SóProvas


ID
2977780
Banca
Crescer Consultorias
Órgão
Prefeitura de Jijoca de Jericoacoara - CE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Direito Penal
Assuntos

Sendo o concurso de pessoas operado no território brasileiro, mas o crime sendo integralmente executado no exterior, aplica-se ao partícipe e ao coautor:

Alternativas
Comentários
  • O gabarito dado foi B

     Extraterritorialidade 

            Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro: 

           I - os crimes: 

           a) contra a vida ou a liberdade do Presidente da República; 

           b) contra o patrimônio ou a fé pública da União, do Distrito Federal, de Estado, de Território, de Município, de empresa pública, sociedade de economia mista, autarquia ou fundação instituída pelo Poder Público; 

           c) contra a administração pública, por quem está a seu serviço; 

           d) de genocídio, quando o agente for brasileiro ou domiciliado no Brasil; 

           II - os crimes:  

           a) que, por tratado ou convenção, o Brasil se obrigou a reprimir; 

           b) praticados por brasileiro; 

           c) praticados em aeronaves ou embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, quando em território estrangeiro e aí não sejam julgados. 

           § 1º - Nos casos do inciso I, o agente é punido segundo a lei brasileira, ainda que absolvido ou condenado no estrangeiro.

           § 2º - Nos casos do inciso II, a aplicação da lei brasileira depende do concurso das seguintes condições: 

           a) entrar o agente no território nacional; 

           b) ser o fato punível também no país em que foi praticado; 

           c) estar o crime incluído entre aqueles pelos quais a lei brasileira autoriza a extradição; 

           d) não ter sido o agente absolvido no estrangeiro ou não ter aí cumprido a pena; 

           e) não ter sido o agente perdoado no estrangeiro ou, por outro motivo, não estar extinta a punibilidade, segundo a lei mais favorável. 

           § 3º - A lei brasileira aplica-se também ao crime cometido por estrangeiro contra brasileiro fora do Brasil, se, reunidas as condições previstas no parágrafo anterior: 

           a) não foi pedida ou foi negada a extradição; 

           b) houve requisição do Ministro da Justiça. 

           Pena cumprida no estrangeiro 

  • Ótima questão. 

     

    BIZU:

     

    ARTIGO 7° extraterritorialidade 

     

    CRIMES: 

     

    Inciso I = incondicionada 

     

    Inciso II = Condicionada

  • Ninguém respondeu a questão de forma esclarecedora ainda!

  • Andris Dias, vamos ver se consigo esclarecer. O artigo 7º, inciso II, alínea "b" do CP prevê que estão sujeitos a Lei Brasileira os crimes cometidos no estrangeiro praticados por brasileiro.

     Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro: 

         (...) 

     II - os crimes:  

    (....)     

     b) praticados por brasileiro; 

    Salvo melhor juízo, penso que por isso a alternativa correta é a letra B. É claro que vai depender de uma série de condições para aplicar a lei brasileira.

  • A questão não esclarece se ambos os agentes são brasileiros, se sim, poder-se-ia dizer que a correta é a letra B, extraterritorialidade pelo princípio da personalidade ou nacionalidade ativa expresso no artigo 7, II, b:

    Art. 7. Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro:;

    II, b - Os crimes praticados por brasileiro.

    Obs: concurso de agentes de forma alguma é sinônimo de Associação Criminosa, muito cuidado!

    De forma simplificada o concurso de agentes é a pluralidade de agentes atuando conjuntamente em um crime, e Associação Criminosa é um tipo específico do CP, art. 288.

  • Gab B

    Diante de alguns comentários, vou tentar complementar a resposta.

    Trata-se do estudo do LOCAL do crime e da teoria adotada pelo Código Penal.

    A importância de saber o local do crime tem pertinência em relação aos chamados "crimes a distância" ou "crimes de espaço máximo", aqueles em que a conduta é praticada em um país e o resultado é produzido em outro país. Assim, necessita de pluralidade de países envolvidos.

