SóProvas


ID
2999941
Banca
FUNCERN
Órgão
Prefeitura de Sítio Novo - RN
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

               Por que os homens ainda demoram a pensar sobre a velhice?

                                               Dra. Maisa Kairalla


      Embora todos nós, homens e mulheres, tenhamos o potencial de viver a velhice como uma realidade e em sua plenitude, a grande maioria da ala masculina ainda evita pensar sobre “ser idoso” e, com isso, deixa de se preparar para alcançar a maturidade com qualidade de vida.

      Na verdade, existe uma espécie de contradição. Os homens são considerados fisicamente mais fortes, no entanto, em termos de expectativa de vida, vivem menos que as mulheres. Podemos atribuir essa discrepância a fatores biológicos, sociais, psicológicos e comportamentais.

      Estudos apontam que os membros do sexo masculino costumam pensar, de fato, na velhice após os 45 anos de idade e, ainda assim, como algo distante. Há um erro de timing aí se considerarmos que o organismo entra no processo de envelhecimento a partir dos 28 anos.

      Mas por que será que a rapaziada empurra com a barriga esse olhar lá na frente? Podemos atribuir isso a questões como medo de que, com a idade, surjam doenças incapacitantes, que levem à perda de autonomia e independência. Também há o receio da solidão, de se tornar impotente e perder a virilidade, bem como do temor da morte.

      Todos esses pontos tornam a relação entre o homem com a saúde e a sobrevivência um tanto complexa. E ajudam a entender inclusive a resistência de parte da ala masculina a mudar alguns hábitos e a tendência a se esquivar dos cuidados preventivos.

      Diferentemente de nós, mulheres, acostumadas ao acompanhamento médico (ao menos com o ginecologista), boa parcela dos homens não costuma ter o monitoramento e a orientação do profissional de saúde – algo que deveria se estender da infância, passar pela adolescência e continuar na vida adulta. Existe, a meu ver, uma crença de que, enquanto eles estão trabalhando e são produtivos, não há razão ou tempo para se preocupar.

      Ora, não se trata de procurar pelo em ovo, como diz a sabedoria popular, mas de manter um acompanhamento que, aliado a hábitos saudáveis, reduz (e muito!) o risco de doenças. Doenças que, em última instância, vão comprometer o envelhecimento.

      Além disso, há uma questão, digamos, mais cultural e geracional que explica esse comportamento fugitivo do homem em relação à saúde e à velhice. Muitos cidadãos que hoje estão na casa dos 60 anos ou mais aprenderam que “os homens são mais fortes que as mulheres”, no sentido de serem mais ativos e provedores. Essa concepção faz com que construam uma imagem de que não correm riscos, são praticamente indestrutíveis.

      Sabemos, no entanto, que, nas últimas décadas, temos vivido mudanças notórias na sociedade que ajudam a romper esse paradigma das diferenças entre homens e mulheres. É provável que os idosos do futuro superem essa visão e tragam um novo olhar inclusive sobre o envelhecimento. Ao derrubar preconceitos e estigmas (de gênero e de qualquer outra ordem), conseguimos utilizar melhor o conhecimento e as ferramentas de prevenção. E, como consequência, envelhecemos melhor.

Disponível em:<https://saude.abril.com.br> . Acesso em: ago. 2018 [Adaptado]

Muitos cidadãos que hoje estão na casa dos 60 anos ou mais aprenderam que “os homens são mais fortes que as mulheres”, no sentido de serem mais ativos e provedores.


As aspas foram utilizadas para demarcar

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA C

    Muitos cidadãos que hoje estão na casa dos 60 anos ou mais aprenderam que “os homens são mais fortes que as mulheres”, no sentido de serem mais ativos e provedores.

    ===> um discurso direto: descrito da mesma forma, sem alterações, que os cidadãos que estão na casa dos 60 anos aprenderam.

    FORÇA, GUERREIROS(AS)!!

  • QUAL O GABARITO MESMO DESTA AÍ????? BOTEI B

  • Луис Пауло Грецкий Орех, o gabarito é a letra C

  • GABARITO: C

    Discurso direto: são as falas das personagens. Esse discurso pode aparecer em forma de diálogos e citações, e vêm marcadas com alguma pontuação (travessão, dois pontos, aspas...). O discurso direto reproduz fielmente a fala de alguém.

    Discurso indireto: é a reprodução da fala de alguém, a qual é feita pelo narrador. Normalmente, esse discurso é escrito em terceira pessoa.

    Discurso indireto livre: é a ocorrência do discurso direto e indireto ao mesmo tempo. Ou seja, o narrador conta a história, mas as personagens também têm voz própria.

    "Não pare até que tenha terminado aquilo que começou". - Baltasar Gracián.

    Bons estudos!

  • Vejo que essa Questão seria passível de recurso!

    O uso das aspas podem ser em discursos diretos como também para realçar palavras ou expressões irônicas.

    No texto se tem dupla análise possíveis. Como discurso direto, seria a reprodução da "fala" do senso comum e como ironia, seria com a conotação de que isso na prática não é verdade(como, assim, o texto nos apresenta).

  • SE PUDER ME AJUDAR AGRADEÇO, FIQUEI CONFUSO PQ NA MINA CABEÇA AQUISIÇÃO JÁ COLOCO COMO PASSIVO ME EXPLICA POR FAVOR

  • Para que fosse uma ironia, apenas a palavra FORTE viria com as aspas, assim como nesses exemplos:

    Antigamente, diziam que "ela era um amor de pessoa"; - Discurso direto

    Antigamente, diziam que ela era um "amor" de pessoa. - Ironia