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ID
284278
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2009
Provas
Disciplina
Relações Internacionais
Assuntos

Na presente década, o enfrentamento ao terrorismo internacional
tornou-se preocupação de segurança na agenda global,
impulsionado, em grande medida, pelos atentados de 11/9/2001
e pelas pressões norte-americanas por um firme engajamento da
comunidade internacional em tal sentido. Com relação a esse
assunto, julgue os itens seguintes.

Ao ratificar a Convenção Interamericana de Combate ao Terrorismo firmada no âmbito da Organização dos Estados Americanos, o Brasil, de maneira pragmática, optou por concentrar regionalmente seus esforços de cooperação na luta contra o terrorismo, por não se considerar alvo ou palco privilegiado do terrorismo internacional.

Alternativas
Comentários
  • Exatamente o contrário: a ideia postulada é de combate ao terrorismo em forma de cooperação entre Estados - e não em concentração regional, conforme proposto pela assertiva.
    O Brasil ratificou essa Convenção supra citada (em 2005), tendo como base o princípio de segurança coletiva na América, consagrado na Declaração sobre Segurança das Américas (de 2003).
    E um dos princípios dessa Carta é:

    4. Afirmamos que nossa cooperação para enfrentar as ameaças tradicionais e as novas ameaças, preocupações e outros desafios à segurança também se fundamenta em valores compartilhados e enfoques comuns reconhecidos no âmbito hemisférico.
  • Terrorismo é uma procupação brasileira.

  • Errada - Há dispositivo constitucional que trata da questão do terrorismo, como não seria uma preocupação do país?

  • Errado.

    O item está incorreto porque o Brasil não optou por concentrar regionalmente seus esforços ao combate do terrorismo internacional, ao contrário, a atuação brasileira a nível global no combate ao terrorismo é destaque na ONU. Vale ressaltar que o Brasil, em 2004, ratificou a Convenção Interamericana contra o Terrorismo, adotada em 2002 pela OEA. Além disso, o Brasil foi responsável pela iniciativa de invocar o TIAR no pós 11/9 para a rediscussão do sistema interamericano de segurança e pelo lançamento da resolução “Ameaça Terrorista nas Américas”. A resolução, no âmbito do órgão de consulta do TIAR, considerou os atentados aos Estados Unidos um ataque aos países americanos e determinou a assistência de todos para enfrentar o terrorismo. Nota-se o interesse brasileiro, a partir desta iniciativa, em relacionar a reação aos ataques do 11/9 a uma lógica jurídica e multilateral.

    fonte : 7000 questões do cespe

  • Destaque para o foro de cooperação para combate ao terrorismo na tríplice fronteira (Mecanismo 3 + 1), entre Brasil, Argentina, Paraguai + EUA, criado em 2002. Em junho de 2019, o grupo foi "reeditado", com o lançamento de um grupo de coordenação antiterrorista para vigiar a Tríplice Fronteira entre os três países latino-americanos.

    Sabe-se que a Tríplice Fronteira é uma região turbulenta onde, de acordo com diversos serviços de espionagem, a organização libanesa Hezbollah arrecada fundos para suas atividades no continente. 

  • A alternativa está errada principalmente porque o Brasil defende o combate ao terrorismo como problema mundial, sendo signatário de convenções internacionais não apenas em nível regional (na questão, "regional" refere-se ao sistema americano de concertação e cooperação (americano = das Américas) ou, se preferir, ao sistema hemisférico (também aqui quer-se dizer o conjunto das Américas)). Exemplos de acordos multilaterais assinados e ratificados pelo Brasil que vão além da região: (no âmbito da ONU), (tb no âmbito da ONU).