    O que a questão aborda é exatamente isso. Um único crime envolvendo dois países. Especificamente cita que no Brasil operou-se o concurso de pessoas e que em outro país o crime foi integralmente executado.

    Nesses casos, estamos diante de duas jurisdições penais. E a questão é saber qual delas será aplicada, a lei penal brasileira ou a lei penal estrangeira?? Segundo a teoria adotada pelo CP (ubiquidade), será considerado praticado o crime tanto no lugar da ação ou omissão, quanto no local onde produziu ou deveria produzir o resultado.

    Assim, para a aplicação da lei brasileira é suficiente um único ato executório ou resultado do crime.

    Mas atenção: não tem nenhuma importância para teoria, os atos preparatórios e atos realizados após a consumação.

    Nesse contexto, segundo Cleber Masson: No tocante ao coautor e ao partícipe, operando o concurso de pessoas no território brasileiro, aplica-se a lei penal nacional, ainda que o crime tenha sido integralmente executado no exterior. (2018, p. 170).

    Lembre -se que para se aferir o local do crime o CP adota a Teoria da Ubiquidade ou mista, sendo o lugar do crime tanto aquele em que praticada a conduta (ação ou omissão) quanto aquele em que se produziu ou deveria produzir-se o resultado.

    No mais, lembrar dos crimes em que nao é aplicada a teoria da Ubiquidade:

    Crimes conexos: embora relacionados entre si, não constituem unidade jurídica. Cada um deles deve ser processado e julgado no país em que foi cometido. (Conexão teleológia, o crime é cometido para assegurar a prática de outro crime; conexão consequencial, para garantir a ocultação, impunidade ou vantagem de delito anterior. Esse tema é visto em processo penal);

    Crimes plurilocais: conduta e resultado ocorrem em comarcas distintas, nesse caso aplica-se a teoria do resultado (regra), ou seja, a competência será determinada pelo lugar em que se consumar a infração ou, na tentativa, pelo local em foi praticado o último ato de execução - Art 70, Caput do CPP. Crimes dolosos contra a vida é teoria da atividade (tribunal do júri);

    Infrações de menor potencial ofensivo: teoria da atividade, Att. 63 da 9099/95;

    Crimes falimentares: será o foro do local da decretação da falência, da concessão da recuperação judicial ou da homologação do plano de recuperação extrajudicial;

    Atos infracionais: teoria da atividade, 147, parágrafo 1° do ECA.

    Memorizar LUTA

    L ugar

    U biquidade

    T empo

    A tividade

    Obs: espero ter contribuído com o comentário.

    Bons estudos!!!!

  • pelo gabarito, o examinador queria que fosse tratada como hipótese de extraterritorialidade condicionada, porém a questão não disse que foram preenchidos os requisitos que permitiriam aplicar a lei brasileira ao caso.

    questão mal formulada. Se não forem preenchidos os requisitos deverá ser aplicada a lei estrangeira. O fato dos agentes terem combinado o crime no Brasil não atrai a aplicação da lei brasileira, pois não se trata de ato de execução, mas mero ato preparatório. Os casos de extraterritorialidade são taxativos e essa não é uma hipótese prevista.

  • NÃO DEIXA CLARA A INTERPRETAÇÃO DA QUESTÃO

  • Com o devido respeito ao examinador, no meu entender, achei que a questão não fornece os elementos suficientes para chegar a uma resposta segura quanto à territorialidade, extraterritorialidade ou aplicação da lei penal estrangeira no crime em tela.

    Digo isso, porque, primeiramente, não se vislumbra a ocorrência de crime de espaço máximo (aquele em que a ação se deu no exterior e o resultado no território nacional, ou vice-versa), uma vez que no problema é enumerado que toda a execução se deu no exterior, e que para que se aplicado a teoria da ubiquidade, no que diz respeito ao lugar do crime, que é caso de territorialidade da lei nacional, foi omitido se o resultado teria ou não ocorrido no Brasil.

    Adiante, mencionou concurso de pessoas, mas trouxe elementos tendentes a caracterizar crime antecedente, como por exemplo associação criminosa ou organização criminosa.

    Por último, quanto a nacionalidade do agente, que poderia dar ensejo à aplicação do princípio de personalidade ativa, para tanto, somente por este critério, não restou esclarecida se condições do §2°, do art. 7°, do CP.

    Fico a disposição para comentários dos colegas que tiverem vislumbraram algo por mim não observado, a fim de aprimorar os estudos.

    Abraço.

  • pessoal, lembrem que a teoria adotada pelo CP quanto a participação é a da  Acessoriedade limitada ou média que um partícipe sofre pena somente pelo fato ser típico e ilícito.

  • Juliana Boer:

    Segundo Cleber Masson: No tocante ao coautor e ao partícipe, operando o concurso de pessoas no território brasileiro, aplica-se a lei penal nacional, ainda que o crime tenha sido integralmente executado no exterior. (2018, p. 170).

     

    Lembre -se que para se aferir o local do crime o CP adota a Teoria da Ubiquidade ou mista, sendo o lugar do crime tanto aquele em que praticada a conduta (ação ou omissão) quanto aquele em que se produziu ou deveria produzir-se o resultado.

     

    No mais, lembrar dos crimes em que nao é aplicada a teoria da Ubiquidade:

     

    Crimes conexos: embora relacionados entre si, não constituem unidade jurídica. Cada um deles deve ser processado e julgado no país em que foi cometido. (Conexão teleológia, o crime é cometido para assegurar a prática de outro crime; conexão consequencial, para garantir a ocultação, impunidade ou vantagem de delito anterior. Esse tema é visto em processo penal);

     

    Crimes plurilocais: conduta e resultado ocorrem em comarcas distintas, nesse caso aplica-se a teoria da atividade Art 70, Caput do CPP. Crimes dolosos contra a vida é teoria da atividade ( tribunal do júri);

     

    Infrações de menor potencial ofensivo: teoria da atividade, Att. 63 da 9099/95;

     

    Crimes falimentares: será o foro do local da decretação da falência, da concessão da recuperação judicial ou da homologação do plano de recuperação extrajudicial;

     

    Atos infracionais: teoria da atividade, 147, parágrafo 1° do ECA.

     

     

    Memorizar LUTA

     

    ugar

    U biquidade

    T empo

    A tividade

  • Essa é daquelas questões que não ajuda em nada a quem esta estudando.

    1 onde se encontra os infratores após o crime ?

    2 qual crime foi cometido ?

    3 o crime se amolda ao principio da extraterritoriedade ?

    4 se amolda ao principio da defesa ?

    5 se amolda ao principio da justiça universal ?

    questão fraquissima

  • A pessoa que elaborou a questão pegou uma informação do livro do Masson, ignorou o contexto e desenvolveu a questão a partir de um único trecho. Totalmente confusa a questão.

    "Segundo Cleber Masson: No tocante ao coautor e ao partícipe, operando o concurso de pessoas no território brasileiro, aplica-se a lei penal nacional, ainda que o crime tenha sido integralmente executado no exterior. (2018, p. 170)."

  • A questão, ao nosso sentir, apresenta aparentemente uma contradição, uma vez que o seu enunciado narra que houve o concurso de autores no território brasileiro e também que a execução do crime se deu no estrangeiro. Isso dificulta bastante uma resposta correta, especialmente tratando-se de uma prova de múltipla escolha, o que talvez ensejasse uma anulação. Todavia, buscaremos, com os dados expostos pela questão, encontrar a alternativa mais condizente como resposta. 
    O artigo 6º do Código Penal, que trata da lugar do crime, e que notadamente adotou o princípio da ubiquidade, dispõe expressamente que: "considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado". 
    Há, por sua vez, concurso de crimes, nos termos do artigo 29 do Código Penal, quando alguém "... de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas, na medida de sua culpabilidade". Concorrer, via de regra, é praticar atos executórios que resultarão no crime que se quer perpetrar. Assim, muito embora o enunciado da questão diga que o crime foi "integralmente executado no exterior", também afirma que o concurso de pessoas foi operado no território brasileiro. Disso, pode se concluir que atos executórios (ações e omissões) foram praticados no Brasil, no todo ou em parte.
    Há de se salientar, que não fica configurado o concurso de pessoas quando apenas se firmou o liame subjetivo entre os concorrentes, enquanto seus integrantes permanecem apenas no plano da cogitação ou da preparação. Para que se caracterize o concurso de pessoas, deve ser verificado o ingresso dos agentes nos atos executórios do delito, o que significa, para a maioria da doutrina, a prática efetiva de condutas que compõem as elementares do tipo penal.
    Parece-nos, portanto, que, quando o enunciado afirma que o crime foi "integralmente executado no exterior", incidiu numa imprecisão querendo, deveras, dizer que o crime se consumou integralmente no estrangeiro. Somente levando-se em conta essa interpretação acerca das informações colacionadas no enunciado da questão é que pode-se chegar ao gabarito da questão, que aponta como correta a alternativa (B).


    Gabarito do professor: (B). A questão, no entanto, nos parece passível de anulação pelas razões expostas no comentário.

  • Tá faltando mais clareza na questão.

  • Na dúvida, marque a alternativa que contém a aplicação da lei brasileira.

  • Trata-se do estudo do LOCAL do crime e da teoria adotada pelo Código Penal.

    A importância de saber o local do crime tem pertinência em relação aos chamados "crimes a distância" ou "crimes de espaço máximo", aqueles em que a conduta é praticada em um país e o resultado é produzido em outro país. Assim, necessita de pluralidade de países envolvidos.

    O que a questão aborda é exatamente isso. Um único crime envolvendo dois países. Especificamente cita que no Brasil operou-se o concurso de pessoas e que em outro país o crime foi integralmente executado.

    Nesses casos, estamos diante de duas jurisdições penais. E a questão é saber qual delas será aplicada, a lei penal brasileira ou a lei penal estrangeira?? Segundo a teoria adotada pelo CP (ubiquidade), será considerado praticado o crime tanto no lugar da ação ou omissão, quanto no local onde produziu ou deveria produzir o resultado.

    Assim, para a aplicação da lei brasileira é suficiente um único ato executório ou resultado do crime.

    Mas atenção: não tem nenhuma importância para teoria, os atos preparatórios e atos realizados após a consumação.

    Nesse contexto, segundo Cleber Masson: No tocante ao coautor e ao partícipe, operando o concurso de pessoas no território brasileiro, aplica-se a lei penal nacional, ainda que o crime tenha sido integralmente executado no exterior. (2018, p. 170).

    Lembre -se que para se aferir o local do crime o CP adota a Teoria da Ubiquidade ou mista, sendo o lugar do crime tanto aquele em que praticada a conduta (ação ou omissão) quanto aquele em que se produziu ou deveria produzir-se o resultado.

    No mais, lembrar dos crimes em que nao é aplicada a teoria da Ubiquidade:

    Crimes conexos: embora relacionados entre si, não constituem unidade jurídica. Cada um deles deve ser processado e julgado no país em que foi cometido. (Conexão teleológia, o crime é cometido para assegurar a prática de outro crime; conexão consequencial, para garantir a ocultação, impunidade ou vantagem de delito anterior. Esse tema é visto em processo penal);

    Crimes plurilocais: conduta e resultado ocorrem em comarcas distintas, nesse caso aplica-se a teoria da atividade Art 70, Caput do CPP. Crimes dolosos contra a vida é teoria da atividade ( tribunal do júri);

    Infrações de menor potencial ofensivo: teoria da atividade, Att. 63 da 9099/95;

    Crimes falimentares: será o foro do local da decretação da falência, da concessão da recuperação judicial ou da homologação do plano de recuperação extrajudicial;

    Atos infracionais: teoria da atividade, 147, parágrafo 1° do ECA.

