SóProvas


ID
3000562
Banca
FUNCERN
Órgão
Prefeitura de Apodi - RN
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                       A (in)segurança pública e os reflexos na sociedade

                                                                                                         José Ricardo Bandeira


      A cada dia que passa os cidadãos das grandes cidades e capitais brasileiras são obrigados a conviver com a explosão de violência e criminalidade que assola o país. Balas perdidas, arrastões, roubos e homicídios já não são surpresas em uma nação que tem a incrível taxa de mais de 60 mil assassinatos por ano.

      E, nessa esteira de violência, muitos políticos são eleitos. Infelizmente, exploram a bandeira da repressão — a exemplo das últimas eleições — com um discurso muitas vezes demagógico e sem profundidade. Falam coisas que o cidadão cansado e acuado espera ouvir. Mas, assim como os anteriores, repetem as mesmas práticas de combate à criminalidade, que, por evidentes razões, não surtiram efeito.

      A saber, nas últimas décadas, tornou-se prática obrigatória no Brasil combater a criminalidade por meio do enfrentamento policial em detrimento de muitas outras medidas racionais e científicas que poderiam trazer resultados sólidos.

      Em uma caixa chamada segurança pública, onde existem diversas outras alternativas, a polícia é única e tão somente uma das ferramentas no combate à criminalidade.

      Apenas para ilustrar como os nossos governantes priorizam o enfrentamento policial, a primeira grande operação no Brasil ocorreu no dia 21 de março de 1963 na “comunidade da favela”, hoje conhecida como morro da Providência, no Rio. Com o apoio de um helicóptero, cerca de 500 policiais cercaram a comunidade e fizeram 200 presos. Daí por diante, essa foi a política de segurança implementada por praticamente todos os governadores do Brasil.

      Entretanto, ao priorizar o enfrentamento policial, os efeitos colaterais são inevitáveis. Há morte de inocentes, caos e transtornos nas grandes cidades e prejuízos ao comércio e turismo, além de graves sequelas psicológicas provocadas naqueles que vivenciam a violência diariamente.

      A segurança pública é uma ciência e, como tal, deve ser tratada e conduzida. Logo, a forma mais eficiente de lidar com a violência nas grandes cidades é por meio de investimento em inteligência, impedindo que drogas, armas e munições cheguem às comunidades dominadas pelo tráfico de drogas e pelas organizações criminosas. Asfixia-se, assim, suas ações e corta-se seus recursos — sem drogas, armas e munições, o crime naturalmente sucumbe.

      Todavia, nesse critério, o governo federal sempre foi o grande vilão da segurança pública, pois nunca impediu que drogas, armas e munições atravessassem fronteiras, percorressem estradas, portos e aeroportos e chegassem às comunidades.

      Em paralelo à aplicação das medidas de inteligência, é necessário também um grande projeto de geração de emprego e renda em substituição ao dinheiro gerado pela narcoeconomia que circula nas comunidades. Infelizmente, enquanto tais medidas não forem implementadas, continuaremos a velha política de enfrentamento e com a triste classificação de termos a polícia que mais mata e que mais morre no mundo.

                         Disponível em:<https://www1.folha.uol.com.br>. Acesso em: 16 abr. 2019

Considere os dois trechos a seguir.


Trecho 1

Em uma caixa chamada segurança pública, onde existem diversas outras alternativas, a polícia é única e tão somente uma das ferramentas no combate à criminalidade.


Trecho 2

morte de inocentes, caos e transtornos nas grandes cidades e prejuízos ao comércio e turismo, além de graves sequelas psicológicas provocadas naqueles que vivenciam a violência diariamente.


Sobre os verbos em destaque, é correto afirmar:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA A

    ===> Em uma caixa chamada segurança pública, onde existem diversas outras alternativas, a polícia é única e tão somente uma das ferramentas no combate à criminalidade. ===> DIVERSAS ALTERNATIVAS existem (sujeito no plural, sendo o verbo "existir" um verbo pessoal, que possui sujeito).

    ===>  morte de inocentes, caos e transtornos nas grandes cidades e prejuízos ao comércio e turismo, além de graves sequelas psicológicas provocadas naqueles que vivenciam a violência diariamente. ===> verbo "haver" com sentido de existir é um verbo impessoal, não possuindo sujeito e sendo um verbo transitivo direto.

    FORÇA, GUERREIROS(AS)!!

  • No trecho 1, o verbo "existir" está flexionado no plural porque deve concordar com o núcleo do sujeito "alternativas";

    No trecho 2, o verbo "haver" está flexionado no singular porque, no sentido de existir, é impessoal e, portanto, não flexiona;

     

    Quem escolheu a busca não pode recusar a travessia - Guimarães Rosa

    ------------------- 

    Gabarito: A

  • Verbo haver , no sentindo de existir é impessoal , não se flexionando no plural , mantendo-se no singular
  • Em uma caixa chamada segurança pública, onde existem O QUÊ? diversas outras alternativas = SUJEITO

  • Gabarito''A''.

    >O Verbo Haver (no sentido de existir, de acontecer ou ocorrer, bem como nas indicações de tempoé impessoal. Assim, como não tem sujeito, é conjugado apenas na 3.ª pessoa do singular.

    >O verbo “existir” não é impessoal e portanto deve seguir a regra geral da concordância verbal quanto ao seu sujeito, ou seja, sujeito no plural implica verbo no plural e sujeito no singular implica verbo no singular.

    Estudar é o caminho para o sucesso.

  • VERBO CONCORDA SEMPRE COM O SUJEITO,


    VERBO HAVER NO SENTIDO DE EXISTIR OU ACONTECER E OCORRER E NAS INDICACOES DO TEMPO = FICA NO SINGULAR POR SER IMPESSOAL E NAO POSSUIR SUJEITO

    TRECHO 1 
    O QUE EXISTEM ???  DIVERSAS ALTERNATIVAS.  (NUCLEO = ALTERNATIVAS) 
    EXISTEM CONCORDANDO COM ALTERNATIVAS.