SóProvas


ID
3043813
Banca
IBFC
Órgão
IDAM
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia atentamente a notícia e o artigo de opinião abaixo para responder a questão.


   Texto I

   (Adaptado)

   Fogo destrói Museu Nacional, mais antigo centro de ciência do País

   RIO - Um incêndio de grandes proporções destruiu o acervo do Museu Nacional, na zona norte do Rio, na noite deste domingo, 2. Especializado em história natural e mais antigo centro de ciência do País, o Museu Nacional completou 200 anos em junho em meio a uma situação de abandono. Não houve feridos.

   O Corpo de Bombeiros foi acionado às 19h30 e rapidamente chegou ao local, mas, na madrugada de segunda, o fogo permanecia fora de controle. Dois andares foram bastante destruídos, e parte do teto, de madeira, caiu. Segundo o comandante-geral do Corpo de Bombeiros do Rio, o coronel Roberto Robadey, o prédio não corre risco de desabar. As paredes externas do prédio são bastante grossas, diz ele, e, embora antigas, resistiram ao fogo. “Algumas partes internas desabaram”, afirmou.

   Segundo informações do canal GloboNews, às 3h desta segunda-feira, já havia sido iniciado pelos Bombeiros o trabalho de rescaldo após apagar os últimos focos do incêndio. A equipe que trabalha no local trata de resfriar os escombros para, em seguida, fazer uma avaliação do estado do edifício e, finalmente, adentrar o museu.

   O comandante dos bombeiros contou também que os dois hidrantes existentes ao redor do imóvel não funcionaram. Por isso, o combate ao fogo começou com atraso. (...)

   Segundo Robadey, o prédio não tinha um sistema adequado de proteção contra incêndios. A legislação que exige esse tipo de estrutura é de 1976, quando o prédio já tinha mais de cem anos. Conforme o comandante dos bombeiros, há cerca de um mês representantes do museu procuraram os bombeiros para tratar da instalação de um sistema de proteção contra incêndios.

   “Não vai sobrar praticamente nada. Todo o prédio foi atingido. Um absurdo o descaso e abandono que estava esse museu icônico. É como se queimassem o Louvre ou o Museu de História Natural de Londres”, lamentou o vice-diretor do Museu Nacional, Luiz Fernando Dias Duarte. (...)

(Fonte: o Estado de São Paulo)


   Texto II

   (Adaptado)

   Incêndio do Museu Nacional foi um crime

   JOSÉ NÊUMANNE, O Estado de S.Paulo

Os 20 milhões de itens expostos ao público, objetos de pesquisa e testemunhas à mão da memória e da História do Brasil, ainda ardiam no incêndio que devastou o Museu Nacional da Quinta da Boa Vista, por não haver água nos hidrantes do prédio enquanto vários oportunistas já vinham à tona para se aproveitarem da tragédia.

    O esqueleto de Luzia, a mulher mais antiga do continente, resistente a 12 mil anos de intempéries, era apenas uma imagem virtual quando os repórteres dos telejornais, enfrentando a desinformação absoluta com a necessidade de falar alguma coisa, noticiaram que a polícia terá de descobrir e revelar se o incêndio foi acidental ou criminoso. (...) Minhas senhoras, meus senhores, o que se assistiu na noite de domingo passado foi ao assassinato sem piedade de milhares de anos da História do País e da humanidade pelas castas que dilapidam há séculos o patrimônio público. A documentação do registro da passagem do mamífero bípede, impropriamente definido como racional, e da identidade nacional de uma pretensa civilização, instalada nestes tristes trópicos em substituição à barbárie dos silvícolas, anterior a ela, virou cinzas molhadas pelos jatos impotentes de uma (!) escada de bombeiros jorrando água suficiente para apagar uma fogueira junina, se muito.

    (...)