    Memorizar LUTA

    ugar

    U biquidade

    T empo

    A tividade

  • Tempo do crime- ATIVIDADE

            Art. 4º - Considera-se praticado o crime no MOMENTO da ação ou omissão, ainda que outro seja o MOMENTO do resultado.

  • Questão confusa....

  • Questão sem pé nem cabeça. Não se sabe a nacionalidade dos agentes, o crime que foi executado (apesar de estar claro ter sido executado INTEGRALMENTE no estrangeiro), não há qualquer informação se foi uma associação ou organização criminosa. Que lixo de questão

  • Se eu e um amigo combinássemos de comprar e fumar maconha em Amsterdã e assim o fizéssemos, responderíamos no Brasil por uso de drogas, então? agora pronto....Questão deveria ter sido anulada.

  • Daquele tipo de questão que bancas desonestas fazem para aprovar os amigos do rei.

    A mera cogitação agora fixa competência? Diálogos, conversas... O crime foi cometido no estrangeiro, não no Brasil. E o pior é que não há SEQUER a menção de que os agentes seriam brasileiros.

  • Artigo 4º do CP= "Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do resultado"

  • Art. 7. Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro:;

    II, b - Os crimes praticados por brasileiro.

    gb b

    pmgo

  • Art 7º ,ll,Parágrafo 2º - NOS CASOS DO INCISO ll, A APLICAÇÃO DA LEI BRASILEIRA DEPENDE DO CONCURSO DAS SEGUINTES CONDIÇÕES:

    A) ENTRAR O AGENTE NO TERRITÓRIO NACIONAL

  • "A questão, ao nosso sentir, apresenta aparentemente uma contradição, uma vez que o seu enunciado narra que houve o concurso de autores no território brasileiro e também que a execução do crime se deu no estrangeiro. Isso dificulta bastante uma resposta correta, especialmente tratando-se de uma prova de múltipla escolha, o que talvez ensejasse uma anulação. Todavia, buscaremos, com os dados expostos pela questão, encontrar a alternativa mais condizente como resposta. 

    O artigo 6º do Código Penal, que trata da lugar do crime, e que notadamente adotou o princípio da ubiquidade, dispõe expressamente que: "considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado". 

    Há, por sua vez, concurso de crimes, nos termos do artigo 29 do Código Penal, quando alguém "... de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas, na medida de sua culpabilidade". Concorrer, via de regra, é praticar atos executórios que resultarão no crime que se quer perpetrar. Assim, muito embora o enunciado da questão diga que o crime foi "integralmente executado no exterior", também afirma que o concurso de pessoas foi operado no território brasileiro. Disso, pode se concluir que atos executórios (ações e omissões) foram praticados no Brasil, no todo ou em parte.

    Há de se salientar, que não fica configurado o concurso de pessoas quando apenas se firmou o liame subjetivo entre os concorrentes, enquanto seus integrantes permanecem apenas no plano da cogitação ou da preparação. Para que se caracterize o concurso de pessoas, deve ser verificado o ingresso dos agentes nos atos executórios do delito, o que significa, para a maioria da doutrina, a prática efetiva de condutas que compõem as elementares do tipo penal.

    Parece-nos, portanto, que, quando o enunciado afirma que o crime foi "integralmente executado no exterior", incidiu numa imprecisão querendo, deveras, dizer que o crime se consumou integralmente no estrangeiro. Somente levando-se em conta essa interpretação acerca das informações colacionadas no enunciado da questão é que pode-se chegar ao gabarito da questão, que aponta como correta a alternativa (B).

