SóProvas


ID
2949739
Banca
Crescer Consultorias
Órgão
Prefeitura de Lagoa Alegre - PI
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                               Rios que matam e morrem

Há quem diga que as próximas guerras serão travadas pelo controle da água, cuja disponibilidade vem diminuindo por culpa do homem


      Os números são alarmantes. Segundo a ONU, há cerca de 1,1 bilhão de pessoas sem acesso adequado à água, ou 1,8% da população do planeta. Se nada for feito, esse número deve chegar a 3 bilhões em 20 anos. A contaminação das águas é responsável por mais de 10 milhões de mortes por ano causadas por doenças como cólera e diarreia, principalmente na África. No Haiti, um dos países mais miseráveis do planeta, muita gente mata a sede com o esgoto que corre a céu aberto. Alguns especialistas chegam a prever que as próximas guerras serão travadas pelo controle da água em vez do petróleo. Não seria uma novidade. No Antigo Egito, o controle das enchentes do Nilo serviu de pretexto para a conquista de civilizações e territórios. Hoje, a maior expressão de luta armada envolvendo a água está no conflito entre Israel e Palestina, que tem como pano de fundo o estratégico vale do rio Jordão. 

      Parece incrível que a água seja motivo de tanta disputa. Afinal, a Terra não é chamada de “planeta água”? De fato, as águas cobrem 77% da superfície do planeta, mas somente 2,5% são de água doce. E menos de 1% está acessível ao uso pelo homem. Embora a água existente na Terra seja suficiente para todos, há a dificuldade de distribuição, a população não para de crescer, e a ação humana vem alterando drasticamente o sistema hídrico. O desmatamento e a impermeabilização do solo nos centros urbanos, por exemplo, quebram o ciclo natural de reposição da água, secando rios centenários. Alguns rios, como o Colorado, nos Estados Unidos, e o Amarelo, na China, muitas vezes secam antes de chegar ao mar. Isso sem falar nos frequentes acidentes, como vazamentos de óleo, que causam verdadeiros desastres ambientais. 

      A situação é preocupante, mas com algumas mudanças no comportamento de empresários, do governo e da população, é possível reverter o quadro em pouco mais de uma década, segundo o geólogo Aldo Rebouças, professor do Instituto de Geociências da Universidade de São Paulo e um dos organizadores do livro Águas doces do Brasil

      Nas zonas rurais, muitos produtores aplicam água em excesso ou fora do período de necessidade das plantas. Quanto às indústrias, bastaria que seguissem a lei: 80% dos resíduos industriais nos países em desenvolvimento são despejados clandestinamente em rios, lagos e represas. 

      Já o usuário doméstico, embora represente a menor fatia de consumo, pode, com sua atitude, influenciar os volumes consumidos pela indústria e pela agropecuária. Para isso, basta que cada um siga algumas recomendações simples, como varrer a calçada em vez de lavá-la com a água da mangueira, não lavar a louça ou escovar os dentes com a torneira aberta e não transformar o banho diário em uma atividade de lazer. 
 
(Karen Gimenez. Superinteressante. O Livro do Futuro. São Paulo: Abril, mar. 2005. Fragmento adaptado)

A divisão silábica não foi feita corretamente na palavra da alternativa:

Alternativas
Comentários
  • alguém poderia me explicar?

  • Resposta: alternativa d

     

    A divisão silábica correta seria assim: pre-o-cu-pan-te

     

    O prefixo "pre" se separa do "o" por este ser um hiato (duas vogais juntas).

  • GAB D

    FIQUEI NA DÚVIDA DA LETRA B E C

    di-ar-rei-a

    Quantas sílabas tem diarreia? 4 sílabas

    É uma palavra grave ou também chamado paroxítona (acento tônico na penúltima sílaba).

    ■ Hiato i-a. Veja mais exemplos do palavras con 'ia'.
    ■ Exceções: A terminação verbal ei é normalmente o ditongo decrescente; ora os ditongos decrescentes finais de palavra levam a sílaba tónica para a última sílaba. As normas ortográficas (e as do novo acordo) não admitem a separação de ditongos decrescentes na translineação

    ex-ces-so

    Quantas sílabas tem excesso? 3 sílabas

    É uma palavra grave ou também chamado paroxítona (acento tônico na penúltima sílaba).

    ■ Possível dígrafo consonantais separáveis 'ss'. São os que podem ser separados em duas sílabas. São eles: "rr", "ss", "sc", "xc" e "xs".
    ■ Possível dígrafo consonantais separáveis 'xc'. São os que podem ser separados em duas sílabas. São eles: "rr", "ss", "sc", "xc" e "xs".

    BONS ESTUDOS!!
     