   O ministro da Cultura, Sérgio de Sá Leitão, disse que “certamente a tragédia poderia ter sido evitada”, numa tentativa absurda de transferir apenas para os governos anteriores as causas do desastre, que, segundo Walter Neves, antropólogo que pesquisava o esqueleto de Luzia, foi “anunciado”. A culpa não é apenas do governo atual, é claro, mas é principalmente deste. Leitão age como um sujeito que cai do décimo andar, sai caminhando e pergunta aos transeuntes o que aconteceu. E ninguém foi demitido! (...)

(Fonte: o Estado de São Paulo)



A partir da leitura atenta dos dois textos acima, analise as afirmativas abaixo e assinale a alternativa correta.


I. O objetivo principal do texto 1 é o de informar o leitor, o que é conseguido pelo predomínio de trechos argumentativos em relação aos narrativos.

II. No último parágrafo do texto 1, há um trecho argumentativo enunciado pelo vice-diretor do Museu Nacional, que, por meio do discurso direto, opina sobre o fato ocorrido.

III. O texto 2 é marcado pela enunciação subjetiva, que intenciona, por meio de estratégias argumentativas, expor uma convicção, um julgamento, do seu autor.

IV. A transcrição literal da fala do ministro da Cultura é utilizada, no último parágrafo do texto 2, como estratégia argumentativa pelo autor do texto, já que, assim como Sérgio de Sá Leitão, ele culpabiliza os governos anteriores e o atual pelo incêndio ocorrido.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA B

    I. O objetivo principal do texto 1 é o de informar o leitor, o que é conseguido pelo predomínio de trechos argumentativos em relação aos narrativos. → não vejo o predomínio de trechos argumentativos e sim trechos informativos.

    II. No último parágrafo do texto 1, há um trecho argumentativo enunciado pelo vice-diretor do Museu Nacional, que, por meio do discurso direto, opina sobre o fato ocorrido. → correto: o discurso direto marca uma fala direta, assim como foi dito, marcado pelo uso de aspas: Não vai sobrar praticamente nada. Todo o prédio foi atingido. Um absurdo o descaso e abandono que estava esse museu icônico. É como se queimassem o Louvre ou o Museu de História Natural de Londres, lamentou o vice-diretor do Museu Nacional, Luiz Fernando Dias Duarte. (...)

    III. O texto 2 é marcado pela enunciação subjetiva, que intenciona, por meio de estratégias argumentativas, expor uma convicção, um julgamento, do seu autor. → correto, um texto argumentativo, o autor expõe, diversas vezes, a sua opinião, marcando a subjetividade presente no texto.

    IV. A transcrição literal da fala do ministro da Cultura é utilizada, no último parágrafo do texto 2, como estratégia argumentativa pelo autor do texto, já que, assim como Sérgio de Sá Leitão, ele culpabiliza os governos anteriores e o atual pelo incêndio ocorrido. → observei o uso do discurso indireto livre, não sendo uma descrição literal, visto que há a presença do autor: O ministro da Cultura, Sérgio de Sá Leitão, disse que “certamente a tragédia poderia ter sido evitada”, numa tentativa absurda de transferir apenas para os governos anteriores as causas do desastre, que, segundo Walter Neves, antropólogo que pesquisava o esqueleto de Luzia [...]

    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! ☺

  • I - ERRADO PREDOMINA O TEXTO INFORMATIVO< IMPESSOAL/.. O texto informativo é um texto em que o escritor expõe brevemente um tema, fato ou circunstância ao leitor.

    Trata-se de uma produção textual objetiva, normalmente em prosa, com linguagem clara e direta.

    Tem como objetivo principal transmitir informação sobre algo, estando isento de duplas interpretações.

    Ao contrário dos textos poéticos ou literários, que utilizam a linguagem conotativa, o texto informativo utiliza linguagem denotativa.

    Além de apresentar dados e referências, não há interferência de subjetividade, ou seja, o texto é isento de sentimentos, sensações, apreciações do autor ou opiniões.

    II CERTO* - No último parágrafo do texto 1, >>>“Não vai sobrar praticamente nada. Todo o prédio foi atingido. Um absurdo o descaso e abandono que estava esse museu icônico. É como se queimassem o Louvre ou o Museu de História Natural de londres”, lamentou o vice-diretor do Museu Nacional, Luiz Fernando Dias Duarte. (...)<<<OPINOU sobre o fato ocorrido.!!!!

