SóProvas


ID
2894086
Banca
IESES
Órgão
Prefeitura de São José do Cerrito - SC
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                             BOBAGENS

                             Por: Sírio Possenti. 07 de abril de 2017. Disponível em:

 http://www.cienciahoje.org.br/noticia/v/ler/id/4923/n/bobagens Acesso em

                                                                                                  07 mai 2017


      Sérgio Rodrigues saudou, há algumas semanas, em sua coluna na Folha de S. Paulo (16/3), decisão da Rede Globo de não mais empregar (e exigir que se empregasse) a expressão ‘risco de morte’ no lugar da conhecida ‘risco de vida’. Quando impingiu a novidade – o que fez escola em outras emissoras e afins –, o argumento da empresa foi que não há risco de vida, entendida a expressão como ‘risco de viver’, mas sim risco de morte, isto é, de morrer.

      Que asneira!

      Mas andam por aí coisas semelhantes. Há poucos dias, até mesmo Carlos Heitor Cony, veterano escritor que sabe latim, andou cravando, também em sua coluna na Folha de S. Paulo (26/3), que ‘cadáver’ é palavra composta das primeiras sílabas de caro data vermibus, que quer dizer ‘carne dada aos vermes’.

      Que besteira!

      (Acrescente-se que quem pensa que a palavra deriva do sintagma português, como já ouvi – e de um médico! –, deveria alterar a palavra para ‘cardaver’).

      Outros ‘sábios’ espalham por aí provérbios modificados, para ‘terem sentido’, como “quem não tem cão caça como gato”, em vez de ‘com gato’, o que, paradoxalmente (mas eles não se dão conta!), tira do provérbio todo o sentido, porque ele quer dizer exatamente que, se não se tem uma arma poderosa (metafórica), tenta-se fazer o serviço com outra, mesmo que seja menos poderosa. A única maneira de ‘anular’ esse provérbio seria mostrar que o cão nunca foi considerado mais eficaz na caça do que o gato.

      No caso, ter-se-ia que apelar, talvez, para um muar.

      Já ouvi (em diversos lugares, mas também de uma coordenadora de um curso de pós-graduação em educação, por este Brasil afora!!) que ‘aluno’ quer dizer ‘sem luz (e por isso os professores são importantes blábláblá).

      É verdade que existe um prefixo a-, com sentido de negação (como em ‘amorfo’ – sem forma). Mas, para que a análise funcione, é preciso que o que sobra seja um morfema, que tenha sentido sistematicamente, como ocorre com ‘morfo’ (morfologia etc). Mas o que é ‘luno’? Não me digam, por favor, que é uma variante de ‘lume’ (ou mesmo de ‘luz’), porque, para que fosse, seria preciso sustentar essa equivalência na língua; por exemplo, mostrar que ‘alumiar’ seja sinônimo de um hipotético ‘alunar’, que significaria tirar a luz, apagar. Ora, ‘alumiar’ quer dizer exatamente o contrário...

      Que sandice!

      No fundo, naquelas teses sem sentido jaz uma ideologia: as palavras se referem – ou, pelo menos, se referiram, em alguma idade do ouro – diretamente às coisas.

      Quem combate bem essa tese e descarta tal ‘bobajório’, com explicações adequadas, devidas à mudança de critérios – a língua tem uma ordem própria, é uma ‘gramática’ que explica esses casos, não uma nomenclatura –, é Oswald Ducrot, num livrinho intitulado Estruturalismo e linguística (São Paulo, Cultrix). [...]

      O que se segue, no livro, é ainda melhor. Mas alguém lê textos assim, quando pode fazer sucesso repetindo crendices (e sandices) na TV, em palestras e, agora, no Facebook?

                                                                                                Sírio Possenti

            Departamento de Linguística - Universidade Estadual de Campinas

Avalie a análise feita sobre algumas das palavras do texto e assinale a única INCORRETA:

Alternativas
Comentários
  • Respondi e o QC disse que o gabarito é D, contudo caça não é homógrafo (mesma escrita) que cassa. Pra mim a B seria a correta.

    PS.: Homófonos (mesmo som) seria uma característica de cassa e caça.

  • Pois é, a questão pediu a incorreta

  • Nas palavras caça e cassa para serem homonimas teria que haver mudança de classe de palavras, o que não aconteceu, as duas são verbos

  • Gabarito: incorreta é a D, caça e cassa são homônimos homófonos (mesmo som) e não homógrafos (mesma grafia).

  • Letra D, pois são homônimos homófonos, ou seja, são iguais na pronúncia e diferentes na escrita.

  • Passível de anulação. A C diz que saldou e saudou tem grafias parecidas, porem uma é com U e outra é com L.

  • Questão passível de anulação. A afirmação da letra B também está incorreta, pois, as palavras “coluna”, referindo-se à coluna do Jornal e “coluna”, indicando parte do corpo são palavras Polissêmicas, ou seja, mesmo som e mesma grafia, sem alterar a classe gramatical, substantivos.

  • Homônimo ou homónimo é uma palavra que tem a mesma pronúncia e/ou a mesma grafia que outra, mas que possui um significado diferente desta

  • Meu amigo Peterson, a questão pede a alternativa INCORRETA

  • , prestem atenção! está pedindo a errada!

