-
O gabarito está CERTO.
A reforma gerencial, cujo primeiro momento foi com o Decreto Lei nº200/67, teve seu auge na segunda metade dos anos 1990 e buscava incorporar na Administração pública práticas de sucesso em eficiência do setor privado. Logo, a adoção da Gestão por Competências foi incorporada.
-
Só não entendi a parte que fala sobre profissionalização. Tal característica não estaria ligada à gestão burocrática??
-
a questão tá apontando sobre o paradigma pós-burocrático,
-
Gab: CERTO
Não, Josy Emiliano. A questão está correta e o enunciado cita o paradigma racional-legal e o pós-burocrático, ou seja, o gerencial! A questão da profissionalização não é voltada "apenas" para a burocracia, tendo em vista que o modelo gerencial visa aos resultados e, consequentemente, à profissionalização para alcançá-los.
-
JUSTIFICATIVA DO CESPE
CERTO. A nova administração pública se diferencia da administração pública burocrática por seguir os princípios do gerencialismo. Para alcançar seus objetivos, o novo modelo de gestão, que serve de referência para os três níveis governamentais — federal, estadual e municipal —, tinha o propósito de enfatizar a profissionalização e o uso de práticas de gestão do setor privado. Esse modelo de reforma e de gestão foi efetivamente implementado durante o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
-
Profissionalização nesse caso gente se refere ao aperfeiçoamento de alguns aspectos aproveitados pela administração gerencial de forma mais flexível e considerando que a gerencial aproveitou a meritocracia da burocracia, por isso não podemos dizer que esta foi amplamente superada e já vi questão ousando mais ainda falando que nem sequer podemos falar em uma linha histórica , pois devido ainda persistir esses resquícios não podem ser considerados modelos evolutivos definitivos como costumamos ver do tipo patrimonialismo → burocracia → gerencialismo. Cuidado porque isso não é prescritivo e nem deve ser visto por nós concurseiros como um ciclo evolutivo histórico fechado.
-
Não, Josy Emiliano. O paradigma pós-burocrático nada mais é do que um intermédio entre o modelo gerencial e o burocrático.
........................................................................................................................................................................
.No primeiro Estágio da nova administração pública - Gerencialismo Puro
-Consiste no primeiro estágio gerencial, tendo encontrado sua inspiração nas empresas privadas. Ele surge em resposta à crise fiscal do Estado e tem por fim a eficiência e redução de custos na administração pública. Nessa primeira fase o estado traz da iniciativa privada o conceito de produtividade (fazer mais com menos), juntamente com o enxugamento da máquina pública por meio das grandes privatizações.
GAB.C
-
Essa questão sempre será estranha para mim, por causa dessa parte.
a reforma gerencial visava enfatizar a profissionalização
-
Putz, 10 anos de estudos em ADM para descobrir que gerencial buscou a profissionalização!? Fui de "có e saltiado" que era burocrática.
-
QUESTÃO RETIRDA NA ÍNTEGRA DO LIVRO DE BRESSER-PEREIRA.
Segundo Bresser-Pereira (1998a), além de se reorganizar o aparelho do Estado e fortalecer seu núcleo estratégico, a reforma também deveria transformar o modelo de administração pública vigente. As duas outras dimensões do processo de reforma - a cultural e a gestão - se direcionavam para essa questão e auxiliaram na implementação da administração pública gerencial. No que se refere à dimensão cultural, Bresser-Pereira apontou a necessidade de transformar a cultura burocrática do Estado em uma cultura gerencial. Já a dimensão gestão deveria ser explorada pelos administradores públicos, que colocariam em prática idéias e ferramentas de gestão utilizadas no setor privado, "criticamente" adaptadas ao setor público, tais como os programas de qualidade e a reengenharia organizacional.
De acordo com o autor, a nova administração pública se diferencia da administração pública burocrática por seguir os princípios do gerencialismo. Para alcançar seus objetivos, o novo modelo de gestão, que serve de referência para os três níveis governamentais - federal, estadual e municipal -, deveria enfatizar a profissionalização e o uso de práticas de gestão do setor privado.
FONTE: BRESSER-PEREIRA, L. C. Reforma do Estado para a cidadania: a reforma gerencial brasileira na perspectiva internacional. Brasília: ENAP/ Editora 34, 1998a.
-
A dúvida ocorre por conta da definição dos termos profissionalização e profissionalismo, este objetivo do tripé ( formalismo, impessoalidade e profissionalismo ) do modelo burocrático de Weber e aquele, mais amplo, do modelo gerencial que abrange não apenas o indivíduo mas toda a máquina administrativa.