    Gabarito do professor: (B). A questão, no entanto, nos parece passível de anulação pelas razões expostas no comentário."

  •  - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro:

    I - os crimes:

    a) contra a vida ou a liberdade do Presidente da República;

    b) contra o patrimônio ou a fé pública da União, do Distrito Federal, de Estado, de Território,

    de Município, de empresa pública, sociedade de economia mista, autarquia ou fundação instituída pelo Poder Público;

    c) contra a administração Pública, por quem está a seu serviço;

    d) de genocídio, quando o agente for brasileiro ou domiciliado no Brasil;

    NILL

  • O que os examinadores estão tomando antes de elaborar questões sem contexto algum?

  • Aplicada a TEORIA DA ATIVIDADE

     Art. 4º - Considera-se praticado o crime no MOMENTO da ação ou omissão, ainda que outro seja o MOMENTO do resultado.

  • que lixo de questão

  • Mais uma questão daquelas...

    Paciência, determinação e superação.

    Alcançaremos.

  • Que o concurso de pessoas tenha ocorrido no Brasil tudo bem, agora temos que deduzir que eram brasileiros? Se a questão omite essa informação, temos que aplicar a lei estrangeira, no contexto da questão.

  • EXCELENTE EXPLICAÇÃO DA JULIANA BOER... É UM RESUMO BEM COMPLETO..

  • GABARITO: B

    Lugar

    Ubiquidade

    Tempo

    Atividade

  • Poder-se-ia. Se “poder-se-ia” existisse. Mas não existe!

  • Assertiva b

    A Lei Brasileira

  • questão do tipo "Segura na mão de Deus e chuta". Faltou vários elementos no comando da questão para justificar esse gabarito.

  • ubiquidade se refere a teoria de atividade e resultado. A lei no tempo é aplicada seguindo a teoria da atividade. Porém imagine o caso hipotético: Um jovem de 17 anos comete roubo e lesão corporal grave contra um homem em Mg. O homem mesmo ferido, corre e atravessa a fronteira de MG e RJ. Mas somente depois de 1 ano após o jovem cometer o latrocínio ele é preso. É sabido que o jovem vai responder ao ECA devido à teoria da atividade, mas qual delegacia vai pegar o caso? Para não haver confusão a jurisdição do caso fica no local onde houve o resultado Naturalístico.
  • Mas eles eram brasileiros? O crime foi contra a Adm pública? Existem inúmeros fatores para definir a aplicação da lei e estes foram omitidos no enunciado da questão. E se os agentes eram estrangeiros?

  • Dá a entender que o que houve no Brasil foram apenas ATOS PREPARATÓRIOS. Não ficou claro isso. Vou passar a eliminar certas BANCAS da minha lista de questões.

  • Pra responder questões esquisitas assim, você tem que partir do princípio que estamos estudando direito penal brasileiro, então aplicamos a lei brasileira. O examinador não quer que você conheça a lei do país Y, se ela não estiver no edital.

  • Questão simplesmente ridícula, muito mal formulada. Forçando o candidato a adivinhar a intenção do formulador da questão.

    Até o nobre Professor se esforçou de forma celestial para tentar chegar numa resposta. kkkkk.

    QUESTÃO RIDÍCULA!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

  • Que pergunta é essa, gente?

  • Sendo o concurso de pessoas operado no território brasileiro, mas o crime sendo integralmente executado no exterior, aplica-se ao partícipe e ao coautor

    1º. Tem a personalidade ATIVA

    Praticados por BRASILEIROS (Art 7º, II, b)

    2º. "concurso de pessoas" = os sujeitos agiram JUNTOS para ocorrer o delito

    3º. Vamos observar a ênfase da questão, ela exige APENAS conhecimentos do art. 7º - Extraterritorialidade

    Extraterritorialidade de uma forma resumida: O fulano brasileiro cometeu um crime na França (estrangeiro) e FORA dos limites da soberania da República Federativa do Brasil, como vai ficar a situação do fulano??? O art 7º vai dizer quais as situações.

