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ID
2815924
Banca
FCC
Órgão
Câmara Legislativa do Distrito Federal
Ano
2018
Provas
Disciplina
Arquitetura
Assuntos

Eugène Emmanuel Viollet-le-Duc (1814-1879) é um autor sempre presente quando se aborda o tema do restauro. Entre suas mais conhecidas formulações sobre restauração, pode ser citada a seguinte, de grande atualidade: agir somente em função das circunstâncias, pois princípios absolutos podem levar ao absurdo. A respeito de suas ideias, é correto afirmar:

Alternativas
Comentários
  • Ao mesmo tempo em que seu reconhecimento crescia por sua atuação no campo da restauração, sua obra teórica também tomava corpo, discorrendo sobre o papel do arquiteto e suas condições de trabalho e elaborando documentos técnicos que ensinavam desde técnicas medievais de entalhe de pedra e rejunte, até formas de levantamento, verificação e análise de patologias e indicação de técnicas de restauro. Nesses escritos demonstrava grande conhecimento sobre arquitetura e construção, especialmente da arquitetura medieval, e uma forte preocupação com a adequação de formas, materiais, funções e estruturas que, na concepção de um projeto de restauro, deveriam formar um “sistema lógico, perfeito, e fechado em si” (p. 17) de forma a estabelecer o “modelo ideal” e retornar o edifício a “um estado completo que pode não ter existido nunca em um dado momento” (p. 29). Para isso, fazia uma análise profunda de como teria sido feito o projeto original se detivesse todo o conhecimento e experiência da época da concepção, concebia o “modelo ideal” e impunha sobre a obra esse esquema já montado. Por isso em sua obra muitas vezes percebe-se a falta de respeito pela matéria e pelas modificações sofridas pelo edifício ao longo do tempo, pois “acertava os defeitos” buscando a pureza de estilo através da retomada do projeto original ou, como aconteceu em diversas obras, reconstituía edifícios inteiros a partir desse “modelo ideal” resultando em um edifício completamente diferente do original


    Fonte: http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/resenhasonline/04.044/3153

  • c) Camillo Boito

    e) Viollet-Le-Duc GABARITO

    “Cartas de Restauro” – Fundamentação Teórica do Restauro

    https://5cidade.files.wordpress.com/2008/04/fundamentacao-teorica-do-restauro.pdf

    TENDÊNCIAS ROMÂNTICAS

    Segue-se, então, um período que vai desde a primeira metade do século XIX até ao primeiro decénio do século XX, dominado por dois teóricos de tendências românticas opostas, Eugéne Viollet-Le-Duc e John Ruskin. Com Viollet-Le-Duc chega-se ao considerado restauro estilístico, em que se convida o restaurador a penetrar na mentalidade do arquitecto original e a executar projectos que, talvez, o construtor medieval nunca tivesse concebido. Viollet-Le-Duc desenvolve as suas ideias em 1858 no seu Dictionnaire raisonnè d’architecture em que se exprime dizendo “Restaurar um edifício não é, de facto, mantê-lo, repará-lo o refazê-lo, é o seu restabelecimento num estado completo que pode mesmo nunca ter existido num dado momento”. Tais princípios levaram frequentemente a operações de restauro totalmente arbitrárias e à falsificação de numerosas obras de arte em que os seus elementos originais foram, por vezes, sacrificados sem quaisquer escrúpulos.

    Pelo contrário, John Ruskin, testemunha do desenvolvimento da Inglaterra e das transformações da Europa na sequência da Revolução Industrial tinha grandes dificuldades em aceitar estas alterações e, no campo da arte, recusou todas as inovações que as novas descobertas científicas e tecnológicas poderiam trazer. Ruskin afirma que o monumento deve permanecer como está, não deve sofrer nenhuma intervenção a posteriori, nem deve ser tocado, deve ser deixado morrer serenamente mas procurando-se distanciar esse dia fatal por meio de uma contínua manutenção.

    Para Ruskin, o restauro como conservação é uma mentira porque substituindo-se as pedras antigas destrói-se o monumento e obtém-se apenas um modelo do velho edifício

  • Gab. E

    complementando...

    Alguns dos principais nomes do Restauro:

    Viollet-le-Duc:(1814- 1879)

    “Restaurar um edifício não é mantê-lo, repará-lo ou refazê-lo, é restabelecê-lo em um estado completo que pode não ter existido nunca em um dado momento.

    Busca a pureza do estilo (faz reconstituição daquilo que teria sido feito, uma reformulação ideal do projeto).

    John Ruskin (1819-1900)

    Contemporâneo a Viollet-le-Duc, mas com idéias totalmente antagônicas,representante da teoria romântica, ou da restauração romântica, que defende a intocabilidade do monumento degradado.

    O autor considera o restauro uma "necessidade destrutiva" e acreditava que se preservássemos nossos edifícios não seria necessário essa restauração. Esse processo resultaria em uma imitação da arquitetura passada carregando em si uma réplica e um falso histórico, já que essa nova faceta pertenceria a uma nova época o tudo isso afetava sua autenticidade, seus valores evocativos e poéticos

    Camillo Boito (1836-1914) - o teórico moderado do restauro

     Ele formulou teorias influenciadas por inúmeros aspectos, conhecidas como restauro “científico” ou “filológico”, que resultaram numa espécie de meio-termo entre as conflitantes mais discutidas na época sobre restauração: as do francês Viollet-le-Duc e as do inglês John Ruskin.

    Gustavo Giovannoni (1873-1947)

    “Seguidor” de Camillo Boito, o notável Gustavo Giovannoni é um dos principais , se não o mais importante, nome da teoria do restauro científico.

    Giovannoni foi considerado como um dos mais importantes mediadores da Conferência de Atenas de 1931: CARTA DE ATENAS: Primeiro documento internacional que considera universais algumas regras de proteção e salvaguarda de monumentos.

    Cesare Brandi (1906-1988)

    Em 1961, Cesare Brandi, historiador da arte e diretor do Instituto Centrale del Restauro publica a Teoria del Restauro. Ele defende a importância dos valores estéticos da obra e diz que eles devem ser levados em conta nas tomadas de decisão nos procedimentos de restauro. A Carta del Restauro de 1972, incorpora as teorias de Brandi. A conscientização da importância que tem a preservação do patrimônio cultural na compreensão da nossa própria história tem aumentado cada vez mais.

  • Apenas uma observação para a CESPE

    Assertiva A, segunda oração... Iniciar a oração com pronome oblíquo foi de f*der..