SóProvas


ID
2936617
Banca
CETAP
Órgão
Prefeitura de Ananindeua - PA
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto com atenção e responda a questão de acordo com os comandos.

A MÁGICA DA EDUCAÇÃO
Educar-se é a precondição para que o trabalho seja uma escola 

Quase todos entendem: Os mais educados ganham mais. Por que será? O que a escola terá enfiado na cabeça do aluno, mudando sua forma de trabalhar - ou de se comportar como cidadão? Os números mostram claramente: quanto mais anos de escolaridade, maior o nível de renda. Que outras dúvidas haveria para demonstrar o poder da educação?
Isso é fácil de entender, pois aprendem-se na escola coisas que podemos usar no primeiro dia de trabalho. De fato, aprendem-se habilidades que o mercado valoriza e pelas quais está disposto a pagar, como ler, escrever, receber instruções por escrito e muito mais. A escolaridade permite decifrar um orçamento e entender um manual de instruções. Quem sabe fazer essas coisas ganha mais, pois é mais produtivo para a empresa. E, como os economistas demonstram de forma persuasiva, se alguém recebe salários maiores é porque produz mais. Mas os números contêm uma charada. Com o passar do tempo, vamos esquecendo o que aprendemos na escola. Alguns conhecimentos mal duram até o dia da prova.
Ao começarmos a trabalhar, usamos o que nos ensinou a escola. No ano seguinte, já teremos esquecido muito do que nos foi ensinado. Sendo assim, diria a lógica, se ganhamos pelo que aprendemos na escola, ao irmos esquecendo, nosso salário deveria diminuir. Mas é exatamente o oposto. Os analfabetos se aposentam praticamente com o mesmo salário inicial. Para quem estudou, em vez de caírem, os salários sobem ao longo da vida profissional. E não é só isso: sobem mais quanto mais escolaridade se consegue acumular. Mas não voltamos à escola, não nos ensinaram nada de novo que pudesse ser remunerado. Ainda assim, sobem os salários.
Por que será? Diante de uma situação de trabalho, o analfabeto não consegue encontrar uma maneira melhor de lidar com ela. Portanto, continua fazendo sempre o mesmo. Já quem passou pela escola adquiriu formas de pensar e agir que permitem decifrar as situações de trabalho e lidar criativamente com os desafios que aparecem. Amadurece seu julgamento, toma melhores decisões e aprende formas mais eficazes de trabalhar. Além disso, alcança uma compreensão mais ampla do mundo. Enfim, adquire um equipamento intelectual que lhe permite transformar a experiência de trabalho em produtividade. Usando uma expressão comum aprender a aprender.
Portanto, quanto mais aprendemos na escola, mais somos capazes dessa conversão de experiência em aprendizado. O equipamento para lidar criativamente e aprender com o mundo do trabalho torna-se mais poderoso. Com um diploma superior, ao chegar à maturidade, um indivíduo ganha três vezes seu salário inicial. Os números são claros: a capacidade de aprender a aprender dos mais escolarizados vale mais que os conhecimentos úteis que possuíam no primeiro dia de trabalho. A educação consiste em equipar as pessoas para aprender a fazer coisas que não foram ensinadas na escola. O trabalho é uma grande escola, mas somente para quem estudou. No fundo, os conhecimentos incluídos nos currículos valem menos por sua utilidade intrínseca e mais pela oportunidade de exercitar nosso raciocínio, ao lidarmos com eles.

(CASTRO, Cláudio de Moura. Revista Veja, 6 de AGOSTO, 2018. p. 73)



No parágrafo 2, “pois aprendem-se na escola coisas (...)” não se pode afirmar sobre o fragmento:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: Letra C

    a) ser correto acrescentar duas vírgulas no adjunto adverbial.

    Creio que é facultativo, porém, correto

    b) que o sujeito da oração é "coisas”.

    o que se aprendem? Coisas.

    Logo, coisas é o sujeito da oração

    c) que o sujeito é agente da ação verbal.

    O sujeito é paciente da ação verbal

    d) que “se” é partícula apassivadora.

    O verbo aprender é VTD, e nesse caso é partícula apassivadora

  • Gabarito: Letra C

    a) ser correto acrescentar duas vírgulas no adjunto adverbial.

    Creio que é facultativo, porém, correto

    b) que o sujeito da oração é "coisas”.

    o que se aprendem? Coisas.

    Logo, coisas é o sujeito da oração

    c) que o sujeito é agente da ação verbal.

    O sujeito é paciente da ação verbal

    d) que “se” é partícula apassivadora.

    O verbo aprender é VTD, e nesse caso é partícula apassivadora

  • Não entendi essa letra "a".

  • O "se" em "aprendem-se" é um pronome apassivador, o que indica que a oração está na voz passiva e, portanto, o sujeito é paciente.

     

    a) adjunto adverbial deslocado deve, necessariamente, ser isolado por vírgula: “pois aprendem-se (,) na escola (,) coisas ..."

    b) o sujeito paciente da oração é "coisas": "coisas são aprendidas na escola."

    d) sendo aprender um VTD, o pronome "se" é uma partícula apassivadora e indica que a oração está na voz passiva;

     

    Quem escolheu a busca não pode recusar a travessia - Guimarães Rosa

    ------------------- 

    Gabarito: C

  • Olá pessoal, vendo os comentários dessa questão, eu gostaria de saber então se funciona, quando alguma frase possuir verbo com a partícula "se", eu verificar se o verbo é transitivo direto, se for, então a partícula "se" sempre será apassivadora?

  • Gab. C

    Olá Emmerson, nem sempre! Considere o v.t.d amar:

    João e Maria amam-se.

    O pronome "se" funciona como índice de reciprocidade.

    João ama-se.

    O pronome é claramente reflexivo, a oração fala de um sujeito que ama a si mesmo.

    Amam-se as flores primaveris.

    Agora a partícula é apassivadora. Deseja-se dizer que as flores primaveris são amadas.

    Ama-se das flores primaveris seu perfume.

    Repare agora que além do verbo estar no singular, ele é seguido de preposição. Nesse caso, a partícula "se" funciona como índice de indeterminação do sujeito.

    Há grande diferença nas orações:

    1) Precisa-se de costureira. i.e (alguém) precisa de uma costureira. [suj. indeterminado]

    2) Precisa-se costureira. i.e uma costureira é precisada. [suj. = costureira]

  • Finalmente estou aprendendo! depois de um ano estudando firme, não desistam, pessoal!

  • Tenho muitas duvidas em Português, gosto de ler os comentários

  • Coisas são aprendidas na escola - sujeito paciente

    Na escola, aprendem-se coisas;

    Apredem-se, na escola, coisas;

    SE - partícula apassivadora.

    Letra C.

  • "Coisas" e OD ou seja o SE é uma PA. Sendo assim OD vira sujeito.