    4º. "Operado" = pode ter o mesmo sentido de RESIDENTE (Minha concepção)

  • Banca "Crescer consultorias"... Agora deu pra entender prq a questão ficou totalmente mal formulada.

  • A questão, ao nosso sentir, apresenta aparentemente uma contradição, uma vez que o seu enunciado narra que houve o concurso de autores no território brasileiro e também que a execução do crime se deu no estrangeiro. Isso dificulta bastante uma resposta correta, especialmente tratando-se de uma prova de múltipla escolha, o que talvez ensejasse uma anulação. Todavia, buscaremos, com os dados expostos pela questão, encontrar a alternativa mais condizente como resposta. 

    O artigo 6º do Código Penal, que trata da lugar do crime, e que notadamente adotou o princípio da ubiquidade, dispõe expressamente que: "considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado". 

    Há, por sua vez, concurso de crimes, nos termos do artigo 29 do Código Penal, quando alguém "... de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas, na medida de sua culpabilidade". Concorrer, via de regra, é praticar atos executórios que resultarão no crime que se quer perpetrar. Assim, muito embora o enunciado da questão diga que o crime foi "integralmente executado no exterior", também afirma que o concurso de pessoas foi operado no território brasileiro. Disso, pode se concluir que atos executórios (ações e omissões) foram praticados no Brasil, no todo ou em parte.

    Há de se salientar, que não fica configurado o concurso de pessoas quando apenas se firmou o liame subjetivo entre os concorrentes, enquanto seus integrantes permanecem apenas no plano da cogitação ou da preparação. Para que se caracterize o concurso de pessoas, deve ser verificado o ingresso dos agentes nos atos executórios do delito, o que significa, para a maioria da doutrina, a prática efetiva de condutas que compõem as elementares do tipo penal.

    Parece-nos, portanto, que, quando o enunciado afirma que o crime foi "integralmente executado no exterior", incidiu numa imprecisão querendo, deveras, dizer que o crime se consumou integralmente no estrangeiro. Somente levando-se em conta essa interpretação acerca das informações colacionadas no enunciado da questão é que pode-se chegar ao gabarito da questão, que aponta como correta a alternativa (B).

    Gabarito do professor: (B). A questão, no entanto, nos parece passível de anulação pelas razões expostas no comentário.

    Fonte: Gilson Campos (Professor QC)

  • Muito estranha essa questão, também nunca nem vi essa banca.

  • “Sendo o concurso de pessoas operado no território brasileiro, mas o crime sendo integralmente executado no exterior, aplica-se ao partícipe e ao coautor a lei brasileira

    O concurso de pessoas, por si só, neste caso, não é típico, uma vez que o crime foi “integralmente executado no exterior”, daí se afasta a incidência do art. 4º e 6º do CP, que se aplicado, independeria de ser os agentes brasileiros ou não.

    A questão não fala de execução e resultado em locais distintos.

    Caso em que, se a resposta exige que seja a lei brasileira, só pode ser o caso de aplicação do art. 7º do CP, em qualquer dos incisos, e também no § 3º. 

    Mas a redação poderia ser melhor!

  • Mal feita sim.

  • Nada a ver o gabarito. A questão não ofereceu elementos necessários para determinar se seria aplicada a lei brasileira. Nesse contexto ali seria a estrangeira, pegaram texto aleatório de doutrina e voi lá.
  • Ainda que fossem os agentes brasileiros, essa circunstância não é, por si só, suficiente para atrair a extraterritorialidade condicionada, isso porque se exige o preenchimento dos requisitos insculpidos no §2.º do art. 7.º do CP, não havendo, pois, elementos suficientes narrados no enunciado da questão autorizando a aplicação da lei brasileira.