-
A partir da redefinição do papel do Estado
com Luiz Carlos Bresser Pereira (Ministro do Ministério da Administração
Federal e da Reforma do Estado, no governo de Fernando Henrique Cardoso, em
1995) no chamado de Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado – PDRAE, o “Estado deixa de ser o responsável direto
pelo desenvolvimento econômico e social pela via da produção de bens e serviços
para se adequar a uma nova função de Estado Gerencial" (MATIAS-PEREIRA,
2018).
Assim, com o
realinhamento do Estado para uma Administração Gerencial, necessita-se
reorganizar as estruturas da Administração, dando ênfase na “qualidade e na produtividade do serviço público;
na verdadeira profissionalização do servidor, que passaria a perceber
salários mais justos para todas as funções. É preciso garantir a profissionalização sem a correspondente rigidez
da burocracia" (Pereira, 1995). Ademais, a fm de caracterizar essa
aproximação com as práticas de qualidade e gestão do setor privado, cabe uma
transcrição do entendimento de Bresser Pereira, constante no Plano Diretor da
Reforma do Aparelho do Estado – PDRAE:
“A administração pública gerencial inspira-se na administração de
empresas, mas não pode ser confundida com esta última. Enquanto a receita das
empresas depende dos pagamentos que os clientes fazem livremente na compra de
seus produtos e serviços, a receita do Estado deriva de impostos, ou seja, de
contribuições obrigatórias, sem contrapartida direta. Enquanto o mercado
controla a administração das empresas, a sociedade - por meio de políticos
eleitos - controla a administração pública. Enquanto a administração de
empresas está voltada para o lucro privado, para a maximização dos
interesses dos acionistas, esperando-se que, através do mercado, o interesse
coletivo seja atendido, a administração pública gerencial está explícita e
diretamente voltada para o interesse público".
Em face do exposto, constata-se que, na Administração
Pública Gerencial, a profissionalização do serviço público é fundamental para
quebrar a rigidez burocrática e proporcionar motivação para os servidores. Além
disso, verifica-se que essa Nova Gestão Pública inspirou-se em práticas do
setor privado, apesar de possuir uma finalidade diferente. Sendo assim, a
questão em análise está correta.
Gabarito do professor: CERTO.
FONTES:
PEREIRA, Luiz Carlos Bresser. Plano Diretor da Reforma do Aparelho do
Estado. Brasília, 1995.
MATIAS-PEREIRA, José. Administração Pública: foco nas instituições e ações governamentais.
5ª Ed. – São Paulo: Atlas, 2018.
BIZU:
Pessoal, quem está se preparando para provas que incluem a
matéria de Administração Pública, para concursos na área de controle ou de gestão
e quer passar na prova, DEVE ler
dois artigos fundamentais e complementares:
1 - Da Administração Pública
Burocrática à Gerencial, Luiz Carlos Bresser Pereira, RSP nº 47, Brasília-DF,
1996.
2 - Plano Diretor da Reforma do
Aparelho do Estado, Luiz Carlos Bresser Pereira, Brasília-DF, 1995.
Boa parte das questões são
tiradas desses dois artigos. Basta pesquisar no Google que vocês irão encontrar
esses artigos em PDF.
Bons estudos!
-
Errei porque pensava que era aplicada apenas à esfera federal :(
-
A meu ver, ERRADO.
Enfatizar a profissionalização (DASP) ➜ Modelo burocrático
-
Nós não podemos esquecer que a ADM gerencial conservou alguns princípios fundamentais da burocrática sendo eles:
√ Avaliação segundo rígidos critérios de mérito;
√ Sistema universal e estruturado de remuneração;
√ Carreiras : avaliação constante de desempenho e treinamento sistemático, ou seja, profissionalização do servidor;
√ A administração gerencial privada foi adaptada à realidade pública ela está explícita e diretamente voltada para o interesse público, pois vê o cidadão como contribuinte de impostos e como cliente de seus serviços (cidadão - cliente)
GABA certo
-
CERTO
-
Quanto mais profissional mais eficiente ?
-
A resposta está no PDRAE:
"A administração pública gerencial constitui um avanço e até um certo ponto um rompimento com a administração pública burocrática. Isto não significa, entretanto, que negue todos os seus princípios. Pelo contrário, a administração pública gerencial está apoiada na anterior, da qual conserva, embora flexibilizando, alguns dos seus princípios fundamentais, como a admissão segundo rígidos critérios de mérito, a existência de um sistema estruturado e universal de remuneração, as carreiras, a avaliação constante de desempenho, o treinamento sistemático. A diferença fundamental está na forma de controle, que deixa de basear-se nos processos para concentrar-se nos resultados, e não na rigorosa profissionalização da administração pública, que continua um princípio fundamental."
"(...) Neste último ponto, como em muitos outros (profissionalismo, impessoalidade, etc.), a administração pública gerencial não se diferencia da administração pública burocrática"
"É preciso garantir a profissionalização sem a correspondente rigidez da burocracia"