada de padrões de uma cultura universal de imagens pasteurizadas e homogeneizadas.

      A transformação do corpo em corpo-imagem é alardeada pelos mais diversos aparatos midiáticos como um avanço da medicina estética. Existem inúmeros veículos destinados a mostrar que nosso corpo não corresponde ao modelo imagético vigente e que cada um deve investir tempo e dinheiro para ficar “em forma”.

      O “corpo ideal” almejado por tantas mulheres (famosas ou não) faz parte de um ideal estético que Umberto Eco denominou “beleza da mídia”. Uma beleza “de e para o consumo” (de coisas ou imagens). Portar uma “beleza midiática” não significa ser saudável, mas ter uma imagem moldada para ser exposta.

      As diversas possibilidades de tornar o formato dos corpos reais o mais próximo possível da “beleza midiática” são artifícios de uma era iconofágica, de uma era de imagens que valem mais do que os corpos.

      Quando milhares de mulheres veem na mídia atributos esculpidos digitalmente, ou encontram nas celebridades exemplos de formatos corporais a serem seguidos, essas imagens não fazem outra coisa senão devorá-las diariamente.

      A “beleza midiática”, ou seja, tornar-se uma imagem poderosa, arrebata a mulher de forma avassaladora. Se há uma propriedade inerente às imagens, é sua capacidade de condensar e carregar sentidos, emoções e sentimentos, histórias, anseios, sonhos e projetos. Daí emerge seu enorme poder de captura.

(Adaptado de: SANCHES, Rodrigo Daniel e BAITELLO Jr, Norval. Folha de São Paulo.) 

A “beleza midiática” (...) arrebata a mulher de forma avassaladora.


No contexto, o verbo que possui o mesmo tipo de complemento daquele da frase acima está sublinhado em:

Alternativas
Comentários
  • "arrebata" = VTD

    "a mullher" = OD

    VERBO "HAVER" NO SENTIDO DE EXISTIR NÃO TEM SUJEITO (VERBO IMPESSOAL), TEM OBJETO DIRETO. 

    Logo, gabarito letra "C".

  • A “beleza midiática” (...) arrebata a mulher de forma avassaladora.


    Quem arrebata, arrebata ALGO, logo o verbo é TD e "a mulher" é o Objeto Direto.


    O verbo HAVER no sentido de existir é impessoal (não possui sujeito).

    Então perguntamos: o que há?

    ... há uma propriedade inerente às imagens... Objeto Direto.


    Gabarito letra C


    Bons estudos :)

  •  

    Pedi explicação ao professor, PORQUE queria saber se pensei correto.

    c) Se uma propriedade inerente às imagens

    É a uma oção com verbo transitivo direto?

     

  • Dai emerge o que? seu enorme poder de captura..

    o que está errrado? podem me ajudar?

  • Atentem-se à alteração da ordem natural das construções. A FCC afeiçoou-se a essa mudança a fim de obscurecer a questão. Em B, D e E os verbos são intransitivos, isto é, não demandam complemento, diferente do que ocorre com o verbo do enunciado, “arrebatar”, que é transitivo direto. Sendo assim, as três alternativas referidas podem ser eliminadas. No que se refere à alternativa A, existe um verbo de ligação, “estar”, o que não tem objeto. Resta-nos alternativa C, o gabarito. Note que o verbo “haver”, a despeito de sua impessoalidade, possui objeto. 

     

    Letra C

     

     

  • Mais uma questão que brinca com Objeto Direto (OD), Verbo Instransitivo e Sujeito. 
    Arrebata pede OD --> a mulher de forma...
    Deve-se encontrar o verbo que tem um OD.
    Cuidado com verbos intransitivos na ordem inversa, que parecem possuir OD, mas na verdade são sujeitos da oração!

  • A beleza midiática arrebata (o que?) VTD > a mulher....(od)


    A) VL

    B)VI

    C) VTD

    D)VI

    E)VI

  • No trecho "A beleza midiática (...) arrebata a mulher de forma avassaladora", o verbo "arrebatar" é transitivo direto, regendo um complemento não introduzido por preposição, o objeto direto "a mulher". 

     

    O mesmo tipo de complemento é encontrado na assertiva (C). Em "Se há uma propriedade inerente às imagens", o verbo "haver" é impessoal, sendo transitivo direto, cujo complemento é o sintagma "uma propriedade". Sendo assim, a opção (C) é a resposta.

     

    Nas demais opções:

     

    a) a forma verbal "estiveram" é intransitiva;

     

    b) o verbo "emergir" é intransitivo;

     

    d) novamente encontramos em "existir" um verbo intransitivo;

     

    e) mais uma vez, temos um verbo intransitivo em "ocorreu um fenômeno diferente".

    FONTE: Professor Fabiano Sales

  • Acertei a questão, mas ela não é tão fácil como parece. A frase usada de modelo para ter verbo bitransitivo.

  • Até a  presente data (01/04/2019) NÃO EXISTE NENHUMA questão de  português comentada pelos professores . Um absurdo. O QUE está acontecendo com o QC? Indiquei uma questão do TRT SP, cuja prova foi aplicada ano passado e NADA de comentário. Vida longa TEC CONCURSOS.

  • Resuminho básico com as informações principais:

    Verbos de ligação: Ser, estar, continuar, andar, parecer, permanecer, ficar e tornar-se

    Verbo intransitivo: Fenômenos da natureza, não necessitam de complemento (exceto no seu sentido figurado)

    VTD: complemento direto, ou seja, temos Objeto direito

    VTI: complemento indireto, ou seja, Objetivo indireto (proposição)

  • Daí emerge seu enorme poder de captura. (VERBO INSTRANSITIVO)

    Não exige complemento, então não confundir SUJEITO COM OBJETO!!

    Daí seu enorme poder de captura emerge.

    .

    Se há uma propriedade inerente às imagens... (OBJETO DIRETO)

    Não confundir verbo impessoal, com verbo intransitivo!!

    Há, o quê? Uma propriedade...

    .

    Existem inúmeros veículos destinados a mostrar que... (VERBO INTRANSITIVO - SUJEITO)

    O que existem? inúmeros veículos...

    Inúmeros veículos destinados a mostrar *isso* existem

  • Seguindo o passo a passo da análise sintática em uma oração, devemos primeiramente perguntar para o verbo quem é o seu sujeito. Ora, ao se fazer a pergunta “O quê ou quem arrebata?”, a resposta é “A ‘beleza midiática’”.

    Na sequência, devemos ir em busca dos complementos verbais. Ora, no caso “quem arrebata arrebata algo ou alguém”. Dessa forma, identificamos no termo “a mulher” um objeto direto, o que faz com que classifiquemos o verbo como transitivo direto.

    Analisemos as opções:

    Letra A – ERRADA – A forma verbal “estiveram” é de ligação e está acompanhada do predicativo do sujeito “presentes”.

    Letra B – ERRADA – A forma verbal “emerge” é intransitiva. Tem como sujeito “seu enorme poder de compra”.

    Letra C – CERTA – A forma verbal “há” possui sentido de “existe”, sendo, portanto, impessoal. Não há sujeito e o tremo “uma propriedade inerente às imagens” atua como objeto direto. Note que o termo “às imagens” não é objeto indireto, e sim complemento do nome “inerente”. A forma verbal é, portanto, transitiva direta.

    Letra D – ERRADA – A forma verbal “Existem” é intransitiva e possui como sujeito “inúmeros veículos...”.

    Letra E – ERRADA - A forma verbal “ocorreu” é intransitiva e possui como sujeito “um fenômeno diferente...”.