SóProvas


ID
2964313
Banca
UEG
Órgão
UEG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Para responder à questão, leia atenciosamente o Texto I, que se constitui de um excerto do artigo de opinião intitulado “A alma da fome é política”, de autoria do sociólogo Herbert de Souza, o Betinho, publicado no Jornal do Brasil, em setembro de 1993. 


Texto I

“A fome é exclusão. Da terra, da renda, do emprego, do salário, da educação, da economia, da vida e da cidadania. Quando uma pessoa chega a não ter o que comer é porque tudo o mais já lhe foi negado. É uma espécie de cerceamento moderno ou de exílio. A morte em vida. O exílio da Terra. Mas a alma da fome é política. A fome é a realidade, o efeito e o sintoma. O ponto de partida e de chegada. A síntese, a ponta do novelo a partir da qual tudo se explica e se resolve. Porque não é episódica, nem superficial, revela fundo o quanto uma pessoa está sendo excluída de tudo e com que frieza seu drama é ignorado pelos outros. [...] Mas a fome é também o atestado de miséria absoluta e o grito de alarme que sinaliza o desastre social de um país, que mostra a cara do Brasil. [...] É assustador perceber com que naturalidade fomos virando um país de miseráveis, com que tranquilidade fomos produzindo milhões de indigentes. Acabar com essa naturalidade, recuperar o sentido da indignação diante da degradação humana, reabsolutizar a pessoa como centro e eixo da vida e da ação política é essencial para transformar a luta contra a fome e a miséria num imenso processo de reconstrução do Brasil e de nossa própria dignidade. Por isso é que acabar com a fome não é só dar comida, e acabar com a miséria não é só gerar emprego, mas é reconstruir radicalmente toda a sociedade.” 

Na sequência linguística “Por isso é que acabar com a fome não é só dar comida, e acabar com a miséria não é só gerar emprego, mas é reconstruir radicalmente toda a sociedade”, encontramos conectores que apresentam diferentes funções argumentativas. É CORRETO citar as seguintes relações semânticas sinalizadas pelas conexões:

Alternativas
Comentários
  • A meu ver esse"mas" não está com relação semântica de adversidade,mas sim de adição.

  • GABARITO: LETRA D

    -------> não é só gerar emprego, mas é reconstruir radicalmente toda a sociedade -----> conjunção coordenativa adversativa, lembrando que essas conjunções não geram só adversidade, geram CONTRASTE, é o que acontece na questão, gera uma oposição/contraste.

    -------> Por isso é que acabar com a fome não é só dar comida, e acabar com a miséria ------> respectivamente: conjunção coordenativa conclusiva e aditiva.

    Força, guerreiros(as)!!

  • GABARITO: LETRA D

    -------> não é só gerar emprego, mas é reconstruir radicalmente toda a sociedade -----> conjunção coordenativa adversativa, lembrando que essas conjunções não geram só adversidade, geram CONTRASTE, é o que acontece na questão, gera uma oposição/contraste.

    -------> Por isso é que acabar com a fome não é só dar comida, acabar com a miséria ------> respectivamente: conjunção coordenativa conclusiva e aditiva.

  • GABARITO: LETRA D

    Aditivas: ligam orações ou palavras, expressando ideia de acrescentamento ou adição. São elas: e, nem (= e não), não só... mas também, não só... como também, bem como, não só... mas ainda. Por exemplo:

    A sua pesquisa é clara e objetiva.

    Ela não só dirigiu a pesquisa como também escreveu o relatório.

    Adversativasligam duas orações ou palavras, expressando ideia de contraste ou compensação. São elas: mas, porém, contudo, todavia, entretanto, no entanto, não obstante. Por exemplo:

    Tentei chegar mais cedo, porém não consegui.

    Conclusivas: ligam a oração anterior a uma oração que expressa ideia de conclusão ou consequência. São elas: logo, pois (depois do verbo), portanto, por conseguinte, por isso, assim. Por exemplo:

    Marta estava bem preparada para o teste, portanto não ficou nervosa.

    FONTE: WWW.SÓPORTUGUÊS.COM.BR

  • Nunca que esse mas tem valor adversativo. Ele tem valor aditivo.