  • pre-o-cu-pan-te 

  • Não seria ó-le-o ? Já que o hiato deve ser separado da vogal.

  • Daniele Wouters, creio que o encontro vocálico em óleo é de SEMIVOGAL (e) + VOGAL (o). É um ditongo. E ditongos não se separam na divisão silábica. Se estiver errada, aguardo correção.

  • Daniele Wouters , como a sílaba anterior é acentuada, não se separa dessa forma: Ó- le-o. Se o "O" não fosse acentuado teria a separação.

  • Semivogal: "É a vogal que tem som de "/i/" ou de "/u/", quando aparece ao lado de outra vogal numa mesma sílaba.

    Na palavra óleo, temos um ditongo. Perceba a fonética: /o/l/i/o/.

    Assim, a vogal e a semivogal devem ficar na mesma sílaba.

  • Ó-leo recebe o acento pois é uma paroxítona com ditongo crescente.

  • Mais uma banca que não respeita a NGB

  • A questão é sobre divisão silábica e quer que marquemos a alternativa incorreta. Vejamos:

     . 

    A) ... óleo = ó-leo.

    Certo. Soletramos "ó-leo". E uma dica: se tiver um acento no "vizinho", o final fica juntinho! (acento no "ó", final junto "leo").

     . 

    B) ... excesso = ex-ces-so.

    Certo. Soletramos "ex-ces-so". Lembrando que devemos separar o dígrafo "ss".

     . 

    C) ... diarreia = di-ar-rei-a.

    Certo. Soletramos "di-ar-rei-a". Lembrando que devemos separar o dígrafo "rr" e não devemos separar o ditongo "ei".

     . 

    D) ... preocupante = preo-c u-pan-te.

    Errado. Soletramos "pre-o-c u-pan-te".

     . 

    Para complementar:

     . 

    Divisão silábica

     . 

    A divisão silábica faz-se pela silabação (soletração), isto é, pronunciando as palavras por sílabas. Na escrita, separam-se as sílabas por meio do hífen: te-sou-ro, di-nhei-ro, con-te-ú-do, ad-mi-tir, guai-ta-cá, sub-le-var.

    Regra geral:

    • Na escrita, não se separam letras representativas da mesma sílaba.

    Regras práticas:

    Não se separam letras que representam:

    • a)   ditongos: cau-le, trei-no, ân-sia, ré-guas, so-cie-da-de, gai-o-la, ba-lei-a, des-mai-a-do, im-bui-a, etc.
    • b)   tritongos: Pa-ra-guai, quais-quer, sa-guão, sa-guões, a-ve-ri-guou, de-lin-quiu, ra-diou-vin-te, U-ru-guai-a-na, etc.
    • c)    os dígrafos ch, lh, nh, gu e qu: fa-cha-da, co-lhei-ta, fro-nha, pe-guei, quei-jo, etc.
    • d)   encontros consonantais inseparáveis: re-cla-mar, re-ple-to, pa-trão, gno-mo, mne-mô-ni-co, a-mné-sia, pneu-mo-ni-a, pseu-dô-ni-mo, psi-có-lo-go, bí-ceps, etc.

    Separam-se as letras que representam os hiatos: sa-ú-de, Sa-a-ra, sa-í-da, ca-o-lho, fe-é-ri-co, pre-en-cher, te-a-tro, co-e-lho, zo-o-ló-gi-co, du-e-lo, ví-a-mos, etc.

    Contrariamente à regra geral, separam-se, por tradição, na escrita, as letras dos dígrafos rr, ss, sc, sç e xc: guer-ra, sos-se-go, pis-ci-na, des-çam, cres-ço, ex-ce-ção, etc.

    Separam-se, obviamente, os encontros consonantais separáveis, obedecendo-se ao princípio da silabação: ab-do-me, ad-je-ti-vo, de-cep-ção, Is-ra-el, sub-ma-ri-no, ad-mi-rar, ap-ti-dão, felds-pa-to, sub-lin-gual, af-ta, e-clip-se, trans-tor-no...

    Na divisão silábica, não se levam em conta os elementos mórficos das palavras (prefixos, radicais, sufixos): de-sa-ten-to, di-sen-te-ri-a, tran-sa-tlân-ti-co, su-ben-ten-di-do, su-bes-ti-mar, in-te-rur-ba-no, su-bur-ba-no, bi-sa-vó, hi-dre-lé-tri-ca, etc.

     . 

    Referência: CEGALLA, Domingos Pascoal. Novíssima Gramática da Língua Portuguesa, 48.ª edição, São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2008, página 36.

     . 

    Gabarito: Letra D 

  • Depois dessa voltarei a estudar separação silábica.