SóProvas


ID
3038680
Banca
IBFC
Órgão
Prefeitura de Divinópolis - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto


      No Brasil, entre o “pode” e o “não pode”, encontramos um “jeito”, ou seja, uma forma de conciliar todos os interesses, criando uma relação aceitável entre o solicitante, o funcionário-autoridade e a lei universal. Geralmente, isso se dá quando as motivações profundas de ambas as partes são conhecidas; ou imediatamente, quando ambos descobrem um elo em comum banal (torcer pelo mesmo time) ou especial (um amigo comum, uma instituição pela qual ambos passaram ou o fato de se ter nascido na mesma cidade). A verdade é que a invocação da relação pessoal, da regionalidade, do gosto, da religião e de outros fatores externos àquela situação poderá provocar uma resolução satisfatória ou menos injusta. Essa é a forma típica do “jeitinho”. Uma de suas primeiras regras é não usar o argumento igualmente autoritário, o que também pode ocorrer, mas que leva a um reforço da má vontade do funcionário. De fato, quando se deseja utilizar o argumento da autoridade contra o funcionário, o jeitinho é um ato de força que no Brasil é conhecido como o “Sabe com quem está falando?”, em que não se busca uma igualdade simpática ou uma relação contínua com o agente da lei atrás do balcão, mas uma hierarquização inapelável entre o usuário e o atendente. De modo que, diante do “não pode” do funcionário, encontra-se um “não pode do não pode” feito pela invocação do “Sabe com quem você está falando?”. De qualquer modo, um jeito foi dado. “Jeitinho” e “Você sabe com quem está falando?” são os dois polos de uma mesma situação. Um é um modo harmonioso de resolver a disputa; o outro, um modo conflituoso e direto de realizar a mesma coisa. O “jeitinho” tem muito de cantada, de harmonização de interesses opostos, tal como quando uma mulher encontra um homem e ambos, interessados num encontro romântico, devem discutir a forma que o encontro deverá assumir. O “Sabe com quem está falando?”, por seu lado, afirma um estilo em que a autoridade é reafirmada , mas com a indicação de que o sistema é escalonado e não tem uma finalidade muito certa ou precisa. Há sempre outra autoridade, ainda mais alta, a quem se poderá recorrer. E assim as cartas são lançadas.

  1. (DAMATTA, Roberto. O modo de navegação social: a malandragem
  2. e o “jeitinho”. O que faz o brasil, Brasil?. Rio de Janeiro: Rocco, 1884. P79-89, (Adaptado) . 

Em “ sempre outra autoridade, ainda mais alta,”, o emprego do singular na forma verbal em destaque deve-se:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA A

     sempre outra autoridade, ainda mais alta,”

    verbo "haver" com sentido de "existir", sendo impessoal e não devendo ser flexionado, logo é referente à impessoalidade do verbo.

    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! ☺

  • Um erro muito comum, observado principalmente na comunicação oral, é a flexão do verbo “haver”. Esse verbo, no sentido de “ocorrer” ou “existir”, é impessoal. Isso significa que permanece na terceira pessoa do singular, pois não tem sujeito. Portanto, é errônea a flexão do verbo no plural. É provável que a origem do erro seja a associação da conjugação do verbo “haver” com os verbos “existir” e “ocorrer”. Estes têm sujeito e, portanto, flexionam-se de acordo com o número e a pessoa.

    Exs.:

    Ocorrerão mudanças.

    Existirão mudanças.

    Com o verbo “haver”, a regra é diferente – permanece no singular:

    Ex.:

    Haverá mudanças.

    Como sinônimo dos verbos “ocorrer” e “existir”, portanto, o verbo “haver” permanece invariável.

    Não se pode, no entanto, afirmar que o verbo “haver” nunca vai para o plural. Ele pode, por exemplo, desempenhar a função de verbo auxiliar (que indica pessoa, tempo e modo verbal; sinônimo de “ter” nos tempos compostos). Nesse caso, o verbo é conjugado no plural.

    Exs.:

    Eles haviam chegado cedo.

    Eles tinham chegado cedo.

    Além disso, como verbo pessoal (com sujeito), pode assumir o sentido de “obter”, “considerar”, “lidar”, ainda que esses usos sejam menos recorrentes:

    Houveram (= “obter”)  do juiz a comutação da pena (sujeito: “comutação da pena”).

    Nós havemos (= “considerar”) por honesto. (sujeito: “nós”)

    Os alunos houveram-se (= “lidar”) muito bem nos exames. (sujeito: “os alunos”)

    O verbo “haver”, portanto, precisa ser usado com atenção (especialmente, quando ele é impessoal), para evitar erros gramaticais

  • me veio a música do Felipe Oberg ehhe, nem li as outras opções.

  • Gabarito A

    #PMBA

  • Lembrando que se fosse o verbo "existir ", a alternativa 'b' seria a correta.

  • Verbo haver no sentido de existir é invariável.

  • bem simples e o povo complica

    quando o verbo (Há) = 'haver' estiver no sentindo de existir

    É só trocar o haver por existir

    EX: lugares interessantes em Vitória da Conquista BA

    Existem lugares interessantes em .....

  • verbo "haver" com sentido de "existir", sendo impessoal e não devendo ser flexionado, logo é referente à impessoalidade do verbo.

  • Galera, o verbo Haver com sentido de F.E.R.A (FAZER, EXISTIR, REALIZAR E ACONTECER) são imessoais.

  • Na frase: "Há sempre outra autoridade..." verbo haver no sentido de existir/ocorrer é impessoal, ou seja, deixa a frase com um sujeito inexistente, além disso, vale a pena dizer que o HAVER não tem sujeito, mas tem Objeto Direto e Existir/Ocorrer tem sujeito, mas são Intransitivos.

    Atenção!!!! Atenção!!! Procurem o sujeito primeiro!!! Isso evita o erro clássico de confundi-lo com o Objeto Direto.

    Alô Você!!!

  •  verbo "haver" com sentido de "existir", sendo impessoal e não devendo ser flexionado, logo é referente à impessoalidade do verbo.

  • verbo (haver ) = sentido de existir ou tempo decorrido , é impessoal .

    não possui sujeito

    fica no singular.

  • verbo haver com sentido de existir sem e impessoal e nunca poderá ser usado no plural.

  • Verbo "haver" empregando o sentido de "existir" é impessoal, não tem sujeito e fica na 3ª pessoa do singular!

    #foconapmba

  • VERBO HAVER = SENTIDO DE EXISTIR É IMPESSOAL,NÃO POSSUI SUJEITO, FICA NO SINGULAR.

  • Se você errar uma questão dessa, trezentos mil candidatos passam a sua frente.

  • Verbo HAVER no sentido de existir é impessoal. Verbo fica no singular sempre.

  • troca de haver por existir (ou o contrário)

    Haver → Existir

    Buscar o possível sujeito (para concordar)

    Haver flexiona

    Existir → Haver

    Só se existir estiver no singular

  • O verbo “haver”, no sentido de “existir”, é impessoal. Isso significa que ele não possui pessoa, sua oração não possui sujeito e sua flexão será sempre a de 3ª pessoa do singular.

  • verbo haver no sentido de existir> não admite sujeito..Gabarito A