SóProvas


ID
3000553
Banca
FUNCERN
Órgão
Prefeitura de Apodi - RN
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                       A (in)segurança pública e os reflexos na sociedade

                                                                                                         José Ricardo Bandeira


      A cada dia que passa os cidadãos das grandes cidades e capitais brasileiras são obrigados a conviver com a explosão de violência e criminalidade que assola o país. Balas perdidas, arrastões, roubos e homicídios já não são surpresas em uma nação que tem a incrível taxa de mais de 60 mil assassinatos por ano.

      E, nessa esteira de violência, muitos políticos são eleitos. Infelizmente, exploram a bandeira da repressão — a exemplo das últimas eleições — com um discurso muitas vezes demagógico e sem profundidade. Falam coisas que o cidadão cansado e acuado espera ouvir. Mas, assim como os anteriores, repetem as mesmas práticas de combate à criminalidade, que, por evidentes razões, não surtiram efeito.

      A saber, nas últimas décadas, tornou-se prática obrigatória no Brasil combater a criminalidade por meio do enfrentamento policial em detrimento de muitas outras medidas racionais e científicas que poderiam trazer resultados sólidos.

      Em uma caixa chamada segurança pública, onde existem diversas outras alternativas, a polícia é única e tão somente uma das ferramentas no combate à criminalidade.

      Apenas para ilustrar como os nossos governantes priorizam o enfrentamento policial, a primeira grande operação no Brasil ocorreu no dia 21 de março de 1963 na “comunidade da favela”, hoje conhecida como morro da Providência, no Rio. Com o apoio de um helicóptero, cerca de 500 policiais cercaram a comunidade e fizeram 200 presos. Daí por diante, essa foi a política de segurança implementada por praticamente todos os governadores do Brasil.

      Entretanto, ao priorizar o enfrentamento policial, os efeitos colaterais são inevitáveis. Há morte de inocentes, caos e transtornos nas grandes cidades e prejuízos ao comércio e turismo, além de graves sequelas psicológicas provocadas naqueles que vivenciam a violência diariamente.

      A segurança pública é uma ciência e, como tal, deve ser tratada e conduzida. Logo, a forma mais eficiente de lidar com a violência nas grandes cidades é por meio de investimento em inteligência, impedindo que drogas, armas e munições cheguem às comunidades dominadas pelo tráfico de drogas e pelas organizações criminosas. Asfixia-se, assim, suas ações e corta-se seus recursos — sem drogas, armas e munições, o crime naturalmente sucumbe.

      Todavia, nesse critério, o governo federal sempre foi o grande vilão da segurança pública, pois nunca impediu que drogas, armas e munições atravessassem fronteiras, percorressem estradas, portos e aeroportos e chegassem às comunidades.

      Em paralelo à aplicação das medidas de inteligência, é necessário também um grande projeto de geração de emprego e renda em substituição ao dinheiro gerado pela narcoeconomia que circula nas comunidades. Infelizmente, enquanto tais medidas não forem implementadas, continuaremos a velha política de enfrentamento e com a triste classificação de termos a polícia que mais mata e que mais morre no mundo.

                         Disponível em:<https://www1.folha.uol.com.br>. Acesso em: 16 abr. 2019

E, nessa esteira de violência, muitos políticos são eleitos. Infelizmente, exploram a bandeira da repressão — a exemplo das últimas eleições — com um discurso muitas vezes demagógico e sem profundidade. Falam coisas que o cidadão cansado e acuado espera ouvir. Mas, assim como os anteriores, repetem as mesmas práticas de combate à criminalidade, que, por evidentes razões, não surtiram efeito.


Sobre os verbos em destaque, é correto afirmar:

Alternativas
Comentários
  • Exploram a bandeira... Quem exploram? - Políticos

    Falam coisas... Quem falam coisas? - Políticos

    Repetem as mesmas práticas... Quem repete as mesmas práticas? - Políticos

    não surtiram efeito... O que não surtiu efeito? - Práticas

    .

    Os três primeiros verbos referem a mesma pessoa, portanto têm o mesmo sujeito. Como estão todos no presente, alternativa D como resposta.

  • Os três primeiros estão flexionados no tempo presente e referem-se ao mesmo sujeito = POLÍTICOS

    Gabarito D

  • EXPLORAM - suj: políticos

    FALAM - suj: políticos

    REPETEM - suj: políticos

    SURTIRAM - suj: práticas de combate à criminalidade

  • 3 PRIMEIROS VERBOS ESTÃO NO PRESENTE

    O ÚLTIMO ESTÁ NO PRÉTERITO.

  • Bizu é acertar questões até dos comuna. Bolsonaro neles!
  • EXPLORAM,FALAM,REPETEM=SE REFEREM AO MESMO SUJEITO(  POLÍTICOS.).


  • presente do indicativo.... canto.. beijo.. bebo.. choro... ele explora o seu amigo.

    preterito imperfeito do indicativo  falava.. beijava.. comia.. bebia

    preterito perfeito.  falei.. cantei.. comi!

    pergunte ao verbo o que ou quem explora? o que ou quem repete?  surtiram = práticas

    alo voce

  • Examinador esquerdoso usando até prova de concurso pra fazer proselitismo... Bolsonaro neles!

  • Não precisa nem olhar as referências com os sujeitos, apenas olhar os tempos verbais.