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ID
2838145
Banca
COMVEST UFAM
Órgão
UFAM
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Assinale a alternativa em que a pontuação NÃO se apresenta correta:

Alternativas
Comentários
  • VÍRGULA

    A vírgula serve para marcar as separações de sentido entre termos vizinhos, as inversões e as intercalações, quer na oração, quer no período, ou seja: separa termos dentro da oração ou orações dentro do período.


    é importantíssimo esclarecer que entre sujeito e verbo não pode haver vírgula, da mesma forma que entre verbo e complemento. Todavia, caso haja um termo intercalando aquelas funções, a orientação gramatical indica o seu isolamento;

    – conjunção: Ex.: Ele disse, todavia, a verdade. 

    – aposto: Ex.: Pelé, Rei do Futebol, foi demitido do Santos.



  • Na letra C, a vírgula não estaria meramente funcionando para determinar uma oração com sentido explicativo? Implica erro, sem contexto de texto de apoio, necessariamente?

  • C ) Nos tempos antigos, os viajantes tinham ,como modelo, os heróis, cujas façanhas apareciam nas mitologias.

    acho que faltou vírgula entre COMO MODELO. Entendi assim: tinham não pede COMO MODELO, logo parece um aposto de heróis deslocado.


    a ordem correta seria : Nos tempos antigos, os viajantes tinham os heróis como modelo, cujas façanhas apareciam nas mitologias. ( arrisco em dizer até que MODELO era pra tá no plural pra concorda com heróis).


    ajuda aí moçada....

  • O erro da C é porque a vírgula não pode separar orações adjetivas restritivas: os viajantes tinham como modelo os heróis, (não pode) cujas façanhas apareciam nas mitologias. A oração classifica o termo anterior, dá uma característica aos heróis, mas fazendo restrição (não é qualquer tipo de herói) e por isso é uma adjetiva restritiva.

  • Questão ao meu ver passível de anulação, uma vez que, dependendo do contexto em que está inserida, cabe sentido tanto explicativo quanto restritivo na oração da Letra C.

  • 'Rodrigo de Sá Nogueira, em Guia Alfabética de Pontuação (Lisboa, Clássica Editora, 1989, pág. 31/31), define um preceito sobre o emprego de vírgula com cujo, mas admite excepções:

    «Como pronome relativo, equivalente a "do que", "do qual", a forma "cujo" (bem como as suas flexões "cuja", "cujos", "cujas", equivalentes respectivamente a "da qual", "dos quais", "das quais") inicia orações de valor adjectivo. Por isso, visto que os adjectivos não devem ser separados por vírgulas dos substantivos que qualificam ou determinam, em princípio a forma "cujo" (bem como as respectivas flexões), pronome relativo, não deve ser precedida de vírgula, embora ela inicie orações. Não obstante isso, quando uma oração relativa de "cujo" constitui uma expressão intercalada, a forma "cujo" é precedida de vírgula. Ex.: "Vi o homem cujo filho é bom"; "o homem, cujo filho é bom, partiu ontem para o Porto".»

    Diga-se que o caso de oração intercalada em que a vírgula é aceite por Sá Nogueira é, no fundo, o de uma oração relativa apositiva e não o de uma relativa restritiva. Esta diferença é mais bem observada quando ocorre o pronome que:

    (1) «Vi o homem que tem dois filhos geniais a dizer disparates.»/«Vi o homem cujos filhos são geniais a dizer disparates.»

    (2) «Vi o homem, que tem dois filhos geniais, a dizer disparates.»/«Vi o homem, cujos filhos são geniais, a dizer disparates.»

    Em (1), acontece que as orações «que tem um bom filho» e «cujo filho é bom» restringem a significação de «o homem», tornando-se como que características essenciais da pessoa que for referente desta expressão. Em (2), as mesmas orações relativas dão informação acessória, porque «o homem» equivale a uma entidade já bem caracterizada pelo contexto (situacional ou textual); como tais orações funcionam como um aposto, diz-se que são apositivas.

    Em relação à frase do consulente, a oração relativa «cujos proprietários estão ausentes» define um dos tipos de automóvel existentes na rua. Sendo assim, a vírgula não é de aconselhar: «Há automóveis na rua cujos proprietários estão ausentes.» Contudo, esta frase acaba por gerar ambiguidade, porque «cujos proprietários estão ausentes» pode referir-se a «rua». Para evitar esta interpretação, é melhor alterar a ordem do constituinte «na rua»: «Na rua, há automóveis cujos proprietários estão ausentes'

    in Ciberdúvidas da Língua Portuguesa, https://ciberduvidas.iscte-iul.pt/consultorio/perguntas/a-virgula-antes-de-cujo/23873 [consultado em 03-02-2020]

  • Peçam comentário ao professor