Há 150 anos, em 1866, foi publicado um trabalho que ficou conhecido como a base da genética: “Experimentos em hibridização de plantas”, de Gregor Johann Mendel. No ano anterior, esse monge apresentara seu trabalho em duas sessões da Sociedade de Pesquisa Natural de Brünn, mas suas conclusões foram recebidas com indiferença. Apenas na virada para o século XX, os botânicos europeus Hugo de Vries, Carl Correns e Erich Tschermak-Seysenegg se aproximaram dos mesmos resultados e descobriram o estudo publicado mais de três décadas antes. O zoólogo William Bateson se encarregou de difundir o trabalho e dar crédito a seu autor, providenciando a publicação do texto traduzido para o inglês, em 1901, na revista Journal of the Royal Horticultural Society. Foi aí que, de fato, nasceu a genética.
(Fonte: GUIMARÃES, M. O legado de um monge invisível. In: Pesquisa FAPESP, jan. 2016. p. 91-92)
A partir de seus experimentos, cultivando quase 30 mil plantas de ervilha (Pisum sativum), cujas partes reprodutivas ele dissecava minuciosamente para obter os cruzamentos controlados, Mendel: