SóProvas


ID
3040393
Banca
FCC
Órgão
TRF - 4ª REGIÃO
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                     A era das compras


      A economia capitalista moderna deve aumentar a produção constantemente, se quiser sobreviver, como um tubarão que deve nadar para não morrer por asfixia. Mas a maioria das pessoas, ao longo da história, viveu em condições de escassez. A fragilidade era, portanto, sua palavra de ordem. A ética austera dos puritanos e a dos espartanos são apenas dois exemplos famosos. Uma pessoa boa evitava luxos e nunca desperdiçava comida. Somente reis e nobres se permitiam renunciar publicamente a tais valores e ostentar suas riquezas.

      O consumismo vê o consumo de cada vez mais produtos e serviços como algo positivo. Encoraja as pessoas a cuidarem de si mesmas, a se mimarem e até a se matarem pouco a pouco por meio do consumo exagerado. A frugalidade é uma doença a ser curada. Não é preciso olhar muito longe para ver a ética do consumo em ação – basta ler a parte de trás de uma caixa de cereal: “Para uma refeição saborosa no meio do dia, perfeita para um estilo de vida saudável. Um verdadeiro deleite com o sabor maravilhoso do “quero mais!”.

      Durante a maior parte da história, as pessoas teriam sido repelidas, e não atraídas, por esse texto. Elas o teriam considerado egoísta, indecente e moralmente corrupto. O consumismo trabalhou duro, com a ajuda da psicologia e da vontade popular, para convencer as pessoas de que a indulgência com os excessos é algo bom, ao passo que a frugalidade significa auto-opressão.

(Adaptado de: HARARI, Yuval Noah. Sapiens – uma breve história da humanidade. 38. ed. Porto Alegre: L&PM, 2018, p. 357-358) 

Ao analisar os hábitos de consumo, o autor do texto avalia esses hábitos de consumo contrapondo os mesmos aos hábitos de consumo que havia em épocas de maior frugalidade.


Evitam-se as viciosas repetições da frase acima substituindo-se os elementos sublinhados, na ordem dada, por:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: A

    a) os avalia − contrapondo-os − àqueles

    b) avalia-os − contrapondo-lhes − àqueles

    c) avalia-os − contrapondo-lhes − àqueles

    d) lhes avalialhes contrapondoa aqueles

    e) avalia a estes − contrapondo-os − a estes

    O pronome "lhe" deve ser usado, dentre outras funções, quando o verbo é transitivo indireto. O verbo "contrapor" é transitivo direto, pois quem contrapõe, contrapõe algo.

    O verbo avaliar é transitivo direto, não aceita a preposição.

    Com isso, já matava a questão.

  • GABARITO: LETRA A

    → Ao analisar os hábitos de consumo, o autor do texto avalia esses hábitos de consumo contrapondo os mesmos aos hábitos de consumo que havia em épocas de maior frugalidade.

    → avalia alguma coisa (verbo transitivo direto, exige um complemento sem preposição, logo não poderia ser o "lhes", visto que é um complemento indireto), temos um sujeito explícito sem palavra atrativo, colocação pronominal facultativa (próclise ou ênclise).

    → contrapondo algo a alguma coisa (os mesmos = "o") (aos hábitos de consumo = "a" preposição + pronome demonstrativo "aqueles" = àqueles).

    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! ☺

  • Gabarito''A''.

    RESOLUÇÃO:

    >Os pronomes o(s), a(s), como complementos verbais, substituem objetos diretos.

    >Já os pronomes lhe(s), como complementos verbais, substituem objetos indiretos.

    >Nas letras B, C e D, utilizou-se o pronome “lhes” para substituir objetos diretos, o que é equivocado.

    >Já na letra E, utilizou-se a forma preposicionada “a estes” para substituir o objeto direto, o que é equivocado.

    > A resposta é, portanto, letra A. Note que a crase em “àqueles” é resultado da fusão da preposição “a” – requerida por “contrapondo” – com o demonstrativo “aqueles” – que substitui “hábitos”.

    Fonte:Direção Concursos.

    Não desista em dias ruins. Lute pelo seus sonhos!

  • Gabarito letra A.

    “esses hábitos de consumo” e “os mesmos” são objetos diretos, então não poderiam ser trocados por LHE; assim, eliminaríamos B, C e D.

    “aos hábitos de consumo que havia em época de maior frugalidade” foi substituído por “aqueles”

    Na letra E, não cabe o uso de “a estes”, pois haveria dois complementos indiretos; temos avaliar e contrapor, cada um pede apenas um objeto direto. A regência é contrapor uma coisa A outra, há um objeto indireto apenas.

    Assim, temos: os avalia − contrapondo-os – àqueles (contrapondo A+Aqueles)

     

  •  o autor do texto avalia esses hábitos de consumo contrapondo os mesmos aos hábitos de consumo 

     o autor do texto o avalia contrapondo-os àqueles.

  • Mesma questão de 5 , 6 anos atrás....

  • Questão considerada difícil. Muita gente errou. Contudo, se soubéssemos a regrinha do final, já matava a questão.

    Abraço e bons estudos!

  • "Ao analisar os hábitos de consumo, o autor do texto avalia esses hábitos..." Quem avalia esses hábitos? Em negrito temos o sujeito da oração, portanto é um caso atrativo de pronome oblíquo.

    Sabendo disso, elimina-se as alternativas B, C e E. Entre a alternativa "A" e "D" nota-se que a regencia do verbo exige um OD, eliminando a D.

  • Quem contrapõe, contra algo ( os mesmos) A alguém ( os hábitos)

    Contrapondo-lhe àqueles

  • Da série: como errei essa na prova!!!!!!!!!!!!!!!!!

  • A colocação pronominal do “os” foi atraída para antes do verbo próclise devido o sujeito está expresso. Esse tipo de colocação é opcional, pode ser ênclise também.

  • GABARITO A

    Uma forma simples de resolver essa questão é lembrar:

    -LHE só pode ser complemento de verbo transitivo INDIRETO.

    O, A, Os, As só podem ser complemento de verbo transitivo DIRETO.

  • De saída, já dá para eliminar três alternativas, uma vez que "lhe" não pode ser utilizado como objeto direto. Já ajuda a ganhar tempo.

  • Povo , Regência e Pronome é o coração dessas questões...

  • A professora Fabiana dos Anjos é muito fera.