  • GABARITO D

    Homônimos homógrafos: é quando a pronúncia e a grafia são iguais, o que não aconteceu com a alternativa D.

  • anulaçao nada, parem de chorar, responde a certa e acabou

  • na letra C, saudou e saldou não seriam homônimas homófonas ao invés de parônimas? Ao meu ver as opçoes c e d estão incorretas.

  • Na verdade existem 2 gabaritos. 

    saudou e saldou não são parônimas e sim homônimas homófonas.

    C e D estão incorretas.

  • As palavras saudar e saldar apresentam a mesma fonética, ou seja, são pronunciadas de forma igual, mas seus significados e escritas são diferentes. A este tipo de palavras chamamos palavras homófonas.

    portanto a letra C e D estão erradas!!

  • A alternativa C também está incorreta.

    As palavras "saudou" e "saldou" são homônimas homófonas, ou seja, possuem mesma fonia (pronúncia iguais), mas grafias (escritas) e sentidos diferentes.

  • A palavra caça, presente no texto, tem um homônimo HOMÓFONOS em uma construção como: “o juiz cassa o cargo”.

  • A letra C não está incorreta. Ela nem menciona o fato de ser ou não ser homófona. Só fala sobre parônimo. Está correta sobre essa perspectiva. Temos que refletir apenas sobre o que a questão pergunta. Não está pedindo outras classificações. Cuidado para não induzir os colegas a erro. Procurem a resposta antes de escrever. Bons estudos!

    Parônimo:  Que ou palavra que tem pronúncia e grafia muito semelhante a outra ou outras, mas que tem significado diferente (ex.: palavras .parônimas; absorção e adsorção são .parônimos).

  • Acredito que a letra B também esteja incorreta. Coluna (de jornal) e coluna (espinha dorsal) não é um caso de polissemia (quando uma palavra tem diversos significados, desenvolvidos a partir de uma única origem)? Acho que não tem a ver com homonímia. Os homônimos perfeitos (ou homófonas homográficas), pelo que estudei, são palavras "coincidentemente iguais", de origens distintas.

    Ex.: bota (calçado) e bota (verbo botar)

    como (conjunção) e como (verbo comer)

    manga (fruta) e manga (camiseta)

    verão (substantivo) e verão (verbo ver), entre muitas outras

    O caso da palavra "coluna" é com relação à origem da palavra, cujo significado original foi adaptado para outras interpretações. Coluna (vertebral), coluna (de jornal), coluna (pilar), coluna (de soldados), sempre no sentido de verticalizar.

    Aqui tem uma explicação melhor, simples e rápida, na seção Polissemia e homonímia:

    https://www.normaculta.com.br/polissemia/

    Já o saldar e saudar, na minha opinião, não são parônimas, pois palavra parônimas são escritas e pronunciadas de formas parecidas (não iguais). Quando são pronunciadas de formas iguais (mesma fonética) e escritas de formas parecidas, são homófonas heterográficas (ou somente homófonas).

  • Na real que essa questão só tem uma alternativa correta kkk

  • Letra "D" incorreta. Homônimo homógrafo = mesma grafia e pronúncia diferente. Ex: molho (ô) = infusão de especiarias e molho (ó) = coletivo de chaves.

  • Homônimos

    São palavras que apresentam igualdade ou semelhança fonética (relativa ao som) ou igualdade gráfica (relativa à grafia), porém com significados distintos. Dada essa particularidade, temos que os homônimos se subdividem em três grupos.

    Homógrafos – São aquelas palavras iguais na grafia, mas diferentes no som e no significado. Vejamos alguns exemplos:

    almoço → substantivo / almoço → verbo

    sede → substantivo (vontade de beber) / sede → localidade

    Homófonos – São palavras iguais na pronúncia, porém diferentes na grafia e no significado. São exemplos:

    cerrar → fechar / serrar → cortar

    estático → imóvel / extático → admirado

    Homônimos perfeitos – são aquelas palavras iguais na grafia e no som, mas diferentes no significado. Observemos alguns exemplos:

    cedo → verbo / cedo → advérbio

    ——

    Parônimos

    São palavras semelhantes na grafia e no som, mas com significados distintos. Constatemos alguns casos:

    comprimento → extensão / cumprimento → saudação

    flagrante → evidente / fragrante → perfumado

    fonte: https://m.mundoeducacao.bol.uol.com.br/gramatica/paronimos-homonimos.htm

  • Questão confusa passível de anulação.

  • A questão pede a incorreta.

    gabarito d, porém a alternativa c também está errada.

    saldou e saudou não são parõnimos, são homônimos homófonos.

    Paronímias não possuem identidade nem fonética, nem gráfica, pois quem as possuem são as homonímias. O que as paronímias têm são semelhanças, sejam elas na escrita, ou na pronúncia.

    Saldou - Saudou -> identidade fonética = homonímos homófonos. Outros exemplos:

    conserto - concerto

    incipiente - insipiente

    censo - senso

    resumindo,

    homônimo = identidade

    parônimo = semelhança

    Bons estudos. :)

  • Letra C está incorreta, pois saudou e saldou são exemplos de homonímia. São homônimas homófonas.