    III CERTO*-TEXTO 2.. Minhas senhoras, meus senhores, o que se assistiu na noite de domingo passado foi ao assassinato sem piedade de milhares de anos da História do País e da humanidade pelas castas que dilapidam há séculos o patrimônio público.>>>há interferência de subjetividade, sentimentos, sensações, apreciações do autor ou opiniões.

    IV- ERRADO ,O ministro da Cultura TRANFERIU APENAS PARA os governos ANTERIORES as causas do desastre !! QUEM ACUSOU O GOVERNO ATUAL E O PASSADO FOI o antropólogo que pesquisava o esqueleto de Luzia, foi “anunciado”. A culpa não é apenas do governo atual, é claro, mas é principalmente deste

    GABARITO: LETRA B II eIII

  • Gabarito:"B"

    Erros:

    I. O objetivo principal do texto 1 é o de informar o leitor, o que é conseguido pelo predomínio de trechos argumentativos em relação aos narrativos.

    IV. A transcrição literal da fala do ministro da Cultura é utilizada, no último parágrafo do texto 2, como estratégia argumentativa pelo autor do texto, já que, assim como Sérgio de Sá Leitão, ele culpabiliza os governos anteriores e o atual pelo incêndio ocorrido.

  • I. O objetivo principal do texto 1 é o de informar o leitor, o que é conseguido pelo predomínio de trechos argumentativos em relação aos narrativos.

    II. No último parágrafo do texto 1, há um trecho argumentativo enunciado pelo vice-diretor do Museu Nacional, que, por meio do discurso direto, opina sobre o fato ocorrido.

    III. O texto 2 é marcado pela enunciação subjetiva, que intenciona, por meio de estratégias argumentativas, expor uma convicção, um julgamento, do seu autor.

    IV. A transcrição literal da fala do ministro da Cultura é utilizada, no último parágrafo do texto 2, como estratégia argumentativa pelo autor do texto, já que, assim como Sérgio de Sá Leitão, ele culpabiliza os governos anteriores e o atual pelo incêndio ocorrido.

    ( Observamos o erro da questão IV quando diz que culpabiliza governos anteriores e não é bem assim são governos atuais como trás no texto e observamos também que a questão II o vice diretor opina com um discurso direto sobre o fato ocorrido).

  • TIPOLOGIA TEXTUAL

    ( RESUMO ):

    TEXTO NARRATIVO:

    -conta um fato ( verdadeiro ou fictício ),

    -tem a presença de personagens;

    -o tempo verbal predominante é o passado.

    TEXTO DESCRITIVO:

    -faz um retrato por escrito de um lugar, uma pessoa, um animal, um pensamento. ..

    -descreve algo.

    TEXTO INJUNTIVO / INSTRUCIONAL :

    -indica como realizar uma ação;

    -aconselha, impõe, instrui...

    -tem verbos de comando com o tom imperativo.

    TEXTO DIALOGAL:

    -é normal o uso de pontuação ( travessões ou aspas ) para indicar as falas dos personagens.

    TEXTO DISERTATIVO: divide-se em dois.

    1- DISSERTAÇÃO EXPOSITIVA

    ( INFORMATIVA ) :

    -é caracterizado por esclarecer um assunto de maneira atemporal com o objetivo de explicá-lo de maneira clara;

    -não tem intenção de convencer o leitor, nem criar debates ;

    -apresenta introdução, desenvolvimento e conclusão;

    -tem linguagem clara e imparcial.

    2-DISSERTAÇÃO ARGUMENTATIVA ( A FAMOSA REDAÇÃO ) :

    -apresenta posicionamentos pessoais e exposição de ideias apresentadas de forma lógica;

    -tem o intuito de defender um ponto de vista que convença o leitor;

    -apresenta introdução, desenvolvimento e conclusão.

    -não pode ter juizo de valor, nem sentimentos exaltados.