A
definição de Burnout de Maslach e Jackson em 1986 é a mais influente e
inclui três componentes: exaustão emocional, despersonalização e redução da
realização pessoal.
A exaustão emocional é caracterizada por um sentimento
muito forte de tensão emocional que produz uma sensação de esgotamento, de
falta de energia e de recursos emocionais próprios para lidar com as rotinas da
prática profissional e representa a dimensão individual da síndrome.
A
despersonalização é o resultado do desenvolvimento de sentimentos e atitudes
negativas, por vezes indiferentes e cínicas em torno daquelas pessoas que
entram em contato direto com o profissional, que são sua demanda e objeto de
trabalho. Num primeiro momento, é um fator de proteção, mas pode representar um
risco de desumanização, constituindo a dimensão interpessoal de Burnout.
Por último, a falta de realização pessoal no trabalho caracteriza-se como uma
tendência que afeta as habilidades interpessoais relacionadas com a prática
profissional, o que influi diretamente na forma de atendimento e contato com as
pessoas usuárias do trabalho, bem como com a organização. Trata-se de uma
síndrome na qual o trabalhador perde o sentido da sua relação com o trabalho,
de forma que as coisas não lhe importam mais e qualquer esforço lhe parece
inútil.
Todas
as assertivas encontram-se corretas a respeito da síndrome, exceto a
alternativa “B", pois Burnout tem sido negativamente relacionado com
saúde, performance e satisfação no trabalho, qualidade de vida e bem-estar
psicológico; há uma dessensibilização dirigida às pessoas com quem se trabalha,
incluindo usuários, clientes e a própria organização, e o estresse é um
esgotamento diverso que, de modo geral, interfere na vida pessoal do indivíduo,
além de seu trabalho, afetando assim muitas pessoas à sua volta.
GABARITO: B