A dúvida não existe, dizia ele. Ou você acredita nela, e aí ela é uma certeza, ou você não acredita e ela não é nada. Ela é no máximo um momento passageiro, na maioria das vezes, fugaz.
A esposa se convenceu com a argumentação. Ele falava orgulhoso que havia inventado um método mais sofisticado, mais filosófico do que até o famoso "negue até o fim". Costumava brincar com a mesa toda vez que contava sua teoria.
(ARRAES, Luiz Cláudio. "Dúvida não existe". In. O silêncio é de prata e a palavra é de ouro. Rio de Janeiro: 7Letras, 2007)
O miniconto acima é um texto narrativo em que se mesclam as vozes (os discursos) do narrador e da personagem, muitas vezes, sem qualquer marcação linguística que as diferencie. A apropriação da voz de personagens pelo narrador ocorre de três diferentes formas, denominadas de "discurso direto", de "discurso indireto" e de "discurso indireto livre".
Das alternativas abaixo, em qual delas se mesclam as vozes da personagem e do narrador?