SóProvas


ID
2813935
Banca
COPS-UEL
Órgão
Câmara de Cambé - PR
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto a seguir e responda à questão.


Exemplos de honestidade


“Fui cortar a luz de uma residência, pois estava para vencer o terceiro talão. Antes de sair, quando encerrava o serviço no tablete, um menino me pediu R$ 1 para comprar doces. Como só tinha R$ 5, dei a nota e falei para ele dividir com os dois irmãos. No fim da tarde, ao voltar para religar a energia, ele me esperava todo feliz. Achei que era por causa da luz, mas ele se aproximou e disse ‘ainda bem que você veio’, abriu a mão e me deu R$ 2. Falou que era meu troco”.

Em um país que se depara constantemente com casos de corrupção e de inversão de valores, a história do eletricista João Cândido da Silva Neto acaba se transformando em exceção. O episódio com o funcionário da Copel (Companhia Paranaense de Energia) aconteceu entre setembro e outubro de 2016, em Santo Antônio da Platina, porém foi compartilhado somente dois dias depois do Dia das Crianças de 2017. “Gosto de registrar o que acontece no meu dia a dia, então escrevi isto e guardei. Como vi a situação da família, que está passando por dificuldades, resolvi postar no Facebook na expectativa de que meia dúzia de colegas de trabalho viesse ajudar”, explica Neto.

O que ele não esperava, porém, é que a meia dúzia se transformasse em milhares e que o caso repercutisse em todo o Brasil. “Na data em que fiz o post, meu celular não parava de receber notificações durante a noite. Fiquei meio sem entender o porquê. No outro dia, quando vi, já estava com milhares de acessos”. Para o eletricista, essa comoção retrata o sentimento que teve ao receber o inesperado troco da criança. “Na hora em que ele me deu o dinheiro, ‘a ficha não caiu’. Mas depois parei e percebi o quanto a atitude daquele menino havia sido grandiosa. O quão honesto era aquele singelo gesto”, acredita. “Cheguei à conclusão de que temos uma geração linda que está vindo para melhorar nossa sociedade”.

A origem do menino Alessandro Júnior, entretanto, mostra que a atitude que teve é reflexo da vida simples e baseada em valores que leva junto com a família. Para Alessandro Monteiro Sousa, pai do garoto, o gesto do filho é motivo de orgulho, mas principalmente de certeza de que ele aprendeu a relevância de ser honesto e ter caráter. “Fazemos de tudo para criar nossos filhos com educação. Busco passar para eles os valores que recebi quando era criança. Não somos ricos, porém o que temos é nossa dignidade e nossos valores. Dinheiro nenhum vale mais que isso”, ressalta.


(Adaptado de: MARCONI, P. Exemplos de honestidade. Folha de Londrina, 4 e 5 de novembro de 2017. Folha Especial. p. 8.)

Com base no trecho “Cheguei à conclusão de que temos uma geração linda que está vindo para melhorar nossa sociedade”, considere as afirmativas a seguir.

I. A partícula “que” é um pronome relativo com antecedente expresso.
II. A crase é obrigatória e a partícula “que” retoma a expressão “uma geração linda”.
III. A crase é facultativa e a partícula “que” retoma a expressão “uma geração linda”.
IV. A crase é obrigatória e a partícula “que” retoma o termo “conclusão”.

Assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • Correta, A

    (I) A crase é obrigatória, pois quem chega, chega A algum lugar.

     

  • Há três casos em que o uso do acento grave é facultativo:

    . diante de nomes de pessoas do sexo feminino

    . diante de pronomes possessivos femininos

    . depois da preposição até

     

  • Crase facultativa Até Sua Maria sabe!

    Até 
    Sua - pronome possessivo feminino
    Maria - nomes próprios feminininos

    Aprendi esse macetinho aqui no qconcursos. Infelizmente não lembro quem postou.

  • 1. O verbo chegar é intransitivo, não necessitando de complementos verbais, com os seguintes sentidos:

    a) Quando indica a ação completa de ir a algum lugar.

    Ele ainda não chegou.

    Você chegou cedo hoje!

    b) Quando indica o ato de acontecer, tendo início no tempo.

    O verão chegou!

    As férias já chegaram!

    2) O verbo chegar apresenta uma transitividade indireta, estabelecendo regência com a preposição "a" com os seguintes sentidos:

    a) Quando indica o ato de se aproximar de um lugar para onde se foi.

    Cheguei ao aeroporto às duas da manhã.

    Ninguém chegou à festa na hora marcada.

    b) Quando indica o ato de atingir ou alcançar um determinado intuito, valor ou importância.

    Chegamos ao fim do trajeto.

    A dívida do condomínio chega a vinte mil reais.

    Você nunca chegará aos pés dele.

    Fonte: https://www.conjugacao.com.br/regencia-do-verbo-chegar/

  • QUANTO AO "QUE" - ...temos uma geração linda que está vindo para melhorar nossa sociedade.