  • Que questão mais nada a ver com nada.

  • Já deveriam começar a pôr limites nessas bancas. Tá absurdo, no geral!!!

  • Pior do que a questão é o comentário do professor tentando encontrar solução para aquilo que está errado.

  • Eu fico até feliz de errar essa questão, de verdade. Que loucura...

  • teoria da ubiquidade. não importa somente a ação ou omissão, se o resultado ocorreu noutro lugar aplica-se a lei brasileira. caso também de extraterritorialidade, porém o enunciado não disse contra quem fora praticado. ex: fé-publica, presidente, etc.

  • Em 16/01/21 às 23:33, você respondeu a opção C.

    Você errou!

    Em 24/12/20 às 01:00, você respondeu a opção C.

    Você errou!

    Em 20/11/19 às 21:02, você respondeu a opção C.

    Você errou!

  • Minha opinião é que o crime possivelmente executado seja Homicídio qualificado, mediante paga ou promessa de recompensa, Ex:. B e D "pagam recompensa" a A em território brasileiro, e A mata Chaves na Venezuela. Como a questão enseja apenas coautor e participe os dois em território Nacional são puníveis. alguém me ajuda se estou correto.

  • Creio que a questão trata de crime a distância

  • E se os indivíduos forem presos no exterior, como vai se aplicar a lei brasileira? sem que eles adentrem em solo brasileiro.

  • o único criminoso que consigo visualizar na questão é o que a fez

  • Vejo a questão como mal elaborada. A questão não deixa claro se os agentes retornaram ao Brasil ou qualquer umas das 5 condicionais necessárias para aplicação da lei brasileira, assim, deixa margem para interpretação de que teriam seriam penalizados pela Lei Estrangeira .

  • Questão mal elaborada, muito ampla. Tem que analisar o caso concreto para poder afirma se o agente será punido pela lei brasileira ou estrangeira. Faltou mais elementos na questão.

  • Sendo o concurso de pessoas operado no território brasileiro:

    Art. 29 - Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas, na medida de sua culpabilidade.

    Art. 6º - Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado.

  • Faltou muita informação nessa questão.

  • A questão queria saber qual a teoria adotada no LUGAR DO CRIME.

    TEORIA MISTA OU DA UBIQUIDADE:

    Cp Art. 6º Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado.

    Portanto a conduta foi praticada no BRASIL, mas o crime se consumou fora dele.

    Aplica se a Lei Brasileira.

  • ler comentário do professor

  • Típica questão que o examinador elabora sob efeito de entorpecentes.

    Questão deve ser anulada sem muita discussão, especialmente pelo erro grave de português resultante da eventual escolha da A ou da D. Deprimente uma banca apresentar uma questão dessas em um concurso de nível superior.

  • Administração publica tem que filtrar certas bancas, pelo amor de Deus! Nível dessa banca é uma mierda.

  • acredito que essa questão quis abordar sobre o art 7 inciso II , alínea ''b '' do CP porém muito subjetiva e capiciosa

  • QUESTÃO MAU FORMULADA

  • ERREI SABENDO! QUESTÃO HORRÍVEL!

    A assertiva B está correta.

    Para compreender a presente questão, tem-se que ter em mente o disposto no artigo 29, do Código penal, segundo o qual o concurso de pessoas é formado por quem, de qualquer modo, concorre para o crime.

    Assim, quando o enunciado afirma que o concurso de pessoas ocorreu no território brasileiro, entende-se que houve contribuição material para a comissão do delito em território brasileiro.

    Desta sorte, como o Direito Penal brasileiro, no que se refere ao local de cometimento do crime, adota a teoria da ubiquidade, segundo a qual o lugar de cometimento do crime é tanto onde a ação ou a omissão ocorrem, como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado, nos termos do artigo 6º, do Código Penal, conclui-se que a lei penal aplicável é a brasileira.

    FONTE: ESTRATÉGIA CONCURSOS.