     

    Substituindo o pronome relativo QUE pelo o seu antecedente, termos:

     

    Uma geração linda;

    O QUE está vindo? uma geração linda (Objeto Direto)

     

    Está vindo (verbo vir)

  • Boa dica Vinícius, a crase é tranquila, com exceção dos casos facultativos ... agora acho que dá pra memorizar.

    Vlw - Até Sua Maria

  • Eu cheguei é intransitivo.

    A crase é obrigatória porque o termo "à conclusão" trata-se de uma locução feminina.


    Abs.

  • Usos do QUE

    - Um rapaz procurou Sócrates e disse-lhe que precisava contar-lhe algo sobre alguém. (conjunção integrante). Que = isso= integrante

    - Sócrates ergueu os olhos do livro que estava lendo e perguntou: (pronome relativo) Que = qual = pronome relativo

    - O que você vai me contar já passou pelas três peneiras? (pronome interrogativo).

     

    MANDAMENTOS DA CRASE

    1- Diante de pronome, crase passa fome.>> Dirigi-me a ela.>>Refiro-mo a esta carta.>>Refiro-me a certa valsa.>>Falei a Vossa Santidade.>>>Conheço a moça cuja mãe faleceu.

    2- Diante de Masculino, crase é pepino.>>>> Pinto a óleo.

    3- Diante de ação, crase é marcação.

    4- Palavras repetidas: Crases proibidas.>>>Cara a cara; dia a dia. >>Exceção: caso em que há crase devido à regência dos verbos transitivos diretos e indiretos declarar dar:

    "É preciso declarar guerra à guerra!" / "é preciso dar mais vida à vida."

    5- “A” + “Aquele” = Crase nele!>>>Fomos àquele encontro.

    6- Vou a, volto da, então crase há! (Vou à Bahia e volto da Bahia)

    7- Vou a, volto de, crase para quê? (Vou a Curitiba e volto de Curitiba)

    8- Diante de cardinal, crase faz mal.>>>> Volto daqui a três dias.

    9- Quando for hora, crase sem demora.>>Foi estudar às 15h.

    10- Palavra determinada, crase liberada.>>

    11- Sendo à moda de, crase vai vencer.>>Jantou à moda da casa.>>Fez um gol à Pelé

    12- Adverbial, feminina e locução! Manda crase, meu irmão!

    13- Artigo no singular e substantivo no plural? Crase nem a pau! →respondem (à) a demandas legítimas, ou ...às legítimas.

    Mas por que crase nem a pau? Crase é, em regra, união de duas vogais "a": preposição "a" + artigo definido feminino "a".

     Na construção "respondem a demandas legítimas" temos apenas a preposição "a", não temos o artigo definido feminino, por isso crase nem a pau! E como eu sei que nessa frase só tem a preposição "a"? Muito simples: você diz "a cadeiras são bonitas" ou "as cadeiras são bonitas"?

    O artigo precisa concordar com o termo que ele define. Assim, se na construção "respondem as legítimas" tivesse artigo definido feminino, a frase estaria assim: respondem a + as demandas legítimas = respondem às demandas legítimas.

    14- Não se usa crase antes de verbo.>>>> Estou disposto a passar.

    15- Não se usa crase antes de artigo feminino indefinido>>>>Referia-me a uma valsa.

    16- Palavra indefinida -> crase tá fodida.

    Quando a crase será facultativa?

    1) Diante de nomes próprios femininos. >>>Sergio entregou o vinho à(a) Isabela.

    2) Diante de pronome possessivo feminino no singular. Minha, tua, vossa, nossa.  Respondi a sua irmã./Respondi à sua irmã.

    Sergio atribuiu confiança à sua luta diária.

    3) Diante de pronomes de tratamento. >>>>Senhora, Senhorita

    Cuidado! Antes de nomes de mulheres célebres, de Dona e Madame NÃO pode crase>>>Sorriu e falou a Dona Marta seus desejos.

    4) Depois da preposição até. Ex.: Sergio foi até à(a) árvore.​

  • Alguém errou por falta de atenção de qual das duas partículas QUE eles estavam pedindo?

  • Que Legal Luciano!

    Gostei muito das dicas, divertidas.

  • Como confundiram se está sublinhado no trecho!?

  • GABARITO A

    CASOS FACULTATIVOS DE CRASE

    - Diante de nomes próprios femininos:

    Entreguei o cartão Paula.

    Entreguei o cartão à Paula.

    - Diante de pronome possessivo feminino:

    Cedi o lugar minha avó.

    Cedi o lugar à minha avó.

    ATENÇÃO: Quando o pronome possessivo for substantivo ( ou seja, aquele que substitui um substantivo) a crase é obrigatória! Ex: enviaram uma encomenda a (à) nossa residência, não à sua.

    - Depois da preposição até:

    Fui até a praia.

    Fui até à praia.

    bons estudos

  • As próprias alternativas II e III se excluem.

    onde uma estiver a outra não pode estar, neste casa já se elimina D e E.

    o "que" não retoma "conclusão", e sim "geração linda".

    Alternativa "A"